Doença cardiovascular diabética
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
infarto agudo do miocárdio ou angina instável
intervenção coronariana e tratamento clínico
Para pessoas com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e sintomas isquêmicos por <12 horas, a intervenção coronária percutânea primária (ICP) é recomendada para melhorar a sobrevida.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com A ICP primária é superior à terapia fibrinolítica e, portanto, a terapia fibrinolítica só é recomendada se a ICP não estiver imediatamente disponível (ou seja, dentro de 120 minutos).[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com Uma análise de dados de 11 ensaios clínicos comparou a ICP com a terapia fibrinolítica em 2725 pacientes com IAMCSST, incluindo 367 pacientes com diabetes.[342]Grines C, Patel A, Zijlstra F, et al. Primary coronary angioplasty compared with intravenous thrombolytic therapy for acute myocardial infarction: six-month follow up and analysis of individual patient data from randomized trials. Am Heart J. 2003 Jan;145(1):47-57. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12514654?tool=bestpractice.com Entre os pacientes com diabetes, a taxa de mortalidade ou de reinfarto não fatal em 30 dias foi de 19.3% para aqueles tratados com fibrinolíticos e de 9.2% para aqueles submetidos a uma ICP primária. Se o início dos sintomas isquêmicos tiver sido há ≥12 horas e o paciente estiver em choque cardiogênico ou apresentar instabilidade hemodinâmica, a ICP primária é indicada, ou a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) se a ICP não for viável.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com A ICP também pode ser razoável nos pacientes estáveis e que se apresentarem de 12 a 24 horas após o início dos sintomas, bem como naqueles cujo IAMCSST for complicado por isquemia continuada, insuficiência cardíaca aguda grave ou arritmia com risco à vida.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com
A síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCA-SSST) manifesta-se mais comumente como IAM sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST), mas também pode se apresentar como angina instável.[344]Byrne RA, Rossello X, Coughlan JJ, et al. 2023 ESC guidelines for the management of acute coronary syndromes. Eur Heart J. 2023 Oct 12;44(38):3720-826. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/38/3720/7243210 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622654?tool=bestpractice.com A estratégia invasiva imediata (angiografia coronária com intenção de revascularização) é necessária nos pacientes com IAMSSST e choque cardiogênico, angina refratária ou instabilidade hemodinâmica/elétrica.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com A estratégia invasiva precoce (geralmente dentro de 24 horas) é recomendada para os pacientes com alto risco de eventos cardiovasculares: por exemplo, aqueles com um escore alto no Registro Global de Eventos Coronários Agudos (GRACE). Os pacientes com IAMSSST de risco baixo ou intermediário devem ser submetidos a angiografia coronária antes da alta com a intenção de revascularização. A estratégia invasiva é importante no IAMSSST, pois ajudará a determinar a adequação para revascularização e o modo apropriado (ICP vs. CRM).[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com
Todos os pacientes com IAMCSST ou IAMSSST (ou seja, síndrome coronariana aguda [SCA]) devem receber aspirina e um inibidor oral de P2Y12 (por exemplo, clopidogrel, prasugrel, ticagrelor).[336]Rao SV, O'Donoghue ML, Ruel M, et al. 2025 ACC/AHA/ACEP/NAEMSP/SCAI guideline for the management of patients with acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2025 Apr;151(13):e771-862. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000001309 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/40014670?tool=bestpractice.com Os médicos também devem considerar betabloqueadores, nitratos e inibidores da ECA como parte do manejo precoce abrangente.[336]Rao SV, O'Donoghue ML, Ruel M, et al. 2025 ACC/AHA/ACEP/NAEMSP/SCAI guideline for the management of patients with acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2025 Apr;151(13):e771-862. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000001309 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/40014670?tool=bestpractice.com
Para obter informações mais abrangentes sobre o manejo do quadro agudo dessas doenças, consulte Infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento STInfarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST e Angina instável.
Níveis glicêmicos não controlados no período perioperatório ou periprocedural estão associados a desfechos adversos para os pacientes com diabetes. Um bom controle glicêmico está associado a internações hospitalares mais curtas, menor probabilidade de nova internação e melhores taxas de sobrevida pós-operatória.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Entretanto, os ensaios de controle glicêmico rigoroso em pacientes em estado crítico produziram resultados mistos.[371]Inzucchi SE. Clinical practice. Management of hyperglycemia in the hospital setting. N Engl J Med. 2006 Nov 2;355(18):1903-11.[372]Van den Berghe G, Wilmer A, Hermans G, et al. Intensive insulin therapy in the medical ICU. N Engl J Med. 2006 Feb 2;354(5):449-61. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa052521 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16452557?tool=bestpractice.com Em um estudo de pacientes com síndrome coronariana aguda que apresentaram hiperglicemia, o controle intensivo da glicose foi associado a lesões e não reduziu a extensão dos infartos.[306]de Mulder M, Umans VA, Cornel JH, et al. Intensive glucose regulation in hyperglycemic acute coronary syndrome: results of the randomized BIOMarker study to identify the acute risk of a coronary syndrome-2 (BIOMArCS-2) glucose trial. JAMA Intern Med. 2013 Nov 11;173(20):1896-904. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/1735896 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24018647?tool=bestpractice.com Um grande ensaio clínico randomizado e controlado também levantou questões sobre valores-alvo glicêmicos intensivos em pacientes hospitalizados, relatando menor mortalidade em pacientes de unidade de terapia intensiva (UTI) tratados com um valores-alvo glicêmicos de ≤10 mmol/L (≤180 mg/dL) em comparação com aqueles tratados com um valor-alvo muito mais restrito de 4.5 a 6.0 mmol/L (81 a 108 mg/dL).[307]Finfer S, Chittock DR, Su SY, et al; NICE-SUGAR Study Investigators. Intensive versus conventional glucose control in critically ill patients. N Engl J Med. 2009 Mar 26;360(13):1283-97. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0810625 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19318384?tool=bestpractice.com Esses achados levantaram preocupações sobre se a redução da glicose sanguínea abaixo de aproximadamente 7.8 a 10.0 mmol/L (140 a 180 mg/dL) fornece algum benefício adicional no cenário de UTI.[308]Inzucchi SE, Siegel MD. Glucose control in the ICU: how tight is too tight? N Engl J Med. 2009 Mar 26;360(13):1346-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19318385?tool=bestpractice.com Em contraste, um ensaio clínico randomizado e controlado de pacientes hiperglicêmicos (glicose ≥7.8 mmol/L [≥140 mg/dL]) com IAMCSST submetidos a ICP precoce revelou que o controle glicêmico periprocedimento intensivo levou a uma redução de 50% na reestenose em 6 meses em comparação com o manejo convencional.[343]Marfella R, Sasso FC, Siniscalchi M, et al. Peri-procedural tight glycemic control during early percutaneous coronary intervention is associated with a lower rate of in-stent restenosis in patients with acute ST-elevation myocardial infarction. J Clin Endocrinol Metab. 2012 Aug;97(8):2862-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22639289?tool=bestpractice.com
A American Diabetes Association (ADA) recomenda que, nos pacientes em estado crítico, a insulinoterapia deve ser iniciada para a hiperglicemia ≥10 mmol/L (≥180 mg/dL) persistente (confirmada em duas ocasiões dentro de 24 horas).[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Uma vez iniciada a insulina, o valor-alvo glicêmico na faixa de 7.8 a 10.0 mmol/L (140 a 180 mg/dL) é recomendado para a maioria dos pacientes.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Metas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas para pacientes selecionados, desde que possam ser alcançadas sem hipoglicemia significativa.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 O manejo deve ser orientado por um protocolo de insulina intravenosa com eficácia e segurança comprovadas para atingir os valores-alvo glicêmicos sem aumentar o risco de hipoglicemia grave.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
doença arterial coronariana altamente significativa: sem infarto agudo do miocárdio ou angina instável
cirurgia de revascularização miocárdica e controle glicêmico perioperatório rigoroso
As diretrizes para revascularização de artérias coronárias de 2021 do American College of Cardiology/American Heart Association/Society for Cardiovascular Angiography and Interventions recomendam a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) para a doença do tronco coronário esquerdo.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com No entanto, eles reconhecem que é razoável considerar a ICP nos pacientes com doença de complexidade baixa ou intermediária no restante da anatomia coronária.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com
A infusão intravenosa de insulina proporciona uma absorção mais confiável e permite um ajuste rápido em comparação com a injeção subcutânea. No período perioperatório da CRM, o controle eficaz da glicose pode reduzir o risco de complicações infecciosas (incluindo infecção da ferida esternal e mediastinite), diminuir a mortalidade cardíaca devido à falha na bomba e diminuir a incidência de taquicardia supraventricular.[309]Kirdemir P, Yildirim V, Kiris I, et al. Does continuous insulin therapy reduce postoperative supraventricular tachycardia incidence after coronary artery bypass operations in diabetic patients? J Cardiothorac Vasc Anesth. 2008 Jun;22(3):383-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18503925?tool=bestpractice.com [310]Lazar HL, Chipkin SR, Fitzgerald CA, et al. Tight glycemic control in diabetic coronary artery bypass graft patients improves perioperative outcomes and decreases recurrent ischemic events. Circulation. 2004 Mar 30;109(12):1497-502. http://circ.ahajournals.org/content/109/12/1497.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15006999?tool=bestpractice.com [311]Wang YY, Hu SF, Ying HM, et al. Postoperative tight glycemic control significantly reduces postoperative infection rates in patients undergoing surgery: a meta-analysis. BMC Endocr Disord. 2018 Jun 22;18(1):42. https://bmcendocrdisord.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12902-018-0268-9 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29929558?tool=bestpractice.com
revascularização e controle glicêmico rigoroso perioperatório
Os pacientes com diabetes e doença arterial coronariana (DAC) de múltiplos vasos complexa devem ser submetidos a uma abordagem por uma equipe cardíaca multidisciplinar para a revascularização, incluindo um cardiologista intervencionista e um cirurgião cardíaco.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com
A intervenção coronária percutânea (ICP) com stents farmacológicos com eluição de medicamentos ou a cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) podem ser adequadas a depender de fatores como localização anatômica da lesão, comprimento da lesão, presença de oclusões totais crônicas, função ventricular esquerda e comorbidade. A CRM geralmente é recomendada preferencialmente à ICP para melhorar a sobrevida nos pacientes com diabetes e DAC de múltiplos vasos nos quais a revascularização mecânica oferece maior probabilidade de melhora da sobrevida.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com [345]Patel MR, Calhoon JH, Dehmer GJ, et al. ACC/AATS/AHA/ASE/ASNC/SCAI/SCCT/STS 2017 appropriate use criteria for coronary revascularization in patients with stable ischemic heart disease: a report of the American College of Cardiology Appropriate Use Criteria Task Force, American Association for Thoracic Surgery, American Heart Association, American Society of Echocardiography, American Society of Nuclear Cardiology, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Cardiovascular Computed Tomography, and Society of Thoracic Surgeons. J Am Coll Cardiol. 2017 May 2;69(17):2212-41. http://www.onlinejacc.org/content/69/17/2212 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28291663?tool=bestpractice.com [346]Farkouh ME, Domanski M, Dangas GD, et al; FREEDOM Follow-On Study Investigators. Long-term survival following multivessel revascularization in patients with diabetes: the FREEDOM follow-on study. J Am Coll Cardiol. 2019 Feb 19;73(6):629-38. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30428398?tool=bestpractice.com Isso é particularmente recomendado caso seja usado um enxerto de artéria mamária interna esquerda para a artéria descendente anterior (LIMA-LAD) e o paciente seja um bom candidato à cirurgia.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com
A infusão intravenosa de insulina proporciona uma absorção mais confiável e permite um ajuste rápido em comparação com a injeção subcutânea. No período perioperatório da CRM, o controle eficaz da glicose pode reduzir o risco de complicações infecciosas (incluindo infecção da ferida esternal e mediastinite), diminuir a mortalidade cardíaca devido à falha na bomba e diminuir a incidência de taquicardia supraventricular.[309]Kirdemir P, Yildirim V, Kiris I, et al. Does continuous insulin therapy reduce postoperative supraventricular tachycardia incidence after coronary artery bypass operations in diabetic patients? J Cardiothorac Vasc Anesth. 2008 Jun;22(3):383-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18503925?tool=bestpractice.com [310]Lazar HL, Chipkin SR, Fitzgerald CA, et al. Tight glycemic control in diabetic coronary artery bypass graft patients improves perioperative outcomes and decreases recurrent ischemic events. Circulation. 2004 Mar 30;109(12):1497-502. http://circ.ahajournals.org/content/109/12/1497.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15006999?tool=bestpractice.com [311]Wang YY, Hu SF, Ying HM, et al. Postoperative tight glycemic control significantly reduces postoperative infection rates in patients undergoing surgery: a meta-analysis. BMC Endocr Disord. 2018 Jun 22;18(1):42. https://bmcendocrdisord.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12902-018-0268-9 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29929558?tool=bestpractice.com
tratamento clínico
Em pacientes estáveis com doença coronariana em um único vaso e sem síndrome coronariana aguda recente ou disfunção ventricular esquerda, o tratamento inicial é conservador e envolve a terapia medicamentosa para doença arterial coronariana orientada por diretrizes. Isso pode incluir agentes anti-hipertensivos, agentes hipolipemiantes e terapia antiagregante plaquetária.[312]Virani SS, Newby LK, Arnold SV, et al. 2023 AHA/ACC/ACCP/ASPC/NLA/PCNA guideline for the management of patients with chronic coronary disease: a report of the American Heart Association/American College of Cardiology Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2023 Aug 29;148(9):e9-119. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000001168 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37471501?tool=bestpractice.com Quando otimizada, a terapia medicamentosa demonstrou desfechos semelhantes aos da revascularização.[364]Boden WE, O'Rourke RA, Teo KK, et al. Optimal medical therapy with or without PCI for stable coronary disease. N Engl J Med. 2007 Apr 12;356(15):1503-16. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa070829 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17387127?tool=bestpractice.com [365]Maron DJ, Hochman JS, Reynolds HR, et al. Initial invasive or conservative strategy for stable coronary disease. N Engl J Med. 2020 Apr 9;382(15):1395-407. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7263833 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32227755?tool=bestpractice.com Essa abordagem precisa de discussão entre paciente e médico para adaptar a terapia com base nos sintomas, na resposta à terapia, na expertise disponível e nas preferências do paciente.
revascularização e controle glicêmico rigoroso perioperatório
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A utilidade da revascularização coronária para melhorar a sobrevida é incerta nos pacientes com doença coronariana em um único vaso envolvendo a artéria descendente anterior proximal com uma função ventricular esquerda normal.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com
A revascularização pode ser considerada após uma discussão médico-paciente, bem como uma discussão da equipe cardíaca em relação à utilidade e ao tempo.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com
A revascularização coronária também tem um papel importante em pacientes sintomáticos com angina refratária à terapia medicamentosa máxima.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com
Se a revascularização for indicada e a anatomia for passível de intervenção coronária percutânea (ICP), a ICP é preferencial ao invés da cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) para a doença arterial coronariana em um único vaso.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com [345]Patel MR, Calhoon JH, Dehmer GJ, et al. ACC/AATS/AHA/ASE/ASNC/SCAI/SCCT/STS 2017 appropriate use criteria for coronary revascularization in patients with stable ischemic heart disease: a report of the American College of Cardiology Appropriate Use Criteria Task Force, American Association for Thoracic Surgery, American Heart Association, American Society of Echocardiography, American Society of Nuclear Cardiology, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Cardiovascular Computed Tomography, and Society of Thoracic Surgeons. J Am Coll Cardiol. 2017 May 2;69(17):2212-41. http://www.onlinejacc.org/content/69/17/2212 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28291663?tool=bestpractice.com
A infusão intravenosa de insulina proporciona uma absorção mais confiável e permite um ajuste rápido em comparação com a injeção subcutânea. No cenário perioperatório de CRM, o controle eficaz da glicose pode reduzir o risco de complicações infecciosas (incluindo infecção da ferida esternal e mediastinite), diminuir a mortalidade cardíaca devido à falha na bomba e diminuir a incidência de taquicardia supraventricular.[310]Lazar HL, Chipkin SR, Fitzgerald CA, et al. Tight glycemic control in diabetic coronary artery bypass graft patients improves perioperative outcomes and decreases recurrent ischemic events. Circulation. 2004 Mar 30;109(12):1497-502. http://circ.ahajournals.org/content/109/12/1497.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15006999?tool=bestpractice.com [311]Wang YY, Hu SF, Ying HM, et al. Postoperative tight glycemic control significantly reduces postoperative infection rates in patients undergoing surgery: a meta-analysis. BMC Endocr Disord. 2018 Jun 22;18(1):42. https://bmcendocrdisord.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12902-018-0268-9 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29929558?tool=bestpractice.com
doença cardiovascular diabética: estável e/ou após intervenção
inibidor da enzima conversora da angiotensina (IECA) ou antagonista do receptor de angiotensina II
As diretrizes da European Society of Cardiology e American Heart Association (AHA)/American College of Cardiology recomendam o uso de um inibidor da ECA (ou um antagonista do receptor de angiotensina II, se um inibidor da ECA for contraindicado ou não tolerado) em pacientes com doença coronariana crônica e diabetes, mesmo na ausência de hipertensão, para reduzir o risco cardiovascular, particularmente naqueles com insuficiência cardíaca (IC) ou doença renal crônica (DRC).[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [312]Virani SS, Newby LK, Arnold SV, et al. 2023 AHA/ACC/ACCP/ASPC/NLA/PCNA guideline for the management of patients with chronic coronary disease: a report of the American Heart Association/American College of Cardiology Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2023 Aug 29;148(9):e9-119. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000001168 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37471501?tool=bestpractice.com [313]Vrints C, Andreotti F, Koskinas KC, et al. 2024 ESC guidelines for the management of chronic coronary syndromes. Eur Heart J. 2024 Sep 29;45(36):3415-537. https://academic.oup.com/eurheartj/article/45/36/3415/7743115
Em contraste, a American Diabetes Association (ADA) adota uma estratégia mais direcionada, recomendando inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II principalmente para pacientes com diabetes e hipertensão que tenham DCVA estabelecida ou tenham idade ≥55 anos com fatores de risco cardiovascular adicionais.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A ADA também recomenda fortemente inibidores da ECA ou antagonistas do receptor de angiotensina II para o tratamento da hipertensão em pacientes com diabetes e DRC, particularmente aqueles com albuminúria (relação albumina/creatinina urinária ≥30 mg/g), para reduzir o risco de progressão da DRC e eventos cardiovasculares.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Ela também recomenda que um desses medicamentos seja oferecido a pacientes com diabetes e IC sintomática (estágio C) para reduzir a morbidade e a mortalidade, e àqueles com IC assintomática (estágio B) para reduzir o risco de progressão para IC sintomática.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Os inibidores da ECA e os antagonistas do receptor de angiotensina II não devem ser usados em combinação devido ao aumento do risco de lesão renal aguda e hipercalemia.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [316]Palmer SC, Mavridis D, Navarese E, et al. Comparative efficacy and safety of blood pressure-lowering agents in adults with diabetes and kidney disease: a network meta-analysis. Lancet. 2015 May 23;385(9982):2047-56. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26009228?tool=bestpractice.com Pode ser necessária uma redução da dose nos pacientes com comprometimento renal. Os IECAs também mostraram um aumento do risco para hipoglicemia em associação com a insulina ou com secretagogos de insulina (como sulfonilureias ou meglitinidas).[317]Scheen AJ. Drug interactions of clinical importance with antihyperglycaemic agents: an update. Drug Saf. 2005;28(7):601-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15963007?tool=bestpractice.com
A creatinina sérica/taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) e o potássio devem ser verificados dentro de 7 a 14 dias do início do tratamento com um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II, bem como após os aumentos de doses e, então, nas consultas de rotina subsequentes.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Opções primárias
lisinopril: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia
ou
enalapril: 2.5 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/dia
ou
captopril: 6.25 mg por via oral três vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 150 mg/dia
Opções secundárias
candesartana: 4 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 32 mg/dia
ou
irbesartana: 75 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia
ou
losartana: 25-50 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 150 mg/dia
ou
valsartana: 40 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 320 mg/dia
terapia anti-hipertensiva adicional
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A American Diabetes Association (ADA) recomenda uma abordagem individualizada para o manejo da pressão arterial (PA), considerando a terapia medicamentosa anti-hipertensiva para todos os pacientes não gestantes com diabetes, cuja PA esteja persistentemente elevada ≥130/80 mmHg. As diretrizes recomendam uma meta de <130/80 mmHg para as pessoas não gestantes com diabetes, desde que isso possa ser alcançado com segurança.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [61]Whelton PK, Carey RM, Aronow WS, et al. 2017 ACC/AHA/AAPA/ABC/ACPM/AGS/APhA/ASH/ASPC/NMA/PCNA guideline for the prevention, detection, evaluation, and management of high blood pressure in adults: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines. J Am Coll Cardiol. 2018 May 15;71(19):e127-248. http://www.onlinejacc.org/content/71/19/e127 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29146535?tool=bestpractice.com [62]Blonde L, Umpierrez GE, Reddy SS, et al. American Association of Clinical Endocrinology clinical practice guideline: developing a diabetes mellitus comprehensive care plan-2022 update. Endocr Pract. 2022 Oct;28(10):923-1049. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1530891X22005766 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35963508?tool=bestpractice.com
A ADA recomenda iniciar um agente anti-hipertensivo para os pacientes com PA inicial ≥130/80 e <150/90 mmHg, e iniciar dois agentes anti-hipertensivos para aqueles com PA inicial ≥150/90 mmHg.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Para pacientes com diabetes que têm doença arterial coronariana (DAC) ou doença renal crônica (DRC) e/ou albuminúria (TFGe <60 mL/minuto/1.73 m², relação albumina/creatinina urinária ≥30 mg/g de creatinina), a terapia anti-hipertensiva inicial deve ser com um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II, se um inibidor da ECA não for tolerado (uma redução de dose pode ser necessária nos pacientes com comprometimento renal).[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Entretanto, podem ser necessários agentes anti-hipertensivos adicionais.
Para aqueles cuja PA for ≥150/90 mmHg, um bloqueador dos canais de cálcio (por exemplo, anlodipino, felodipino, nifedipino) ou um diurético tiazídico (por exemplo, hidroclorotiazida) deve ser considerado adicionalmente no início do tratamento.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Os betabloqueadores (por exemplo, metoprolol, bisoprolol, carvedilol) podem ser apropriados para melhorar os desfechos como agentes anti-hipertensivos nos pacientes com infarto do miocárdio (IAM) prévio, angina ativa, fibrilação atrial com resposta ventricular rápida, ou insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Esses pacientes geralmente começam a receber betabloqueadores isoladamente, sendo adicionadas outras terapias anti-hipertensivas conforme necessárias. Se um betabloqueador for indicado, um agente com efeitos vasodilatadores deve ser selecionado para reduzir o risco de efeitos metabólicos adversos.[116]Arnold SV, Bhatt DL, Barsness GW, et al. Clinical management of stable coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2020 May 12;141(19):e779-806. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000766 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32279539?tool=bestpractice.com Os betabloqueadores podem mascarar os sintomas de hipoglicemia e também têm o potencial de exacerbar os episódios hipoglicêmicos, principalmente quando usados concomitantemente com sulfonilureias.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [320]Carnovale C, Gringeri M, Battini V, et al. Beta-blocker-associated hypoglycaemia: new insights from a real-world pharmacovigilance study. Br J Clin Pharmacol. 2021 Aug;87(8):3320-31. https://bpspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/bcp.14754 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33506522?tool=bestpractice.com [321]Dimakos J, Cui Y, Platt RW, et al. Concomitant use of sulfonylureas and β-blockers and the risk of Severe hypoglycemia among patients with type 2 diabetes: a population-based cohort study. Diabetes Care. 2023 Feb 1;46(2):377-83. https://diabetesjournals.org/care/article/46/2/377/148065/Concomitant-Use-of-Sulfonylureas-and-Blockers-and http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36525638?tool=bestpractice.com
A terapia medicamentosa múltipla é frequentemente necessária para atingir as metas anti-hipertensivas.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Se a PA permanecer descontrolada com a monoterapia, adicione um agente de uma classe de primeira linha diferente.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Se a PA permanecer descontrolada apesar de uma terapia combinada com agentes de primeira linha (ou seja, três classes de medicamentos anti-hipertensivos, incluindo um diurético, associados a modificações no estilo de vida), descontinue ou minimize as substâncias interferentes, como anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), avalie quanto a causas de hipertensão secundária (incluindo apneia obstrutiva do sono) e considere a adição de um antagonista da aldosterona (por exemplo, espironolactona, eplerenona).[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [116]Arnold SV, Bhatt DL, Barsness GW, et al. Clinical management of stable coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2020 May 12;141(19):e779-806. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000766 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32279539?tool=bestpractice.com O encaminhamento a um especialista em hipertensão também pode ser necessário.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [116]Arnold SV, Bhatt DL, Barsness GW, et al. Clinical management of stable coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2020 May 12;141(19):e779-806. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000766 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32279539?tool=bestpractice.com O número de terapias anti-hipertensivas necessárias variará entre os pacientes, e depende da sua situação clínica e da tolerância.
As pessoas com diabetes e hipertensão devem monitorar sua PA em casa, além de checá-la regularmente em um ambiente clínico.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A creatinina sérica/TFGe e o potássio devem ser verificados dentro de 7 a 14 dias após o início do tratamento com um antagonista da aldosterona ou diurético, bem como após o aumento da dose e, então, regularmente em consultas de rotina subsequentes.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Opções primárias
hidroclorotiazida: 12.5 a 25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia
--E/OU--
anlodipino: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
felodipino: 2.5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
nifedipino: 30-60 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 90 mg/dia
--E/OU--
metoprolol: 50 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 450 mg/dia
ou
bisoprolol: 2.5 a 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 20 mg/dia
ou
carvedilol: 6.25 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia inicialmente, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 50 mg/dia
--E/OU--
espironolactona: 25-100 mg/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas
ou
eplerenona: 50 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia
controle de lipídios
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para pacientes com diabetes e doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA) estabelecida, as diretrizes europeias e americanas recomendam uma meta de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C) de <1.42 mmol/L (<55 mg/dL) e pelo menos uma redução de 50% em relação ao basal.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [115]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000625 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com
Estatinas são o agente de primeira linha para o tratamento farmacológico de dislipidemia e podem ter efeitos terapêuticos adicionais independentes da ação hipolipemiante.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A terapia com estatinas de intensidade moderada reduz o LDL-C em 30% a 50%, enquanto a terapia com estatinas de alta intensidade reduz em ≥50%.[115]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000625 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com A terapia com estatinas em baixas doses geralmente não é recomendada para as pessoas com diabetes, mas às vezes é a única dose de estatina que um indivíduo pode tolerar.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
As diretrizes recomendam a terapia com estatinas de alta intensidade em adultos de todas as idades com diabetes e DCVA.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [115]Grundy SM, Stone NJ, Bailey AL, et al. 2018 AHA/ACC/AACVPR/AAPA/ABC/ACPM/ADA/AGS/APhA/ASPC/NLA/PCNA guideline on the management of blood cholesterol. Circulation. 2019 Jun 18;139(25):e1082-143. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000625 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30586774?tool=bestpractice.com Para as pessoas que não toleram a intensidade pretendida de estatina, deve ser usada a dose máxima tolerada de estatina.
A adição de ezetimiba e/ou um inibidor da proproteína convertase subtilisina/kexin tipo 9 (PCSK9; por exemplo, evolocumabe, alirocumabe) é recomendada se a meta de redução do LDL-C não for alcançada com a terapia máxima tolerada com estatina.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Para as pessoas com intolerância à terapia com estatinas, um inibidor de PCSK9, o ácido bempedoico ou a inclisirana devem ser considerados como terapia alternativa para redução do colesterol.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um perfil lipídico deve ser verificado: ao início de estatinas ou de outra terapia hipolipemiante; 4-12 semanas após o início ou uma mudança na dose; e anualmente a partir de então.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
O etil icosapente pode ser considerado em pacientes com DCVA (ou outros fatores de risco cardiovascular) que estejam recebendo estatina na dose máxima e tenham LDL-C controlado, mas triglicerídeos elevados (1.7 a 5.6 mmol/L [150 a 499 mg/dL]).[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Foi demonstrado que ele reduz modestamente os eventos cardiovasculares.[116]Arnold SV, Bhatt DL, Barsness GW, et al. Clinical management of stable coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2020 May 12;141(19):e779-806. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000766 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32279539?tool=bestpractice.com [117]Bhatt DL, Steg PG, Miller M, et al. Cardiovascular risk reduction with icosapent ethyl for hypertriglyceridemia. N Engl J Med. 2019 Jan 3;380(1):11-22. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1812792 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30415628?tool=bestpractice.com
Se os níveis de triglicerídeos excederem 5.65 mmol/L (500 mg/dL), a terapia com fibratos pode ser benéfica para reduzir o risco de pancreatite.[116]Arnold SV, Bhatt DL, Barsness GW, et al. Clinical management of stable coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2020 May 12;141(19):e779-806. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000000766 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32279539?tool=bestpractice.com Os fibratos são mais frequentemente adicionados à terapia com estatina, embora a ADA observe que essa abordagem geralmente não é recomendada devido à falta de evidências de melhora nos desfechos de DCV.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Além disso, recomenda-se cautela, pois a terapia combinada de estatina e fibrato pode aumentar o risco de miosite e rabdomiólise. Para diminuir o risco, o fenofibrato é recomendado ao invés da genfibrozila.[48]Joseph JJ, Deedwania P, Acharya T, et al. Comprehensive management of cardiovascular risk factors for adults with type 2 diabetes: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2022 Mar;145(9):e722-59. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001040 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35000404?tool=bestpractice.com
Opções primárias
atorvastatina: intensidade alta: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
rosuvastatina: intensidade alta: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia
ou
atorvastatina: intensidade alta: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
rosuvastatina: intensidade alta: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
ezetimiba: 10 mg por via oral uma vez ao dia
ou
atorvastatina: intensidade alta: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
rosuvastatina: intensidade alta: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
evolocumabe: 140 mg por via subcutânea a cada 2 semanas; ou 420 mg por via subcutânea uma vez ao mês
ou
alirocumabe: 75-150 mg por via subcutânea a cada 2 semanas, ou 300 mg por via subcutânea uma vez ao mês
ou
atorvastatina: intensidade alta: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
rosuvastatina: intensidade alta: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
ezetimiba: 10 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
evolocumabe: 140 mg por via subcutânea a cada 2 semanas; ou 420 mg por via subcutânea uma vez ao mês
ou
alirocumabe: 75-150 mg por via subcutânea a cada 2 semanas, ou 300 mg por via subcutânea uma vez ao mês
Opções secundárias
ácido bempedoico: 180 mg por via oral uma vez ao dia
ou
inclisiran: 284 mg por via subcutânea a cada 3 meses por 2 doses, seguidas por 284 mg a cada 6 meses
ou
evolocumabe: 140 mg por via subcutânea a cada 2 semanas; ou 420 mg por via subcutânea uma vez ao mês
ou
alirocumabe: 75-150 mg por via subcutânea a cada 2 semanas, ou 300 mg por via subcutânea uma vez ao mês
Opções terciárias
atorvastatina: intensidade alta: 40-80 mg por via oral uma vez ao dia
ou
rosuvastatina: intensidade alta: 20-40 mg por via oral uma vez ao dia
--E--
icosapent etílico: 2 g por via oral duas vezes ao dia
metformina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A meta de hemoglobina A1c (HbA1c) para a maioria dos pacientes adultos não gestantes é <53 mmol/mol (<7%) para otimizar os desfechos clínicos, embora as metas devam ser individualizadas.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Se estiver sendo usado um dispositivo de monitoramento contínuo da glicose (MCG) para avaliar a glicemia, uma meta paralela é o tempo dentro da faixa >70%, com tempo abaixo da faixa <4% e tempo abaixo <3 mmol/L (54 mg/dL) <1%.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Metas menos agressivas podem ser apropriadas para crianças pequenas, adultos com idade mais avançada, pessoas com história de hipoglicemia grave e pessoas com expectativa de vida limitada, complicações micro ou macrovasculares avançadas ou comorbidade clínica.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Se estiver usando MCG, a American Diabetes Association recomenda uma meta de >50% do tempo dentro da faixa com <1% de tempo abaixo da faixa para as pessoas frágeis ou com alto risco de hipoglicemia.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A metformina é o medicamento de primeira linha mais comumente usado para diabetes do tipo 2 devido à sua eficácia, segurança e baixo custo.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 As evidências do benefício cardiovascular da metformina são limitadas. No entanto, ela não causa ganho de peso ou hipoglicemia, e está amplamente disponível em comparação a outros agentes.[48]Joseph JJ, Deedwania P, Acharya T, et al. Comprehensive management of cardiovascular risk factors for adults with type 2 diabetes: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2022 Mar;145(9):e722-59. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001040 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35000404?tool=bestpractice.com
Opções primárias
metformina: 500 mg por via oral (liberação imediata) uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 500 mg/dia a cada semana, máximo de 1000 mg duas vezes ao dia
agonista do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) ou tirzepatida e/ou inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2) ou de SGLT1/SGLT2
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Para pacientes com doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA) estabelecida, fatores de risco significativos para DCVA, insuficiência cardíaca (IC) estabelecida ou doença renal crônica (DRC) estabelecida, a adição de um agonista do receptor de GLP-1 ou um inibidor de SGLT2 é fortemente recomendada para reduzir o risco de eventos cardiovasculares ou renais adversos.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [150]Heidenreich PA, Bozkurt B, Aguilar D, et al. 2022 AHA/ACC/HFSA guideline for the management of heart failure: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2022 May 3;145(18):e895-1032. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001063 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35363499?tool=bestpractice.com [217]Das SR, Everett BM, Birtcher KK, et al. 2020 Expert consensus decision pathway on novel therapies for cardiovascular risk reduction in patients with type 2 diabetes: a report of the American College of Cardiology Solution Set Oversight Committee. J Am Coll Cardiol. 2020 Sep 1;76(9):1117-45. https://www.jacc.org/doi/full/10.1016/j.jacc.2020.05.037 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32771263?tool=bestpractice.com
A American Diabetes Association (ADA) e a European Association for the Study of Diabetes (EASD) recomendam que, para pacientes nos quais a DCVA predomina (por exemplo, IAM prévio, angina instável, AVC isquêmico ou indicadores de alto risco cardiovascular presentes), um agonista do receptor de GLP-1 ou um inibidor de SGLT2 devem ser usados para o manejo glicêmico e redução de eventos cardiovasculares.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [218]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com Embora as definições do que constitui alto risco cardiovascular variem, a maioria compreende ≥55 anos de idade com dois ou mais fatores de risco adicionais, como obesidade, hipertensão, tabagismo, dislipidemia ou albuminúria.[218]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com Embora a ADA e a EASD não especifiquem tratamentos diferentes com base em manifestações específicas da DCVA, o American College of Physicians e a American Heart Association/American Stroke Association especificam que os agonistas do receptor de GLP-1 devem ser priorizados em pacientes com aumento do risco de AVC.[120]Bushnell C, Kernan WN, Sharrief AZ, et al. 2024 guideline for the primary prevention of stroke: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2024 Dec;55(12):e344-424. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STR.0000000000000475 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39429201?tool=bestpractice.com [214]Qaseem A, Obley AJ, Shamliyan T, et al. Newer pharmacologic treatments in adults with type 2 diabetes: a clinical guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2024 May;177(5):658-66. https://www.acpjournals.org/doi/full/10.7326/M23-2788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38639546?tool=bestpractice.com
Para pacientes em que predomina a DRC (com taxa de filtração glomerular estimada [TFGe] confirmada de 20-60 mL/min/1.73 m² e/ou albuminúria), um inibidor de SGLT2 ou um agonista do receptor de GLP-1 com benefício demonstrado nessa população deve ser usado para o manejo glicêmico, retardando a progressão da DRC e reduzindo os eventos cardiovasculares.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Em pacientes com DRC avançada (TFGe <30 mL/min/1.73 m²), um agonista do receptor de GLP-1 é preferencial devido ao menor risco de hipoglicemia e à redução de eventos cardiovasculares.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Para pacientes nos quais a IC (com fração de ejeção reduzida [ICFER] ou fração de ejeção preservada [ICFEP]) predomina, os inibidores de SGLT2 geralmente devem ser preferenciais tanto para o manejo glicêmico quanto para a prevenção de hospitalização por IC.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [218]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com [214]Qaseem A, Obley AJ, Shamliyan T, et al. Newer pharmacologic treatments in adults with type 2 diabetes: a clinical guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2024 May;177(5):658-66. https://www.acpjournals.org/doi/full/10.7326/M23-2788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38639546?tool=bestpractice.com Entretanto, em pacientes com ICFEP sintomática e obesidade, recomenda-se um agonista do receptor de GLP-1 com benefícios demonstrados tanto para o manejo glicêmico quanto para a redução dos sintomas relacionados à IC.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Se a HbA1c permanecer acima da meta e o paciente estiver tomando um inibidor de SGLT2 ou um agonista do receptor de GLP-1, então a terapia combinada com um inibidor de SGLT2 associado a um agonista do receptor de GLP-1 pode ser considerada, pois isso pode fornecer redução aditiva nos riscos de eventos adversos cardiovasculares e renais.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Os agonistas do receptor de GLP-1 liraglutida, semaglutida injetável e dulaglutida apresentam as evidências mais fortes de redução do risco cardiovascular em pacientes com diabetes.[218]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com [273]Gerstein HC, Colhoun HM, Dagenais GR, et al. Dulaglutide and cardiovascular outcomes in type 2 diabetes (REWIND): a double-blind, randomised placebo-controlled trial. Lancet. 2019 Jul 13;394(10193):121-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31189511?tool=bestpractice.com [274]Husain M, Birkenfeld AL, Donsmark M, et al. Oral semaglutide and cardiovascular outcomes in patients with type 2 diabetes. N Engl J Med. 2019 Aug 29;381(9):841-51. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1901118 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31185157?tool=bestpractice.com [275]Guo X, Sang C, Tang R, et al. Effects of glucagon-like peptide-1 receptor agonists on major coronary events in patients with type 2 diabetes. Diabetes Obes Metab. 2023 Apr;25 Suppl 1:53-63. https://dom-pubs.pericles-prod.literatumonline.com/doi/10.1111/dom.15043 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36864658?tool=bestpractice.com [276]Green JB, Everett BM, Ghosh A, et al. Cardiovascular outcomes in GRADE (glycemia reduction approaches in type 2 diabetes: a comparative effectiveness study). Circulation. 2024 Mar 26;149(13):993-1003. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38344820?tool=bestpractice.com [277]Wang L, Xin Q, Wang Y, et al. Efficacy and safety of liraglutide in type 2 diabetes mellitus patients complicated with coronary artery disease: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Pharmacol Res. 2021 Sep;171:105765. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34252552?tool=bestpractice.com Além de seus efeitos benéficos na doença arterial coronariana (DAC), os agonistas do receptor de GLP-1 são a única classe de medicamentos que demonstrou reduzir de forma convincente os AVCs não fatais.[214]Qaseem A, Obley AJ, Shamliyan T, et al. Newer pharmacologic treatments in adults with type 2 diabetes: a clinical guideline from the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2024 May;177(5):658-66. https://www.acpjournals.org/doi/full/10.7326/M23-2788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38639546?tool=bestpractice.com [216]Shi Q, Nong K, Vandvik PO, et al. Benefits and harms of drug treatment for type 2 diabetes: systematic review and network meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ. 2023 Apr 6;381:e074068. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10077111 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37024129?tool=bestpractice.com [278]Rodriguez-Valadez JM, Tahsin M, Fleischmann KE, et al. Cardiovascular and renal benefits of novel diabetes drugs by baseline cardiovascular risk: a systematic review, meta-analysis, and meta-regression. Diabetes Care. 2023 Jun 1;46(6):1300-10. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10234755 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37220263?tool=bestpractice.com [279]Banerjee M, Pal R, Mukhopadhyay S, et al. GLP-1 receptor agonists and risk of adverse cerebrovascular outcomes in type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. J Clin Endocrinol Metab. 2023 Jun 16;108(7):1806-12. https://academic.oup.com/jcem/article/108/7/1806/7044761 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36800286?tool=bestpractice.com [280]Li J, Ji C, Zhang W, et al. Effect of new glucose-lowering drugs on stroke in patients with type 2 diabetes: a systematic review and Meta-analysis. J Diabetes Complications. 2023 Jan;37(1):108362. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36462459?tool=bestpractice.com [281]Wei J, Yang B, Wang R, et al. Risk of stroke and retinopathy during GLP-1 receptor agonist cardiovascular outcome trials: an eight RCTs meta-analysis. Front Endocrinol (Lausanne). 2022 Dec 5:13:1007980. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9760859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36545339?tool=bestpractice.com Ao contrário dos inibidores de SGLT2, as evidências de agonistas do receptor de GLP-1 na redução da IC ou na melhora dos desfechos cardiovasculares em pacientes com IC têm sido inconsistentes entre os ensaios.[283]Merza N, Akram M, Mengal A, et al. The safety and efficacy of GLP-1 receptor agonists in heart failure patients: a systematic review and meta-analysis. Curr Probl Cardiol. 2023 May;48(5):101602. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36682393?tool=bestpractice.com Dados de estudos retrospectivos e metanálises mostraram superioridade dos agonistas do receptor de GLP-1 sobre outros medicamentos hipoglicemiantes, como inibidores de SGLT2 e inibidores de DPP-4, em termos de doença arterial periférica (DAP).[285]Liarakos AL, Tentolouris A, Kokkinos A, et al. Impact of glucagon-like peptide 1 receptor agonists on peripheral arterial disease in people with diabetes mellitus: a narrative review. J Diabetes Complications. 2023 Feb;37(2):108390. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36610322?tool=bestpractice.com Entretanto, os dados de estudos de desfechos cardiovasculares sobre o impacto dos agonistas do receptor de GLP-1 na DAP são escassos, e mais estudos prospectivos são necessários.
A semaglutida é o único agonista do receptor de GLP-1 disponível nas formulações oral e injetável. Para obter mais informações sobre a semaglutida oral, consulte Novos tratamentos.
Os efeitos adversos mais comuns dos agonistas do receptor de GLP-1 são gastrointestinais, particularmente náuseas, vômitos e diarreia; eles são frequentes, mas tendem a diminuir com o tempo.[286]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com Como esses agentes retardam o esvaziamento gástrico, os pacientes podem reter conteúdo gástrico apesar do jejum pré-operatório padrão, aumentando o risco de aspiração pulmonar durante procedimentos que envolvem anestesia geral ou sedação profunda. Os anestesistas devem realizar uma avaliação individualizada do risco de aspiração, particularmente em pacientes com gastroparesia diabética, obesidade ou DRGE.[287]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. GLP-1 and dual GIP/GLP-1 receptor agonists: potential risk of pulmonary aspiration during general anaesthesia or deep sedation. Jan 2025 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/glp-1-and-dual-gip-slash-glp-1-receptor-agonists-potential-risk-of-pulmonary-aspiration-during-general-anaesthesia-or-deep-sedation Os pacientes também devem ser aconselhados sobre o potencial de íleo paralítico.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Uma associação com pancreatite e câncer de pâncreas foi relatada em ensaios clínicos, mas a causalidade não foi estabelecida; no entanto, os agonistas do receptor de GLP-1 devem ser usados com cautela nos pacientes com história de pancreatite.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [286]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com Após uma revisão dos dados disponíveis, a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA e a European Medicines Agency (EMA) concordaram que não havia evidências suficientes para confirmar um aumento do risco de câncer de pâncreas com o uso das terapias baseadas em GLP-1.[289]Egan AG, Blind E, Dunder K, et al. Pancreatic safety of incretin-based drugs--FDA and EMA assessment. N Engl J Med. 2014 Feb 27;370(9):794-7. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMp1314078 Os agonistas do receptor GLP-1 também têm sido associados a aumentos do risco de doenças da vesícula biliar e das vias biliares, incluindo colelitíase e colecistite.[286]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com
O risco de hipoglicemia aumenta quando os agonistas do receptor de GLP-1 são usados com sulfonilureias e insulina. A redução da intensidade do tratamento com esses agentes ou diuréticos, principalmente nos indivíduos idosos e frágeis, é recomendada para evitar a hipoglicemia e a hipovolemia.[286]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com A cetoacidose diabética (CAD) foi relatada em pacientes que tomavam uma combinação de um agonista do receptor de GLP-1 e insulina, quando a insulina concomitante foi rapidamente reduzida ou descontinuada; as reduções de insulina devem, portanto, ser realizadas de forma cautelosa e gradual, com monitoramento da glicose sanguínea capilar.[286]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com
Em estudos com roedores, os agonistas do receptor de GLP-1 foram associados a câncer de tireoide medular, resultando em um alerta de caixa preta para esses agentes nos pacientes com história pessoal ou familiar de neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 ou câncer de tireoide medular; no entanto, há evidências conflitantes sobre se esse risco se aplica a humanos.[286]Brown E, Heerspink HJL, Cuthbertson DJ, et al. SGLT2 inhibitors and GLP-1 receptor agonists: established and emerging indications. Lancet. 2021 Jul 17;398(10296):262-76. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34216571?tool=bestpractice.com [290]Bjerre Knudsen L, Madsen LW, Andersen S, et al. Glucagon-like Peptide-1 receptor agonists activate rodent thyroid C-cells causing calcitonin release and C-cell proliferation. Endocrinology. 2010 Apr;151(4):1473-86. https://academic.oup.com/endo/article/151/4/1473/2456651 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20203154?tool=bestpractice.com [291]Hu W, Song R, Cheng R, et al. Use of GLP-1 receptor agonists and occurrence of thyroid disorders: a meta-analysis of randomized controlled trials. Front Endocrinol (Lausanne). 2022 Jul 11;13:927859. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9309474 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35898463?tool=bestpractice.com [292]Bezin J, Gouverneur A, Pénichon M, et al. GLP-1 receptor agonists and the risk of thyroid cancer. Diabetes Care. 2023 Feb 1;46(2):384-90. https://diabetesjournals.org/care/article/46/2/384/147888/GLP-1-Receptor-Agonists-and-the-Risk-of-Thyroid http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36356111?tool=bestpractice.com [293]Thompson CA, Stürmer T. Putting GLP-1 RAs and thyroid cancer in context: additional evidence and remaining doubts. Diabetes Care. 2023 Feb 1;46(2):249-51. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9887624
A EMA e a FDA estão revendo os dados sobre o risco de pensamentos suicidas e pensamentos de autolesão com os agonistas do receptor de GLP-1 após relatos de tais ocorrências em pessoas em uso de liraglutida e semaglutida.[294]European Medicines Agency. EMA statement on ongoing review of GLP-1 receptor agonists. Jul 2023 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/news/ema-statement-ongoing-review-glp-1-receptor-agonists [295]U.S. Food & Drug Administration. Update on FDA’s ongoing evaluation of reports of suicidal thoughts or actions in patients taking a certain type of medicines approved for type 2 diabetes and obesity. Jan 2024 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/update-fdas-ongoing-evaluation-reports-suicidal-thoughts-or-actions-patients-taking-certain-type [296]Schoretsanitis G, Weiler S, Barbui C, et al. Disproportionality analysis from World Health Organization data on semaglutide, liraglutide, and suicidality. JAMA Netw Open. 2024 Aug 1;7(8):e2423385. https://jamanetwork.com/journals/jamanetworkopen/fullarticle/2822453 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39163046?tool=bestpractice.com De forma notável, os dados do mundo real de um estudo de coorte retrospectivo nacional dos EUA usando registros eletrônicos de saúde não mostraram aumento do risco de ideação suicida com semaglutida em comparação com medicamentos antiobesidade ou anti-hiperglicêmicos não relacionados ao agonista do receptor de GLP-1.[297]Wang W, Volkow ND, Berger NA, et al. Association of semaglutide with risk of suicidal ideation in a real-world cohort. Nat Med. 2024 Jan;30(1):168-76. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11034947 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38182782?tool=bestpractice.com Isso está alinhado com uma metanálise de 27 ensaios clínicos randomizados e controlados, que também não encontrou aumento significativo em suicídios ou autolesão em adultos com diabetes ou obesidade recebendo agonistas do receptor de GLP-1 em comparação com placebo.[298]Ebrahimi P, Batlle JC, Ayati A, et al. Suicide and self-harm events with GLP-1 receptor agonists in adults with diabetes or obesity: a systematic review and meta-analysis. JAMA Psychiatry. 2025 Mar 19:e250091. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/40105856?tool=bestpractice.com
A EMA identificou a neuropatia óptica não arterítica isquêmica anterior como um efeito adverso muito raro da semaglutida, após evidências de um pequeno aumento no risco em adultos com diabetes do tipo 2. Os pacientes devem ser orientados a relatar perda súbita ou agravamento da perda da visão, e o tratamento deve ser descontinuado se a neuropatia óptica não arterítica isquêmica anterior for confirmada.[299]European Medicines Agency. PRAC concludes eye condition NAION is a very rare side effect of semaglutide medicines Ozempic, Rybelsus and Wegovy. Jun 2025 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/news/prac-concludes-eye-condition-naion-very-rare-side-effect-semaglutide-medicines-ozempic-rybelsus-wegovy Há também alguma preocupação de que os agonistas do receptor de GLP-1, por meio de seus efeitos rápidos de redução da glicose, possam aumentar o risco de agravamento transitório da retinopatia diabética preexistente.[300]Albert SG, Wood EM, Ahir V. Glucagon-like peptide 1-receptor agonists and A1c: good for the heart but less so for the eyes? Diabetes Metab Syndr. 2023 Jan;17(1):102696. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36596264?tool=bestpractice.com [301]Qian W, Liu F, Yang Q. Effect of glucagon-like peptide-1 receptor agonists in subjects with type 2 diabetes mellitus: a meta-analysis. J Clin Pharm Ther. 2021 Dec;46(6):1650-8. https://www.doi.org/10.1111/jcpt.13502 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34355405?tool=bestpractice.com [302]Yoshida Y, Joshi P, Barri S, et al. Progression of retinopathy with glucagon-like peptide-1 receptor agonists with cardiovascular benefits in type 2 diabetes - a systematic review and meta-analysis. J Diabetes Complications. 2022 Aug;36(8):108255. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35817678?tool=bestpractice.com Estudos adicionais são necessários para elucidar essa relação.
Os inibidores de SGLT2 empagliflozina, dapagliflozina e canagliflozina apresentam as evidências mais fortes de redução do risco cardiovascular em pacientes com diabetes.[122]Wiviott SD, Raz I, Bonaca MP, et al. Dapagliflozin and cardiovascular outcomes in type 2 diabetes. N Engl J Med. 2019 Jan 24;380(4):347-57. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1812389 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30415602?tool=bestpractice.com [218]Davies MJ, Aroda VR, Collins BS, et al. Management of hyperglycemia in type 2 diabetes, 2022. A consensus report by the American Diabetes Association (ADA) and the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Diabetes Care. 2022 Nov 1;45(11):2753-86. https://diabetesjournals.org/care/article/45/11/2753/147671/Management-of-Hyperglycemia-in-Type-2-Diabetes http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36148880?tool=bestpractice.com [240]McMurray JJV, Solomon SD, Inzucchi SE, et al. Dapagliflozin in patients with heart failure and reduced ejection fraction. N Engl J Med. 2019 Nov 21;381(21):1995-2008. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1911303 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31535829?tool=bestpractice.com [241]Perkovic V, Jardine MJ, Neal B, et al. Canagliflozin and renal outcomes in type 2 diabetes and nephropathy. N Engl J Med. 2019 Jun 13;380(24):2295-306. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1811744 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30990260?tool=bestpractice.com [242]Mahaffey KW, Jardine MJ, Bompoint S, et al. Canagliflozin and cardiovascular and renal outcomes in type 2 diabetes mellitus and chronic kidney disease in primary and secondary cardiovascular prevention groups. Circulation. 2019 Aug 27;140(9):739-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6727954 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31291786?tool=bestpractice.com [243]Inzucchi SE, Kosiborod M, Fitchett D, et al. Improvement in cardiovascular outcomes with empagliflozin is independent of glycemic control. Circulation. 2018 Oct 23;138(17):1904-7. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.118.035759 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30354665?tool=bestpractice.com [244]Ali AE, Mazroua MS, ElSaban M, et al. Effect of dapagliflozin in patients with heart failure: a systematic review and meta-analysis. Glob Heart. 2023 Aug 22;18(1):45. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10453961 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37636033?tool=bestpractice.com [245]Zinman B, Wanner C, Lachin JM, et al. Empagliflozin, cardiovascular outcomes, and mortality in type 2 diabetes. N Engl J Med. 2015 Nov 26;373(22):2117-28. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1504720 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26378978?tool=bestpractice.com [246]Neal B, Perkovic V, Matthews DR. Canagliflozin and cardiovascular and renal events in type 2 diabetes. N Engl J Med. 2017 Nov 23;377(21):2099. Apenas a empagliflozina e a canagliflozina demonstraram redução nos eventos adversos cardíacos importantes (MACE) em pacientes com diabetes do tipo 2.[247]Davies MJ, Drexel H, Jornayvaz FR, et al. Cardiovascular outcomes trials: a paradigm shift in the current management of type 2 diabetes. Cardiovasc Diabetol. 2022 Aug 4;21(1):144. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9351217 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35927730?tool=bestpractice.com A ertugliflozina demonstrou benefício na redução da hospitalização por IC, mas não na redução de MACE.[250]Cannon CP, Pratley R, Dagogo-Jack S, et al. Cardiovascular outcomes with ertugliflozin in type 2 diabetes. N Engl J Med. 2020 Oct 8;383(15):1425-35. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2004967 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32966714?tool=bestpractice.com [251]Cosentino F, Cannon CP, Cherney DZI, et al. Efficacy of ertugliflozin on heart failure-related events in patients with type 2 diabetes mellitus and established atherosclerotic cardiovascular disease: results of the VERTIS CV trial. Circulation. 2020 Dec 8;142(23):2205-15. https://www.doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.120.050255 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33026243?tool=bestpractice.com
Foi demonstrado que os inibidores de SGLT2 melhoram os desfechos cardiovasculares em pacientes com IC, independentemente da fração de ejeção do ventrículo esquerdo e do status de diabetes do tipo 2.[216]Shi Q, Nong K, Vandvik PO, et al. Benefits and harms of drug treatment for type 2 diabetes: systematic review and network meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ. 2023 Apr 6;381:e074068. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10077111 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37024129?tool=bestpractice.com [232]Braunwald E. Gliflozins in the management of cardiovascular disease. N Engl J Med. 2022 May 26;386(21):2024-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35613023?tool=bestpractice.com [233]Jhalani NB. Clinical Considerations for use of SGLT2 inhibitor therapy in patients with heart failure and reduced ejection fraction: a review. Adv Ther. 2022 Aug;39(8):3472-87. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9309138 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35699903?tool=bestpractice.com [234]Anker SD, Butler J, Filippatos G, et al. Empagliflozin in heart failure with a preserved ejection fraction. N Engl J Med. 2021 Oct 14;385(16):1451-61. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2107038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34449189?tool=bestpractice.com [235]Solomon SD, McMurray JJV, Claggett B, et al. Dapagliflozin in heart failure with mildly reduced or preserved ejection fraction. N Engl J Med. 2022 Sep 22;387(12):1089-98. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2206286 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36027570?tool=bestpractice.com [236]Usman MS, Siddiqi TJ, Anker SD, et al. Effect of SGLT2 inhibitors on cardiovascular outcomes across various patient populations. 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Lancet. 2022 Sep 3;400(10354):757-67. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36041474?tool=bestpractice.com Estudos demonstraram seu potencial para reverter significativamente a remodelação cardíaca em pacientes com IC.[255]Fan G, Guo DL. The effect of sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors on cardiac structure remodeling and function: a meta-analysis of randomized controlled trials. Eur J Intern Med. 2023 Aug;114:49-57. https://www.ejinme.com/article/S0953-6205(23)00115-2/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37062643?tool=bestpractice.com [256]Huang YL, Xu XZ, Liu J, et al. Effects of new hypoglycemic drugs on cardiac remodeling: a systematic review and network meta-analysis. BMC Cardiovasc Disord. 2023 Jun 9;23(1):293. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10251583 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37296380?tool=bestpractice.com [257]Zhang N, Wang Y, Tse G, et al. Effect of sodium-glucose cotransporter-2 inhibitors on cardiac remodelling: a systematic review and meta-analysis. Eur J Prev Cardiol. 2022 Feb 3;28(17):1961-73. https://academic.oup.com/eurjpc/article/28/17/1961/6430917 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34792124?tool=bestpractice.com [258]Wang Y, Zhong Y, Zhang Z, et al. Effect of sodium-glucose cotransporter protein-2 inhibitors on left ventricular hypertrophy in patients with type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. Front Endocrinol (Lausanne). 2023 Jan 9;13:1088820. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9868415 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36699027?tool=bestpractice.com [259]Theofilis P, Antonopoulos AS, Katsimichas T, et al. The impact of SGLT2 inhibition on imaging markers of cardiac function: a systematic review and meta-analysis. Pharmacol Res. 2022 Jun;180:106243. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35523389?tool=bestpractice.com Deste modo, a European Society of Cardiology (ESC) agora recomenda a dapagliflozina ou a empagliflozina para todos os pacientes com diabetes do tipo 2 e DRC, para reduzir o risco de hospitalização por IC ou morte cardiovascular, independentemente de terem ou não um diagnóstico de IC preexistente.[254]McDonagh TA, Metra M, Adamo M, et al. 2023 focused update of the 2021 ESC guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure. Eur Heart J. 2023 Oct 1;44(37):3627-39. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/37/3627/7246292
Os inibidores de SGLT2 também reduzem o risco de hipercalemia grave em pessoas com diabetes do tipo 2 com alto risco cardiovascular sem aumentar o risco de hipocalemia, permitindo o ajuste da terapia medicamentosa direcionada por diretrizes em pacientes com IC.[261]Neuen BL, Oshima M, Agarwal R, et al. Sodium-glucose cotransporter 2 inhibitors and risk of hyperkalemia in people with type 2 diabetes: a meta-analysis of individual participant data from randomized, controlled trials. Circulation. 2022 May 10;145(19):1460-70. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIRCULATIONAHA.121.057736 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35394821?tool=bestpractice.com
Um declínio inicial na TFGe é comumente observado com após o início do uso de um inibidor de SGLT2, mas esse declínio não está associado ao risco subsequente de eventos cardiovasculares ou renais.[262]Mc Causland FR, Claggett BL, Vaduganathan M, et al. Decline in estimated glomerular filtration rate after dapagliflozin in heart failure with mildly reduced or preserved ejection fraction: a prespecified secondary analysis of the DELIVER randomized clinical trial. JAMA Cardiol. 2024 Feb 1;9(2):144-52. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10641768 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37952176?tool=bestpractice.com Portanto, os inibidores de SGLT2 não devem ser interrompidos ou descontinuados em resposta a um declínio inicial da TFGe.
Geralmente, os inibidores da SGLT2 são bem tolerados; no entanto, foram documentadas algumas reações adversas graves. Os efeitos adversos incluem uma taxa maior de cetoacidose diabética (CAD), lesão renal aguda e fratura. A EMA alerta sobre o potencial aumento do risco de amputação dos dedos dos pés.[263]European Medicines Agency. SGLT2 inhibitors: information on potential risk of toe amputation to be included in prescribing information. Feb 2017 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/documents/press-release/sglt2-inhibitors-information-potential-risk-toe-amputation-be-included-prescribing-information_en.pdf Enquanto isso, a FDA dos EUA afirma que o risco de amputação, embora elevado com a canagliflozina, é menor do que o descrito anteriormente, principalmente quando monitorado adequadamente.[264]US Food and Drug Administration. FDA removes boxed warning about risk of leg and foot amputations for the diabetes medicine canagliflozin (Invokana, Invokamet, Invokamet XR). August 2020 [internet publication] https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-removes-boxed-warning-about-risk-leg-and-foot-amputations-diabetes-medicine-canagliflozin A FDA e a Medicines and Healthcare products Regulatory Agency (MHRA) do Reino Unido alertam sobre casos de fasciite necrosante do períneo (também conhecido como gangrena de Fournier), observados na vigilância pós-comercialização de inibidores da SGLT2.[265]US Food and Drug Administration. FDA drug safety communication: FDA warns about rare occurrences of a serious infection of the genital area with SGLT2 inhibitors for diabetes. August 2018 [internet publication]. https://www.fda.gov/drugs/drug-safety-and-availability/fda-warns-about-rare-occurrences-serious-infection-genital-area-sglt2-inhibitors-diabetes [266]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. SGLT2 inhibitors: reports of Fournier’s gangrene (necrotising fasciitis of the genitalia or perineum). Feb 2019 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/sglt2-inhibitors-reports-of-fournier-s-gangrene-necrotising-fasciitis-of-the-genitalia-or-perineum Portanto, os inibidores de SGLT2 devem ser evitados nos pacientes com condições que aumentam o risco de amputação de membros e nos pacientes propensos a infecções genitais ou do trato urinário.
A sotagliflozina é o primeiro inibidor duplo de SGLT1/SGLT2.[267]Cefalo CMA, Cinti F, Moffa S, et al. Sotagliflozin, the first dual SGLT inhibitor: current outlook and perspectives. Cardiovasc Diabetol. 2019 Feb 28;18(1):20. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-019-0828-y http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30819210?tool=bestpractice.com Ela inibe tanto a SGLT2 renal (promovendo excreção significativa de glicose na urina, da mesma forma que outros inibidores seletivos da SGLT2 já disponíveis) quanto a SGLT1 intestinal (retardando a absorção da glicose e, portanto, reduzindo a glicose pós-prandial).[267]Cefalo CMA, Cinti F, Moffa S, et al. Sotagliflozin, the first dual SGLT inhibitor: current outlook and perspectives. Cardiovasc Diabetol. 2019 Feb 28;18(1):20. https://cardiab.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12933-019-0828-y http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30819210?tool=bestpractice.com Ela foi aprovada para pessoas com IC (com e sem diabetes) e para pacientes com diabetes do tipo 2 que têm DRC ou alto risco de DCVA/DCVA estabelecida, para reduzir o risco de hospitalização por IC.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Atualmente ela não está aprovada para o manejo glicêmico dos diabetes do tipo 1 ou do tipo 2. Uma preocupação com o uso expandido da inibição de SGLT é o risco raro, mas grave, de CAD, incluindo a apresentação atípica de cetoacidose euglicêmica.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Vale ressaltar que os estudos que levaram à indicação aprovada da sotagliflozina para IC excluíram os indivíduos com diabetes do tipo 1 ou história de CAD.[268]Bhatt DL, Szarek M, Pitt B, et al. Sotagliflozin in patients with diabetes and chronic kidney disease. N Engl J Med. 2021 Jan 14;384(2):129-39. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2030186 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33200891?tool=bestpractice.com [269]Bhatt DL, Szarek M, Steg PG, et al. Sotagliflozin in patients with diabetes and recent worsening heart failure. N Engl J Med. 2021 Jan 14;384(2):117-28. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2030183 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33200892?tool=bestpractice.com Em ensaios clínicos da sotagliflozina em pessoas com diabetes do tipo 1, os resultados mostraram melhoras na HbA1c e no peso corporal; no entanto, seu uso foi associado a um aumento de oito vezes na CAD em comparação com o placebo.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [270]Chen MB, Xu RJ, Zheng QH, et al. Efficacy and safety of sotagliflozin adjuvant therapy for type 1 diabetes mellitus: a systematic review and meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2020 Aug 14;99(33):e20875. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7437859 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32871972?tool=bestpractice.com Os riscos e benefícios dos inibidores de SGLT em pessoas com diabetes do tipo 1 continuam sendo avaliados, com diretrizes e declarações de consenso fornecendo orientações sobre a seleção de pacientes e as precauções.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [271]Danne T, Garg S, Peters AL, et al. International consensus on risk management of diabetic ketoacidosis in patients with type 1 diabetes treated with sodium-glucose cotransporter (SGLT) inhibitors. Diabetes Care. 2019 Jun;42(6):1147-54. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6973545 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30728224?tool=bestpractice.com
Opções primárias
empagliflozina: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 25 mg/dia
ou
canagliflozina: 100 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 300 mg/dia
ou
dapagliflozina: 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 10 mg/dia
ou
sotagliflozina: 200 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 400 mg/dia
--E/OU--
liraglutida: 0.6 mg por via subcutânea uma vez por 1 semana, em seguida aumente para 1.2 mg uma vez ao dia, ajustar a dose de acordo com a resposta, máximo de 1.8 mg/dia
ou
semaglutida: 0.25 mg por via subcutânea uma vez por semana durante 4 semanas; em seguida, aumentar para 0.5 mg uma vez por semana durante 4 semanas; ajustar a dose de acordo com a resposta, máximo 1 mg/semana
ou
dulaglutida: 0.75 mg por via subcutânea uma vez por semana; em seguida, aumentar para 1.5 mg uma vez por semana; ajustar a dose de acordo com a resposta, máximo 4.5 mg/semana
terapia comportamental e de estilo de vida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Intervenções terapêuticas no estilo de vida, como terapia médica nutricional e aumento da atividade física, demonstraram em ensaios clínicos grandes melhorar os controles glicêmico, lipídico e da pressão arterial, e melhorar a sensibilidade à insulina e marcadores de inflamação. Elas também são efetivas para se alcançar uma perda de peso sustentada e melhoras no condicionamento físico.[48]Joseph JJ, Deedwania P, Acharya T, et al. Comprehensive management of cardiovascular risk factors for adults with type 2 diabetes: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2022 Mar;145(9):e722-59. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001040 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35000404?tool=bestpractice.com [72]Colberg SR, Sigal RJ, Yardley JE, et al. Physical activity/exercise and diabetes: a position statement of the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2016 Nov;39(11):2065-79. http://care.diabetesjournals.org/content/39/11/2065.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27926890?tool=bestpractice.com [161]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54. http://care.diabetesjournals.org/content/42/5/731.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com [162]Wing RR; Look AHEAD Research Group. Long-term effects of a lifestyle intervention on weight and cardiovascular risk factors in individuals with type 2 diabetes mellitus: four-year results of the Look AHEAD trial. Arch Intern Med. 2010 Sep 27;170(17):1566-75. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/226013 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20876408?tool=bestpractice.com [163]Elhayany A, Lustman A, Abel R, et al. A low carbohydrate Mediterranean diet improves cardiovascular risk factors and diabetes control among overweight patients with type 2 diabetes mellitus: a 1-year prospective randomized intervention study. Diabetes Obes Metab. 2010 Mar;12(3):204-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20151996?tool=bestpractice.com [164]Wormgoor SG, Dalleck LC, Zinn C, et al. Effects of high-intensity interval training on people living with type 2 diabetes: a narrative review. Can J Diabetes. 2017 Oct;41(5):536-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28366674?tool=bestpractice.com
Não há uma quantidade ideal de macronutrientes que pessoas com diabetes devam consumir e estudos sugerem que tais recomendações devem ser feitas de acordo com cada indivíduo.[161]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54. http://care.diabetesjournals.org/content/42/5/731.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com [168]Wheeler ML, Dunbar SA, Jaacks LM, et al. Macronutrients, food groups, and eating patterns in the management of diabetes: a systematic review of the literature, 2010. Diabetes Care. 2012 Feb;35(2):434-45. http://care.diabetesjournals.org/content/35/2/434.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22275443?tool=bestpractice.com As dietas do Mediterrâneo, Métodos Nutricionais para Combater a Hipertensão (DASH) e dietas veganas e vegetarianas demonstraram ser efetivas para pessoas com diabetes.[161]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54. http://care.diabetesjournals.org/content/42/5/731.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com [169]Esposito K, Maiorino MI, Ciotola M, et al. Effects of a Mediterranean-style diet on the need for antihyperglycemic drug therapy in patients with newly diagnosed type 2 diabetes: a randomized trial. Ann Intern Med. 2009 Sep 1;151(5):306-14. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19721018?tool=bestpractice.com [170]Azadbakht L, Fard NR, Karimi M, et al. Effects of the Dietary Approaches to Stop Hypertension (DASH) eating plan on cardiovascular risks among type 2 diabetic patients: a randomized crossover clinical trial. Diabetes Care. 2011 Jan;34(1):55-7. http://care.diabetesjournals.org/content/34/1/55.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20843978?tool=bestpractice.com [171]Barnard ND, Cohen J, Jenkins DJ, et al. A low-fat vegan diet improves glycemic control and cardiovascular risk factors in a randomized clinical trial in individuals with type 2 diabetes. Diabetes Care. 2006 Aug;29(8):1777-83. http://care.diabetesjournals.org/content/29/8/1777.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16873779?tool=bestpractice.com [172]Wang T, Kroeger CM, Cassidy S, et al. Vegetarian dietary patterns and cardiometabolic risk in people with or at high risk of cardiovascular disease: a systematic review and meta-analysis. JAMA Netw Open. 2023 Jul 3;6(7):e2325658. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10369207 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37490288?tool=bestpractice.com As diretrizes europeias recomendam uma dieta mediterrânica ou à base de vegetais com elevado teor de gordura insaturada para reduzir o risco cardiovascular nas pessoas com diabetes.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com Uma metanálise revelou que o consumo de carne vermelha esteve associado a um maior risco de doença cardiovascular (DCV) e diabetes, enquanto outra relatou evidências de certeza moderada de que uma mudança de alimentos de origem animal para alimentos de origem vegetal está beneficamente associada à saúde cardiometabólica e à mortalidade por todas as causas.[173]Shi W, Huang X, Schooling CM, et al. Red meat consumption, cardiovascular diseases, and diabetes: a systematic review and meta-analysis. Eur Heart J. 2023 Jul 21;44(28):2626-35. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/28/2626/7188739 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37264855?tool=bestpractice.com [174]Neuenschwander M, Stadelmaier J, Eble J, et al. Substitution of animal-based with plant-based foods on cardiometabolic health and all-cause mortality: a systematic review and meta-analysis of prospective studies. BMC Med. 2023 Nov 16;21(1):404. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10652524 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37968628?tool=bestpractice.com
A redução da ingestão de carboidratos em geral demonstrou algumas evidências de melhora da glicemia e um estudo descobriu que, entre pessoas com diabetes do tipo 2, uma maior adesão a padrões de dieta com baixo teor de carboidratos foi associada a uma mortalidade por todas as causas significativamente menor.[175]Hu Y, Liu G, Yu E, et al. Low-carbohydrate diet scores and mortality among adults with incident type 2 diabetes. Diabetes Care. 2023 Apr 1;46(4):874-84. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10090909 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36787923?tool=bestpractice.com Embora a American Diabetes Association (ADA) sugira que adultos com diabetes podem considerar reduzir sua ingestão geral de carboidratos para melhorar a glicemia, ela alerta que o nível ideal de restrição e seu impacto em longo prazo na DCV ainda não são totalmente compreendidos.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto as diretrizes europeias enfatizam que a qualidade dos carboidratos, e não a quantidade, é fundamental.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com [177]World Health Organization. Carbohydrate intake for adults and children: WHO guideline. Jul 2023 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240073593 O conceito de qualidade dos carboidratos se refere à natureza e à composição dos carboidratos em um alimento ou na dieta, incluindo a proporção de açúcares, a rapidez com que os polissacarídeos são metabolizados e liberam glicose no corpo (ou seja, a digestibilidade) e a quantidade de fibra alimentar. Recomenda-se que a ingestão de carboidratos provenha principalmente de alimentos ricos em fibras, como cereais integrais, vegetais, frutas inteiras e grãos de leguminosas.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com [177]World Health Organization. Carbohydrate intake for adults and children: WHO guideline. Jul 2023 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240073593 As dietas ricas em fibras naturais demonstraram proteger contra a doença cardiometabólica e a mortalidade prematura. Ao escolher alimentos ricos em fibras, vise cereais integrais minimamente processados e praticamente intactos, em vez de produtos com cereais integrais finamente moídos que possam também conter adição de açúcares, sódio e gorduras saturadas.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com [177]World Health Organization. Carbohydrate intake for adults and children: WHO guideline. Jul 2023 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240073593 Os alimentos enriquecidos com fibras e suplementos de fibras podem ser considerados quando não for possível obter uma ingestão suficiente apenas com a dieta.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com
Há algumas evidências que sugerem que reduzir a ingestão de alimentos com alto índice glicêmico e, de modo geral, reduzir a carga glicêmica pode ser benéfico para prevenir a DCV; no entanto, as diretrizes da OMS atualmente não recomendam essa abordagem, citando achados inconsistentes de estudos observacionais e pouca ou nenhuma melhora nos fatores de risco cardiometabólico em ensaios clínicos randomizados e controlados de dietas com menor índice glicêmico ou menor carga glicêmica.[177]World Health Organization. Carbohydrate intake for adults and children: WHO guideline. Jul 2023 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240073593 [178]Jenkins DJA, Willett WC, Yusuf S, et al. Association of glycaemic index and glycaemic load with type 2 diabetes, cardiovascular disease, cancer, and all-cause mortality: a meta-analysis of mega cohorts of more than 100 000 participants. Lancet Diabetes Endocrinol. 2024 Feb;12(2):107-18. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38272606?tool=bestpractice.com
A substituição de gorduras saturadas e gorduras trans por gorduras insaturadas e carboidratos provenientes de alimentos que contenham fibras alimentares naturais (como cereais integrais, vegetais, frutas e grãos de leguminosas) reduz o colesterol de lipoproteína de baixa densidade e beneficia também o risco de doença cardiovascular.[161]Evert AB, Dennison M, Gardner CD, et al. Nutrition therapy for adults with diabetes or prediabetes: a consensus report. Diabetes Care. 2019 Apr 18;42(5):731-54. http://care.diabetesjournals.org/content/42/5/731.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31000505?tool=bestpractice.com [179]Schwab U, Reynolds AN, Sallinen T, et al. Dietary fat intakes and cardiovascular disease risk in adults with type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. Eur J Nutr. 2021 Sep;60(6):3355-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33611616?tool=bestpractice.com [180]World Health Organization. Saturated fatty acid and trans-fatty acid intake for adults and children: WHO guideline. Jul 2023 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240073630 A gordura saturada deve compreender < 10% da ingestão total de energia, e as gorduras trans <1%.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com [180]World Health Organization. Saturated fatty acid and trans-fatty acid intake for adults and children: WHO guideline. Jul 2023 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789240073630 As gorduras alimentares devem provir principalmente de alimentos vegetais ricos em gorduras mono e poli-insaturadas, como nozes, sementes e óleos vegetais não tropicais não hidrogenados (por exemplo, azeite de oliva, óleo de colza/canola, óleo de soja, óleo de girassol, óleo de linhaça).[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com
As pessoas com diabetes, sobrepeso ou obesidade devem receber suporte nutricional baseado em evidências para atingir e manter a perda do peso.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com Segundo as diretrizes europeias, uma variedade de dietas para a perda de peso pode ser usada de forma igualmente efetiva para o controle do peso com diabetes tipo 2, desde que possam ser seguidas e atendam às recomendações de ingestão de proteínas, gorduras, micronutrientes e fibras. No entanto, não são recomendadas dietas cetogênicas com alto teor, nem com teor muito baixo, de carboidratos.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com Uma revisão sistemática e abrangente de metanálises publicadas de estudos que comparam dietas hipoenergéticas para controle de peso em pessoas com diabetes tipo 2 não encontrou evidências de nenhuma dieta específica para a perda do peso em relação a outras (por exemplo, dietas com baixo teor de carboidratos, alto de teor de proteína, com baixo índice glicêmico, mediterrânea, com alto teor de ácidos graxos monoinsaturados ou vegetariana).[181]Churuangsuk C, Hall J, Reynolds A, et al. Diets for weight management in adults with type 2 diabetes: an umbrella review of published meta-analyses and systematic review of trials of diets for diabetes remission. Diabetologia. 2022 Jan;65(1):14-36. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8660762 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34796367?tool=bestpractice.com
O jejum intermitente ou a alimentação com restrição no tempo como estratégias para controle do peso e da glicose ganharam popularidade.[182]Tagde P, Tagde S, Bhattacharya T, et al. Multifaceted effects of intermittent fasting on the treatment and prevention of diabetes, cancer, obesity or other chronic diseases. Curr Diabetes Rev. 2022;18(9):e131221198789. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34961463?tool=bestpractice.com Elas mostraram proporcionar perda de peso leve a moderada (perda de 3% a 8% em relação à linha basal) ao longo de 8-12 semanas, sem diferença significativa na perda de peso quando comparadas com a restrição calórica contínua.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A ADA aconselha que, devido à sua simplicidade, o jejum intermitente pode ser uma estratégia útil para as pessoas com diabetes que buscam ferramentas práticas de manejo alimentar.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 As pessoas com diabetes que tomam insulina e/ou secretagogos devem ser monitoradas clinicamente durante o período de jejum.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
As evidências indicam que dietas de baixa e muito baixa energia (<3500 kJ/dia [<840 kcal/dia]), que usam produtos alimentares com fórmulas de reposição total (substituindo todas as refeições) ou produtos líquidos para substituição parcial das refeições (substituindo 1 a 2 refeições por dia) para a fase de perda de peso, são mais efetivas para a perda de peso e a redução de outros fatores de risco cardiometabólico quando comparadas com os resultados de dietas à base de alimentos autoadministradas para a perda de peso.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com [183]Lean ME, Leslie WS, Barnes AC, et al. Primary care-led weight management for remission of type 2 diabetes (DiRECT): an open-label, cluster-randomised trial. Lancet. 2018 Feb 10;391(10120):541-51. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29221645?tool=bestpractice.com As dietas com fórmulas nutricionalmente completas e de baixa energia, com uma fase de indução de reposição total da dieta, parecem também ser a abordagem alimentar mais efetiva para se alcançar a remissão do diabetes tipo 2.[176]Diabetes and Nutrition Study Group (DNSG) of the European Association for the Study of Diabetes (EASD). Evidence-based European recommendations for the dietary management of diabetes. Diabetologia. 2023 Jun;66(6):965-85. https://link.springer.com/article/10.1007/s00125-023-05894-8 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37069434?tool=bestpractice.com Um estudo de coorte de base populacional constatou que quem alcançou a remissão do diabetes, mesmo que por um curto período, apresentou um risco muito menor de eventos de DCV, inclusive de IAM e AVC, bem como de complicações macro e microvasculares.[184]Dambha-Miller H, Hounkpatin HO, Stuart B, et al. Type 2 diabetes remission trajectories and variation in risk of diabetes complications: a population-based cohort study. PLoS One. 2023 Aug 29;18(8):e0290791. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10464964 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37643199?tool=bestpractice.com
Após o sucesso de um programa piloto que visou proporcionar um tratamento alimentar de baixa caloria para pessoas recém-diagnosticadas com diabetes do tipo 2 que viviam com sobrepeso ou obesidade, o NHS lançou o Type 2 Diabetes Path to Remission (T2DR), um programa gratuito, com duração de um ano, cujo objetivo é promover a perda de peso em pessoas com sobrepeso (IMC de 27 kg/m² ou mais em pessoas de grupos étnicos brancos, ajustado para 25 kg/m² ou mais em pessoas negras, asiáticas e outros grupos étnicos) e recém-diagnosticadas com diabetes do tipo 2, com o objetivo de induzir a remissão do diabetes sempre que possível.[185]NHS England. NHS type 2 diabetes path to remission programme service specification (2023). Feb 2024 [internet publication]. https://www.england.nhs.uk/long-read/nhs-type-2-diabetes-path-to-remission-programme-service-specification-2023 Os usuários do serviço seguem uma dieta composta exclusivamente por produtos de reposição alimentar total nutricionalmente completos, com ingestão total de energia de 800 a 900 quilocalorias por dia, por 12 semanas, seguida por um período de reintrodução alimentar e posterior apoio à manutenção do peso, com uma duração total de 12 meses.
Atividade física: pelo menos 150 minutos divididos em ≥3 dias por semana de atividade física aeróbica de intensidade moderada a vigorosa com não mais de 2 dias consecutivos sem exercício.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Durações mais curtas (mínimo de 75 minutos por semana) de treinamento de intensidade vigorosa ou intervalado podem ser suficientes para indivíduos mais aptos fisicamente.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Na ausência de contraindicações, são também recomendados treinos de resistência 2 ou 3 vezes por semana em dias não consecutivos.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A ADA recomenda interromper as atividades sedentárias a cada 30 minutos com curtos períodos de atividade física.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Os idosos podem também se beneficiar de exercícios de flexibilidade e equilíbrio 2 ou 3 vezes por semana.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Todo os pacientes com diabetes devem ser aconselhados a abandonar o hábito de fumar ou a não começarem.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 O aconselhamento sobre o tabagismo e outras formas de terapia para o abandono do hábito de fumar devem ser incorporados aos cuidados de rotina do diabetes.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A vareniclina combinada com terapia de reposição de nicotina pode ser mais eficaz do que a vareniclina isolada, e a ADA recomenda encaminhar os pacientes para tratamento combinado que consiste em aconselhamento para o abandono do hábito de fumar e terapia farmacológica.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [189]Koegelenberg CF, Noor F, Bateman ED, et al. Efficacy of varenicline combined with nicotine replacement therapy vs varenicline alone for smoking cessation: a randomized clinical trial. JAMA. 2014 Jul;312(2):155-61. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/1886188 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25005652?tool=bestpractice.com A ADA não oferece suporte a cigarros eletrônicos como uma alternativa ao tabagismo ou para facilitar o abandono do hábito de fumar.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Os pacientes que param de fumar são propensos ao ganho de peso; portanto, é importante ter estratégias de controle de peso para maximizar os benefícios cardiovasculares do abandono do hábito de fumar.[48]Joseph JJ, Deedwania P, Acharya T, et al. Comprehensive management of cardiovascular risk factors for adults with type 2 diabetes: a scientific statement from the American Heart Association. Circulation. 2022 Mar;145(9):e722-59. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001040 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35000404?tool=bestpractice.com Consulte Abandono do hábito de fumar.
controle do peso
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Perda de peso modesta e sustentada de, pelo menos, 3% a 7% é recomendada para a maioria dos pacientes com diabetes do tipo 2 que têm sobrepeso ou obesidade.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Esse grau de redução de peso melhora significativamente a glicemia, a pressão arterial e os lipídios, e pode reduzir a necessidade de medicamentos específicos para doença.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A perda sustentada de >10% do peso corporal geralmente confere maiores benefícios, incluindo efeitos modificadores da doença e possível remissão do diabetes do tipo 2, e pode melhorar os desfechos cardiovasculares e a mortalidade em longo prazo.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Os pacientes devem ser informados sobre os benefícios potenciais de uma perda de peso modesta ou maior, e devem receber apoio para explorar toda a gama de opções de tratamento disponíveis.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A farmacoterapia para a obesidade deve ser considerada como adjuvante às intervenções de estilo de vida e ao aconselhamento comportamental para melhorar os fatores de risco cardiovascular nas pessoas com diabetes do tipo 2 com sobrepeso ou obesidade.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [166]Samson SL, Vellanki P, Blonde L, et al. American Association of Clinical Endocrinology consensus statement: comprehensive type 2 diabetes management algorithm - 2023 update. Endocr Pract. 2023 May;29(5):305-40. https://www.endocrinepractice.org/article/S1530-891X(23)00034-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37150579?tool=bestpractice.com Ao escolher medicamentos para redução da glicose para esse grupo de pacientes, a American Diabetes Association (ADA) recomenda que os profissionais da saúde priorizem aqueles com efeito benéfico sobre o peso; isso inclui agonistas do receptor do peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) (por exemplo, semaglutida) e tirzepatida (um agonista duplo do receptor do polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose [GIP]/GLP-1). Dois ensaios de fase 3 demonstraram o potencial de uso da tirzepatida para a obesidade, com efeitos adversos semelhantes aos observados com agonistas do receptor de GLP-1.[190]Jastreboff AM, Aronne LJ, Ahmad NN, et al. Tirzepatide once weekly for the treatment of obesity. N Engl J Med. 2022 Jul 21;387(3):205-16. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2206038 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35658024?tool=bestpractice.com [191]Garvey WT, Frias JP, Jastreboff AM, et al. Tirzepatide once weekly for the treatment of obesity in people with type 2 diabetes (SURMOUNT-2): a double-blind, randomised, multicentre, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2023 Aug 19;402(10402):613-26. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37385275?tool=bestpractice.com Se esses medicamentos não forem tolerados ou forem contraindicados, outras opções de tratamento para obesidade podem ser consideradas, incluindo fentermina, orlistate, fentermina/topiramato ou naltrexona/bupropiona.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Enquanto isso, a European Society of Cardiology (ESC) recomenda agonistas do receptor de GLP-1 ou inibidores da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2) como agentes redutores da glicose de escolha para a perda de peso no diabetes do tipo 2, tendo em vista os benefícios cardiovasculares comprovados para esses pacientes.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [193]Palmer SC, Tendal B, Mustafa RA, et al. Sodium-glucose cotransporter protein-2 (SGLT-2) inhibitors and glucagon-like peptide-1 (GLP-1) receptor agonists for type 2 diabetes: systematic review and network meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ. 2021 Jan 13;372:m4573. https://www.bmj.com/content/372/bmj.m4573.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33441402?tool=bestpractice.com
Ao iniciar o tratamento crônico de controle de peso, se um paciente atingir uma perda de peso >5% após 3 meses, deve-se considerar a continuação do medicamento em longo prazo, a menos que fatores como baixa tolerabilidade, custo financeiro ou preferência individual sugiram o contrário.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Se ocorrer perda de peso <5% após 3 meses, a decisão de continuar o tratamento deve pesar cuidadosamente os benefícios em relação à resposta glicêmica, outras opções de tratamento disponíveis, tolerância ao tratamento e carga geral do tratamento.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Recomenda-se o monitoramento contínuo das metas de controle de peso.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A ADA recomenda que a farmacoterapia para o controle de peso seja mantida além das metas de perda de peso para manter os benefícios à saúde e evitar novo ganho de peso.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A descontinuação súbita de medicamentos como semaglutida e tirzepatida pode levar à recuperação de até dois terços do peso perdido em um ano.[194]Wilding JPH, Batterham RL, Davies M, et al. Weight regain and cardiometabolic effects after withdrawal of semaglutide: the STEP 1 trial extension. Diabetes Obes Metab. 2022 Aug;24(8):1553-64. https://dom-pubs.pericles-prod.literatumonline.com/doi/10.1111/dom.14725 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35441470?tool=bestpractice.com [195]Rubino D, Abrahamsson N, Davies M, et al. Effect of continued weekly subcutaneous semaglutide vs placebo on weight loss maintenance in adults with overweight or obesity: the STEP 4 randomized clinical trial. JAMA. 2021 Apr 13;325(14):1414-25. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33755728?tool=bestpractice.com [196]Aronne LJ, Sattar N, Horn DB, et al. Continued treatment with tirzepatide for maintenance of weight reduction in adults with obesity: the SURMOUNT-4 randomized clinical trial. JAMA. 2024 Jan 2;331(1):38-48. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38078870?tool=bestpractice.com A tomada de decisão compartilhada é crucial para determinar a melhor abordagem em longo prazo, que pode incluir a continuação da menor dose eficaz, o uso de terapia intermitente ou a descontinuação do medicamento com monitoramento rigoroso do peso.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Para quem não atingir as metas, a ADA recomenda avaliar as terapias de controle do peso e intensificar o tratamento com abordagens adicionais (por exemplo, cirurgia metabólica, outros agentes farmacológicos e programas estruturados de controle do estilo de vida).[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Além de considerar medicamentos específicos para tratar a obesidade, os profissionais da saúde devem avaliar cuidadosamente os tratamentos medicamentosos concomitantes do indivíduo e, sempre que possível, minimizar ou oferecer alternativas para os medicamentos que promovam ganho de peso. Os exemplos de medicamentos associados a ganho de peso incluem os antipsicóticos (por exemplo, clozapina, olanzapina, risperidona), alguns antidepressivos (por exemplo, antidepressivos tricíclicos, alguns inibidores seletivos de recaptação de serotonina, inibidores da monoaminoxidase), glicocorticoides, progestinas injetáveis, alguns anticonvulsivantes (por exemplo, gabapentina, pregabalina), betabloqueadores e, possivelmente, anti-histamínicos e anticolinérgicos sedativos.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Um grande número de estudos demonstrou que a cirurgia metabólica promove um manejo glicêmico superior e reduz o risco cardiovascular em pessoas com diabetes tipo 2 e obesidade em comparação com as intervenções não cirúrgicas.[10]Cosentino F, Verma S, Ambery P, et al. Cardiometabolic risk management: insights from a European Society of Cardiology Cardiovascular Round Table. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4141-56. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4141/7224026 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37448181?tool=bestpractice.com [197]Courcoulas AP, Patti ME, Hu B, et al. Long-term outcomes of medical management vs bariatric surgery in type 2 diabetes. JAMA. 2024 Feb 27;331(8):654-64. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2815401 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38411644?tool=bestpractice.com Demonstrou-se também que ela reduz as complicações microvasculares, o risco de câncer e a mortalidade por todas as causas em pessoas com obesidade e diabetes do tipo 2.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [198]Hussain S, Khan MS, Jamali MC, et al. Impact of bariatric surgery in reducing macrovascular complications in severely obese T2DM patients. Obes Surg. 2021 May;31(5):1929-36. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33409981?tool=bestpractice.com [199]Cohen R, Sforza NS, Clemente RG. Impact of metabolic surgery on type 2 diabetes mellitus, cardiovascular risk factors, and mortality: a review. Curr Hypertens Rev. 2021;17(2):159-69. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32753020?tool=bestpractice.com [200]Cui B, Wang G, Li P, et al. Disease-specific mortality and major adverse cardiovascular events after bariatric surgery: a meta-analysis of age, sex, and BMI-matched cohort studies. Int J Surg. 2023 Mar 1;109(3):389-400. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC10389244 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36928139?tool=bestpractice.com Vale ressaltar que uma metanálise relatou uma redução de 50% nas complicações macrovasculares após a cirurgia bariátrica em pacientes com diabetes do tipo 2 e obesidade extrema (IMC ≥40 kg/m²).[198]Hussain S, Khan MS, Jamali MC, et al. Impact of bariatric surgery in reducing macrovascular complications in severely obese T2DM patients. Obes Surg. 2021 May;31(5):1929-36. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33409981?tool=bestpractice.com Outra metanálise revelou que a cirurgia metabólica reduziu o risco de qualquer evento cardiovascular em 44% e produziu uma redução de risco de mais de 55% na mortalidade geral e 69% na mortalidade cardiovascular em pacientes com diabetes do tipo 2.[201]Obeso-Fernández J, Millan-Alanis JM, Sáenz-Flores M, et al. Benefits of metabolic surgery on macrovascular outcomes in adult patients with type 2 diabetes: a systematic review and meta-analysis. Surg Obes Relat Dis. 2024 Feb;20(2):202-12. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37845131?tool=bestpractice.com
A gastrectomia vertical e o bypass gástrico em Y de Roux (BGYR) são os procedimentos mais comumente realizados. Ambos resultam em uma bolsa estomacal anatomicamente menor; na gastrectomia vertical, aproximadamente 80% do estômago é removido, deixando para trás uma bolsa longa e fina em forma de manga, enquanto o BGYR cria uma bolsa estomacal muito menor (aproximadamente do tamanho de uma noz), que é então fixada ao intestino delgado distal, ignorando assim o duodeno e o jejuno.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A ADA recomenda a cirurgia metabólica para tratar o diabetes do tipo 2 em adultos com IMC ≥30 kg/m² (≥27.5 kg/m² para ásio-americanos) que são bons candidatos à cirurgia.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A ESC recomenda que a cirurgia bariátrica seja considerada para todos os pacientes com diabetes do tipo 2 e IMC ≥35 kg/m² que não tiverem alcançado uma perda de peso suficiente por meio de intervenções no estilo de vida e tratamento medicamentoso.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com A cirurgia metabólica é melhor realizada em um centro especializado de alto volume para reduzir o risco de complicações perioperatórias e de longo prazo.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Para obter informações mais abrangentes, consulte Obesidade em adultos.
terapia antiagregante plaquetária
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A aspirina é recomendada para prevenção secundária em pessoas com história de doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA).[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 O clopidogrel (um inibidor de P2Y12) é uma alternativa para os pacientes com alergia ou intolerância à aspirina.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Nas pessoas com doença arterial coronariana e/ou periférica estável e baixo risco de sangramento, a American Diabetes Association (ADA) e a European Society of Cardiology (ESC) recomendam o tratamento combinado com aspirina e baixa dose de rivaroxabana (um anticoagulante oral direto [AOD]) para a prevenção secundária.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [334]Ajjan RA, Kietsiriroje N, Badimon L, et al. Antithrombotic therapy in diabetes: which, when, and for how long? Eur Heart J. 2021 Jun 14;42(23):2235-59. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8203081 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33764414?tool=bestpractice.com A rivaroxabana, quando combinada com aspirina, proporciona efeitos antitrombóticos complementares e também pode melhorar a função endotelial.[335]Pistrosch F, Matschke JB, Schipp D, et al. Rivaroxaban compared with low-dose aspirin in individuals with type 2 diabetes and high cardiovascular risk: a randomised trial to assess effects on endothelial function, platelet activation and vascular biomarkers. Diabetologia. 2021 Dec;64(12):2701-12. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8563606 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34495376?tool=bestpractice.com
Após uma síndrome coronariana aguda (SCA), é indicada a terapia antiagregante plaquetária dupla com uma combinação de aspirina e inibidor de P2Y12 (clopidogrel, ticagrelor ou prasugrel).[336]Rao SV, O'Donoghue ML, Ruel M, et al. 2025 ACC/AHA/ACEP/NAEMSP/SCAI guideline for the management of patients with acute coronary syndromes: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2025 Apr;151(13):e771-862. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000001309 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/40014670?tool=bestpractice.com As evidências dão suporte ao uso de ticagrelor ou clopidogrel se não tiver sido realizada ICP, e de clopidogrel, ticagrelor ou prasugrel se uma ICP tiver sido realizada.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com Geralmente o prasugrel e o ticagrelor têm melhor eficácia nos pacientes com diabetes e são preferenciais ao clopidogrel para pacientes submetidos a uma ICP.[334]Ajjan RA, Kietsiriroje N, Badimon L, et al. Antithrombotic therapy in diabetes: which, when, and for how long? Eur Heart J. 2021 Jun 14;42(23):2235-59. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8203081 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33764414?tool=bestpractice.com [337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com Vale ressaltar que as diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomendam que o prasugrel seja usado como inibidor P2Y12 de primeira linha para o infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST; por outro lado, as diretrizes europeias e norte-americanas não indicam nenhuma preferência pelo prasugrel ou pelo ticagrelor.[337]Writing Committee Members; Lawton JS, Tamis-Holland JE, Bangalore S, et al. 2021 ACC/AHA/SCAI guideline for coronary artery revascularization: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. J Am Coll Cardiol. 2022 Jan 18;79(2):e21-129. https://www.jacc.org/doi/10.1016/j.jacc.2021.09.006 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34895950?tool=bestpractice.com [338]National Institute for Health and Care Excellence. Acute coronary syndromes. Nov 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng185 [339]Neumann FJ, Sousa-Uva M, Ahlsson A, et al. 2018 ESC/EACTS guidelines on myocardial revascularization. Eur Heart J. 2019 Jan 7;40(2):87-165. https://academic.oup.com/eurheartj/article/40/2/87/5079120 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30165437?tool=bestpractice.com Para o IAM com supradesnivelamento do segmento ST, o NICE recomenda o prasugrel ou o ticagrelor.[338]National Institute for Health and Care Excellence. Acute coronary syndromes. Nov 2020 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ng185
A terapia antiagregante plaquetária dupla de curto prazo também é recomendada após um ataque isquêmico transitório (AIT) de alto risco e de um AVC leve.[340]Kleindorfer DO, Towfighi A, Chaturvedi S, et al. 2021 guideline for the prevention of stroke in patients with stroke and transient ischemic attack: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke. 2021 Jul;52(7):e364-467. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/STR.0000000000000375
Prolongar a terapia antiagregante plaquetária para mais de 1 ano pode reduzir o risco em longo prazo de eventos ateroscleróticos recorrentes.[334]Ajjan RA, Kietsiriroje N, Badimon L, et al. Antithrombotic therapy in diabetes: which, when, and for how long? Eur Heart J. 2021 Jun 14;42(23):2235-59. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8203081 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33764414?tool=bestpractice.com No entanto, as recomendações sobre a duração do tratamento estão mudando rapidamente e devem ser determinadas por uma abordagem de equipe interprofissional que inclua um cardiologista após uma SCA ou um neurologista após um AIT/AVC.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Os benefícios comparados aos riscos de sangramento e trombose devem ser avaliados com base na anatomia coronariana e na extensão da DAC, na complexidade da ICP, no risco de sangramento, na idade e nas comorbidades clínicas do paciente, como anemia ou insuficiência renal.[341]Angiolillo DJ, Bhatt DL, Cannon CP, et al. Antithrombotic therapy in patients with atrial fibrillation treated with oral anticoagulation undergoing percutaneous coronary intervention: a North American perspective – 2021 update. Circulation. 2021 Feb 9;143(6):583-96. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCULATIONAHA.120.050438 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33555916?tool=bestpractice.com
Para reduzir o risco de hemorragia digestiva, os inibidores da bomba de prótons são recomendados para todos os pacientes que receberem uma combinação de terapia antiagregante plaquetária ou anticoagulante, e devem ser considerados para aqueles que recebem um único agente, dependendo do risco individual de sangramento, de acordo com a ESC.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com
Opções primárias
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
Opções secundárias
clopidogrel: 75 mg por via oral uma vez ao dia
ou
aspirina: 75 mg por via oral uma vez ao dia
e
rivaroxabana: 2.5 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
aspirina: 300 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 75-100 mg uma vez ao dia
--E--
ticagrelor: 180 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 90 mg duas vezes ao dia por 12 meses, e depois 60 mg duas vezes ao dia se o tratamento for necessário para além de 12 meses
ou
prasugrel: 60 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 10 mg uma vez ao dia
ou
clopidogrel: 300 mg por via oral como dose de ataque, seguidos por 75 mg uma vez ao dia
manejo e terapia orientados por diretrizes
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes com diabetes e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) ou insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) devem receber terapia de insuficiência cardíaca (IC) de acordo com as diretrizes atuais para IC.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [150]Heidenreich PA, Bozkurt B, Aguilar D, et al. 2022 AHA/ACC/HFSA guideline for the management of heart failure: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2022 May 3;145(18):e895-1032. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001063 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35363499?tool=bestpractice.com [253]McDonagh TA, Metra M, Adamo M, et al. 2021 ESC guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure. Eur Heart J. 2021 Sep 21;42(36):3599-726. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/36/3599/6358045
A presença de IC em pacientes com diabetes do tipo 2 influencia na escolha da terapia anti-hiperglicêmica. Os inibidores da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2) são recomendados em todos os pacientes com diabetes do tipo 2 e IC, pois reduzem os riscos de hospitalização e mortalidade relacionadas à IC.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [254]McDonagh TA, Metra M, Adamo M, et al. 2023 focused update of the 2021 ESC guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure. Eur Heart J. 2023 Oct 1;44(37):3627-39. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/37/3627/7246292
As tiazolidinedionas (por exemplo, pioglitazona) e a saxagliptina (um inibidor da dipeptidil peptidase-4 [DPP-4]) foram associadas a um aumento do risco de hospitalizações por IC e não são recomendadas nos pacientes com IC ou em risco de IC.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [150]Heidenreich PA, Bozkurt B, Aguilar D, et al. 2022 AHA/ACC/HFSA guideline for the management of heart failure: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association joint committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2022 May 3;145(18):e895-1032. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001063 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35363499?tool=bestpractice.com [253]McDonagh TA, Metra M, Adamo M, et al. 2021 ESC guidelines for the diagnosis and treatment of acute and chronic heart failure. Eur Heart J. 2021 Sep 21;42(36):3599-726. https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/36/3599/6358045 Metformina, insulina e os inibidores de DPP-4, sitagliptina e linagliptina, são considerados neutros em termos de seus efeitos nos desfechos da IC.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com Nos pacientes com obesidade e ICFEP, a semaglutida (um agonista do receptor de GLP-1) demonstrou reduzir os sintomas relacionados à IC, melhorar a função do exercício e resultar em maior perda de peso em comparação ao placebo.[366]Kosiborod MN, Abildstrøm SZ, Borlaug BA, et al. Semaglutide in patients with heart failure with preserved ejection fraction and obesity. N Engl J Med. 2023 Sep 21;389(12):1069-84. https://www.doi.org/10.1056/NEJMoa2306963 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622681?tool=bestpractice.com Entretanto, em pacientes com ICFEP sintomática e obesidade, recomenda-se um agonista do receptor de GLP-1 com benefícios demonstrados tanto para o manejo glicêmico quanto para a redução dos sintomas relacionados à IC.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
O rastreamento de IC em pacientes com diabetes é importante para permitir a terapia precoce e otimizar o prognóstico. A ADA recomenda o rastreamento anual para IC dos adultos com diabetes assintomáticos.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
Consulte Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida e Insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada.
manejo do risco cardiovascular e do risco de insuficiência renal
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A doença renal crônica (DRC) é um fator de risco para doença cardiovascular aterosclerótica (DCVA), e o declínio da função renal (menor taxa de filtração glomerular [TFG], maior albuminúria) está associado ao aumento do risco progressivo de doença coronariana.[81]Sarnak MJ, Levey AS, Schoolwerth AC, et al. Kidney disease as a risk factor for development of cardiovascular disease: a statement from the American Heart Association Councils on Kidney in Cardiovascular Disease, High Blood Pressure Research, Clinical Cardiology, and Epidemiology and Prevention. Hypertension. 2003 Nov;42(5):1050-65. https://www.doi.org/10.1161/01.HYP.0000102971.85504.7c http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14604997?tool=bestpractice.com Além disso, a DCV (adicionalmente ao diabetes) é um fator de risco para a progressão da DRC e subsequente insuficiência renal com terapia substitutiva (diálise ou transplante renal).[367]Mark PB, Carrero JJ, Matsushita K, et al. Major cardiovascular events and subsequent risk of kidney failure with replacement therapy: a CKD Prognosis Consortium study. Eur Heart J. 2023 Apr 1;44(13):1157-66. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/13/1157/7000222 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36691956?tool=bestpractice.com Reduzir o risco de eventos adversos cardiovasculares e renais é fundamental em pacientes com diabetes do tipo 2, DCVA e DRC comórbida. As modificações padrão no estilo de vida e nos fatores de risco, incluindo pressão arterial (PA), lipídios, glicemia e controle de peso, são importantes. Além disso, intervenções farmacológicas específicas são recomendadas.
Um inibidor da proteína cotransportadora de sódio e glicose 2 (SGLT2) ou um agonista do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon 1 (GLP-1) com benefício demonstrado nessa população deve ser usado para melhorar o controle glicêmico, retardar a progressão da DRC e reduzir os eventos cardiovasculares.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 Na DRC avançada (TFGe <30 mL/min/1.73 m²), um agonista do receptor de GLP-1 é preferencial devido ao menor risco de hipoglicemia e benefício cardiovascular estabelecido.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 A terapia combinada com um agonista do receptor de GLP-1 e um inibidor de SGLT2 pode ser apropriada para alguns pacientes para proporcionar redução de risco adicional (por exemplo, se a HbA1c permanecer acima da meta durante o tratamento com um agente).[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1
A American Diabetes Association (ADA) recomenda fortemente um inibidor da ECA ou um antagonista do receptor de angiotensina II para o tratamento da hipertensão em pacientes com diabetes e DRC, particularmente aqueles com albuminúria (relação albumina/creatinina urinária ≥30 mg/g), para reduzir o risco de progressão da DRC e eventos cardiovasculares.[30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 As diretrizes da Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) fazem a mesma recomendação e também recomendam considerar um desses agentes em pacientes com albuminúria e pressão arterial normal.[368]Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) Diabetes Work Group. KDIGO 2022 clinical practice guideline for diabetes management in chronic kidney disease. Kidney Int. 2022 Nov;102(5s):S1-27. https://www.kidney-international.org/article/S0085-2538(22)00507-5/fulltext As diretrizes da European Society of Cardiology e da American Heart Association/American College of Cardiology recomendam o uso de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II em todos os pacientes com doença coronariana crônica e diabetes, mesmo na ausência de hipertensão, para reduzir o risco cardiovascular, particularmente naqueles com IC ou DRC.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [312]Virani SS, Newby LK, Arnold SV, et al. 2023 AHA/ACC/ACCP/ASPC/NLA/PCNA guideline for the management of patients with chronic coronary disease: a report of the American Heart Association/American College of Cardiology Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2023 Aug 29;148(9):e9-119. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000001168 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37471501?tool=bestpractice.com
Para pessoas com diabetes do tipo 2 e DRC com albuminúria que já estejam recebendo a terapia máxima tolerada com inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II, recomenda-se a adição de finerenona (um antagonista do receptor mineralocorticoide não esteroidal).[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com [30]American Diabetes Association. Standards of care in diabetes - 2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S14-352. https://diabetesjournals.org/care/issue/48/Supplement_1 [370]Pitt B, Filippatos G, Agarwal R, et al. Cardiovascular events with finerenone in kidney disease and type 2 diabetes. N Engl J Med. 2021 Dec 9;385(24):2252-63. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2110956 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34449181?tool=bestpractice.com
A aspirina em baixas doses é recomendada em pacientes com diabetes, DRC e DCVA como proteção contra novos eventos cardiovasculares.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com
Nos pacientes com diabetes, DRC e doença arterial coronariana (DAC) estável moderada ou grave, pode-se considerar uma estratégia clínica intensiva ou uma estratégia invasiva inicial.[7]Marx N, Federici M, Schütt K, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiovascular disease in patients with diabetes. Eur Heart J. 2023 Oct 14;44(39):4043-140. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/39/4043/7238227 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37622663?tool=bestpractice.com
O encaminhamento para um nefrologista deve ser considerado.
Consulte Doença renal diabética.
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