Abordagem

O manejo da síndrome da banda iliotibial (SBIT) é amplamente conservador, com o objetivo geral do tratamento sendo minimizar o atrito da banda iliotibial (BIT) conforme ela desliza sobre o côndilo femoral lateral.[35]​ Foram descritas quatro fases da SBIT, que orientam a abordagem de tratamento:[31]

  • Aguda (caracterizada por inflamação e dor)

  • Subaguda (começa após a inflamação e a dor diminuírem)

  • Recuperação e fortalecimento (começando assim que a amplitude de movimento e as restrições miofasciais forem resolvidas)

  • Retorno à corrida (começando quando os exercícios de fortalecimento em cadeia cinética fechada e aberta podem ser realizados sem dor)

Embora o tratamento conservador seja a base do tratamento, faltam evidências que sustentem sua eficácia. Estudos futuros de alta qualidade são necessários.[36][37][38]

Aguda

Na fase aguda, os objetivos do tratamento incluem reduzir a inflamação local e proporcionar alívio eficaz da dor com anti-inflamatórios não esteroidais.

Os pacientes devem ser orientados sobre a modificação da atividade. Na SBIT leve, isso envolve limitar a atividade física até o ponto (tempo ou distância) em que os sintomas começam. Na SBIT grave, os pacientes devem evitar atividades agravantes, mas podem considerar formas alternativas de atividade física que não envolvam o membro afetado. Qualquer atividade que exija movimentos repetitivos de flexão e extensão dos joelhos está proibida. Deve-se usar gelo na área afetada.

Injeções combinadas de anestésico local e corticosteroide são recomendadas para pacientes com dor intensa ou edema e em casos refratários.[39] [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Local de injeção na banda iliotibialDo acervo pessoal do Dr. J.C. Mak [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@7e11f87a

Subaguda

A fase subaguda é caracterizada pela diminuição da inflamação e da dor. Durante esta fase, a ênfase está no alongamento da BIT e na terapia de tecidos moles para quaisquer restrições miofasciais (por exemplo, pontos-gatilho, contraturas musculares, aderências fasciais), o que auxilia no fortalecimento e na reeducação muscular. Essa abordagem pode ser combinada com o uso de um rolo de espuma.

Recuperação e fortalecimento

A recuperação e o fortalecimento podem começar quando a amplitude de movimento e as restrições miofasciais forem resolvidas. Esta fase se concentra em exercícios de fortalecimento para promover padrões de movimento e melhorar a força dos abdutores do quadril.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Abdução do quadril em decúbito lateral com o quadril estendido para ênfase posterior do glúteo médioBaker RL et al. Síndrome da banda iliotibial em corredores: implicações biomecânicas e intervenções de exercício. Phys Med Rehabil Clin N Am. 2016 Feb;27(1):53-77; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@403fc0fa

Retorno às corridas

Nesta fase final, que começa quando exercícios de fortalecimento em cadeia cinética fechada e aberta podem ser realizados sem dor, os pacientes são gradualmente reintroduzidos à corrida.

Refratário ao tratamento conservador: cirurgia

A maioria dos pacientes responderá a uma abordagem de tratamento conservadora.[38]​ Entretanto, ocasionalmente, pode ser necessária cirurgia para diminuir o pinçamento da BIT no epicôndilo femoral lateral. A cirurgia envolve a ressecção, com o membro inferior fletido a 30°, de uma parte triangular da BIT da área sobrejacente ao epicôndilo lateral. Além disso, a técnica PLAR (que combina alongamento percutâneo da BIT e desbridamento artroscópico do recesso sinovial lateral) pode ser eficaz para permitir o retorno aos níveis anteriores de desempenho esportivo.[40]

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