Rastreamento

Rastreamento de população de alto risco

O rastreamento de pessoas assintomáticas quanto à infecção por Trypanosoma cruzi é uma estratégia fundamental no controle da doença de Chagas em vários países endêmicos e em populações de alto risco.[12]​​[29][33][54]​ Os testes sorológicos convencionais (ensaio de imunoadsorção enzimática [ELISA] do lisado de parasita ou antígenos recombinantes e testes de anticorpos imunofluorescentes [AIF]) são usados no rastreamento de indivíduos com risco reconhecido (ou seja, moradores de áreas endêmicas, turistas, imigrantes).

Nos EUA, o rastreamento é recomendado para pacientes nascidos na América Latina, que passaram >6 meses em uma área rural da América Latina e/ou que relatem exposição a triatomíneos.[33]​ No total, há quatro imunoensaios comerciais disponíveis para uso clínico: 3 ELISAs (Wiener Chagatest ELISA recombinante, Hemagen ELISA e Ortho T. cruzi ELISA) e um ensaio rápido (InBios Chagas Detect Plus).[127]

Rastreamento de doadores de sangue e de órgãos

Os doadores de sangue são triados mediante testes ELISA de lisado parasitário (sensibilidade de 100% em pacientes com doença de Chagas e especificidade de 99.997% em doadores de sangue), de acordo com a bula aprovada pela Food and Drug Administration dos EUA.[157] Considerando o grande contingente de imigrantes da América Latina em países não endêmicos, o rastreamento de doadores de órgãos para transplante vem se tornando cada vez mais importante, tendo um grupo de trabalho multidisciplinar publicado recomendações para o rastreamento e o tratamento da doença de Chagas em receptores de transplante de órgãos.[158]

Rastreamento familiar

Os familiares de pacientes com histórias semelhantes de possível exposição ao parasita em ambientes endêmicos devem ser testados. Os filhos de mães chagásicas também devem ser testados.

Rastreamento pré-natal

As mães com risco reconhecido são triadas com testes sorológicos convencionais (ELISA do lisado de parasita ou antígenos recombinantes e anticorpos imunofluorescentes). Os testes sorológicos permanecem positivos no descendente de 6-9 meses após o nascimento.

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