Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

teste de cobertura

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Exame

Esse é o teste inicial de primeira escolha. Como esse teste requer um alto grau de cooperação do paciente, ele pode não ser adequado a crianças pequenas.

Os dois olhos se fixam em um objeto e um olho é coberto. Se o olho contralateral fizer um movimento de refixação, o estrabismo manifesto estará presente. Se o olho contralateral não fizer nenhum movimento, nenhum estrabismo manifesto estará presente. A direção do movimento de refixação é oposta à direção do desvio (por exemplo, se o olho contralateral fizer um movimento para fora quando o outro olho estiver coberto, o desvio terá sido para dentro e uma esotropia será diagnosticada).

Um teste de cobertura positivo indica a presença de estrabismo manifesto, e um teste de cobertura negativo indica a ausência de estrabismo manifesto.

Resultado

positivo: estrabismo manifesto presente; negativo: estrabismo manifesto ausente

teste prismático e de cobertura simultâneo (TPCS)

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Se um estrabismo manifesto for detectado no teste de cobertura, um TPCS será realizado para medir o ângulo do estrabismo manifesto.

Um prisma é introduzido em frente do olho que desvia e, ao mesmo tempo, o olho fixador é coberto.

Se o prisma neutralizar o estrabismo, nenhum movimento de refixação do olho que desvia será observado.

O estrabismo é descrito de acordo com sua qualidade (por exemplo, esotropia ou hipertropia) e tamanho (dioptros prismáticos nos EUA e graus na Europa).

Resultado

medição do ângulo do estrabismo manifesto

teste sem cobertura (TSC)

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Se o teste de cobertura for negativo (isto é, ausência de um estrabismo manifesto), a presença de um estrabismo latente será indicada por um TSC positivo.

Primeiro, o teste de cobertura é realizado e, se for negativo, a cobertura é removida. Se o olho descoberto fizer um movimento de refixação, o estrabismo latente (também conhecido como foria) estará presente.

Resultado

positivo: estrabismo latente presente

teste prismático e de cobertura alternado (TPCA)

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Depois do teste de cobertura e do teste sem cobertura, o TPCA é realizado para medir os ângulos dos estrabismos manifesto e latente.

Uma cobertura é colocada na frente de um olho e mantida lá por alguns segundos enquanto o paciente se fixa em um objeto (por exemplo, lê as letras de um cartaz). A cobertura é movida rapidamente para o olho contralateral e mantida lá por alguns segundos.

Os movimentos de refixação do olho descoberto são observados e podem ser neutralizados com prismas.

Resultado

medição do ângulo do estrabismo manifesto e latente

teste de Hirschberg

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Em pacientes que não conseguem cooperar com o teste de cobertura, é possível realizar o teste de Hirschberg.

Uma luz incide nos olhos à distância de um braço enquanto o paciente olha para a luz (fixa os olhos no alvo da luz). Se o reflexo da luz estiver centralizado simetricamente na córnea em cada olho, nenhum estrabismo manifesto estará presente. Se estiver descentralizado em um olho, o estrabismo manifesto será provável.

Resultados falso-positivos ocorrerão se o eixo visual não coincidir com o eixo pupilar (por exemplo, na ectopia da mácula). Resultados falso-negativos podem ser causados pela falta de fixação.

Esse teste pode ser usado para estimar o ângulo do estrabismo. O ângulo do estrabismo é aproximadamente 7 graus ou 15 dioptros prismáticos para cada deslocamento de 1 mm do reflexo da luz em relação ao centro da córnea.

Resultado

luz centralizada simetricamente em cada olho: nenhum estrabismo manifesto presente; luz descentralizada em um olho: estrabismo manifesto presente

teste de Krimsky

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Depois do teste de Hirschberg, o teste de Krimsky é realizado para medir o ângulo de desalinhamento.

Se o reflexo de uma luz de fixação estiver descentralizado na córnea de um olho (isto é, o olho que se desvia), um prisma será colocado sobre o olho fixador. Isso induzirá um movimento conjugado dos dois olhos (versão) na direção do ápice do prisma.

A força correta do prisma é alcançada quando a posição do reflexo da luz na córnea é simétrica entre os dois olhos.

Centralizar o reflexo da luz na córnea com um prisma sobre o olho fixador mede o ângulo do estrabismo.

Resultado

centralização do reflexo da luz na córnea com o prisma sobre o olho fixador: estrabismo presente

Investigações a serem consideradas

teste de versão

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Examina movimentos oculares conjugados (versões). Um alvo é movido em frente dos olhos e o paciente é instruído a acompanhá-lo com os dois olhos. O paciente deve relatar se ocorre visão dupla durante esse teste.

Os olhos são observados para verificar se há alguma excursão incompleta (por exemplo, abdução incompleta na paralisia do nervo abducente [VI nervo craniano]). A visão dupla observada pelo paciente ao olhar em determinada direção sugere desalinhamento.

Resultado

excursões oculares incompletas; visão dupla

teste de ducção

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Examina os movimentos de cada olho individualmente e é realizado após o teste de versão.

Se as excursões de um olho forem incompletas no teste de versão, o olho contralateral será coberto e as excursões serão examinadas novamente.

Se o achado anormal persistir, estrabismo restritivo ou paralítico será provável.

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persistência de excursões oculares incompletas

teste de ducção forçada

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Permite diferenciar as causas mecânicas e as de inervação (isto é, estrabismo restritivo e paralítico) da ducção anormal.

Em pacientes cooperativos, esse teste pode ser realizado no consultório. Caso contrário, a anestesia será necessária, por ser um exame desconfortável e doloroso. Primeiro, a superfície ocular é anestesiada com um anestésico tópico. O olho é seguro com um fórceps ou aplicador com ponta de algodão (o último método é mais confortável, porém menos preciso) e empurrado na direção do olhar que está sendo testado. Se o paciente estiver acordado, será instruído a olhar nessa direção e o examinador sentirá se há alguma restrição, anotando sua intensidade e localização.

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causa mecânica ou de inervação da ducção anormal

tomografia computadorizada (TC) ou ressonância nuclear magnética (RNM) da órbita

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A neuroimagem (RNM ou TC do cérebro e das órbitas) pode ser necessária para a avaliação dos estrabismos paralítico e restritivo adquiridos a fim de identificar a lesão e ajudar a definir o mecanismo subjacente.[17]

No trauma orbital ou doença de Graves, uma TC da órbita ajuda a identificar a causa do estrabismo (por exemplo, encarceramento de um músculo extraocular ou tecido orbital perimuscular em uma fratura orbital, músculos extraoculares aumentados na doença de Graves).

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fratura orbital: encarceramento de um músculo extraocular ou tecido orbital perimuscular; doença de Graves: músculos extraoculares aumentados

ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica

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A neuroimagem (RNM ou TC do cérebro e das órbitas) pode ser necessária para a avaliação dos estrabismos paralítico e restritivo adquiridos a fim de identificar a lesão e ajudar a definir o mecanismo da restrição.[17]​ Se for diagnosticada uma paralisia de nervo oculomotor (III nervo craniano), uma RNM/ARM (angiografia por ressonância magnética) será necessária para descartar um aneurisma da artéria comunicante posterior (às vezes, uma angiotomografia pode ser necessária).

No estrabismo devido à paralisia de um nervo craniano, uma lesão de massa deve ser descartada com uma RNM do cérebro, dependendo dos achados clínicos associados.

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possível lesão de massa

tomografia computadorizada (TC) do tórax

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Na miastenia gravis, um timoma deve ser descartado com uma TC do tórax.

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possível timoma

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