Caso clínico
Caso clínico
Uma mulher de 32 anos chega ao pronto-socorro com queixas de febre, calafrios, cefaleia, dores musculares e dispneia nas últimas 48 horas. Duas semanas antes dos sintomas, ela teve um parto natural descomplicado a termo. Ela não tem uma história médica pregressa significativa. Ninguém mais de sua casa esteve doente recentemente ou viajou para fora do país. No exame físico, ela está tóxica com temperatura de 39.5 °C (103.1 °F). A frequência de pulso é de 132 bpm e a pressão arterial (PA) é de 100/60 mmHg com frequência respiratória de 34 respirações/minuto. Nota-se um rash eritematoso nos membros superiores e inferiores. Os murmúrios vesiculares estão diminuídos nas bases. O restante do exame não apresentou contribuições.
Outras apresentações
As infecções graves por estreptococos do grupo A podem resultar em infecções que incluem bacteremia, celulite, meningite, pneumonia, empiema, peritonite, artrite séptica, sepse puerperal, sepse de lesão por queimadura, fasciite necrosante e miosite gangrenosa.[9] Tais infecções podem apresentar evidências de síndrome do choque tóxico com choque e falência de múltiplos órgãos. Foram reportadas algumas apresentações atípicas, como infecções secundárias com estreptococos do grupo A, como resultado de uma infecção primária por varicela. Embora a infecção por varicela geralmente seja uma infecção autolimitada em crianças, ela pode estar associada a graves infecções com risco de vida, tanto em pacientes imunocompetentes quanto imunocomprometidos. As infecções bacterianas graves causadas por infecções por estreptococos do grupo A estão aumentando em frequência como complicação da varicela.[10][11]
Foram reportadas síndromes do choque tóxico estafilocócico menstrual e não menstrual recorrentes, observadas sobretudo em pacientes que não foram tratadas com antibióticos antiestafilocócicos apropriados ou com duração inadequada da terapia.[12][13][14][15] Até um terço das pacientes pode apresentar síndrome do choque tóxico menstrual recorrente, sobretudo aquelas que não desenvolvem uma resposta humoral à toxina estafilocócica e/ou que tenham colonização persistente com uma cepa toxigênica do Staphylococcus aureus.[12][14][16] Os casos não menstruais recorrentes podem ocorrer quando as pacientes não desenvolvem um nível protetor de anticorpos na fase convalescente após a infecção inicial.[15] As recorrências podem ocorrer dias a meses após a apresentação inicial da síndrome. Na síndrome do choque tóxico menstrual, as recorrências geralmente são mais leves que a doença inicial.
Uma variação da síndrome do choque tóxico estafilocócico também foi descrita em pacientes com síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS), apresentando-se como uma doença subaguda com descamação, eritrodermia, infecções mucocutâneas e hipotensão, tudo isso persistindo por várias semanas.[17]
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