O tratamento para câncer esofágico é complexo e depende de vários fatores, incluindo o estádio da doença, a histologia (carcinoma de células escamosas ou adenocarcinoma), localização do tumor, status quanto a biomarcadores (por exemplo, receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano [HER2]; instabilidade de microssatélite alta [IMS-A] metastática; deficiência no reparo de erro de pareamento [dMMR]; e ligante de morte celular programada 1 [PD-L1]), capacidade funcional, comorbidades e preferência do paciente.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
As opções de tratamento inicial incluem as seguintes (algumas podem ser combinadas em determinados pacientes):
Normalmente, a abordagem de tratamento inicial é orientada pelo estádio clínico da doença (ou seja, limitada [cT1, cN0, M0], localizada [cT2, cN0, M0], localmente avançada [cT3-4 ou cN1-3, M0)] ou metastática [M1]), subtipo de histologia e adequação à cirurgia.
Todos os pacientes requerem um planejamento minucioso do tratamento, o que envolve uma equipe multidisciplinar (por exemplo, especialistas em oncologia cirúrgica, oncologia clínica, oncologia radiológica, radiologia, gastroenterologia, patologia). Os pacientes com doença localmente avançada, metastática ou recorrente podem necessitar de uma combinação de tratamentos locais e sistêmicos (ou seja, tratamento multimodal).[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
Terapia endoscópica
A terapia endoscópica inclui a ressecção endoscópica (utilizando ressecção endoscópica da mucosa [REM] ou dissecção endoscópica da submucosa [DES]) e/ou ablação endoscópica (utilizando crioablação ou ablação por radiofrequência). A ressecção endoscópica é recomendada para o estadiamento acurado dos cânceres em estádio inicial (T1a ou T1b com base na ultrassonografia endoscópica [USE]).[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A terapia endoscópica é considerada uma opção de tratamento segura e efetiva para os pacientes com doença limitada (cT1). Especificamente, os pacientes com doença T1a, tumores superficiais T1b e aqueles sem pouca diferenciação ou invasão linfovascular são candidatos à ressecção endoscópica com intenção curativa. Os procedimentos devem ser realizados em um centro especializado com experiência adequada em endoscopia digestiva, imagem, cirurgia e patologia.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[132]Pech O, Bollschweiler E, Manner H, et al. Comparison between endoscopic and surgical resection of mucosal esophageal adenocarcinoma in Barrett's esophagus at two high-volume centers. Ann Surg. 2011 Jul;254(1):67-72.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21532466?tool=bestpractice.com
[133]National Institute for Health and Care Excellence. Oesophago-gastric cancer: assessment and management in adults. Jul 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng83
Os tratamentos endoscópicos também podem ser usados nos cuidados paliativos. Balões ou bougies de dilatação podem ser inseridos para o alívio temporário da obstrução ou estenose tumoral, e a disfagia pode ser aliviada por ablação endoscópica do tumor ou colocação de stents metálicos autoexpansíveis. A endoscopia também pode ser usada para auxiliar a colocação das sondas de gastrostomia ou jejunostomia para os cuidados paliativos de pacientes com anorexia, disfagia ou desnutrição.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
REM ou DES
A REM envolve o uso de um dispositivo de pinças endoscópicas para remover as lesões. Por outro lado, a DES envolve dissecar as lesões da camada da submucosa, seguida pela ressecção em bloco das lesões dissecadas.[134]Ahmed O, Ajani JA, Lee JH. Endoscopic management of esophageal cancer. World J Gastrointest Oncol. 2019 Oct 15;11(10):830-41.
https://www.wjgnet.com/1948-5204/full/v11/i10/830.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31662822?tool=bestpractice.com
A REM pode ser menos demorada e está associada a um risco mais baixo de eventos adversos graves, em comparação com a DES. Entretanto, seu uso é limitado às lesões menores.
Para lesões maiores, recomenda-se a DES.[122]Pimentel-Nunes P, Dinis-Ribeiro M, Ponchon T, et al. Endoscopic submucosal dissection: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) Guideline. Endoscopy. 2015 Sep;47(9):829-54.
https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/html/10.1055/s-0034-1392882
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26317585?tool=bestpractice.com
[135]Ishihara R, Iishi H, Takeuchi Y, et al. Local recurrence of large squamous-cell carcinoma of the esophagus after endoscopic resection. Gastrointest Endosc. 2008 May;67(6):799-804.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18158151?tool=bestpractice.com
Descobriu-se que a DES está associada com taxas mais altas de ressecção curativa e taxas mais baixas de recorrência local, em comparação com a REM, principalmente para as lesões grandes (≥20 mm) por carcinoma de células escamosas.[122]Pimentel-Nunes P, Dinis-Ribeiro M, Ponchon T, et al. Endoscopic submucosal dissection: European Society of Gastrointestinal Endoscopy (ESGE) Guideline. Endoscopy. 2015 Sep;47(9):829-54.
https://www.thieme-connect.de/products/ejournals/html/10.1055/s-0034-1392882
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26317585?tool=bestpractice.com
[135]Ishihara R, Iishi H, Takeuchi Y, et al. Local recurrence of large squamous-cell carcinoma of the esophagus after endoscopic resection. Gastrointest Endosc. 2008 May;67(6):799-804.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18158151?tool=bestpractice.com
A DES é mais útil que a REM para avaliar o tamanho da lesão, a invasão da submucosa, a diferenciação e a invasão linfovascular. No entanto, é mais demorada e está associada com um risco mais alto de complicações (por exemplo, sangramento, perfuração), em comparação com a REM.[134]Ahmed O, Ajani JA, Lee JH. Endoscopic management of esophageal cancer. World J Gastrointest Oncol. 2019 Oct 15;11(10):830-41.
https://www.wjgnet.com/1948-5204/full/v11/i10/830.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31662822?tool=bestpractice.com
[136]Guo HM, Zhang XQ, Chen M, et al. Endoscopic submucosal dissection vs endoscopic mucosal resection for superficial esophageal cancer. World J Gastroenterol. 2014 May 14;20(18):5540-7.
https://www.wjgnet.com/1007-9327/full/v20/i18/5540.htm
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24833885?tool=bestpractice.com
[137]Cao Y, Liao C, Tan A, et al. Meta-analysis of endoscopic submucosal dissection versus endoscopic mucosal resection for tumors of the gastrointestinal tract. Endoscopy. 2009 Sep;41(9):751-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19693750?tool=bestpractice.com
A American Society for Gastrointestinal Endoscopy (ASGE) sugere a seleção da estratégia de ressecção com base no tamanho da lesão nos pacientes com displasia de células escamosas esofágica ou carcinoma de células escamosas inicial, bem diferenciado e não ulcerado. Tanto a DES quanto a REM podem ser usadas quando o tamanho da lesão for ≤15 mm, enquanto a DES é preferível à REM quando o tamanho da lesão for >15 mm.[138]ASGE standards of practice committee, Forbes N, Elhanafi SE, et al. American Society for Gastrointestinal Endoscopy guideline on endoscopic submucosal dissection for the management of early esophageal and gastric cancers: summary and recommendations. Gastrointest Endosc. 2023 Sep;98(3):271-84.
https://www.asge.org/docs/default-source/guidelines/asge-guideline-on-endoscopic-submucosal-dissection-for-the-management-of-early-esophageal-and-gastric-cancers-summary-and-recommendations.pdf?sfvrsn=ebfde25c_3
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37498266?tool=bestpractice.com
Além disso, nos pacientes com adenocarcinoma esofágico inicial, bem diferenciado e não ulcerado (estádio T1) ou displasia nodular de Barrett, a ASGE sugere o uso de DES ou REM quando o tamanho da lesão for ≤20 mm, enquanto a DES é preferível à REM quando o tamanho da lesão for >20 mm.[138]ASGE standards of practice committee, Forbes N, Elhanafi SE, et al. American Society for Gastrointestinal Endoscopy guideline on endoscopic submucosal dissection for the management of early esophageal and gastric cancers: summary and recommendations. Gastrointest Endosc. 2023 Sep;98(3):271-84.
https://www.asge.org/docs/default-source/guidelines/asge-guideline-on-endoscopic-submucosal-dissection-for-the-management-of-early-esophageal-and-gastric-cancers-summary-and-recommendations.pdf?sfvrsn=ebfde25c_3
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37498266?tool=bestpractice.com
Ablação endoscópica
Envolve lesão térmica por aquecimento (queimadura, necrose por coagulação) ou congelamento (crioterapia) para destruir o tecido neoplásico, em vez de removê-lo.[139]di Pietro M, Canto MI, Fitzgerald RC. Endoscopic management of early adenocarcinoma and squamous cell carcinoma of the esophagus: screening, diagnosis, and therapy. Gastroenterology. 2018 Jan;154(2):421-36.
https://www.gastrojournal.org/article/S0016-5085(17)35973-5/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28778650?tool=bestpractice.com
A ablação endoscópica não facilita a avaliação diagnóstica adicional, mas geralmente é realizada após a REM ou DES, depois que o sítio de ressecção estiver curado, para ajudar a eliminar por completo qualquer displasia residual ou tratar o esôfago de Barrett não displásico.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Estadiamento patológico e diagnóstico histológico
A REM e a DES facilitam o estadiamento patológico e o diagnóstico histológico. Isso é particularmente útil para o estadiamento de pacientes com doença limitada, pois o estadiamento clínico (por meio de tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética) não é capaz de diferenciar com precisão a doença T1a (sem envolvimento da submucosa) da doença T1b (com envolvimento da submucosa).[91]Jayaprakasam VS, Yeh R, Ku GY, et al. Role of imaging in esophageal cancer management in 2020: update for radiologists. AJR Am J Roentgenol. 2020 Nov;215(5):1072-84.
https://www.ajronline.org/doi/10.2214/AJR.20.22791
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32901568?tool=bestpractice.com
Amostras de ressecção endoscópica obtidas durante a REM e a DES devem ser enviadas para avaliação histopatológica para determinar o estádio patológico e, o que é muito importante, a profundidade da invasão da submucosa. A profundidade da invasão da submucosa está fortemente associada ao risco de metástases de linfonodos.[123]Gockel I, Sgourakis G, Lyros O, et al. Risk of lymph node metastasis in submucosal esophageal cancer: a review of surgically resected patients. Expert Rev Gastroenterol Hepatol. 2011 Jun;5(3):371-84.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21651355?tool=bestpractice.com
Além disso, a situação da margem profunda é importante para determinar se a terapia endoscópica isoladamente pode ser curativa.
Monitoramento
A USE tem alta sensibilidade para detectar a doença recorrente após o tratamento. A biópsia por aspiração com agulha fina orientada por USE (USE-AAF) deve ser realizada se forem detectadas anormalidades à imagem transversal (por exemplo, linfonodos suspeitos ou áreas de espessamento da parede).[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Cirurgia (esofagectomia)
A cirurgia é a base do tratamento para o câncer esofágico. Geralmente, a cirurgia é realizada visando a cura. As principais abordagens cirúrgicas são:
A esofagectomia transtorácica é frequentemente preferencial porque permite a visualização direta do esôfago torácico com linfadenectomia extensa. Alguns dados sugerem melhor sobrevida em comparação com a esofagectomia trans-hiatal nos pacientes com adenocarcinoma esofágico ressecável.' No entanto, historicamente, a morbidade das complicações após a esofagectomia de Ivor Lewis (por exemplo, vazamento anastomótico intratorácico) levou alguns cirurgiões a favorecerem uma anastomose cervical por meio de abordagens de McKeown ou trans-hiatais. Com o aprimoramento das opções endoscópicas, como stents e esponjas endoluminais a vácuo, a morbidade de um vazamento intratorácico pode ser reduzida quando tratada em centros experientes.
Na esofagectomia transtorácica, a reconstrução do tubo gástrico é realizada com uma anastomose intratorácica (Ivor Lewis) ou uma anastomose cervical (McKeown).[140]Jezerskyte E, Saadeh LM, Hagens ERC, et al. Long-term health-related quality of life after McKeown and Ivor Lewis esophagectomy for esophageal carcinoma. Dis Esophagus. 2020 Nov 18;33(11):doaa022.
https://academic.oup.com/dote/article/33/11/doaa022/5842244
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32444879?tool=bestpractice.com
O procedimento de Ivor Lewis é mais apropriado para as lesões torácicas distais, enquanto o procedimento de McKeown pode ser usado para os tumores em direção mais proximal no esôfago (por exemplo, terço médio).[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Uma esofagectomia trans-hiatal envolve uma laparotomia e uma\ incisão cervical esquerda. Ela pode ser usada para lesões em qualquer localização torácica; no entanto, a dissecção trans-hiatal de grandes tumores esofágicos médios adjacentes à traqueia é difícil e pode estar associada a um risco considerável.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As diretrizes europeias sugerem um papel para a esofagectomia trans-hiatal nos pacientes em que a morbidade decorrente de uma incisão de toracotomia puder ser considerada excessiva.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
O tipo de ressecção é determinado pela localização do tumor e pelas opções disponíveis para conduto, bem como pela experiência e preferência do cirurgião, levando em consideração também a preferência do paciente.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A cirurgia deve ser realizada em clínicas de grande porte, por cirurgiões com experiência em esofagectomia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Estudos constataram que as clínicas de grande porte têm taxa de mortalidade mais baixa, comparadas com as clínicas de pequeno porte.[141]Brusselaers N, Mattsson F, Lagergren J. Hospital and surgeon volume in relation to long-term survival after oesophagectomy: systematic review and meta-analysis. Gut. 2014 Sep;63(9):1393-400.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24270368?tool=bestpractice.com
Também há evidências que sugerem que a experiência do cirurgião é um fator prognóstico mais forte que o porte do hospital.[141]Brusselaers N, Mattsson F, Lagergren J. Hospital and surgeon volume in relation to long-term survival after oesophagectomy: systematic review and meta-analysis. Gut. 2014 Sep;63(9):1393-400.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24270368?tool=bestpractice.com
[142]Derogar M, Sadr-Azodi O, Johar A, et al. Hospital and surgeon volume in relation to survival after esophageal cancer surgery in a population-based study. J Clin Oncol. 2013 Feb 10;31(5):551-7.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2012.46.1517
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23295792?tool=bestpractice.com
Cirurgia minimamente invasiva
A cirurgia minimamente invasiva envolve realizar esofagectomia com visualização toracoscópica e laparoscópica. Foi demonstrado que a cirurgia minimamente invasiva tem desfechos comparáveis aos da esofagectomia aberta para lesões benignas e câncer não localmente avançado.[143]Butler N, Collins S, Memon B, et al. Minimally invasive oesophagectomy: current status and future direction. Surg Endosc. 2011 Jul;25(7):2071-83.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21298548?tool=bestpractice.com
[
]
In people with esophageal cancer, how does laparoscopic compare with open transhiatal esophagectomy at improving outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1441/fullMostre-me a resposta Em centros especializados, ela é recomendada como a abordagem cirúrgica de primeira escolha.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
As técnicas envolvem esofagectomias minimamente invasivas de Ivor Lewis (laparoscopia e toracotomia direita limitada) ou McKeown (toracotomia direita, laparotomia/laparoscopia limitada e anastomose cervical). No entanto, as técnicas híbridas, que combinam toracoscopia ou laparoscopia com cirurgia por via aberta (para o componente abdominal ou torácico do procedimento, respectivamente), também foram descritas como minimamente invasivas.[144]National Institute for Health and Care Excellence. Minimally invasive oesophagectomy. Sep 2011 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/Guidance/IPG407
A esofagectomia minimamente invasiva laparoscópica, toracoscópica ou assistida por robô oferece benefícios em termos de redução de complicações pulmonares perioperatórias e complicações pós-operatórias, recuperação mais rápida e melhora da qualidade de vida em curto prazo.[145]Peng JS, Kukar M, Mann GN, et al. Minimally invasive esophageal cancer surgery. Surg Oncol Clin N Am. 2019 Apr;28(2):177-200.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30851822?tool=bestpractice.com
[146]Yibulayin W, Abulizi S, Lv H, et al. Minimally invasive oesophagectomy versus open esophagectomy for resectable esophageal cancer: a meta-analysis. World J Surg Oncol. 2016 Dec 8;14(1):304.
https://wjso.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12957-016-1062-7
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27927246?tool=bestpractice.com
[147]Worrell SG, Goodman KA, Altorki NK, et al. The Society of Thoracic Surgeons/American Society for Radiation Oncology updated clinical practice guidelines on multimodality therapy for locally advanced cancer of the esophagus or gastroesophageal junction. Ann Thorac Surg. 2024 Jan;117(1):15-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37921794?tool=bestpractice.com
Estudos randomizados demonstram que, em comparação com a esofagectomia transtorácica padrão, tanto a esofagectomia transtorácica minimamente invasiva quanto a esofagectomia minimamente invasiva híbrida (um procedimento de Ivor Lewis com mobilização gástrica laparoscópica e toracotomia direita aberta limitada) levam a taxas significativamente mais baixas de complicações pós-operatórias e recuperação acelerada, sem comprometer o benefício de sobrevida.[148]Biere SS, van Berge Henegouwen MI, Maas KW, et al. Minimally invasive versus open oesophagectomy for patients with oesophageal cancer: a multicentre, open-label, randomised controlled trial. Lancet. 2012 May 19;379(9829):1887-92.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22552194?tool=bestpractice.com
[149]Mariette C, Markar SR, Dabakuyo-Yonli TS, et al. Hybrid minimally invasive esophagectomy for esophageal cancer. N Engl J Med. 2019 Jan 10;380(2):152-62.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1805101
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30625052?tool=bestpractice.com
Radioterapia
A radioterapia (pré-operatória, pós-operatória ou paliativa) pode ser usada tanto para tumores esofágicos como da junção gastroesofágica. A maioria dos pacientes deve receber radioterapia em combinação com quimioterapia (quimiorradioterapia) devido a desfechos significativamente melhores que com a radioterapia isolada; a radioterapia como único tratamento geralmente deve ser reservada para a paliação ou para os pacientes que não puderem receber quimioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Geralmente, o tratamento para tumores de Siewert Tipos 1 e 2 seguem as diretrizes para tumores esofágicos e gastroesofágicos, enquanto o tratamento para tumores de Siewert Tipo 3 geralmente segue as diretrizes para radioterapia de câncer gástrico.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As recomendações podem ser adaptadas de acordo com a localização e a massa tumoral.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Um intervalo de dose de 41.4 a 50.4 Gy é recomendado para a terapia pré-operatória, e de 45 a 50.4 Gy para terapia pós-operatória. Candidatos não cirúrgicos podem receber doses de 50 a 50.4 Gy.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Quimioterapia
A quimioterapia pré-operatória e perioperatória só deve ser usada para adenocarcinoma do esôfago torácico ou da junção gastroesofágica.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O valor da quimioterapia pós-operatória permanece incerto.
Quimiorradioterapia
A quimiorradiação pré-operatória com paclitaxel e carboplatina associados a radioterapia é a abordagem de primeira escolha para doença localizada ressecável.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
Uma revisão Cochrane constatou que a quimioterapia pré-operatória seguida por esofagectomia melhorou a sobrevida, em comparação com a cirurgia isolada em pacientes com câncer esofágico torácico ressecável.[151]Kidane B, Coughlin S, Vogt K, et al. Preoperative chemotherapy for resectable thoracic esophageal cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2015 May 19;(5):CD001556.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001556.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25988291?tool=bestpractice.com
[
]
Is there randomized controlled trial evidence to support the use of preoperative chemotherapy in people with resectable thoracic esophageal cancer?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1076/fullMostre-me a resposta[Evidência B]26bfe58e-0832-46b1-b417-ba244ca6395accaBExistem evidências de ensaios clínicos randomizados e controlados para dar suporte ao uso de quimioterapia pré-operatória em pessoas com câncer esofágico torácico ressecável? A quimiorradioterapia definitiva deve ser reservada para aqueles que tiverem doença irressecável, recusarem a cirurgia ou tiverem um risco cirúrgico proibitivo.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[152]Conroy T, Galais MP, Raoul JL, et al; Fédération Francophone de Cancérologie Digestive and UNICANCER-GI Group. Definitive chemoradiotherapy with FOLFOX versus fluorouracil and cisplatin in patients with oesophageal cancer (PRODIGE5/ACCORD17): final results of a randomised, phase 2/3 trial. Lancet Oncol. 2014 Mar;15(3):305-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24556041?tool=bestpractice.com
[153]Li QQ, Liu MZ, Hu YH, et al. Definitive concomitant chemoradiotherapy with docetaxel and cisplatin in squamous esophageal carcinoma. Dis Esophagus. 2010 Apr;23(3):253-9.
https://academic.oup.com/dote/article/23/3/253/2329282
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19732130?tool=bestpractice.com
Os pacientes submetidos à cirurgia inicial para uma doença supostamente limitada com linfonodos positivos na patologia final devem ser considerados para quimiorradiação adjuvante se for alcançada uma colheita linfonodal deficiente e houver preocupação quanto a uma cirurgia abaixo do ideal.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Terapia específica
É importante que todos os pacientes com câncer esofágico sejam submetidos a testes de biomarcadores (por exemplo, para HER2, IMS-A, dMMR e superexpressão de PD-L1) para identificar aqueles adequados para terapias direcionadas. Esses agentes podem ser usados de forma isolada ou em combinação com quimioterapia, dependendo do medicamento. As opções preferenciais disponíveis recomendadas para a doença localmente avançada, recorrente ou metastática irressecável incluem o trastuzumabe, o nivolumabe e o pembrolizumabe. As opções de tratamento de escolha para os tumores IMS-A/dMMR incluem o pembrolizumabe (isolado ou em combinação com quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina), o dostarlimabe e o nivolumabe (em combinação com ipilimumabe ou quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina).
O trastuzumabe (um anticorpo monoclonal anti-HER2) foi aprovado para uso em pacientes com adenocarcinoma HER2-positivo metastático não tratado anteriormente, em combinação com quimioterapia de primeira linha à base de platina e fluoropirimidina.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[114]Bang YJ, Van Cutsem E, Feyereislova A, et al. Trastuzumab in combination with chemotherapy versus chemotherapy alone for treatment of HER2-positive advanced gastric or gastro-oesophageal junction cancer (ToGA): a phase 3, open-label, randomised controlled trial. Lancet. 2010 Aug 28;376(9742):687-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20728210?tool=bestpractice.com
[154]Rivera F, Romero C, Jimenez-Fonseca P, et al. Phase II study to evaluate the efficacy of trastuzumab in combination with capecitabine and oxaliplatin in first-line treatment of HER2-positive advanced gastric cancer: HERXO trial. Cancer Chemother Pharmacol. 2019 Jun;83(6):1175-81.
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00280-019-03820-7
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30927036?tool=bestpractice.com
No estudo ToGA, o trastuzumabe combinado com quimioterapia (cisplatina associada a capecitabina ou fluoruracila) melhorou a sobrevida (16.0 vs. 11.8 meses) em pacientes com adenocarcinoma esofágico e gástrico positivo para HER2 em comparação com a quimioterapia isolada.[114]Bang YJ, Van Cutsem E, Feyereislova A, et al. Trastuzumab in combination with chemotherapy versus chemotherapy alone for treatment of HER2-positive advanced gastric or gastro-oesophageal junction cancer (ToGA): a phase 3, open-label, randomised controlled trial. Lancet. 2010 Aug 28;376(9742):687-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20728210?tool=bestpractice.com
Nos EUA, o pembrolizumabe (um anticorpo monoclonal bloqueador de PD-1 [inibidor do checkpoint imunológico]) pode ser adicionado à terapia de primeira linha com uma fluoropirimidina, um agente de platina, e trastuzumabe para os pacientes com adenocarcinoma positivo para HER2.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[155]Shah MA, Kennedy EB, Alarcon-Rozas AE, et al. Immunotherapy and targeted therapy for advanced gastroesophageal cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2023 Mar 1;41(7):1470-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.02331
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36603169?tool=bestpractice.com
O pembrolizumabe associado a quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina pode ser usado para o tratamento de primeira linha de pacientes com carcinoma de células escamosas ou adenocarcinoma negativo para HER2.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[155]Shah MA, Kennedy EB, Alarcon-Rozas AE, et al. Immunotherapy and targeted therapy for advanced gastroesophageal cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2023 Mar 1;41(7):1470-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.02331
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36603169?tool=bestpractice.com
Na Europa, essa aprovação é limitada aos pacientes com escore positivo combinado (CPS) ≥10. No estudo KEYNOTE-859, que incluiu pacientes com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica localmente avançado ou metastático negativo para HER2, a combinação de pembrolizumabe com quimioterapia demonstrou uma melhora importante e clinicamente significativa na sobrevida global com toxicidade controlável, em comparação com o placebo.[156]Rha SY, Oh DY, Yañez P, et al. Pembrolizumab plus chemotherapy versus placebo plus chemotherapy for HER2-negative advanced gastric cancer (KEYNOTE-859): a multicentre, randomised, double-blind, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2023 Nov;24(11):1181-95.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37875143?tool=bestpractice.com
O nivolumabe (um anticorpo monoclonal bloqueador de PD-1 [inibidor de checkpoint imunológico]) pode ser adicionado ao tratamento de primeira linha com quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina para os pacientes com adenocarcinoma esofágico ou da junção gastroesofágica avançado negativo para HER2.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[155]Shah MA, Kennedy EB, Alarcon-Rozas AE, et al. Immunotherapy and targeted therapy for advanced gastroesophageal cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2023 Mar 1;41(7):1470-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.02331
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36603169?tool=bestpractice.com
O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do Reino Unido recomenda nivolumabe após fluoropirimidina e terapia à base de platina para o tratamento do carcinoma de células escamosas esofágico avançado, recorrente ou metastático, previamente tratado, irressecável, em adultos.[157]National Institute for Health and Care Excellence. Nivolumab for previously treated unresectable advanced or recurrent oesophageal cancer. Jun 2021 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ta707
O NICE recomenda ainda nivolumabe associado a terapia à base de fluoropirimidina e de platina como uma opção em adultos com carcinoma de células escamosas esofágico avançado, recorrente ou metastático, não tratado e irressecável, cujos tumores expressarem PD‑L1 em um nível de 1% ou mais quando pembrolizumabe associado a quimioterapia não tiver sido considerado adequado.[158]National Institute for Health and Care Excellence. Nivolumab with fluoropyrimidine- and platinum-based chemotherapy for untreated unresectable advanced, recurrent, or metastatic oesophageal squamous cell carcinoma. Feb 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ta865
O nivolumabe é aprovado em combinação com a quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina e em combinação com ipilimumabe para o tratamento de primeira linha de pacientes com carcinoma de células escamosas esofágico (CCEO) avançado.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[155]Shah MA, Kennedy EB, Alarcon-Rozas AE, et al. Immunotherapy and targeted therapy for advanced gastroesophageal cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2023 Mar 1;41(7):1470-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.02331
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36603169?tool=bestpractice.com
O dostarlimabe (um anticorpo monoclonal bloqueador de PD-1 [inibidor do checkpoint imunológico]) é aprovado para o tratamento de pacientes com tumores sólidos recorrentes ou avançados com deficiência de reparo de erro de pareamento de DNA que tiverem progredido durante ou após o tratamento anterior, que não tiverem opções de tratamento alternativas e que não tiverem recebido anteriormente um inibidor de PD-1 ou PD-L1.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O estudo de fase 1 de múltiplas coortes e não randomizado GARNET avaliou a segurança e a eficácia do dostarlimabe em 209 pacientes com tumores sólidos com dMMR (a maioria dos quais eram cânceres endometrial ou gastrointestinal) que não tinham recebido inibidores de PD-1 ou PD-L1 anteriormente. Aos 12 meses de acompanhamento, a taxa de resposta global foi de 38.7%, com uma taxa de resposta completa de 7.5%.[159]Andre T, Berton D, Curigliano G, et al. Safety and efficacy of anti-PD-1 antibody dostarlimab in patients (pts) with mismatch repair-deficient (dMMR) solid cancers: results from GARNET study. Paper presented at: American Society of Clinical Oncology 2021 gastrointestinal cancers symposium. Jan 15-17, 2021 (virtual). Colorectal cancer: abstract 9. J Clin Oncol. 2021 Jan 20;39(3_suppl):9.
https://ascopubs.org/doi/abs/10.1200/JCO.2021.39.3_suppl.9
Cuidados paliativos/de suporte
O foco dos cuidados paliativos/de suporte deve ser prevenir e aliviar o sofrimento causado principalmente por disfagia, obstrução, dor, sangramento e náuseas e vômitos.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Devem-se oferecer encaminhamentos precoces para cuidados paliativos e suporte nutricional.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
A terapia fotodinâmica (TFD) envolve a ativação de um fotossensibilizante administrado de maneira exógena ou gerado de maneira endógena, com luz para causar a destruição de tecido localizado.[160]Barr H, Dix AJ, Kendall C, et al. Review article: the potential role for photodynamic therapy in the management of upper gastrointestinal disease. Aliment Pharmacol Ther. 2001 Mar;15(3):311-21.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1046/j.1365-2036.2001.00936.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11207506?tool=bestpractice.com
O tratamento paliativo com laser e a terapia fotodinâmica (TFD) para obstrução esofágica foram associados com a formação de estenose.[161]Weigel TL, Frumiento C, Gaumintz E. Endoluminal palliation for dysphagia secondary to esophageal carcinoma. Surg Clin North Am. 2002 Aug;82(4):747-61.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12472128?tool=bestpractice.com
[162]Chen M, Pennathur A, Luketich JD. Role of photodynamic therapy in unresectable esophageal and lung cancer. Lasers Surg Med. 2006 Jun;38(5):396-402.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16788924?tool=bestpractice.com
[163]Petersen BT, Chuttani R, Croffie J, et al. Photodynamic therapy for gastrointestinal disease. Gastrointest Endosc. 2006 Jun;63(7):927-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16733105?tool=bestpractice.com
A crioterapia (com nitrogênio líquido) está sob investigação para o tratamento de displasia escamosa do esôfago (especialmente em pacientes que apresentam alto risco para cirurgia).[164]Greenwald BD, Dumot JA, Horwhat JD, et al. Safety, tolerability, and efficacy of endoscopic low-pressure liquid nitrogen spray cryotherapy in the esophagus. Dis Esophagus. 2010 Jan;23(1):13-9.
https://academic.oup.com/dote/article/23/1/13/2329169
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19515183?tool=bestpractice.com
[165]National Institute for Health and Care Excellence. Balloon cryoablation for squamous dysplasia of the oesophagus. Oct 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ipg683
A introdução de stents metálicos autoexpansíveis, em combinação com braquiterapia, proporciona alívio paliativo similar à disfagia, em comparação com técnicas endoscópicas de ablação.[166]Dai Y, Li C, Xie Y, et al. Interventions for dysphagia in oesophageal cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Oct 30;(10):CD005048.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005048.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25354795?tool=bestpractice.com
Essa técnica está associada a uma diminuição da necessidade de novas intervenções. Várias outras técnicas, incluindo introdução de um tubo de plástico rígido, dilatação isolada ou em combinação com outras terapias, quimioterapia ou quimiorradioterapia e cirurgia de revascularização, estão associadas a uma alta taxa de complicações tardias e à recorrência de disfagia.[166]Dai Y, Li C, Xie Y, et al. Interventions for dysphagia in oesophageal cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Oct 30;(10):CD005048.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005048.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25354795?tool=bestpractice.com
Doença limitada (cT1, cN0, M0)
A terapia endoscópica (REM ou DES, com ou sem ablação endoscópica) ou cirurgia (esofagectomia) são as opções de tratamento inicial recomendadas para os pacientes com doença limitada (carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma).[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[133]National Institute for Health and Care Excellence. Oesophago-gastric cancer: assessment and management in adults. Jul 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng83
[167]Merkow RP, Bilimoria KY, Keswani RN, et al. Treatment trends, risk of lymph node metastasis, and outcomes for localized esophageal cancer. J Natl Cancer Inst. 2014 Jul;106(7):dju133.
https://academic.oup.com/jnci/article/106/7/dju133/1009194
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25031273?tool=bestpractice.com
O objetivo do tratamento é a erradicação total da doença e a cura.
Doença T1a
A terapia endoscópica isolada é recomendada para a maioria dos pacientes com doença cT1a (ou seja, doença limitada à lâmina própria e à muscular da mucosa).[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Não é necessário tratamento cirúrgico adicional. A ressecção endoscópica geralmente pode ser considerada curativa em todos os adenocarcinomas T1a.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Os carcinomas de células escamosas esofágicos (CCEO) apresentam um maior risco de metástases linfonodais, e características como a diferenciação e a invasão linfovascular devem ser consideradas. A esofagectomia é indicada para os pacientes com CCEO T1a extenso, particularmente a doença nodular que não é controlada com terapia endoscópica.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Em uma análise do banco de dados SEER de 1458 pacientes com câncer esofágico T1N0, as taxas de sobrevida global foram similares após o tratamento com cirurgia ou terapia endoscópica, mas aqueles tratados com terapia endoscópica apresentaram maior sobrevida específica para câncer e morbidade reduzida.[168]Berry MF, Zeyer-Brunner J, Castleberry AW, et al. Treatment modalities for T1N0 esophageal cancers: a comparative analysis of local therapy versus surgical resection. J Thorac Oncol. 2013 Jun;8(6):796-802.
https://www.jto.org/article/S1556-0864(15)32857-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24614244?tool=bestpractice.com
O esôfago de Barrett residual deve sofrer ablação após a terapia endoscópica para minimizar o risco de câncer subsequente.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Após a terapia endoscópica, os pacientes precisam de monitoramento contínuo com endoscopias a intervalos rotineiros.
Doença T1b
A esofagectomia é recomendada para os pacientes com doença cT1b (carcinoma de células escamosas ou adenocarcinoma) que forem elegíveis para cirurgia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[133]National Institute for Health and Care Excellence. Oesophago-gastric cancer: assessment and management in adults. Jul 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng83
[169]Nentwich MF, von Loga K, Reeh M, et al. Depth of submucosal tumor infiltration and its relevance in lymphatic metastasis formation for T1b squamous cell and adenocarcinomas of the esophagus. J Gastrointest Surg. 2014 Feb;18(2):242-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24091912?tool=bestpractice.com
[170]Cen P, Hofstetter WL, Correa AM, et al. Lymphovascular invasion as a tool to further subclassify T1b esophageal adenocarcinoma. Cancer. 2008 Mar 1;112(5):1020-7.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.23265
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18205187?tool=bestpractice.com
Pacientes com adenocarcinomas T1b superficiais podem ser considerados para tratamento inicial com terapia endoscópica em vez de cirurgia.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Se a avaliação histopatológica de espécimes removidos por endoscopia confirmar doença T1b superficial (ou seja, invasão da submucosa <500 micrômetros), ausência de ulceração e a presença de lesões de baixo risco (por exemplo, ausência de invasão linfovascular; histologia bem diferenciada, margens negativas), então nenhum tratamento cirúrgico adicional é necessário. A ASGE sugere que pacientes com displasia de células escamosas esofágicas ou CCEO inicial, bem diferenciado e não ulcerado, que não apresentarem sinais evidentes de invasão submucosa, não precisam ser submetidos à ressecção cirúrgica.[138]ASGE standards of practice committee, Forbes N, Elhanafi SE, et al. American Society for Gastrointestinal Endoscopy guideline on endoscopic submucosal dissection for the management of early esophageal and gastric cancers: summary and recommendations. Gastrointest Endosc. 2023 Sep;98(3):271-84.
https://www.asge.org/docs/default-source/guidelines/asge-guideline-on-endoscopic-submucosal-dissection-for-the-management-of-early-esophageal-and-gastric-cancers-summary-and-recommendations.pdf?sfvrsn=ebfde25c_3
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37498266?tool=bestpractice.com
A cirurgia é necessária se a avaliação histopatológica confirmar invasão profunda da submucosa e/ou lesões de alto risco (ou seja, invasão linfovascular, histologia pouco diferenciada; margens positivas).[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Pacientes que não são elegíveis ou recusam a cirurgia podem receber quimiorradioterapia definitiva. O componente de radiação deve ser entregue em uma dose de 50.4 Gy. Os esquemas terapêuticos de primeira linha para a base da quimioterapia são: carboplatina associada a paclitaxel; fluoruracila associada à oxaliplatina; ou ácido folínico associado a fluoruracila e oxaliplatina (FOLFOX). Outras opções incluem: cisplatina associada à fluoruracila; cisplatina associada a docetaxel ou paclitaxel; irinotecano associado à cisplatina; ou paclitaxel associado à fluoruracila.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[152]Conroy T, Galais MP, Raoul JL, et al; Fédération Francophone de Cancérologie Digestive and UNICANCER-GI Group. Definitive chemoradiotherapy with FOLFOX versus fluorouracil and cisplatin in patients with oesophageal cancer (PRODIGE5/ACCORD17): final results of a randomised, phase 2/3 trial. Lancet Oncol. 2014 Mar;15(3):305-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24556041?tool=bestpractice.com
[171]Minsky BD, Pajak TF, Ginsberg RJ, et al. INT 0123 (Radiation Therapy Oncology Group 94-05) phase III trial of combined-modality therapy for esophageal cancer: high-dose versus standard-dose radiation therapy. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1167-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870157?tool=bestpractice.com
[172]Khushalani NI, Leichman CG, Proulx G, et al. Oxaliplatin in combination with protracted-infusion fluorouracil and radiation: report of a clinical trial for patients with esophageal cancer. J Clin Oncol. 2002 Jun 15;20(12):2844-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12065561?tool=bestpractice.com
A capecitabina é uma alternativa à fluoruracila para os pacientes que conseguirem engolir comprimidos.
A quimiorradioterapia definitiva demonstrou aumentar a sobrevida de pacientes com carcinoma de células escamosas ou adenocarcinoma do esôfago, T1-3 N0-1 M0, em comparação com a radioterapia isolada.[173]Herskovic A, Martz K, al-Sarraf M, et al. Combined chemotherapy and radiotherapy compared with radiotherapy alone in patients with cancer of the esophagus. N Engl J Med. 1992 Jun 11;326(24):1593-8.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199206113262403
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1584260?tool=bestpractice.com
[174]Cooper JS, Guo MD, Herskovic A, et al; Radiation Therapy Oncology Group. Chemoradiotherapy of locally advanced esophageal cancer: long-term follow-up of a prospective randomized trial (RTOG 85-01). JAMA. 1999 May 5;281(17):1623-7.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/189737
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10235156?tool=bestpractice.com
O estudo histórico RTOG 85-01 randomizou pacientes para receberem quimiorradioterapia (fluoruracila associada a cisplatina e radioterapia) ou radioterapia isolada. A 5 anos de acompanhamento, a sobrevida global para terapia combinada foi de 26% (IC de 95%: 15% a 37%) em comparação com 0% após a radioterapia.[174]Cooper JS, Guo MD, Herskovic A, et al; Radiation Therapy Oncology Group. Chemoradiotherapy of locally advanced esophageal cancer: long-term follow-up of a prospective randomized trial (RTOG 85-01). JAMA. 1999 May 5;281(17):1623-7.
https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/189737
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10235156?tool=bestpractice.com
A sobrevida mediana em um estudo de fase 3 (n = 121) foi de 12.5 meses em pacientes tratados com quimiorradioterapia em comparação com 8.9 meses nos pacientes tratados apenas com radioterapia.[173]Herskovic A, Martz K, al-Sarraf M, et al. Combined chemotherapy and radiotherapy compared with radiotherapy alone in patients with cancer of the esophagus. N Engl J Med. 1992 Jun 11;326(24):1593-8.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199206113262403
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1584260?tool=bestpractice.com
A terapia endoscópica é uma alternativa à quimiorradioterapia, mas apenas para pacientes com adenocarcinomas artificiais.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Doença localizada (cT2, cN0, M0)
A esofagectomia é recomendada como parte do plano de tratamento para os pacientes com doença localizada (cT2, cN0, M0) que forem elegíveis para cirurgia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
Certos pacientes podem ser considerados para cirurgia com quimiorradioterapia pré-operatória ou quimioterapia perioperatória (ou seja, pré e pós-operatório), dependendo do subtipo histológico e dos achados histopatológicos.
O tratamento pré-operatório é utilizado para reduzir o tamanho do tumor primário e remover a doença micrometastática, com o objetivo de melhorar as taxas de ressecção R0 (sem doença residual), reduzir o risco de recorrência e metástases e melhorar as taxas de sobrevida.[175]Oppedijk V, van der Gaast A, van Lanschot JJ, et al. Patterns of recurrence after surgery alone versus preoperative chemoradiotherapy and surgery in the CROSS trials. J Clin Oncol. 2014 Feb 10;32(5):385-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2013.51.2186
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24419108?tool=bestpractice.com
Doença localizada e lesões de baixo risco
Os pacientes com doença cT2 e lesões de baixo risco (isto é, sem invasão linfovascular, tamanho do tumor <30 mm, histologia bem diferenciada) podem ser tratados apenas com cirurgia se houver confiança na precisão do estádio clínico.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
[176]Hirst NG, Gordon LG, Whiteman DC, et al. Is endoscopic surveillance for non-dysplastic Barrett's esophagus cost-effective? Review of economic evaluations. J Gastroenterol Hepatol. 2011 Feb;26(2):247-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21261712?tool=bestpractice.com
[177]Mariette C, Dahan L, Mornex F, et al. Surgery alone versus chemoradiotherapy followed by surgery for stage I and II esophageal cancer: final analysis of randomized controlled phase III trial FFCD 9901. J Clin Oncol. 2014 Aug 10;32(23):2416-22.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2013.53.6532
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24982463?tool=bestpractice.com
As diretrizes europeias observam que não há evidências suficientes para fazer recomendações firmes em relação ao uso de quimiorradioterapia ou quimioterapia pré-operatória para cânceres T2 N0 e orientam que cada caso deve ser discutido por uma equipe multidisciplinar com consideração cuidadosa sobre os riscos e benefícios.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Doença localizada e lesões de alto risco: carcinoma de células escamosas
Os pacientes com carcinoma de células escamosas esofágico (CCEO) localizado e as lesões de alto risco (ou seja, invasão linfovascular, tamanho do tumor ≥30 mm, histologia pouco diferenciada) podem ser considerados para quimiorradioterapia pré-operatória seguida de cirurgia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
[178]Kranzfelder M, Schuster T, Geinitz H, et al. Meta-analysis of neoadjuvant treatment modalities and definitive non-surgical therapy for oesophageal squamous cell cancer. Br J Surg. 2011 Jun;98(6):768-83.
https://academic.oup.com/bjs/article/98/6/768/6150666
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21462364?tool=bestpractice.com
Demonstrou-se que isso melhora a sobrevida em comparação com a cirurgia isolada em pacientes com CCEO localizado ou localmente avançado.[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[178]Kranzfelder M, Schuster T, Geinitz H, et al. Meta-analysis of neoadjuvant treatment modalities and definitive non-surgical therapy for oesophageal squamous cell cancer. Br J Surg. 2011 Jun;98(6):768-83.
https://academic.oup.com/bjs/article/98/6/768/6150666
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21462364?tool=bestpractice.com
[179]Sjoquist KM, Burmeister BH, Smithers BM, et al. Survival after neoadjuvant chemotherapy or chemoradiotherapy for resectable oesophageal carcinoma: an updated meta-analysis. Lancet Oncol. 2011 Jul;12(7):681-92.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21684205?tool=bestpractice.com
[180]Shapiro J, van Lanschot JJ, Hulshof MC, et al; CROSS study group. Neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery versus surgery alone for oesophageal or junctional cancer (CROSS): long-term results of a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2015 Sep;16(9):1090-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26254683?tool=bestpractice.com
[181]Eyck BM, van Lanschot JJB, Hulshof MCCM, et al; CROSS Study Group. Ten-year outcome of neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer: the randomized controlled CROSS trial. J Clin Oncol. 2021 Jun 20;39(18):1995-2004.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.03614
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33891478?tool=bestpractice.com
O esquema padrão para quimiorradioterapia pré-operatória é carboplatina associada a paclitaxel + radioterapia (41.4 Gy), com base nos resultados do estudo CROSS (que incluiu pacientes com cT1, doença N1 ou cT2-3, doença N0-1).[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[180]Shapiro J, van Lanschot JJ, Hulshof MC, et al; CROSS study group. Neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery versus surgery alone for oesophageal or junctional cancer (CROSS): long-term results of a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2015 Sep;16(9):1090-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26254683?tool=bestpractice.com
[181]Eyck BM, van Lanschot JJB, Hulshof MCCM, et al; CROSS Study Group. Ten-year outcome of neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer: the randomized controlled CROSS trial. J Clin Oncol. 2021 Jun 20;39(18):1995-2004.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.03614
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33891478?tool=bestpractice.com
O outro esquema preferencial é a fluoruracila associada a oxaliplatina e radioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os outros esquemas recomendados incluem: fluoruracila associada a cisplatina e radioterapia; irinotecano associado a cisplatina e radioterapia; e paclitaxel associado a fluoruracila e radioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[171]Minsky BD, Pajak TF, Ginsberg RJ, et al. INT 0123 (Radiation Therapy Oncology Group 94-05) phase III trial of combined-modality therapy for esophageal cancer: high-dose versus standard-dose radiation therapy. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1167-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870157?tool=bestpractice.com
[172]Khushalani NI, Leichman CG, Proulx G, et al. Oxaliplatin in combination with protracted-infusion fluorouracil and radiation: report of a clinical trial for patients with esophageal cancer. J Clin Oncol. 2002 Jun 15;20(12):2844-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12065561?tool=bestpractice.com
A capecitabina é uma alternativa à fluoruracila para os pacientes que conseguem engolir comprimidos.
Doença localizada e lesões de alto risco: adenocarcinoma
Pacientes com adenocarcinoma esofágico (ACE) localizado e lesões de alto risco podem ser considerados para cirurgia associada a quimiorradioterapia pré-operatória ou quimioterapia perioperatória.[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
Foi observado que ambas as abordagens melhoram as taxas de sobrevida e ressecção R0 em comparação com a cirurgia isolada em pacientes com adenocarcinoma esofágico (ACE) localizado ou localmente avançado.[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[179]Sjoquist KM, Burmeister BH, Smithers BM, et al. Survival after neoadjuvant chemotherapy or chemoradiotherapy for resectable oesophageal carcinoma: an updated meta-analysis. Lancet Oncol. 2011 Jul;12(7):681-92.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21684205?tool=bestpractice.com
[180]Shapiro J, van Lanschot JJ, Hulshof MC, et al; CROSS study group. Neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery versus surgery alone for oesophageal or junctional cancer (CROSS): long-term results of a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2015 Sep;16(9):1090-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26254683?tool=bestpractice.com
[181]Eyck BM, van Lanschot JJB, Hulshof MCCM, et al; CROSS Study Group. Ten-year outcome of neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer: the randomized controlled CROSS trial. J Clin Oncol. 2021 Jun 20;39(18):1995-2004.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.03614
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33891478?tool=bestpractice.com
[182]Ychou M, Boige V, Pignon JP, et al. Perioperative chemotherapy compared with surgery alone for resectable gastroesophageal adenocarcinoma: an FNCLCC and FFCD multicenter phase III trial. J Clin Oncol. 2011 May 1;29(13):1715-21.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2010.33.0597
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21444866?tool=bestpractice.com
[183]Al-Batran SE, Homann N, Pauligk C, et al. Perioperative chemotherapy with fluorouracil plus leucovorin, oxaliplatin, and docetaxel versus fluorouracil or capecitabine plus cisplatin and epirubicin for locally advanced, resectable gastric or gastro-oesophageal junction adenocarcinoma (FLOT4): a randomised, phase 2/3 trial. Lancet. 2019 May 11;393(10184):1948-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30982686?tool=bestpractice.com
O esquema padrão para quimiorradioterapia pré-operatória é carboplatina associada a paclitaxel + radioterapia (41.4 Gy em 23 frações), com base nos resultados do estudo CROSS.[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[180]Shapiro J, van Lanschot JJ, Hulshof MC, et al; CROSS study group. Neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery versus surgery alone for oesophageal or junctional cancer (CROSS): long-term results of a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2015 Sep;16(9):1090-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26254683?tool=bestpractice.com
[181]Eyck BM, van Lanschot JJB, Hulshof MCCM, et al; CROSS Study Group. Ten-year outcome of neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer: the randomized controlled CROSS trial. J Clin Oncol. 2021 Jun 20;39(18):1995-2004.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.03614
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33891478?tool=bestpractice.com
O outro esquema preferencial é fluoruracila associada a oxaliplatina e radioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os outros esquemas recomendados incluem: fluoruracila associada a cisplatina e radioterapia; irinotecano associado a cisplatina e radioterapia; e paclitaxel associado a fluoruracila e radioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[171]Minsky BD, Pajak TF, Ginsberg RJ, et al. INT 0123 (Radiation Therapy Oncology Group 94-05) phase III trial of combined-modality therapy for esophageal cancer: high-dose versus standard-dose radiation therapy. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1167-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870157?tool=bestpractice.com
[172]Khushalani NI, Leichman CG, Proulx G, et al. Oxaliplatin in combination with protracted-infusion fluorouracil and radiation: report of a clinical trial for patients with esophageal cancer. J Clin Oncol. 2002 Jun 15;20(12):2844-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12065561?tool=bestpractice.com
A capecitabina é uma alternativa à fluoruracila para os pacientes que conseguem engolir comprimidos.
Pacientes com doença ressecável devem proceder à cirurgia mesmo após uma resposta tumoral clínica completa à quimiorradioterapia pré-operatória, pois os dados para uma estratégia de observar e esperar são limitados.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
A quimioterapia perioperatória é um tratamento alternativo, com dados que sugerem fortemente sua não inferioridade em comparação com a quimiorradiação pré-operatória.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O benefício de sobrevida da quimioterapia perioperatória foi demonstrado pela primeira vez no ensaio clínico de fase 3 MAGIC, que comparou a quimioterapia perioperatória com epirrubicina, cisplatina e fluoruracila (ECF) com a cirurgia isolada. Ele constatou que a quimioterapia perioperatória melhora a sobrevida livre de progressão e global em pacientes com adenocarcinoma gástrico ou da junção gastroesofágica não metastático de estádio 2 ou superior.[184]Cunningham D, Allum WH, Stenning SP, et al; MAGIC Trial Participants. Perioperative chemotherapy versus surgery alone for resectable gastroesophageal cancer. N Engl J Med. 2006;355:11-20.
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa055531#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16822992?tool=bestpractice.com
O ensaio clínico de fase 3 NEO-AEGIS comparou diretamente a quimiorradiação pré-operatória (esquema CROSS) à quimioterapia perioperatória (esquema MAGIC ou FLOT modificado) em pacientes com adenocarcinoma locorregional do esôfago ou da junção gastroesofágica.[185]Reynolds JV, Preston SR, O'Neill B, et al. Trimodality therapy versus perioperative chemotherapy in the management of locally advanced adenocarcinoma of the oesophagus and oesophagogastric junction (Neo-AEGIS): an open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Gastroenterol Hepatol. 2023 Nov;8(11):1015-27.
https://www.thelancet.com/journals/langas/article/PIIS2468-1253(23)00243-1/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37734399?tool=bestpractice.com
Ambos os braços de tratamento apresentaram sobrevida semelhante em 3 anos e nenhuma diferença significativa nos desfechos operatórios e na qualidade de vida relacionada à saúde. O estudo foi encerrado prematuramente devido a métricas de sobrevida semelhantes e ao impacto da pandemia de COVID-19.[185]Reynolds JV, Preston SR, O'Neill B, et al. Trimodality therapy versus perioperative chemotherapy in the management of locally advanced adenocarcinoma of the oesophagus and oesophagogastric junction (Neo-AEGIS): an open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Gastroenterol Hepatol. 2023 Nov;8(11):1015-27.
https://www.thelancet.com/journals/langas/article/PIIS2468-1253(23)00243-1/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37734399?tool=bestpractice.com
O papel da quimioterapia perioperatória versus quimiorradiação inicial está sob investigação ativa. O estudo de fase 3 ESOPEC, que comparou a eficácia da quimiorradiação neoadjuvante (protocolo CROSS) seguida por cirurgia com quimioterapia perioperatória (protocolo FLOT) e cirurgia em pacientes com adenocarcinoma localmente avançado ressecável, encontrou uma melhora de 29 meses na sobrevida global mediana com o esquema de quimioterapia perioperatória em comparação com o esquema de quimiorradiação neoadjuvante.[186]ClinicalTrials.gov. Perioperative chemotherapy compared to neoadjuvant chemoradiation in patients with adenocarcinoma of the esophagus (ESOPEC). ClinicalTrials.gov Identifier: NCT02509286. May 2024 [internet publication].
https://clinicaltrials.gov/study/NCT02509286
[187]Hoeppner J, Lordick F, Brunner T, et al. ESOPEC: prospective randomized controlled multicenter phase III trial comparing perioperative chemotherapy (FLOT protocol) to neoadjuvant chemoradiation (CROSS protocol) in patients with adenocarcinoma of the esophagus (NCT02509286). BMC Cancer. 2016 Jul 19;16:503.
https://bmccancer.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12885-016-2564-y
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27435280?tool=bestpractice.com
Complicações cirúrgicas e mortalidade pós-operatória semelhantes foram relatadas em ambos os braços. Esses resultados sugerem a superioridade do protocolo FLOT perioperatório sobre o protocolo CROSS neoadjuvante em pacientes com adenocarcinoma localmente avançado e ressecável.[187]Hoeppner J, Lordick F, Brunner T, et al. ESOPEC: prospective randomized controlled multicenter phase III trial comparing perioperative chemotherapy (FLOT protocol) to neoadjuvant chemoradiation (CROSS protocol) in patients with adenocarcinoma of the esophagus (NCT02509286). BMC Cancer. 2016 Jul 19;16:503.
https://bmccancer.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12885-016-2564-y
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27435280?tool=bestpractice.com
Os esquemas de quimioterapia perioperatória preferenciais são fluoruracila, ácido folínico, oxaliplatina e docetaxel (FLOT), ou uma fluoropirimidina (fluoruracila ou capecitabina) associada a oxaliplatina. A outra opção é fluoruracila associada a cisplatina.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Doença localizada: não elegível para cirurgia
Pacientes com carcinoma de células escamosas ou adenocarcinoma localizado que não são elegíveis para cirurgia (por exemplo, aqueles com tumores localizados no esôfago cervical, em que a cirurgia envolveria laringectomia) ou que recusam a cirurgia podem ser considerados para quimiorradioterapia definitiva.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Ensaios randomizados comparando quimiorradioterapia definitiva versus cirurgia associada a quimiorradioterapia pré-operatória em pacientes com doença localmente avançada relataram desfechos de sobrevida semelhantes, particularmente entre aqueles com carcinoma de células escamosas que obtiveram resposta completa com quimiorradioterapia.[188]Stahl M, Stuschke M, Lehmann N, et al. Chemoradiation with and without surgery in patients with locally advanced squamous cell carcinoma of the esophagus. J Clin Oncol. 2005 Apr 1;23(10):2310-7.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2005.00.034
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15800321?tool=bestpractice.com
[189]Bedenne L, Michel P, Bouché O, et al. Chemoradiation followed by surgery compared with chemoradiation alone in squamous cancer of the esophagus: FFCD 9102. J Clin Oncol. 2007 Apr 1;25(10):1160-8.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2005.04.7118
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17401004?tool=bestpractice.com
[190]Vellayappan BA, Soon YY, Ku GY, et al. Chemoradiotherapy versus chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Aug 22;(8):CD010511.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD010511.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28829911?tool=bestpractice.com
É necessário um monitoramento rigoroso após a quimiorradioterapia definitiva devido ao risco de recorrência do tumor local.[188]Stahl M, Stuschke M, Lehmann N, et al. Chemoradiation with and without surgery in patients with locally advanced squamous cell carcinoma of the esophagus. J Clin Oncol. 2005 Apr 1;23(10):2310-7.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2005.00.034
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15800321?tool=bestpractice.com
[189]Bedenne L, Michel P, Bouché O, et al. Chemoradiation followed by surgery compared with chemoradiation alone in squamous cancer of the esophagus: FFCD 9102. J Clin Oncol. 2007 Apr 1;25(10):1160-8.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2005.04.7118
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17401004?tool=bestpractice.com
A esofagectomia de resgate pode ser considerada nos pacientes com doença persistente ou progressiva após a quimiorradioterapia definitiva. Demonstrou-se que ela é comparável em termos de desfechos aos da terapia trimodal planejada no contexto do adenocarcinoma.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[191]Vincent J, Mariette C, Pezet D, et al; Fédération Francophone de Cancérologie Digestive (FFCD). Early surgery for failure after chemoradiation in operable thoracic oesophageal cancer. Analysis of the non-randomised patients in FFCD 9102 phase III trial: chemoradiation followed by surgery versus chemoradiation alone. Eur J Cancer. 2015 Sep;51(13):1683-93.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26163097?tool=bestpractice.com
[192]Markar S, Gronnier C, Duhamel A, et al. Salvage surgery after chemoradiotherapy in the management of esophageal cancer: is it a viable therapeutic option? J Clin Oncol. 2015 Nov 20;33(33):3866-73.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2014.59.9092
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26195702?tool=bestpractice.com
No entanto, alguns dados sugerem aumento da morbidade para os pacientes com CCEO.[193]Mitchell KG, Nelson DB, Corsini EM, et al. Morbidity following salvage esophagectomy for squamous cell carcinoma: the MD Anderson experience. Dis Esophagus. 2020 Mar 16;33(3):doz067.
https://academic.oup.com/dote/article/33/3/doz067/5532833
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31313820?tool=bestpractice.com
A radioterapia deve ser administrada na dose de 50.4 Gy. Os esquemas terapêuticos de primeira linha para a base da quimioterapia são: carboplatina associada a paclitaxel; fluoruracila associada à oxaliplatina; ou ácido folínico associado a fluoruracila e oxaliplatina (FOLFOX). Outras opções incluem: cisplatina associada à fluoruracila; cisplatina associada a docetaxel ou paclitaxel; irinotecano associado à cisplatina; ou paclitaxel associado à fluoruracila.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[152]Conroy T, Galais MP, Raoul JL, et al; Fédération Francophone de Cancérologie Digestive and UNICANCER-GI Group. Definitive chemoradiotherapy with FOLFOX versus fluorouracil and cisplatin in patients with oesophageal cancer (PRODIGE5/ACCORD17): final results of a randomised, phase 2/3 trial. Lancet Oncol. 2014 Mar;15(3):305-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24556041?tool=bestpractice.com
[171]Minsky BD, Pajak TF, Ginsberg RJ, et al. INT 0123 (Radiation Therapy Oncology Group 94-05) phase III trial of combined-modality therapy for esophageal cancer: high-dose versus standard-dose radiation therapy. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1167-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870157?tool=bestpractice.com
[172]Khushalani NI, Leichman CG, Proulx G, et al. Oxaliplatin in combination with protracted-infusion fluorouracil and radiation: report of a clinical trial for patients with esophageal cancer. J Clin Oncol. 2002 Jun 15;20(12):2844-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12065561?tool=bestpractice.com
A capecitabina é uma alternativa à fluoruracila para os pacientes que conseguem engolir comprimidos.
Doença localmente avançada (cT3-T4 ou cN1-3, M0)
O tratamento com diversas modalidades que inclui cirurgia combinada com quimiorradioterapia pré-operatória, quimioterapia pré-operatória ou quimioterapia perioperatória (ou seja, pré e pós-operatório) é recomendado para pacientes com doença localmente avançada (cT3-T4 ou cN1-3, M0) que são elegíveis para cirurgia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
[178]Kranzfelder M, Schuster T, Geinitz H, et al. Meta-analysis of neoadjuvant treatment modalities and definitive non-surgical therapy for oesophageal squamous cell cancer. Br J Surg. 2011 Jun;98(6):768-83.
https://academic.oup.com/bjs/article/98/6/768/6150666
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21462364?tool=bestpractice.com
As decisões sobre o uso de tratamento pré-operatório ou perioperatório podem ser guiadas pelo subtipo histológico (carcinoma de células escamosas ou adenocarcinoma).
Semelhante aos pacientes com doença localizada (cT2), o objetivo do tratamento pré-operatório e perioperatório em pacientes com doença localmente avançada é melhorar as taxas de ressecção R0, reduzir o risco de recorrência e metástases e melhorar a sobrevida.[175]Oppedijk V, van der Gaast A, van Lanschot JJ, et al. Patterns of recurrence after surgery alone versus preoperative chemoradiotherapy and surgery in the CROSS trials. J Clin Oncol. 2014 Feb 10;32(5):385-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2013.51.2186
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24419108?tool=bestpractice.com
O tratamento pré-operatório é particularmente importante para a doença localmente avançada, pois aproximadamente 30% a 40% dos pacientes apresentam doença ressecável na apresentação.[194]Cancer Research UK. Oesophageal cancer treatment statistics. 2021 [internet publication].
https://www.cancerresearchuk.org/health-professional/cancer-statistics/statistics-by-cancer-type/oesophageal-cancer/diagnosis-and-treatment#heading-One
Além disso, as taxas de sobrevida são relativamente baixas para aqueles tratados com cirurgia isolada.[195]Urschel JD, Vasan H. A meta-analysis of randomized controlled trials that compared neoadjuvant chemoradiation and surgery to surgery alone for resectable esophageal cancer. Am J Surg. 2003 Jun;185(6):538-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12781882?tool=bestpractice.com
[196]Fiorica F, Di Bona D, Schepis F, et al. Preoperative chemoradiotherapy for oesophageal cancer: a systematic review and meta-analysis. Gut. 2004 Jul;53(7):925-30.
https://gut.bmj.com/content/53/7/925
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15194636?tool=bestpractice.com
Doença localmente avançada: carcinoma de células escamosas
O tratamento inicial recomendado para pacientes com CCEO localmente avançado é a cirurgia associada à quimiorradioterapia pré-operatória.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
[147]Worrell SG, Goodman KA, Altorki NK, et al. The Society of Thoracic Surgeons/American Society for Radiation Oncology updated clinical practice guidelines on multimodality therapy for locally advanced cancer of the esophagus or gastroesophageal junction. Ann Thorac Surg. 2024 Jan;117(1):15-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37921794?tool=bestpractice.com
[178]Kranzfelder M, Schuster T, Geinitz H, et al. Meta-analysis of neoadjuvant treatment modalities and definitive non-surgical therapy for oesophageal squamous cell cancer. Br J Surg. 2011 Jun;98(6):768-83.
https://academic.oup.com/bjs/article/98/6/768/6150666
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21462364?tool=bestpractice.com
Demonstrou-se que isso melhora a sobrevida em comparação com a cirurgia isolada em pacientes com CCEO localizado ou localmente avançado.[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[179]Sjoquist KM, Burmeister BH, Smithers BM, et al. Survival after neoadjuvant chemotherapy or chemoradiotherapy for resectable oesophageal carcinoma: an updated meta-analysis. Lancet Oncol. 2011 Jul;12(7):681-92.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21684205?tool=bestpractice.com
[180]Shapiro J, van Lanschot JJ, Hulshof MC, et al; CROSS study group. Neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery versus surgery alone for oesophageal or junctional cancer (CROSS): long-term results of a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2015 Sep;16(9):1090-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26254683?tool=bestpractice.com
[181]Eyck BM, van Lanschot JJB, Hulshof MCCM, et al; CROSS Study Group. Ten-year outcome of neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer: the randomized controlled CROSS trial. J Clin Oncol. 2021 Jun 20;39(18):1995-2004.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.03614
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33891478?tool=bestpractice.com
O esquema padrão para quimiorradioterapia pré-operatória é carboplatina associada a paclitaxel + radioterapia (41.4 Gy), com base nos resultados do estudo CROSS (que incluiu pacientes com cT1, doença N1 ou cT2-3, doença N0-1).[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[180]Shapiro J, van Lanschot JJ, Hulshof MC, et al; CROSS study group. Neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery versus surgery alone for oesophageal or junctional cancer (CROSS): long-term results of a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2015 Sep;16(9):1090-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26254683?tool=bestpractice.com
[181]Eyck BM, van Lanschot JJB, Hulshof MCCM, et al; CROSS Study Group. Ten-year outcome of neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer: the randomized controlled CROSS trial. J Clin Oncol. 2021 Jun 20;39(18):1995-2004.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.03614
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33891478?tool=bestpractice.com
O outro esquema preferencial é fluoruracila associada a oxaliplatina e radioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os outros esquemas recomendados incluem: fluoruracila associada a cisplatina e radioterapia; irinotecano associado a cisplatina e radioterapia; e paclitaxel associado a fluoruracila e radioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[171]Minsky BD, Pajak TF, Ginsberg RJ, et al. INT 0123 (Radiation Therapy Oncology Group 94-05) phase III trial of combined-modality therapy for esophageal cancer: high-dose versus standard-dose radiation therapy. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1167-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870157?tool=bestpractice.com
[172]Khushalani NI, Leichman CG, Proulx G, et al. Oxaliplatin in combination with protracted-infusion fluorouracil and radiation: report of a clinical trial for patients with esophageal cancer. J Clin Oncol. 2002 Jun 15;20(12):2844-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12065561?tool=bestpractice.com
A capecitabina é uma alternativa à fluoruracila para os pacientes que conseguem engolir comprimidos.
Doença localmente avançada: adenocarcinoma
O tratamento inicial recomendado para pacientes com ACE localmente avançado é a cirurgia associada a quimiorradioterapia pré-operatória ou quimioterapia perioperatória.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
[147]Worrell SG, Goodman KA, Altorki NK, et al. The Society of Thoracic Surgeons/American Society for Radiation Oncology updated clinical practice guidelines on multimodality therapy for locally advanced cancer of the esophagus or gastroesophageal junction. Ann Thorac Surg. 2024 Jan;117(1):15-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37921794?tool=bestpractice.com
Observou-se que ambas as abordagens melhoram as taxas de sobrevida e de ressecção R0 em comparação com a cirurgia isolada em pacientes com adenocarcinoma esofágico localizado ou localmente avançado.[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[179]Sjoquist KM, Burmeister BH, Smithers BM, et al. Survival after neoadjuvant chemotherapy or chemoradiotherapy for resectable oesophageal carcinoma: an updated meta-analysis. Lancet Oncol. 2011 Jul;12(7):681-92.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21684205?tool=bestpractice.com
[180]Shapiro J, van Lanschot JJ, Hulshof MC, et al; CROSS study group. Neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery versus surgery alone for oesophageal or junctional cancer (CROSS): long-term results of a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2015 Sep;16(9):1090-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26254683?tool=bestpractice.com
[181]Eyck BM, van Lanschot JJB, Hulshof MCCM, et al; CROSS Study Group. Ten-year outcome of neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer: the randomized controlled CROSS trial. J Clin Oncol. 2021 Jun 20;39(18):1995-2004.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.03614
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33891478?tool=bestpractice.com
[182]Ychou M, Boige V, Pignon JP, et al. Perioperative chemotherapy compared with surgery alone for resectable gastroesophageal adenocarcinoma: an FNCLCC and FFCD multicenter phase III trial. J Clin Oncol. 2011 May 1;29(13):1715-21.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2010.33.0597
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21444866?tool=bestpractice.com
[183]Al-Batran SE, Homann N, Pauligk C, et al. Perioperative chemotherapy with fluorouracil plus leucovorin, oxaliplatin, and docetaxel versus fluorouracil or capecitabine plus cisplatin and epirubicin for locally advanced, resectable gastric or gastro-oesophageal junction adenocarcinoma (FLOT4): a randomised, phase 2/3 trial. Lancet. 2019 May 11;393(10184):1948-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30982686?tool=bestpractice.com
O esquema padrão para quimiorradioterapia pré-operatória é carboplatina associada a paclitaxel + radioterapia (41.4 Gy em 23 frações), com base nos resultados do estudo CROSS.[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[180]Shapiro J, van Lanschot JJ, Hulshof MC, et al; CROSS study group. Neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery versus surgery alone for oesophageal or junctional cancer (CROSS): long-term results of a randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2015 Sep;16(9):1090-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26254683?tool=bestpractice.com
[181]Eyck BM, van Lanschot JJB, Hulshof MCCM, et al; CROSS Study Group. Ten-year outcome of neoadjuvant chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer: the randomized controlled CROSS trial. J Clin Oncol. 2021 Jun 20;39(18):1995-2004.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.03614
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33891478?tool=bestpractice.com
O outro esquema preferencial é fluoruracila associada a oxaliplatina e radioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os outros esquemas recomendados incluem: fluoruracila associada a cisplatina e radioterapia; irinotecano associado a cisplatina e radioterapia; e paclitaxel associado a fluoruracila e radioterapia.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[171]Minsky BD, Pajak TF, Ginsberg RJ, et al. INT 0123 (Radiation Therapy Oncology Group 94-05) phase III trial of combined-modality therapy for esophageal cancer: high-dose versus standard-dose radiation therapy. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1167-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870157?tool=bestpractice.com
[172]Khushalani NI, Leichman CG, Proulx G, et al. Oxaliplatin in combination with protracted-infusion fluorouracil and radiation: report of a clinical trial for patients with esophageal cancer. J Clin Oncol. 2002 Jun 15;20(12):2844-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12065561?tool=bestpractice.com
A capecitabina é uma alternativa à fluoruracila para os pacientes que conseguem engolir comprimidos.
A quimioterapia perioperatória é um tratamento alternativo para ACE localmente avançado, com dados que sugerem fortemente sua não inferioridade em comparação com a quimiorradiação pré-operatória.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O papel da quimioterapia perioperatória versus quimiorradiação inicial está sob investigação ativa. O estudo de fase 3 ESOPEC, que comparou a eficácia da quimiorradiação neoadjuvante (protocolo CROSS) seguida por cirurgia com quimioterapia perioperatória (protocolo FLOT) e cirurgia em pacientes com adenocarcinoma localmente avançado ressecável, encontrou uma melhora de 29 meses na sobrevida global mediana com o esquema de quimioterapia perioperatória em comparação com o esquema de quimiorradiação neoadjuvante.[186]ClinicalTrials.gov. Perioperative chemotherapy compared to neoadjuvant chemoradiation in patients with adenocarcinoma of the esophagus (ESOPEC). ClinicalTrials.gov Identifier: NCT02509286. May 2024 [internet publication].
https://clinicaltrials.gov/study/NCT02509286
[187]Hoeppner J, Lordick F, Brunner T, et al. ESOPEC: prospective randomized controlled multicenter phase III trial comparing perioperative chemotherapy (FLOT protocol) to neoadjuvant chemoradiation (CROSS protocol) in patients with adenocarcinoma of the esophagus (NCT02509286). BMC Cancer. 2016 Jul 19;16:503.
https://bmccancer.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12885-016-2564-y
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27435280?tool=bestpractice.com
Complicações cirúrgicas e mortalidade pós-operatória semelhantes foram relatadas em ambos os braços. Esses resultados sugerem a superioridade do protocolo FLOT perioperatório sobre o protocolo CROSS neoadjuvante em pacientes com adenocarcinoma localmente avançado e ressecável.[187]Hoeppner J, Lordick F, Brunner T, et al. ESOPEC: prospective randomized controlled multicenter phase III trial comparing perioperative chemotherapy (FLOT protocol) to neoadjuvant chemoradiation (CROSS protocol) in patients with adenocarcinoma of the esophagus (NCT02509286). BMC Cancer. 2016 Jul 19;16:503.
https://bmccancer.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12885-016-2564-y
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27435280?tool=bestpractice.com
Os esquemas de quimioterapia perioperatória preferenciais são fluoruracila, ácido folínico, oxaliplatina e docetaxel (FLOT), uma fluoropirimidina (fluoruracila ou capecitabina) associada a oxaliplatina. A outra opção é fluoruracila associada a cisplatina.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Pacientes com doença ressecável devem proceder à cirurgia mesmo após uma resposta tumoral clínica completa à quimiorradioterapia pré-operatória, pois os dados para uma estratégia de observar e esperar são limitados.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Doença localmente avançada: não elegível para cirurgia
Pacientes com carcinoma de células escamosas ou adenocarcinoma localmente avançado que não são elegíveis para cirurgia (por exemplo, aqueles com tumores localizados no esôfago cervical, em que a cirurgia envolveria laringectomia) ou que recusam a cirurgia podem ser considerados para quimiorradioterapia definitiva.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[131]Shah MA, Kennedy EB, Catenacci DV, et al. Treatment of locally advanced esophageal carcinoma: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Aug 10;38(23):2677-94.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.20.00866
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32568633?tool=bestpractice.com
Ensaios randomizados comparando quimiorradioterapia definitiva versus cirurgia associada a quimiorradioterapia pré-operatória em pacientes com doença localmente avançada relataram desfechos de sobrevida semelhantes, particularmente entre aqueles com carcinoma de células escamosas que obtiveram resposta completa com quimiorradioterapia.[188]Stahl M, Stuschke M, Lehmann N, et al. Chemoradiation with and without surgery in patients with locally advanced squamous cell carcinoma of the esophagus. J Clin Oncol. 2005 Apr 1;23(10):2310-7.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2005.00.034
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15800321?tool=bestpractice.com
[189]Bedenne L, Michel P, Bouché O, et al. Chemoradiation followed by surgery compared with chemoradiation alone in squamous cancer of the esophagus: FFCD 9102. J Clin Oncol. 2007 Apr 1;25(10):1160-8.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2005.04.7118
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17401004?tool=bestpractice.com
[190]Vellayappan BA, Soon YY, Ku GY, et al. Chemoradiotherapy versus chemoradiotherapy plus surgery for esophageal cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Aug 22;(8):CD010511.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD010511.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28829911?tool=bestpractice.com
É necessário um monitoramento rigoroso após a quimiorradioterapia definitiva devido ao risco de recorrência do tumor local.[188]Stahl M, Stuschke M, Lehmann N, et al. Chemoradiation with and without surgery in patients with locally advanced squamous cell carcinoma of the esophagus. J Clin Oncol. 2005 Apr 1;23(10):2310-7.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2005.00.034
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15800321?tool=bestpractice.com
[189]Bedenne L, Michel P, Bouché O, et al. Chemoradiation followed by surgery compared with chemoradiation alone in squamous cancer of the esophagus: FFCD 9102. J Clin Oncol. 2007 Apr 1;25(10):1160-8.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2005.04.7118
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17401004?tool=bestpractice.com
Em caso de resposta completa à quimiorradioterapia definitiva, um acompanhamento de 3 meses com endoscopia, biópsias e tomografia computadorizada (TC) deve ser considerado.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
A esofagectomia de resgate pode ser considerada em pacientes com doença persistente ou progressiva após a quimiorradioterapia. Foi demonstrado que é comparável em termos de desfechos aos da terapia trimodal planejada no contexto do adenocarcinoma.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[191]Vincent J, Mariette C, Pezet D, et al; Fédération Francophone de Cancérologie Digestive (FFCD). Early surgery for failure after chemoradiation in operable thoracic oesophageal cancer. Analysis of the non-randomised patients in FFCD 9102 phase III trial: chemoradiation followed by surgery versus chemoradiation alone. Eur J Cancer. 2015 Sep;51(13):1683-93.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26163097?tool=bestpractice.com
[192]Markar S, Gronnier C, Duhamel A, et al. Salvage surgery after chemoradiotherapy in the management of esophageal cancer: is it a viable therapeutic option? J Clin Oncol. 2015 Nov 20;33(33):3866-73.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2014.59.9092
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26195702?tool=bestpractice.com
No entanto, alguns dados sugerem aumento da morbidade para os pacientes com CCEO.[193]Mitchell KG, Nelson DB, Corsini EM, et al. Morbidity following salvage esophagectomy for squamous cell carcinoma: the MD Anderson experience. Dis Esophagus. 2020 Mar 16;33(3):doz067.
https://academic.oup.com/dote/article/33/3/doz067/5532833
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31313820?tool=bestpractice.com
Os esquemas terapêuticos de primeira linha para a base da quimioterapia são: carboplatina associada a paclitaxel; oxaliplatina associada a fluoruracila; ou fluoruracila associada a ácido folínico e oxaliplatina (FOLFOX). As outras opções incluem: cisplatina associada a fluoruracila; cisplatina associada a docetaxel ou paclitaxel; irinotecano associado a cisplatina; ou paclitaxel associado a fluoruracila.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[150]van Hagen P, Hulshof MC, van Lanschot JJ, et al; CROSS Group. Preoperative chemoradiotherapy for esophageal or junctional cancer. N Engl J Med. 2012 May 31;366(22):2074-84.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1112088
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646630?tool=bestpractice.com
[152]Conroy T, Galais MP, Raoul JL, et al; Fédération Francophone de Cancérologie Digestive and UNICANCER-GI Group. Definitive chemoradiotherapy with FOLFOX versus fluorouracil and cisplatin in patients with oesophageal cancer (PRODIGE5/ACCORD17): final results of a randomised, phase 2/3 trial. Lancet Oncol. 2014 Mar;15(3):305-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24556041?tool=bestpractice.com
[171]Minsky BD, Pajak TF, Ginsberg RJ, et al. INT 0123 (Radiation Therapy Oncology Group 94-05) phase III trial of combined-modality therapy for esophageal cancer: high-dose versus standard-dose radiation therapy. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1167-74.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870157?tool=bestpractice.com
[172]Khushalani NI, Leichman CG, Proulx G, et al. Oxaliplatin in combination with protracted-infusion fluorouracil and radiation: report of a clinical trial for patients with esophageal cancer. J Clin Oncol. 2002 Jun 15;20(12):2844-50.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12065561?tool=bestpractice.com
Em um ensaio randomizado, a quimiorradioterapia com FOLFOX não aumentou a sobrevida livre de progressão em comparação com a quimiorradioterapia com fluoruracila associada à cisplatina; no entanto, o FOLFOX pode ser uma opção mais conveniente para os pacientes com câncer esofágico localizado não elegíveis para cirurgia.[152]Conroy T, Galais MP, Raoul JL, et al; Fédération Francophone de Cancérologie Digestive and UNICANCER-GI Group. Definitive chemoradiotherapy with FOLFOX versus fluorouracil and cisplatin in patients with oesophageal cancer (PRODIGE5/ACCORD17): final results of a randomised, phase 2/3 trial. Lancet Oncol. 2014 Mar;15(3):305-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24556041?tool=bestpractice.com
A capecitabina é uma alternativa à fluoruracila para os pacientes que conseguem engolir comprimidos.
O componente de radiação do tratamento deve ser fornecido usando, no mínimo, uma radioterapia (RT) conformacional 3D, mas a radioterapia de intensidade modulada ou a terapia em arco volumétrico são preferíveis para minimizar melhor a dose de radiação para tecidos normais, como o coração e o pulmão. Há poucas evidências para dar suporte ao uso de doses de RT >50.4 Gy no tratamento definitivo para câncer esofágico.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
A terapia direcionada pode ser acrescentada aos esquemas de quimioterapia para determinados subtipos de câncer esofágico localmente avançado e irressecável. É importante que todos os pacientes com câncer esofágico sejam submetidos a testes de biomarcadores (por exemplo, para HER2, IMS-A, dMMR e superexpressão de PD-L1) para identificar aqueles adequados para terapias direcionadas. As opções de escolha incluem o trastuzumabe, o nivolumabe e o pembrolizumabe. As opções de tratamento de escolha para os tumores IMS-A/dMMR incluem o pembrolizumabe (isolado ou em combinação com quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina), o dostarlimabe e o nivolumabe (em combinação com ipilimumabe ou quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina).
A terapia de segunda linha ou subsequente depende da terapia anterior e da capacidade funcional.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Caso os pacientes não consigam tolerar a quimiorradioterapia, deve-se oferecer a eles radioterapia paliativa ou os melhores cuidados de suporte.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Doença patológica residual pós-operatória
Pacientes com doença localizada ou localmente avançada (carcinoma de células escamosas e adenocarcinoma) que apresentam doença patológica residual apesar da ressecção cirúrgica completa e quimiorradioterapia pré-operatória (ou seja, ≥ypT1 ou ypN1) apresentam alto risco de recorrência, principalmente se houver envolvimento dos linfonodos.[197]Brücher BL, Becker K, Lordick F, et al. The clinical impact of histopathologic response assessment by residual tumor cell quantification in esophageal squamous cell carcinomas. Cancer. 2006 May 15;106(10):2119-27.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.21850
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16607651?tool=bestpractice.com
Esses pacientes podem ser considerados para tratamento pós-operatório com nivolumabe, um inibidor de checkpoint imunológico que bloqueia o receptor da proteína de morte celular programada 1 (PD-1).[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[198]Kelly RJ, Ajani JA, Kuzdzal J, et al; CheckMate 577 Investigators. Adjuvant nivolumab in resected esophageal or gastroesophageal junction cancer. N Engl J Med. 2021 Apr 1;384(13):1191-203.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2032125
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33789008?tool=bestpractice.com
[199]National Institute for Health and Care Excellence. Nivolumab for adjuvant treatment of resected oesophageal or gastro-oesophageal junction cancer. Nov 2021 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ta746
Outros esquemas recomendados são capecitabina e oxaliplatina ou fluoruracila e oxaliplatina.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
No estudo CheckMate 577, o nivolumabe melhorou significativamente a sobrevida livre de doença em comparação com placebo em pacientes com doença localizada ou localmente avançada que apresentavam doença patológica residual após ressecção cirúrgica completa e quimiorradioterapia pré-operatória (22.4 vs. 11.0 meses).[198]Kelly RJ, Ajani JA, Kuzdzal J, et al; CheckMate 577 Investigators. Adjuvant nivolumab in resected esophageal or gastroesophageal junction cancer. N Engl J Med. 2021 Apr 1;384(13):1191-203.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2032125
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33789008?tool=bestpractice.com
O teste do ligante PD-L1 não é necessário para esta indicação.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Doença metastática (M1)
Pacientes que apresentam doença metastática à distância são considerados como tendo doença irressecável. A terapia paliativa precoce e os melhores cuidados de suporte são recomendados para esses pacientes.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[199]National Institute for Health and Care Excellence. Nivolumab for adjuvant treatment of resected oesophageal or gastro-oesophageal junction cancer. Nov 2021 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ta746
[200]Ferrell BR, Temel JS, Temin S, et al. Integration of palliative care into standard oncology care: American Society of Clinical Oncology clinical practice guideline update. J Clin Oncol. 2017 Jan;35(1):96-112.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.70.1474
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28034065?tool=bestpractice.com
Os pacientes podem apresentar sintomas secundários aos efeitos locais e sistêmicos da neoplasia maligna, como disfagia, obstrução esofágica, dor, sangramento e mal-estar, além de comorbidades subjacentes. A paliação dos sintomas e a manutenção da qualidade de vida são, portanto, fundamentais para o manejo de pacientes com doença metastática.
A disfagia e a obstrução esofágica podem ser aliviadas com radioterapia paliativa (radioterapia por feixe externo ou braquiterapia) ou inserção de stent metálico autoexpansível, dependendo do grau de disfagia e seu impacto na nutrição, qualidade de vida, capacidade funcional e prognóstico.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
[133]National Institute for Health and Care Excellence. Oesophago-gastric cancer: assessment and management in adults. Jul 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng83
O National Institute for Health and Care Excellence do Reino Unido desaconselha o uso rotineiro de radioterapia por feixe externo após a colocação de stent em pacientes com câncer esofágico e recomenda que ela só seja usada nos pacientes com câncer esofágico com sangramento pós-intervenção prolongado ou doença hemorrágica conhecida.[133]National Institute for Health and Care Excellence. Oesophago-gastric cancer: assessment and management in adults. Jul 2023 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng83
Se houver obstrução completa, a restauração endoscópica do lúmen deve ser realizada por enteroscopia retrógrada e anterógrada simultânea.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A obstrução grave deve ser aliviada com dilatação guiada por fio ou dilatação por balão e inserção de um stent metálico expansível.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Essas opções devem ser consideradas para obstrução moderada, equilibrando os riscos e benefícios associados.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A terapia fotodinâmica pode ser eficaz, mas é menos utilizada devido à fotossensibilidade e custos associados.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A cirurgia pode ser útil em pacientes cuidadosamente selecionados.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O estado nutricional deve ser otimizado com informações alimentares (incluindo aconselhamento alimentar, suplementos nutricionais e, se apropriado, alimentação enteral de curta duração).
Pacientes com doença metastática podem ser considerados para quimioterapia, além dos melhores cuidados de suporte. A decisão de prosseguir com a quimioterapia deve ser baseada na capacidade funcional, comorbidades e preferência do paciente.
A quimioterapia pode melhorar os sintomas, a sobrevida e a qualidade de vida em comparação com os melhores cuidados de suporte isolados em pacientes com doença metastática.[201]Janmaat VT, Steyerberg EW, van der Gaast A, et al. Palliative chemotherapy and targeted therapies for esophageal and gastroesophageal junction cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Nov 28;(11):CD004063.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004063.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29182797?tool=bestpractice.com
[202]Wagner AD, Syn NL, Moehler M, et al. Chemotherapy for advanced gastric cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Aug 29;(8):CD004064.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004064.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28850174?tool=bestpractice.com
A maioria das evidências que apoiam o uso da quimioterapia na doença metastática é extrapolada de estudos randomizados em pacientes com adenocarcinoma gástrico avançado/metastático.[201]Janmaat VT, Steyerberg EW, van der Gaast A, et al. Palliative chemotherapy and targeted therapies for esophageal and gastroesophageal junction cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Nov 28;(11):CD004063.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004063.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29182797?tool=bestpractice.com
[202]Wagner AD, Syn NL, Moehler M, et al. Chemotherapy for advanced gastric cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Aug 29;(8):CD004064.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004064.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28850174?tool=bestpractice.com
Os esquemas de quimioterapia com dois medicamentos, compreendendo um agente de platina (por exemplo, oxaliplatina ou cisplatina) associado a uma fluoropirimidina (por exemplo, fluoruracila ou capecitabina), são normalmente recomendados para tratamento de primeira linha em pacientes com doença metastática.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Estudos sugerem equivalência entre a oxaliplatina e a cisplatina.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
Em geral, a oxaliplatina é preferencial em relação à cisplatina devido à menor toxicidade.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[203]Montagnani F, Turrisi G, Marinozzi C, et al. Effectiveness and safety of oxaliplatin compared to cisplatin for advanced, unresectable gastric cancer: a systematic review and meta-analysis. Gastric Cancer. 2011 Mar;14(1):50-5.
https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10120-011-0007-7
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21340667?tool=bestpractice.com
Um esquema de dose reduzida de oxaliplatina associada a capecitabina é uma opção para pacientes idosos ou frágeis que podem ser inadequados para o tratamento de dose completa.[88]Obermannová R, Alsina M, Cervantes A, et al; ESMO Guidelines Committee. Oesophageal cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2022 Oct;33(10):992-1004.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(22)01850-6/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35914638?tool=bestpractice.com
A adição de um taxano (docetaxel) ou antraciclina (epirrubicina) a um esquema de dois medicamentos (ou seja, terapia tripla) pode ser considerada se for necessária uma resposta rápida (por exemplo, para tratar doença volumosa e/ou sintomática). No entanto, a terapia tripla está associada a um aumento do risco de toxicidade e efeitos adversos (por exemplo, mielossupressão, toxicidade gastrointestinal, neuropatia, neutropenia); portanto, é adequado apenas para pacientes elegíveis com boa capacidade funcional.[204]Cunningham D, Starling N, Rao S, et al; Upper Gastrointestinal Clinical Studies Group of the National Cancer Research Institute of the United Kingdom. Capecitabine and oxaliplatin for advanced esophagogastric cancer. N Engl J Med. 2008 Jan 3;358(1):36-46.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa073149
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18172173?tool=bestpractice.com
[205]Van Cutsem E, Moiseyenko VM, Tjulandin S, et al; V325 Study Group. Phase III study of docetaxel and cisplatin plus fluorouracil compared with cisplatin and fluorouracil as first-line therapy for advanced gastric cancer: a report of the V325 Study Group. J Clin Oncol. 2006 Nov 1;24(31):4991-7.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2006.06.8429
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17075117?tool=bestpractice.com
[206]Findlay M, Cunningham D, Norman A, et al. A phase II study in advanced gastro-esophageal cancer using epirubicin and cisplatin in combination with continuous infusion 5-fluorouracil (ECF). Ann Oncol. 1994 Sep;5(7):609-16.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)63179-0/pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7993836?tool=bestpractice.com
O docetaxel combinado com cisplatina associada a fluoruracila demonstrou melhorar a sobrevida em comparação com cisplatina associada a fluoruracila isolada em pacientes com câncer gástrico avançado não tratado, embora à custa do aumento da toxicidade.[205]Van Cutsem E, Moiseyenko VM, Tjulandin S, et al; V325 Study Group. Phase III study of docetaxel and cisplatin plus fluorouracil compared with cisplatin and fluorouracil as first-line therapy for advanced gastric cancer: a report of the V325 Study Group. J Clin Oncol. 2006 Nov 1;24(31):4991-7.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2006.06.8429
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17075117?tool=bestpractice.com
A epirrubicina combinada com cisplatina associada a fluoruracila demonstrou melhorar a sobrevida em comparação com outros esquemas triplos (por exemplo, fluoruracila associada a doxorrubicina + metotrexato; e mitomicina associada a cisplatina + fluoruracila) em pacientes com câncer esofagogástrico avançado.[207]Webb A, Cunningham D, Scarffe JH, et al. Randomized trial comparing epirubicin, cisplatin, and fluorouracil versus fluorouracil, doxorubicin, and methotrexate in advanced esophagogastric cancer. J Clin Oncol. 1997 Jan;15(1):261-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8996151?tool=bestpractice.com
[208]Ross P, Nicolson M, Cunningham D, et al. Prospective randomized trial comparing mitomycin, cisplatin, and protracted venous-infusion fluorouracil (PVI 5-FU) with epirubicin, cisplatin, and PVI 5-FU in advanced esophagogastric cancer. J Clin Oncol. 2002 Apr 15;20(8):1996-2004.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11956258?tool=bestpractice.com
No entanto, há controvérsias quanto a eficácia e segurança dos esquemas contendo epirrubicina, particularmente quando comparados com os esquemas padrão de dois medicamentos.[209]Elimova E, Janjigian YY, Mulcahy M, et al. It is time to stop using epirubicin to treat any patient with gastroesophageal adenocarcinoma. J Clin Oncol. 2017 Feb;35(4):475-7.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.7276
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28129519?tool=bestpractice.com
Outros esquemas de terapia tripla que podem ser considerados para tratamento de primeira linha incluem ácido folínico associado a fluoruracila associado a oxaliplatina (FOLFOX) e ácido folínico associado a fluoruracila associado a irinotecano (FOLFIRI).[210]Al-Batran SE, Hartmann JT, Probst S, et al. Phase III trial in metastatic gastroesophageal adenocarcinoma with fluorouracil, leucovorin plus either oxaliplatin or cisplatin: a study of the Arbeitsgemeinschaft Internistische Onkologie. J Clin Oncol. 2008 Mar 20;26(9):1435-42.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2007.13.9378
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18349393?tool=bestpractice.com
[211]Dank M, Zaluski J, Barone C, et al. Randomized phase III study comparing irinotecan combined with 5-fluorouracil and folinic acid to cisplatin combined with 5-fluorouracil in chemotherapy naive patients with advanced adenocarcinoma of the stomach or esophagogastric junction. Ann Oncol. 2008 Aug;19(8):1450-7.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)40260-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18558665?tool=bestpractice.com
[212]Guimbaud R, Louvet C, Ries P, et al. Prospective, randomized, multicenter, phase III study of fluorouracil, leucovorin, and irinotecan versus epirubicin, cisplatin, and capecitabine in advanced gastric adenocarcinoma: a French intergroup (Fédération Francophone de Cancérologie Digestive, Fédération Nationale des Centres de Lutte Contre le Cancer, and Groupe Coopérateur Multidisciplinaire en Oncologie) study. J Clin Oncol. 2014 Nov 1;32(31):3520-6.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2013.54.1011
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25287828?tool=bestpractice.com
Apesar dos benefícios da terapia tripla, os esquemas de dois medicamentos são geralmente preferenciais devido à menor toxicidade.
Outras opções para a terapia de primeira linha incluem docetaxel associado a cisplatina; paclitaxel associado a cisplatina; paclitaxel associado a carboplatina; ou capecitabina, fluoruracila, docetaxel ou paclitaxel como agentes únicos.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Várias terapias direcionadas podem ser usadas em pacientes com câncer esofágico e da junção esofágica metastático.
É importante que todos os pacientes com câncer esofágico sejam submetidos a testes de biomarcadores (por exemplo, para HER2, IMS-A, dMMR e superexpressão de PD-L1) para identificar aqueles adequados para terapias direcionadas. As opções de escolha incluem o trastuzumabe, o pembrolizumabe e o nivolumabe. O trastuzumabe é adicionado à quimioterapia para os tumores positivos para superexpressão de HER2. As opções de tratamento de escolha para os tumores IMS-A/dMMR incluem o pembrolizumabe (isolado ou em combinação com quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina), o dostarlimabe e o nivolumabe (em combinação com ipilimumabe ou quimioterapia à base de fluoropirimidina e platina). A terapia de segunda linha, ou subsequente, depende da terapia anterior e da capacidade funcional.[15]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: esophageal and esophagogastric junction cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Doença recorrente
As decisões de tratamento para pacientes com doença recorrente ou refratária são informadas pela história de tratamento prévio.
Pacientes com recorrência locorregional que ocorre após a quimiorradioterapia podem ser considerados para cirurgia se o tumor for ressecável (dependendo da capacidade funcional e da preferência do paciente).
Pacientes com recorrência locorregional que ocorre após a cirurgia sem o uso de quimiorradioterapia podem ser considerados para quimiorradioterapia, cirurgia, quimioterapia e cuidados paliativos/melhores cuidados de suporte (dependendo da capacidade funcional e da preferência do paciente).
Pacientes com doença recorrente irressecável ou doença metastática que ocorre após o tratamento podem ser considerados para cuidados paliativos/melhores cuidados de suporte (incluindo terapias sistêmicas e direcionadas).