Síndrome do choque tóxico
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
suspeita de síndrome do choque tóxico
terapias de suporte
O tratamento precoce e imediato deve incluir ressuscitação agressiva com fluidos, antibioticoterapia empírica, suporte com vasopressor para hipotensão refratária, otimização hemodinâmica, controle do foco e desbridamento cirúrgico.
A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]De Backer D, Aldecoa C, Njimi H, et al. Dopamine versus norepinephrine in the treatment of septic shock: a meta-analysis. Crit Care Med. 2012 Mar;40(3):725-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22036860?tool=bestpractice.com Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.
O controle do foco é obrigatório, incluindo drenagem de quaisquer abscessos existentes e remoção do absorvente higiênico interno, caso esteja presente.
O paciente deve ser transferido imediatamente para uma unidade de terapia intensiva para tratamento.
antibioticoterapia empírica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se iniciar a administração de antibióticos de forma empírica antes dos resultados da cultura.
A terapia empírica recomendada consiste em clindamicina associada a um dos seguintes: um carbapenêmico (isto é, imipeném/cilastatina ou meropeném); penicilina com um inibidor de betalactamase (por exemplo, ticarcilina/ácido clavulânico ou piperacilina/tazobactam); ou vancomicina (nos pacientes com alergia à penicilina).
Em pacientes com suspeita de síndrome do choque tóxico estafilocócico, recomenda-se clindamicina associada à vancomicina.
Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.
Opções primárias
clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas
--E--
imipeném/cilastatina: 500 mg por via intravenosa a cada 6 horas
Mais imipeném/cilastatinaA dose refere-se ao componente de imipeném.
ou
meropeném: 1 g por via intravenosa a cada 8 horas
ou
ticarcilina/ácido clavulânico: 3.1 g por via intravenosa a cada 4 horas
Mais ticarcilina/ácido clavulânicoA dose consiste em 3 g de ticarcilina associados a 0.1 g de ácido clavulânico.
ou
piperacilina/tazobactam: 4.5 g por via intravenosa a cada 6 horas
Mais piperacilina/tazobactamA dose consiste em 4 g de piperacilina associado a 0.5 g de tazobactam.
ou
vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas
desbridamento cirúrgico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Deve-se considerar desbridamento cirúrgico precoce e imediato para a maioria dos pacientes com suspeita de síndrome do choque tóxico estreptocócico (isto é, aqueles que apresentarem febre, dor, edema dos tecidos moles e/ou formação de vesículas e bolhas) com um foco cirúrgico adequado da infecção.
O desbridamento cirúrgico agressivo do tecido infectado, incluindo fáscia, é imperativo e obrigatório se for identificado o local de uma possível infecção.
Geralmente são necessários desbridamentos repetidos e sequenciais operatórios e à beira do leito do tecido infectado, sobretudo se houver fasciite necrosante na doença estreptocócica.[64]Stevens DL, Tanner MH, Winship J, et al. Severe group A streptococcal infections associated with a shock-like syndrome. N Engl J Med. 1989 Jul 6;321(1):1-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2659990?tool=bestpractice.com
Além dos desbridamentos cirúrgicos, pode haver necessidade de fasciotomia ou amputação a fim de impedir a progressão da doença.
síndrome do choque tóxico estreptocócico confirmada
clindamicina + benzilpenicilina ou vancomicina
A maioria dos especialistas recomenda terapia combinada com benzilpenicilina associada à clindamicina.[96]Stevens DL, Madaras-Kelly KJ, Richards DM. In vitro antimicrobial effects of various combinations of penicillin and clindamycin against four strains of Streptococcus pyogenes. Antimicrob Agents Chemother. 1998 May;42(5):1266-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC105799 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9593164?tool=bestpractice.com [97]American Academy of Pediatrics. Severe invasive group A streptococcal infection: a subject review. Pediatrics. 1998 Jan;101(1 pt 1):136-40. http://pediatrics.aappublications.org/content/101/1/136.full?sid=48721631-0fb1-4612-925c-571db06adbbc http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11345977?tool=bestpractice.com
A vancomicina pode ser usada no lugar da benzilpenicilina em pacientes alérgicos à penicilina
Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.
A duração do tratamento deve ser individualizada, especialmente se houver uma infecção profundamente assentada. Se for bacterêmica, o paciente deve ser tratado por 14 dias. Geralmente, o tratamento deve ser mantido por 14 dias após a última cultura positiva obtida em cirurgia.
Opções primárias
clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas
--E--
benzilpenicilina sódica: 1.2 g por via intravenosa a cada 4 horas
ou
vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas
suporte na unidade de terapia intensiva
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As medidas preventivas de terapia intensiva geral incluem profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons, profilaxia de trombose venosa profunda com heparina ou heparina de baixo peso molecular, meias de compressão e nutrição enteral.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com [92]Trzeciak S, Dellinger RP. Other supportive therapies in sepsis: an evidence-based review. Crit Care Med. 2004 Nov;32(suppl 11):S571-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15542966?tool=bestpractice.com [93]Nguyen HB, Rivers EP, Abrahamian FM, et al. Severe sepsis and septic shock: review of the literature and emergency department management guidelines. Ann Emerg Med. 2006 Jul;48(1):28-54. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16781920?tool=bestpractice.com
A American Diabetes Association recomenda uma meta geral de glicose de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) na maioria dos pacientes em estado crítico com diabetes mellitus, de preferência com o uso de um protocolo de infusão de insulina; no entanto, metas glicêmicas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas em uma população selecionada de pacientes em estado crítico (como pacientes em estado crítico submetidos a cirurgias), se puderem ser alcançadas sem o risco de hipoglicemia.[94]American Diabetes Association Professional Practice Committee. 16. Diabetes care in the hospital: standards of care in diabetes-2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S321-34. https://diabetesjournals.org/care/article/48/Supplement_1/S321/157551/16-Diabetes-Care-in-the-Hospital-Standards-of-Care http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39651972?tool=bestpractice.com A Surviving Sepsis Campaign recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (<180 mg/dL).[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Os pacientes com evidências de síndrome do desconforto respiratório agudo devem receber ventilação pulmonar protetora usando pressões máximas de platô <30 cm H₂O e hipercapnia permissiva para limitar os danos pulmonares.[95]The Acute Respiratory Distress Syndrome Network. Ventilation with lower tidal volumes as compared with traditional tidal volumes for acute lung injury and the acute respiratory distress syndrome. N Engl J Med. 2000 May 4;342(18):1301-8. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005043421801#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10793162?tool=bestpractice.com
A terapia de suporte inicial, como a ressuscitação agressiva com fluidos, o suporte com vasopressor para hipotensão refratária, a otimização hemodinâmica e o desbridamento cirúrgico iniciado antes da confirmação da causa devem ser continuados. A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]De Backer D, Aldecoa C, Njimi H, et al. Dopamine versus norepinephrine in the treatment of septic shock: a meta-analysis. Crit Care Med. 2012 Mar;40(3):725-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22036860?tool=bestpractice.com Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.
O controle do foco é obrigatório, incluindo drenagem de quaisquer abscessos existentes e remoção do absorvente higiênico interno, caso esteja presente.
IGIV
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A adição da IGIV pode ser considerada para o tratamento da síndrome do choque tóxico estreptocócico, embora os dados sobre a eficácia sejam conflitantes.[110]Stevens DL, Bisno AL, Chambers HF, et al. Practice guidelines for the diagnosis and management of skin and soft tissue infections: 2014 update by the Infectious Diseases Society of America. Clin Infect Dis. 2014 Jul 15;59(2):e10-52. https://academic.oup.com/cid/article/59/2/e10/2895845 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24973422?tool=bestpractice.com [111]Sartelli M, Guirao X, Hardcastle TC, et al. 2018 WSES/SIS-E consensus conference: recommendations for the management of skin and soft-tissue infections. World J Emerg Surg. 2018;13:58. https://www.doi.org/10.1186/s13017-018-0219-9 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30564282?tool=bestpractice.com [112]Sartelli M, Coccolini F, Kluger Y, et al. WSES/GAIS/WSIS/SIS-E/AAST global clinical pathways for patients with skin and soft tissue infections. World J Emerg Surg. 2022 Jan 15;17(1):3. https://www.doi.org/10.1186/s13017-022-00406-2 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35033131?tool=bestpractice.com
Opções primárias
imunoglobulina humana normal: 1 g/kg por via intravenosa no dia 1, seguido por 0.5 g/kg nos dias 2 e 3; ou 2 g/kg por via intravenosa em dose única
Mais imunoglobulina humana normalOs regimes de doses podem variar; consulte um especialista para obter orientação adicional quanto à dose.
síndrome do choque tóxico estafilocócico confirmada: sensível à meticilina
clindamicina + oxacilina ou nafcilina ou vancomicina
Se o organismo for identificado como um Staphylococcus aureus sensível à meticilina, recomenda-se clindamicina associada à oxacilina ou nafcilina.
A vancomicina pode ser usada no lugar da oxacilina ou nafcilina em pacientes alérgicos à penicilina.
Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.
A duração do tratamento deve ser individualizada, especialmente se houver uma infecção profundamente assentada. Se for bacterêmica, o paciente deve ser tratado por 14 dias. Geralmente, o tratamento deve ser mantido por 14 dias após a última cultura positiva obtida em cirurgia.
Opções primárias
clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas
--E--
oxacilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas
ou
nafcilina: 2 g por via intravenosa a cada 4 horas
ou
vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas
suporte na unidade de terapia intensiva
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As medidas preventivas de terapia intensiva geral incluem profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons, profilaxia de trombose venosa profunda com heparina ou heparina de baixo peso molecular, meias de compressão e nutrição enteral.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com [92]Trzeciak S, Dellinger RP. Other supportive therapies in sepsis: an evidence-based review. Crit Care Med. 2004 Nov;32(suppl 11):S571-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15542966?tool=bestpractice.com [93]Nguyen HB, Rivers EP, Abrahamian FM, et al. Severe sepsis and septic shock: review of the literature and emergency department management guidelines. Ann Emerg Med. 2006 Jul;48(1):28-54. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16781920?tool=bestpractice.com A American Diabetes Association recomenda uma meta geral para a glicemia de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) na maioria dos pacientes em estado crítico com diabetes mellitus, de preferência com o uso de um protocolo de infusão de insulina; no entanto, metas glicêmicas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas em uma população selecionada de pacientes em estado crítico (como pacientes em estado crítico submetidos a cirurgias), se puderem ser alcançadas sem o risco de hipoglicemia.[94]American Diabetes Association Professional Practice Committee. 16. Diabetes care in the hospital: standards of care in diabetes-2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S321-34. https://diabetesjournals.org/care/article/48/Supplement_1/S321/157551/16-Diabetes-Care-in-the-Hospital-Standards-of-Care http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39651972?tool=bestpractice.com A Surviving Sepsis Campaign recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (<180 mg/dL).[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Os pacientes com evidências de síndrome do desconforto respiratório agudo devem receber ventilação pulmonar protetora usando pressões máximas de platô <30 cm H₂O e hipercapnia permissiva para limitar os danos pulmonares.[95]The Acute Respiratory Distress Syndrome Network. Ventilation with lower tidal volumes as compared with traditional tidal volumes for acute lung injury and the acute respiratory distress syndrome. N Engl J Med. 2000 May 4;342(18):1301-8. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005043421801#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10793162?tool=bestpractice.com
A terapia de suporte inicial, como a ressuscitação agressiva com fluidos, o suporte com vasopressor para hipotensão refratária, a otimização hemodinâmica e o desbridamento cirúrgico iniciado antes da confirmação da causa devem ser continuados. A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]De Backer D, Aldecoa C, Njimi H, et al. Dopamine versus norepinephrine in the treatment of septic shock: a meta-analysis. Crit Care Med. 2012 Mar;40(3):725-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22036860?tool=bestpractice.com Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.
O controle do foco é obrigatório, incluindo drenagem de quaisquer abscessos existentes e remoção do absorvente higiênico interno, caso esteja presente.
mupirocina tópica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Sugeriu-se o tratamento com mupirocina a fim de erradicar uma cultura nasal positiva para Staphylococcus, mas não há dados para dar suporte a tal prática.
Opções primárias
mupirocina tópica: (2%) aplicar nas narinas duas vezes ao dia por 5 dias
síndrome do choque tóxico estafilocócico confirmada: resistente à meticilina
clindamicina + vancomicina ou linezolida
Se for identificado como Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), deve-se administrar terapia combinada com clindamicina associada à vancomicina ou linezolida.
Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.
A duração do tratamento deve ser individualizada, especialmente se houver uma infecção profundamente assentada. Se for bacterêmica, o paciente deve ser tratado por 14 dias. Geralmente, o tratamento deve ser mantido por 14 dias após a última cultura positiva obtida em cirurgia.
Opções primárias
clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas
--E--
vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas
ou
linezolida: 600 mg por via intravenosa a cada 12 horas
suporte na unidade de terapia intensiva
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As medidas preventivas de terapia intensiva geral incluem profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons, profilaxia de trombose venosa profunda com heparina ou heparina de baixo peso molecular, meias de compressão e nutrição enteral.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com [92]Trzeciak S, Dellinger RP. Other supportive therapies in sepsis: an evidence-based review. Crit Care Med. 2004 Nov;32(suppl 11):S571-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15542966?tool=bestpractice.com [93]Nguyen HB, Rivers EP, Abrahamian FM, et al. Severe sepsis and septic shock: review of the literature and emergency department management guidelines. Ann Emerg Med. 2006 Jul;48(1):28-54. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16781920?tool=bestpractice.com A American Diabetes Association recomenda uma meta geral para a glicose de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) na maioria dos pacientes em estado crítico com diabetes mellitus, de preferência com o uso de um protocolo de infusão de insulina; no entanto, metas glicêmicas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas em uma população selecionada de pacientes em estado crítico (como pacientes em estado crítico submetidos a cirurgias), se puderem ser alcançadas sem o risco de hipoglicemia.[94]American Diabetes Association Professional Practice Committee. 16. Diabetes care in the hospital: standards of care in diabetes-2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S321-34. https://diabetesjournals.org/care/article/48/Supplement_1/S321/157551/16-Diabetes-Care-in-the-Hospital-Standards-of-Care http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39651972?tool=bestpractice.com A Surviving Sepsis Campaign recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (<180 mg/dL).[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Os pacientes com evidências de síndrome do desconforto respiratório agudo devem receber ventilação pulmonar protetora usando pressões máximas de platô <30 cm H₂O e hipercapnia permissiva para limitar os danos pulmonares.[95]The Acute Respiratory Distress Syndrome Network. Ventilation with lower tidal volumes as compared with traditional tidal volumes for acute lung injury and the acute respiratory distress syndrome. N Engl J Med. 2000 May 4;342(18):1301-8. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005043421801#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10793162?tool=bestpractice.com
A terapia de suporte inicial, como a ressuscitação agressiva com fluidos, o suporte com vasopressor para hipotensão refratária, a otimização hemodinâmica e o desbridamento cirúrgico iniciado antes da confirmação da causa devem ser continuados. A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]De Backer D, Aldecoa C, Njimi H, et al. Dopamine versus norepinephrine in the treatment of septic shock: a meta-analysis. Crit Care Med. 2012 Mar;40(3):725-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22036860?tool=bestpractice.com Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.
O controle do foco é obrigatório, incluindo drenagem de quaisquer abscessos existentes e remoção do absorvente higiênico interno, caso esteja presente.
mupirocina tópica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Sugeriu-se o tratamento com mupirocina a fim de erradicar uma cultura nasal positiva para Staphylococcus, mas não há dados para dar suporte a tal prática.
Opções primárias
mupirocina tópica: (2%) aplicar nas narinas duas vezes ao dia por 5 dias
síndrome do choque tóxico clínico sem culturas confirmadas
antibioticoterapia empírica continuada
Os pacientes com síndrome do choque tóxico clínico sem culturas confirmadas devem receber terapia empírica contínua.
Pode haver a necessidade de antibióticos adicionais para o tratamento de superinfecções que possam vir a ocorrer.
A duração do tratamento deve ser individualizada, especialmente se houver uma infecção profundamente assentada. Se for bacterêmica, o paciente deve ser tratado por 14 dias. Geralmente, o tratamento deve ser mantido por 14 dias após a última cultura positiva obtida em cirurgia.
Opções primárias
clindamicina: 900 mg por via intravenosa a cada 8 horas
--E--
imipeném/cilastatina: 500 mg por via intravenosa a cada 6 horas
Mais imipeném/cilastatinaA dose refere-se ao componente de imipeném.
ou
meropeném: 1 g por via intravenosa a cada 8 horas
ou
ticarcilina/ácido clavulânico: 3.1 g por via intravenosa a cada 4 horas
Mais ticarcilina/ácido clavulânicoA dose consiste em 3 g de ticarcilina associados a 0.1 g de ácido clavulânico.
ou
piperacilina/tazobactam: 4.5 g por via intravenosa a cada 6 horas
Mais piperacilina/tazobactamA dose consiste em 4 g de piperacilina associado a 0.5 g de tazobactam.
ou
vancomicina: 15-20 mg/kg por via intravenosa a cada 12 horas
suporte na unidade de terapia intensiva
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As medidas preventivas de terapia intensiva geral incluem profilaxia para úlcera de estresse fisiológico com antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons, profilaxia de trombose venosa profunda com heparina ou heparina de baixo peso molecular, meias de compressão e nutrição enteral.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com [92]Trzeciak S, Dellinger RP. Other supportive therapies in sepsis: an evidence-based review. Crit Care Med. 2004 Nov;32(suppl 11):S571-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15542966?tool=bestpractice.com [93]Nguyen HB, Rivers EP, Abrahamian FM, et al. Severe sepsis and septic shock: review of the literature and emergency department management guidelines. Ann Emerg Med. 2006 Jul;48(1):28-54. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16781920?tool=bestpractice.com A American Diabetes Association recomenda uma meta geral de glicose de 7.8 a 10.0 mmol/L (140-180 mg/dL) na maioria dos pacientes em estado crítico com diabetes mellitus, de preferência usando um protocolo de infusão de insulina; no entanto, metas glicêmicas individualizadas mais rigorosas podem ser apropriadas em uma população selecionada de pacientes em estado crítico (como pacientes em estado crítico submetidos a cirurgia), se puderem ser alcançadas sem o risco de hipoglicemia.[94]American Diabetes Association Professional Practice Committee. 16. Diabetes care in the hospital: standards of care in diabetes-2025. Diabetes Care. 2025 Jan 1;48(suppl 1):S321-34. https://diabetesjournals.org/care/article/48/Supplement_1/S321/157551/16-Diabetes-Care-in-the-Hospital-Standards-of-Care http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39651972?tool=bestpractice.com A Surviving Sepsis Campaign recomenda o uso de protocolos de infusão de insulina validados, visando um nível glicêmico de <10 mmol/L (<180 mg/dL).[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com
Os pacientes com evidências de síndrome do desconforto respiratório agudo devem receber ventilação pulmonar protetora usando pressões máximas de platô <30 cm H₂O e hipercapnia permissiva para limitar os danos pulmonares.[95]The Acute Respiratory Distress Syndrome Network. Ventilation with lower tidal volumes as compared with traditional tidal volumes for acute lung injury and the acute respiratory distress syndrome. N Engl J Med. 2000 May 4;342(18):1301-8. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005043421801#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10793162?tool=bestpractice.com
A terapia de suporte inicial, como a ressuscitação agressiva com fluidos, o suporte com vasopressor para hipotensão refratária, a otimização hemodinâmica e o desbridamento cirúrgico iniciado antes da confirmação da causa devem ser continuados. A ressuscitação maciça com fluidos geralmente é necessária devido ao fenômeno de extravasamento capilar difuso e hipotensão refratária. O uso do vasopressor dopamina foi associado a uma mortalidade mais elevada e a mais eventos de arritmia em comparação com a administração de noradrenalina.[91]De Backer D, Aldecoa C, Njimi H, et al. Dopamine versus norepinephrine in the treatment of septic shock: a meta-analysis. Crit Care Med. 2012 Mar;40(3):725-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22036860?tool=bestpractice.com Corticosteroides intravenosos devem ser administrados para pacientes com necessidade de vasopressor contínuo ou choque séptico refratário a vasopressor.[84]Evans L, Rhodes A, Alhazzani W, et al. Surviving sepsis campaign: international guidelines for management of sepsis and septic shock 2021. Crit Care Med. 2021 Nov 1;49(11):e1063-143. https://www.doi.org/10.1097/CCM.0000000000005337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34605781?tool=bestpractice.com Consulte um especialista para obter orientação sobre esquemas e doses de vasopressores adequados.
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