Critérios

Classificação dos níveis motores funcionais[97]

Esse sistema tradicional de classificação é baseado no nível motor da lesão conforme determinado pelo teste manual de força muscular e pode ser aplicado a todas as faixas etárias.

  • Torácica: normalmente não anda, a não ser em órtese de marcha de reciprocação; nenhum ou mínimo movimento das pernas.

  • Lombar médio: tipicamente pode andar distâncias curtas, com órteses tornozelo-pé (OTPs) ou cintas mais altas; uso de andador ou muletas.

  • Lombar baixo: normalmente anda em ambientes externos; pode usar andador, muletas ou bengala, assim como OTPs.

  • Sacral: normalmente pouca ou nenhuma limitação para andar, mas pode precisar de OTPs ou palmilhas de sustentação.

Também é usado um sistema de classificação mais funcional que divide os pacientes em 3 grupos com base no prognóstico de deambulação.[98]

  • Torácico/lombar alto: caracterizado pela perda da força do quadríceps a ponto de precisar de suporte longo para a perna (quadril-joelho-tornozelo) para deambulação domiciliar e uso de cadeira de rodas a partir de uma idade precoce para mobilidade na comunidade.

  • Lombar baixo: refere-se aos níveis motores funcionais L3 e L4 associados a boa força do quadríceps e a boa função do tendão medial, mas funções do glúteo médio e máximo deficientes. Isso resulta em uma marcha de Trendelenburg que força a face medial da articulação do joelho e que é ineficiente em termos de energia. O uso de muletas de antebraço para uma marcha com ciclo completo e de OTPs é recomendável para manter o alinhamento e melhorar a mobilidade funcional, bem como para prevenir artrite nas articulações dos joelhos em idade mais avançada. A deambulação pela comunidade é possível; o uso de cadeira de rodas muitas vezes é preferível para distâncias mais longas.

  • Sacral alto: caracterizado por uma fraqueza dos músculos intrínsecos do pé com ou sem fraqueza nos flexores plantares do tornozelo, de modo que não há anormalidade de marcha perceptível. O prognóstico de deambulação por toda a vida é excelente. Os pacientes com fraqueza dos flexores plantares se beneficiam com o uso de OTPs, mas geralmente não precisam usar muletas.

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