História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem infecção viral, otite média crônica ou aguda, meningite, colesteatoma e malformações na orelha interna.

vertigem

Os pacientes geralmente descrevem tontura rotatória (rotacional aguda) de origem periférica.[13]

A vertigem tem início gradual e se desenvolve ao longo de várias horas; pode ocorrer vertigem prolongada, que dura de dias a semanas. A vertigem em pacientes com labirintite e neurite vestibular pode estar presente em repouso, diferentemente daquela em pacientes com vertigem posicional paroxística benigna. No entanto, pode ser desencadeada por movimentos.[5]

tontura

Pode significar um variedade de coisas, incluindo sensação de flutuação, desequilíbrio e comprometimento da cognição.

náuseas e vômitos

Náuseas e vômitos podem ter duração variável, geralmente durando de algumas horas a dias.[13]

perda auditiva

Típica na apresentação de labirintite. Pode ser unilateral ou bilateral.

A audição permanece intacta na neurite vestibular, pois a cóclea não é afetada.

nistagmo

É frequente a presença de nistagmo horizonto-rotatório espontâneo (movimento rápido e involuntário dos olhos) com a fase rápida indo em direção à orelha não envolvida.[1][4]

zumbido

Possível apresentação (ruído constante no ouvido) na labirintite. Incomum em neurite vestibular.[13]

otorreia

A otorreia alerta quanto à presença de otite média crônica ou aguda com perfuração da membrana timpânica.

Outros fatores diagnósticos

comuns

movimentos rápidos da cabeça ou do corpo relacionados à vertigem

Segue-se à vertigem aguda; indica compensação vestibular incompleta.

sintomas tipo influenza

A labirintite viral pode ocorrer durante uma doença como a gripe (influenza) ou durante doenças como sarampo ou caxumba. Febre, faringite e sintomas semelhantes aos da gripe (influenza) podem estar presentes se ocorrer labirintite ou neurite vestibular durante uma doença semelhante à gripe (influenza) ou durante doenças como sarampo ou caxumba.[16]

Incomuns

otalgia

Pode haver dor na orelha em pacientes com otite média crônica ou aguda.

Fatores de risco

Fortes

infecções virais

As infecções virais são presumidas como a causa mais comum de labirintite e neurite vestibular devido à ausência de outras causas diagnósticas evidentes, como as outras entidades listadas nesta seção. As doenças virais, em particular vírus de DNA, têm uma associação conhecida com outras mononeuropatias, como paralisia de Bell, neurite óptica e neuronite peritoneal.

Os agentes virais etiológicos para labirintite incluem o vírus da varicela-zóster, citomegalovírus, vírus da parotidite, vírus do sarampo, vírus da rubéola e HIV, e aqueles para neurite vestibular incluem o vírus da gripe (influenza), adenovírus, vírus do herpes simples, citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, vírus da rubéola e vírus parainfluenza.[3][16][18]

otite média crônica supurativa

As infecções crônicas da orelha média, como a otite média crônica supurativa (OMCS, inflamação persistente da orelha média ou da cavidade mastoide), se não tratadas a tempo, podem levar à difusão das toxinas bacterianas na orelha interna.[30]

Foi demonstrada invasão bacteriana direta na cápsula ótica na OMCS com ou sem colesteatoma acompanhante.

otite média aguda

As infecções agudas da orelha média geralmente resultam em labirintite serosa após difusão de toxinas bacterianas no labirinto membranoso.[2][30] A invasão bacteriana no ouvido interno não ocorre neste cenário, mas as toxinas das bactérias no ouvido médio se difundem no ouvido interno, causando um quadro de labirintite serosa.

colesteatoma

A erosão direta no labirinto ou no canal auditivo interno pelo colesteatoma (um acúmulo de tecido conjuntivo e epidérmico dentro da orelha média) aumenta o risco de evoluir para labirintite.[30]

[Figure caption and citation for the preceding image starts]: TC axial (sem contraste) do osso temporal da orelha esquerda demonstrando erosão direta no canal semicircular horizontal pelo colesteatomaDa coleção pessoal da Dra. Tiffany Hwa; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@34941548

meningite

A labirintite serosa resulta de toxinas bacterianas difundidas pela janela da cóclea ou pelo canal auditivo interno. A meningite bacteriana pode resultar em labirintite através da disseminação da infecção e dos mediadores inflamatórios no ouvido interno através do aqueduto coclear. O aqueduto coclear conecta o espaço subaracnoide à rampa do tímpano do giro basal proximal da cóclea. Meningite secundária a Streptococcus pneumoniae representa o maior risco de labirintite e resulta em perda auditiva.[31]

malformações da orelha interna

Comumente associadas a comunicações anormais entre a orelha interna e média.

Fracos

doenças autoimunes da orelha

A labirintite foi associada à doença autoimune da orelha interna (por exemplo, síndrome de Cogan ou doença de Behçet). Essas doenças raras causam danos mediados imunologicamente na orelha interna, resultando em perda auditiva e disfunção vestibular.

sífilis

História de doença sexualmente transmissível aumenta o risco de ter contraído sífilis.[3] Se não tratada, a sífilis eventualmente pode afetar o sistema nervoso central e a orelha interna (neurossífilis terciária).

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