Epidemiologia

A taxa de fratura toracolombar em pacientes com traumatismo contuso é de 4% a 7%.[12][13]​​​​​ A causa mais comum de fraturas toracolombares são acidentes de trânsito e quedas.[9][14]​​​ Taxas crescentes de fraturas da coluna toracolombar foram observadas nos EUA nas últimas décadas, apesar do declínio em outros ferimentos relacionados a veículo automotor, provavelmente devido a uma combinação de maior detecção de lesões da coluna toracolombar e maior taxa de lesões por cinto de segurança.[13]​ Uma tendência ao aumento das taxas de fraturas em países em desenvolvimento tem sido atribuída ao aumento de acidentes com veículo automotor.[9]​ Um estudo de 2018 descreveu uma idade média de 49.1 ± 17.7 anos.[15] Pacientes idosos podem apresentar fraturas toracolombares como resultado de traumas de baixa energia, por exemplo, quedas da própria altura, devido à diminuição da mineralização óssea comumente presente em populações de pacientes idosos, e osteoporose coexistente.[9][10]​​ As quedas apresentam aproximadamente 2.8 vezes maior probabilidade de causar lesões nos idosos (>65 anos de idade) que nos indivíduos <65 anos de idade.[16] Até 70% das fraturas osteoporóticas permanecem não diagnosticadas.[17]​ Consulte Fraturas osteoporóticas por compressão vertebral.

O trauma da coluna toracolombar é mais comum nos homens que nas mulheres. A razão relatada de homens/mulheres varia; um estudo de 2018 detalhou uma razão de 1.4:1, enquanto um artigo de 1991 estabeleceu uma razão de 4:1.[15][18]​ Essa mudança pode ser explicada pelo fato de que as mulheres participam de atividades de alto risco atualmente com mais frequência que nas décadas anteriores.

Pacientes pediátricos são responsáveis por 1% a 5% das internações por lesão na medula espinhal.[19] Nas populações pediátricas, a medula espinhal pode ser lesionada sem rompimento da coluna vertebral - quadro clínico definido como SCIWORA (spinal cord injury without radiological abnormality - lesão na medula espinhal sem anormalidade radiológica).[20][21]​ As crianças podem ser mais suscetíveis à SCIWORA do que os adultos devido à elasticidade relativamente maior dos ligamentos espinhais, permitindo maiores forças de deformação na medula espinhal, sem fraturar ou deslocar as vértebras.[20]​ A SCIWORA envolve a coluna toracolombar com menos frequência do que a coluna cervical.[20][22]​ A SCIWORA ocorre em 42% dos pacientes com menos de 9 anos e em 8% dos pacientes com idade entre 15 e 17 anos.[23]

As fraturas torácicas e lombares representam aproximadamente 48% e 32% de todas as lesões da medula espinhal, respectivamente, e a maioria ocorre entre a coluna torácica T11, T12 e coluna lombar L1.[24][25] Fraturas em múltiplos níveis da coluna espinhal estão presentes em cerca de um quarto dos pacientes com lesão na medula espinhal.[25][26] A maioria das fraturas isoladas está relacionada à osteoporose.[27][Figure caption and citation for the preceding image starts]: RNM da coluna lombar: imagem sagital (sequência ponderada em T2) mostrando uma fratura osteoporótica do corpo vertebral T12Do acervo pessoal do Dr. B. Nurboja e do Mr. D. Choi [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@1b8b0442

Aproximadamente 35% a 50% dos pacientes com lesões na medula espinhal apresentam comprometimento neurológico associado.[14][28]​​​ Lesões na medula espinhal ocorrem na região torácica em 17% dos casos e na região lombar em 20% a 24% dos casos.[29] Pacientes com essas lesões comumente apresentam outras lesões associadas, como lesões concomitantes em múltiplos sistemas (80%) e traumatismos cranioencefálicos (41%).[30][31]

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