História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem história de lesão autoprovocada ou conflito interpessoal recente, abuso de bebidas alcoólicas ou drogas e disponibilidade e fácil acesso a pesticidas.

secreções aumentadas

Broncorreia grave pode ser observada; trata-se de um fator diagnóstico.

Também ocorrem lacrimejamento e salivação excessivos.

fasciculações

Muito mais perceptíveis precocemente; trata-se de um fator diagnóstico. Geralmente ocorrem na musculatura da região periorbital, torácica ou dos membros inferiores e não apresentam resposta clínica à atropina.

pupilas puntiformes

Estão quase universalmente presentes antes do tratamento com atropina em casos graves e são refratárias à naloxona (um antagonista dos receptores opioides usado no tratamento da superdosagem de opioides).

odor característico

Em geral, o odor característico do solvente pode ser detectado no paciente.

estertores ou roncos na ausculta torácica

Sibilos e estertores disseminados indicam broncoespasmo e edema pulmonar.

semiconsciente/coma

O paciente pode estar semiconsciente na apresentação; o coma indica um prognóstico pior.

Outros fatores diagnósticos

comuns

distúrbios visuais

O paciente pode relatar visão turva.

vômitos

Náuseas e vômitos são sintomas muscarínicos comuns de intoxicação por organofosforados.

síndrome semelhante à gripe (influenza)

A exposição, mesmo dérmica, pode resultar em uma síndrome semelhante à gripe (influenza), por exemplo, com fadiga, coriza, cefaleia, tontura, anorexia, sudorese, diarreia e fraqueza muscular.

incontinência urinária ou fecal

O paciente pode relatar incontinência ou ela pode ser um sinal na apresentação se o paciente se apresentar semiconsciente ou em estado de confusão mental.

fraqueza muscular proximal

Pode ocorrer precocemente ou após a remissão de outros sinais. Não apresentam resposta clínica à atropina.

reflexos tendinosos profundos anormais

Muitas vezes aumentados precocemente e diminuídos ou ausentes posteriormente. Não apresentam resposta clínica à atropina.

frequência cardíaca anormal

Podem ser observadas bradicardia ou taquicardia extremas.

pressão arterial anormal

Pode-se observar hipertensão. A presença de hipotensão refratária é um sinal muito mais preocupante, indicando prognóstico grave.

respiração diminuída

A saturação de oxigênio geralmente é baixa. Insuficiência respiratória é mais comum em casos de intoxicação grave.

hipotermia

É comum a presença de hipotermia leve a moderada no momento da internação caso o tratamento com atropina não tenha sido administrado.

Incomuns

convulsões

Convulsões são mais comuns em casos de intoxicação grave.

neuropatia do sistema nervoso central e periférica (predominantemente motora) tardia

O início ocorre em 1 a 5 semanas. A neuropatia pode ser grave e causar incapacidade permanente. Ela também pode apresentar características de doença do neurônio motor superior.

Fatores de risco

Fortes

disponibilidade de pesticidas

Fator importante na determinação da frequência de casos de intoxicação aguda (fatal e não fatal) por pesticidas em vários países.[4]

história de lesão autoprovocada ou conflito interpessoal recente

É consistentemente um fator de risco (para autointoxicação deliberada com pesticidas) em todas as culturas.[5][6][7][8]

transtorno mental

É consistentemente um fator de risco (para autointoxicação deliberada com pesticidas) em todas as culturas.[5][6][7][8]

abuso de álcool ou drogas

É consistentemente um fator de risco (para autointoxicação deliberada com pesticidas) em todas as culturas.[5][6][7][8]

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