Epidemiologia

A violência sexual é um problema mundial que atinge indivíduos de todas as idades. Mais da metade das mulheres e quase 1 em cada 3 homens sofreram violência sexual envolvendo contato físico em algum momento de suas vidas.[3][4]​​​​​ De acordo com um relatório encomendado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) em 2020, 12.7% das crianças do mundo foram abusadas sexualmente antes de completar 18 anos. Cerca de 1 em cada 5 meninas e 1 em cada 13 meninos em todo o mundo foram abusados ou explorados sexualmente antes de completar 18 anos.[5][6]​​​​​​ De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, pelo menos 1 em cada 4 meninas e 1 em cada 20 meninos nos EUA sofrem abuso sexual infantil.[7][8][9][10]​​​ No Reino Unido, estima-se que 1 em cada 20 crianças tenha sofrido abuso sexual.[11][12]

Adolescentes, especialmente meninas, são vítimas de abuso sexual com mais frequência do que crianças mais novas.[5][11]​​ De acordo com a UNICEF, aproximadamente 1 em cada 20 meninas entre 15 e 19 anos (cerca de 13 milhões) já foram submetidas a relação sexual forçada durante a vida.[5][13]​​ As meninas geralmente relatam taxas de vitimização duas a três vezes maiores que as dos meninos. No entanto, em certos contextos e ambientes organizacionais, descobriu-se que os meninos apresentam taxas mais altas de vitimização.

A maioria das crianças conhece seus agressores.[5][7]​ Embora a maioria das pessoas que causam danos sexuais a crianças sejam adolescentes ou adultos, crianças pequenas também podem causar danos sexuais a outras pessoas.[5]

É importante observar que estimar a prevalência de abuso sexual infantil é problemático devido às diferentes definições do que é considerado abuso, não apenas por parte de pesquisadores e formuladores de políticas, mas também pelas próprias vítimas. Além disso, a natureza sensível do tópico provavelmente influencia os relatórios oficiais e as taxas de resposta dos levantamentos. Dados sobre abuso online e exploração sexual também são limitados.[5]

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