Monitoramento

As principais preocupações nas crianças são otimizar o crescimento e prevenir a puberdade precoce. A preservação da fertilidade e da função sexual saudável, além da manutenção do bem-estar geral, são o foco do cuidado para os adultos. Em todas as idades, manter um índice de massa corporal (IMC) saudável, reduzir os fatores de risco cardiovascular, incluindo hipertensão, e manter o bem-estar geral são prioridades. O tratamento ideal para os adultos requer uma abordagem multidisciplinar, incluindo apoio psicológico de profissionais dedicados.[36]

O sucesso do tratamento das crianças afetadas depende de um delicado equilíbrio entre a supressão da secreção de androgênios adrenais e a administração de glicocorticoides para a manutenção de um crescimento normal. Nas crianças em crescimento, é recomendado um acompanhamento pelo menos a cada 3 meses. Na idade adulta, a frequência das consultas pode ser a cada 6 a 12 meses.[11][14]

Dados do crescimento, incluindo IMC, avaliação puberal e medição da pressão arterial, são exemplos dos parâmetros clínicos necessários em cada consulta. Em algumas clínicas, as concentrações séricas de importantes corticosteroides adrenais (17-hidroxiprogesterona, delta-4-androstenediona, testosterona) são monitoradas pela manhã em cada consulta clínica. A renina é monitorada nos pacientes com HAC perdedora de sal. A maturação óssea é avaliada pela idade óssea da mão esquerda, geralmente a cada 6 meses, usando-se o método de Greulich e Pyle.[37]​ Uma avaliação laboratorial adicional para determinar os fatores de risco cardiovascular pode ser considerada.

A partir da adolescência, devem-se começar avaliações por ultrassonografia testicular para se fazer o rastreamento para tumores testiculares de restos adrenais (TTRAs). O consenso de especialistas recomenda a cada 1 a 2 anos, se assintomáticos.[14]​ Nenhum rastreamento de rotina é recomendado para tumores ovarianos de restos adrenais, os quais são muito mais raros. Em ambos os sexos, o aumento da dosagem de hidrocortisona e o controle inadequado devem levar à consideração de um tumor de resto adrenal.

Nos pacientes adultos, o estudo da densidade mineral óssea é recomendado para um exame basal, com os planos de acompanhamento determinados com base nos resultados.[14]

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