Novos tratamentos

Alteplase para pacientes com momento de início do AVC desconhecido ou entre 4.5 e 9.0 horas após o início

Em um paciente com momento de início do AVC desconhecido, elegível para trombólise intravenosa com alteplase, um achado positivo na imagem ponderada por difusão (IPD), uma lesão negativa na recuperação da inversão atenuada por fluidos (FLAIR) na RNM ou um desequilíbrio na TC de perfusão que mostra a presença de penumbra sugere que, provavelmente, o paciente esteja dentro de um intervalo de tempo para trombólise segura e eficaz.[238] Há novas evidências de que alguns pacientes que comparecem ao pronto-socorro entre 4.5 e 9.0 horas após o início do AVC também possam se beneficiar de alteplase, com base na cintilografia de perfusão[122][123][155][239] Houve um pequeno aumento na taxa de hemorragia intracerebral sintomática nesses ensaios clínicos. No entanto, uma metanálise subsequente não identificou aumento do risco de hemorragia sintomática.[123]

Alteplase em baixas doses

Uma revisão sistemática concluiu que alteplase em baixas doses é comparável a alteplase em dose padrão para melhorar a função neurológica e reduzir a mortalidade; além disso, reduz a incidência de hemorragia intracraniana sintomática, comparada à dose padrão, em pacientes com AVC isquêmico agudo.[240] Uma revisão sistemática subsequente, que incluiu um grande ensaio clínico randomizado realizado principalmente na Ásia, relatou que alteplase em baixas doses não está associado à redução do risco de morte, incapacidade ou hemorragia intracraniana sintomática.[241]

Edaravone

Acredita-se que edaravone atue como varredor de radicais livres. A administração intravenosa de edaravone foi associada à melhora dos desfechos em pacientes com AVC e é recomendada para o tratamento do AVC isquêmico agudo pelas diretrizes chinesas e japonesas de cuidados relativos ao AVC.[242][243] Edaravone não está aprovado para AVC isquêmico nos EUA e na Europa.

Calicreína-1 (KLK-1) recombinante

Uma forma recombinante (sintética) de KLK-1 de tecido humano, uma serina protease que desempenha um papel importante na regulação da microcirculação, pressão arterial e fluxo sanguíneo, recebeu a designação de tramitação rápida da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA.[244] Um ensaio clínico randomizado, duplo cego, controlado por placebo está planejado para avaliar a eficácia e o impacto na recorrência do AVC.

Novas técnicas de reabilitação

Um dispositivo que usa o controle da interface cérebro-computador de um exoesqueleto movido por robótica pode ajudar os sobreviventes de AVC a recuperarem a função das mãos e dos braços. O dispositivo é aprovado pela FDA dos EUA para pacientes com 18 anos ou mais, no pós-AVC por pelo menos 6 meses, para facilitar a reeducação muscular e para manter ou aumentar a amplitude de movimento. Um exoesqueleto (órtese de mão robótica) abre e fecha a mão afetada usando a energia espectral produzida por sinais eletroencefalográficos (EEG) do hemisfério não afetado associada a movimentos imaginados da mão do membro parético.[245]

Cilostazol

Essa é uma nova opção para o AVC isquêmico agudo, comparável à aspirina quanto a eficácia e segurança.[246][247] [ Cochrane Clinical Answers logo ] Ficou comprovado que a terapia antiagregante plaquetária dupla de longo prazo com aspirina associada a cilostazol é eficaz e segura para a prevenção secundária em pacientes com alto risco de AVC isquêmico no Japão.[248] Em pacientes com AVC ou ataque isquêmico transitório atribuível a 50% a 99% de estenose de uma artéria intracraniana importante, a adição de cilostazol à aspirina ou clopidogrel pode ser considerada para reduzir o risco de AVC recorrente.[102]

Rivaroxabana associada a aspirina

Em um ensaio clínico, rivaroxabana em baixas doses associada a aspirina foi relacionada a uma proteção significativa contra AVC futuro, comparada a aspirina isolada ou rivaroxabana isolada, em indivíduos com história de doença arterial coronariana ou doença arterial periférica e AVC prévio.[116]

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