Prognóstico

Se o paciente não apresentar sequelas neurológicas graves, o prognóstico geralmente é favorável. Os pacientes com labirintite e outras complicações neurológicas da meningite bacteriana, como hidrocefalia ou AVC, podem precisar de terapia adicional, como derivação ventriculoperitoneal ou fisioterapia e terapia ocupacional. Os pacientes com infarto cerebral em áreas críticas muitas vezes ficam com deficiências significativas. A taxa de recuperação da função vestibular periférica na neurite vestibular varia de 40% a 63%.[100]​ Cerca de 2% dos pacientes podem sofrer uma recidiva, mas ela pode não ocorrer na mesma orelha.[100][101]

Compensação vestibular incompleta

Após uma lesão na orelha interna, o cérebro é submetido a um complexo conjunto de mudanças que lhe permitem se adaptar à entrada de estímulos sensoriais alterados e abolir a percepção de vertigem. Este processo é chamado de compensação vestibular. Alguns pacientes podem ter problemas com compensação vestibular incompleta e, assim, continuarem tendo vertigem. Muitas vezes, isso pode ser aliviado com um curso de terapia de reabilitação vestibular, eliminando os supressores vestibulares e aumentando as atividades diárias.[88]

Perda auditiva

A perda auditiva que ocorre com a labirintite supurativa geralmente é irreversível.[2] Isso não seria esperado na neurite vestibular. O tratamento com corticosteroides pode diminuir a inflamação e possivelmente preservar parte da audição. Os corticosteroides também diminuem a resposta inflamatória dentro da cóclea, diminuindo, dessa forma, a fibrose e a ossificação, o que pode tornar a implantação coclear mais desafiadora no quadro de labirintite supurativa bilateral. Os pacientes com labirintite serosa geralmente recuperam a audição. A perda auditiva pode ser permanente em até 20% das crianças com meningite.

Zumbido

O zumbido associado à perda auditiva neurossensorial na labirintite geralmente se torna menos perceptível com o tempo. No entanto, os pacientes com zumbido persistente podem desenvolver uma depressão reativa. Tais pacientes podem se beneficiar da terapia com antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação de serotonina), retreinamento do zumbido, biofeedback, mascaramento do zumbido e amplificação com prótese auditiva.

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