Não há tratamento específico disponível. O dano renal estabelecido não é reversível, e as opções de manejo são limitadas. Eliminar infecções do trato urinário (ITUs) recorrentes, bem como identificar e corrigir quaisquer problemas urinários anatômicos ou funcionais subjacentes (por exemplo, obstrução, urolitíase) pode prevenir outros danos renais. No entanto, a menos que sejam documentadas infecções contínuas, tratamento com antibióticos nesses pacientes geralmente não é útil.[44]Garin EH, Olavarria F, Garcia Nieto V, et al. Clinical significance of primary vesicoureteral reflux and urinary antibiotic prophylaxis after acute pyelonephritis: a multicenter, randomized, controlled study. Pediatrics. 2006 Mar;117(3):626-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16510640?tool=bestpractice.com
Recomenda-se que os pacientes sejam encaminhados para consulta com um nefrologista/urologista. A pielonefrite xantogranulomatosa (PNX) e a pielonefrite enfisematosa (PNE) são subgrupos incomuns de pielonefrite crônica, e são manejadas cirurgicamente.
PNX
Geralmente, a nefrectomia é o tratamento de primeira escolha; no entanto, é possível realizar uma nefrectomia parcial em pacientes com doença focal.
Antibióticos para o tratamento da infecção devem ser administrados antes e após a cirurgia, a fim de cobrir organismos gram-negativos. O tratamento com antibióticos inclui cefalosporinas de terceira geração, fluoroquinolonas, penicilinas de espectro estendido, aminoglicosídeos e antibióticos carbapenêmicos.
Em um caso de aumento da resistência ao medicamento em uropatógenos, os seguintes antibióticos mais novos estão aprovados em alguns países para uso em adultos com ITU complicada causada por organismos suscetíveis que têm opções limitadas ou nenhuma opção alternativa: meropeném/vaborbactam, plazomicina, cefiderocol e imipeném/cilastatina/relebactam.[45]Dhillon S. Meropenem/vaborbactam: a review in complicated urinary tract infections. Drugs. 2018 Aug;78(12):1259-70.
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs40265-018-0966-7
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30128699?tool=bestpractice.com
[46]Wagenlehner FME, Cloutier DJ, Komirenko AS, et al. Once-daily plazomicin for complicated urinary tract infections. N Engl J Med. 2019 Feb 21;380(8):729-40.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1801467
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30786187?tool=bestpractice.com
[47]Tamma PD, Heil EL, Justo JA, et al. Infectious Diseases Society of America 2024 guidance on the treatment of antimicrobial-resistant gram-negative infections. Clin Infect Dis. 2024 Aug 7:ciae403.
https://academic.oup.com/cid/advance-article/doi/10.1093/cid/ciae403/7728556
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39108079?tool=bestpractice.com
A doença raramente compromete os dois rins e não mostrou progredir sequencialmente de um rim para o outro, e a ressecção cirúrgica é curativa.[16]Grainger RG, Longstaff AJ, Parsons MA. Xanthogranulomatous pyelonephritis: a reappraisal. Lancet. 1982 Jun 19;1(8286):1398-401.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6123688?tool=bestpractice.com
PNE
A maioria dos pacientes fica agudamente doente, e mostrou-se que a estabilização no pronto-socorro com a ressuscitação fluídica adequada e oxigenação dos tecidos diminui a morbidade e melhorar a mortalidade.[26]Rivers E, Nguyen B, Havstad S, et al. Early goal-directed therapy in the treatment of severe sepsis and septic shock. N Engl J Med. 2001 Nov 8;345(19):1368-77.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa010307
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11794169?tool=bestpractice.com
A maioria dos pacientes com PNE são diabéticos. Mostrou-se que o controle extremamente rigoroso da glicose melhora os desfechos em modelos experimentais de sepse e em pacientes diabéticos com infecções graves.[48]Heuer JG, Sharma GR, Zhang T, et al. Effects of hyperglycemia and insulin therapy on outcome in a hyperglycemic septic model of critical illness. J Trauma. 2006 Apr;60(4):865-72.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16612310?tool=bestpractice.com
[49]Krinsley JS. Effect of an intensive glucose management protocol on the mortality of critically ill adult patients. Mayo Clin Proc. 2004 Aug;79(8):992-1000.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15301325?tool=bestpractice.com
Dependendo da gravidade da doença, a PNE pode ser tratada com drenagem percutânea, antibióticos ou, se o paciente estiver gravemente doente com agravamento da sepse, nefrectomia.[1]Huang JJ, Tseng CC. Emphysematous pyelonephritis: clinicoradiological classification, management, prognosis, and pathogenesis. Arch Intern Med. 2000 Mar 27;160(6):797-805.
https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/485260
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10737279?tool=bestpractice.com
[18]Rubenstein JN, Schaeffer AJ. Managing complicated urinary tract infections: the urologic view. Infect Dis Clin North Am. 2003 Jun;17(2):333-51.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12848473?tool=bestpractice.com
[50]Somani BK, Nabi G, Thorpe P, et al; ABACUS Research Group. Is percutaneous drainage the new gold standard in the management of emphysematous pyelonephritis? Evidence from a systematic review. J Urol. 2008 May;179(5):1844-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18353396?tool=bestpractice.com
O tratamento com antibióticos para organismos formadores de gás inclui cefalosporinas de terceira geração, fluoroquinolonas, penicilinas de espectro estendido, aminoglicosídeos e antibióticos carbapenêmicos. O tratamento empírico depende, em parte, dos padrões locais de sensibilidade bacteriana.[51]Gupta K, Hooton TM, Naber KG, et al. International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: a 2010 update by the Infectious Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clin Infect Dis. 2011 Mar 1;52(5):e103-20.
https://academic.oup.com/cid/article/52/5/e103/388285
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21292654?tool=bestpractice.com
Em um caso de aumento da resistência ao medicamento em uropatógenos, os seguintes antibióticos mais novos estão aprovados em alguns países para uso em adultos com ITU complicada causada por organismos suscetíveis que têm opções limitadas ou nenhuma opção alternativa: meropeném/vaborbactam, plazomicina, cefiderocol e imipeném/cilastatina/relebactam.[45]Dhillon S. Meropenem/vaborbactam: a review in complicated urinary tract infections. Drugs. 2018 Aug;78(12):1259-70.
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs40265-018-0966-7
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30128699?tool=bestpractice.com
[46]Wagenlehner FME, Cloutier DJ, Komirenko AS, et al. Once-daily plazomicin for complicated urinary tract infections. N Engl J Med. 2019 Feb 21;380(8):729-40.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1801467
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30786187?tool=bestpractice.com
[47]Tamma PD, Heil EL, Justo JA, et al. Infectious Diseases Society of America 2024 guidance on the treatment of antimicrobial-resistant gram-negative infections. Clin Infect Dis. 2024 Aug 7:ciae403.
https://academic.oup.com/cid/advance-article/doi/10.1093/cid/ciae403/7728556
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39108079?tool=bestpractice.com