Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

Inicial

suspeita de síndrome do choque tóxico

Back
1ª linha – 

terapias de suporte

O tratamento precoce e imediato deve incluir ressuscitação agressiva com fluidos, antibioticoterapia empírica, suporte com vasopressor para hipotensão refratária, otimização hemodinâmica, controle do foco e desbridamento cirúrgico.

A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]​ Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.

O controle do foco é obrigatório, incluindo drenagem de quaisquer abscessos existentes e remoção do absorvente higiênico interno, caso esteja presente.

O paciente deve ser transferido imediatamente para uma unidade de terapia intensiva para tratamento.

Back
associado a – 

antibioticoterapia empírica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve-se iniciar a administração de antibióticos de forma empírica antes dos resultados da cultura.

A terapia empírica recomendada consiste em clindamicina associada a um dos seguintes: um carbapenêmico (isto é, imipeném/cilastatina ou meropeném); penicilina com um inibidor de betalactamase (por exemplo, ticarcilina/ácido clavulânico ou piperacilina/tazobactam); ou vancomicina (nos pacientes com alergia à penicilina).

Em pacientes com suspeita de síndrome do choque tóxico estafilocócico, recomenda-se clindamicina associada à vancomicina.

Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.

Opções primárias

clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas

--E--

imipeném/cilastatina: 500 mg por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

ou

meropeném: 1 g por via intravenosa a cada 8 horas

ou

ticarcilina/ácido clavulânico: 3.1 g por via intravenosa a cada 4 horas

Mais

ou

piperacilina/tazobactam: 4.5 g por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

ou

vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas

Back
Considerar – 

desbridamento cirúrgico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Deve-se considerar desbridamento cirúrgico precoce e imediato para a maioria dos pacientes com suspeita de síndrome do choque tóxico estreptocócico (isto é, aqueles que apresentarem febre, dor, edema dos tecidos moles e/ou formação de vesículas e bolhas) com um foco cirúrgico adequado da infecção.

O desbridamento cirúrgico agressivo do tecido infectado, incluindo fáscia, é imperativo e obrigatório se for identificado o local de uma possível infecção.

Geralmente são necessários desbridamentos repetidos e sequenciais operatórios e à beira do leito do tecido infectado, sobretudo se houver fasciite necrosante na doença estreptocócica.[64]

Além dos desbridamentos cirúrgicos, pode haver necessidade de fasciotomia ou amputação a fim de impedir a progressão da doença.

AGUDA

síndrome do choque tóxico estreptocócico confirmada

Back
1ª linha – 

clindamicina + benzilpenicilina ou vancomicina

A maioria dos especialistas recomenda terapia combinada com benzilpenicilina associada à clindamicina.[96][97]

A vancomicina pode ser usada no lugar da benzilpenicilina em pacientes alérgicos à penicilina

Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.

A duração do tratamento deve ser individualizada, especialmente se houver uma infecção profundamente assentada. Se for bacterêmica, o paciente deve ser tratado por 14 dias. Geralmente, o tratamento deve ser mantido por 14 dias após a última cultura positiva obtida em cirurgia.

Opções primárias

clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas

--E--

benzilpenicilina sódica: 1.2 g por via intravenosa a cada 4 horas

ou

vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas

Back
associado a – 

suporte na unidade de terapia intensiva

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As medidas preventivas de terapia intensiva geral incluem profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons, profilaxia de trombose venosa profunda com heparina ou heparina de baixo peso molecular, meias de compressão e nutrição enteral.[84][92][93]​​​​​

A American Diabetes Association recomenda uma meta geral de glicose de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) na maioria dos pacientes em estado crítico com diabetes mellitus, de preferência com o uso de um protocolo de infusão de insulina; no entanto, metas glicêmicas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas em uma população selecionada de pacientes em estado crítico (como pacientes em estado crítico submetidos a cirurgias), se puderem ser alcançadas sem o risco de hipoglicemia.[94]​ A Surviving Sepsis Campaign recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (<180 mg/dL).[84]

Os pacientes com evidências de síndrome do desconforto respiratório agudo devem receber ventilação pulmonar protetora usando pressões máximas de platô <30 cm H₂O e hipercapnia permissiva para limitar os danos pulmonares.[95]

A terapia de suporte inicial, como a ressuscitação agressiva com fluidos, o suporte com vasopressor para hipotensão refratária, a otimização hemodinâmica e o desbridamento cirúrgico iniciado antes da confirmação da causa devem ser continuados. A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]​ Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.

O controle do foco é obrigatório, incluindo drenagem de quaisquer abscessos existentes e remoção do absorvente higiênico interno, caso esteja presente.

Back
Considerar – 

IGIV

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A adição da IGIV pode ser considerada para o tratamento da síndrome do choque tóxico estreptocócico, embora os dados sobre a eficácia sejam conflitantes.[110][111][112]

Opções primárias

imunoglobulina humana normal: 1 g/kg por via intravenosa no dia 1, seguido por 0.5 g/kg nos dias 2 e 3; ou 2 g/kg por via intravenosa em dose única

Mais

síndrome do choque tóxico estafilocócico confirmada: sensível à meticilina

Back
1ª linha – 

clindamicina + oxacilina ou nafcilina ou vancomicina

Se o organismo for identificado como um Staphylococcus aureus sensível à meticilina, recomenda-se clindamicina associada à oxacilina ou nafcilina.

A vancomicina pode ser usada no lugar da oxacilina ou nafcilina em pacientes alérgicos à penicilina.

Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.

A duração do tratamento deve ser individualizada, especialmente se houver uma infecção profundamente assentada. Se for bacterêmica, o paciente deve ser tratado por 14 dias. Geralmente, o tratamento deve ser mantido por 14 dias após a última cultura positiva obtida em cirurgia.

Opções primárias

clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas

--E--

oxacilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas

ou

nafcilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas

ou

vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas

Back
associado a – 

suporte na unidade de terapia intensiva

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As medidas preventivas de terapia intensiva geral incluem profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons, profilaxia de trombose venosa profunda com heparina ou heparina de baixo peso molecular, meias de compressão e nutrição enteral.[84][92][93]​​ A American Diabetes Association recomenda uma meta geral para a glicemia de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) na maioria dos pacientes em estado crítico com diabetes mellitus, de preferência com o uso de um protocolo de infusão de insulina; no entanto, metas glicêmicas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas em uma população selecionada de pacientes em estado crítico (como pacientes em estado crítico submetidos a cirurgias), se puderem ser alcançadas sem o risco de hipoglicemia.[94]​ ​A Surviving Sepsis Campaign recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (<180 mg/dL).[84]​ 

Os pacientes com evidências de síndrome do desconforto respiratório agudo devem receber ventilação pulmonar protetora usando pressões máximas de platô <30 cm H₂O e hipercapnia permissiva para limitar os danos pulmonares.[95]

A terapia de suporte inicial, como a ressuscitação agressiva com fluidos, o suporte com vasopressor para hipotensão refratária, a otimização hemodinâmica e o desbridamento cirúrgico iniciado antes da confirmação da causa devem ser continuados. A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]​ Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84] Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.

O controle do foco é obrigatório, incluindo drenagem de quaisquer abscessos existentes e remoção do absorvente higiênico interno, caso esteja presente.

Back
Considerar – 

mupirocina tópica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sugeriu-se o tratamento com mupirocina a fim de erradicar uma cultura nasal positiva para Staphylococcus, mas não há dados para dar suporte a tal prática.

Opções primárias

mupirocina tópica: (2%) aplicar nas narinas duas vezes ao dia por 5 dias

síndrome do choque tóxico estafilocócico confirmada: resistente à meticilina

Back
1ª linha – 

clindamicina + vancomicina ou linezolida

Se for identificado como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), deve-se administrar terapia combinada com clindamicina associada à vancomicina ou linezolida.

Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.

A duração do tratamento deve ser individualizada, especialmente se houver uma infecção profundamente assentada. Se for bacterêmica, o paciente deve ser tratado por 14 dias. Geralmente, o tratamento deve ser mantido por 14 dias após a última cultura positiva obtida em cirurgia.

Opções primárias

clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas

--E--

vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas

ou

linezolida: 600 mg por via intravenosa a cada 12 horas

Back
associado a – 

suporte na unidade de terapia intensiva

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As medidas preventivas de terapia intensiva geral incluem profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons, profilaxia de trombose venosa profunda com heparina ou heparina de baixo peso molecular, meias de compressão e nutrição enteral.[84][92][93]​​​​ A American Diabetes Association recomenda uma meta geral para a glicose de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) na maioria dos pacientes em estado crítico com diabetes mellitus, de preferência com o uso de um protocolo de infusão de insulina; no entanto, metas glicêmicas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas em uma população selecionada de pacientes em estado crítico (como pacientes em estado crítico submetidos a cirurgias), se puderem ser alcançadas sem o risco de hipoglicemia.[94]​ A Surviving Sepsis Campaign recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (<180 mg/dL).[84]

Os pacientes com evidências de síndrome do desconforto respiratório agudo devem receber ventilação pulmonar protetora usando pressões máximas de platô <30 cm H₂O e hipercapnia permissiva para limitar os danos pulmonares.[95]

A terapia de suporte inicial, como a ressuscitação agressiva com fluidos, o suporte com vasopressor para hipotensão refratária, a otimização hemodinâmica e o desbridamento cirúrgico iniciado antes da confirmação da causa devem ser continuados. A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]​ Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.

O controle do foco é obrigatório, incluindo drenagem de quaisquer abscessos existentes e remoção do absorvente higiênico interno, caso esteja presente.

Back
Considerar – 

mupirocina tópica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Sugeriu-se o tratamento com mupirocina a fim de erradicar uma cultura nasal positiva para Staphylococcus, mas não há dados para dar suporte a tal prática.

Opções primárias

mupirocina tópica: (2%) aplicar nas narinas duas vezes ao dia por 5 dias

síndrome do choque tóxico clínico sem culturas confirmadas

Back
1ª linha – 

antibioticoterapia empírica continuada

Os pacientes com síndrome do choque tóxico clínico sem culturas confirmadas devem receber terapia empírica contínua.

Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.

A duração do tratamento deve ser individualizada, especialmente se houver uma infecção profundamente assentada. Se for bacterêmica, o paciente deve ser tratado por 14 dias. Geralmente, o tratamento deve ser mantido por 14 dias após a última cultura positiva obtida em cirurgia.

Opções primárias

clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas

--E--

imipeném/cilastatina: 500 mg por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

ou

meropeném: 1 g por via intravenosa a cada 8 horas

ou

ticarcilina/ácido clavulânico: 3.1 g por via intravenosa a cada 4 horas

Mais

ou

piperacilina/tazobactam: 4.5 g por via intravenosa a cada 6 horas

Mais

ou

vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas

Back
associado a – 

suporte na unidade de terapia intensiva

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As medidas preventivas de terapia intensiva geral incluem profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons, profilaxia de trombose venosa profunda com heparina ou heparina de baixo peso molecular, meias de compressão e nutrição enteral.[84][92][93]​​​​ A American Diabetes Association recomenda uma meta geral de glicose de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) na maioria dos pacientes em estado crítico com diabetes mellitus, de preferência usando um protocolo de infusão de insulina; no entanto, metas glicêmicas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas em uma população selecionada de pacientes em estado crítico (como pacientes em estado crítico submetidos a cirurgia), se puderem ser alcançadas sem o risco de hipoglicemia.[94]​​ A Surviving Sepsis Campaign recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (<180 mg/dL).[84]

Os pacientes com evidências de síndrome do desconforto respiratório agudo devem receber ventilação pulmonar protetora usando pressões máximas de platô <30 cm H₂O e hipercapnia permissiva para limitar os danos pulmonares.[95]

A terapia de suporte inicial, como a ressuscitação agressiva com fluidos, o suporte com vasopressor para hipotensão refratária, a otimização hemodinâmica e o desbridamento cirúrgico iniciado antes da confirmação da causa devem ser continuados. A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91] Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.

back arrow

Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal