Prevenção primária

Sabe-se muito pouco acerca das medidas efetivas para prevenção da miocardite. Os objetivos atuais da prevenção primária se limitam a prevenir o desenvolvimento de um quadro clínico sabidamente associado à miocardite. Um exemplo é a prevenção da infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV) através das práticas de sexo seguro.

Em pacientes com câncer submetidos a tratamento com inibidores de checkpoints imunológicos (ICIs), devem ser realizados ECGs e medições de troponina seriados para detectar toxicidade cardiovascular subclínica relacionada a ICI. Uma avaliação cardiovascular mais ampla deve ser considerada a cada 6-12 meses nos pacientes que precisam de tratamento em longo prazo.[32]

Prevenção secundária

A abstinência de etanol é incentivada em todos os pacientes com história de miocardite, embora os efeitos do consumo moderado de álcool sobre a cardiomiopatia não relacionada ao álcool sejam desconhecidos. Recomenda-se evitar participar de esportes competitivos por 3-6 meses após o diagnóstico de miocardite, incluindo em crianças.[15][56] Recomenda-se evitar o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) em pacientes com insuficiência cardíaca avançada ou choque cardiogênico devido à miocardite. No entanto, aspirina e ibuprofeno podem ser usados em pacientes com miopericardite aguda que apresentam sintomas leves e não necessitam de hospitalização.[56]

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