Etiologia

A etiologia da epifisiólise proximal do fêmur (EPF) é desconhecida na maioria dos casos. Obesidade é reconhecida como o fator de risco mais fortemente associado.[5][11][12][13] A obesidade aumenta o estresse de cisalhamento na fise, enfraquece o eixo e causa o deslocamento característico da EPF.

Envolvimento hormonal associado ao estirão de crescimento na adolescência também pode fornecer informações sobre a etiologia da EPF. A fise se enfraquece na puberdade, possivelmente devido ao efeito das gonadotropinas circulantes.[7] O efeito de enfraquecimento da testosterona na fise oferece uma hipótese causativa para a incidência mais alta no sexo masculino. A menor incidência em adolescentes do sexo feminino pode ocorrer porque o estrogênio aumenta a força na fise e estreita sua largura. A EPF está associada a endocrinopatias, mas a maioria das crianças com EPF é obesa.[7][15] Um estudo encontrou níveis elevados de leptina em pacientes com EPF, independente do estado de obesidade.[16]

A radioterapia é um fator de risco para EPF.[17] Não há evidências de predisposição genética.

Fisiopatologia

O enfraquecimento e alargamento característicos da fise ocorrem devido a uma variedade de fatores, como obesidade, crescimento rápido durante a adolescência e endocrinopatias.[2][7] Esses fatores incluem estresse ao redor da articulação do quadril e aplicam força de cisalhamento na placa epifisária. A placa epifisária é intrinsecamente fraca. Excesso de peso, o estresse de um estirão de crescimento na adolescência e alterações nos níveis hormonais resultam em fraqueza da fíbula, que permite que a epífise desloque anteriormente e superiormente em relação à metáfise.

Classificação

Aguda, crônica, crônica agudizada[4]

Este sistema de classificação tradicional se baseia na duração do sintoma:

  • Aguda: sintomas prodrômicos durando <3 semanas antes de um evento agudo tipo fratura

  • Crônica: sintomas durando >3 semanas

  • Crônica agudizada: sintomas durando >3 semanas com um início súbito de aumento da dor e irritação.

Estável/instável[5]

Esta classificação é feita com base na capacidade de levantamento de peso:

  • Estável: pode levantar peso com ou sem apoio. Essa classificação é responsável por quase 90% de todos os casos de epifisiólise proximal do fêmur (EPF).[6][7]

  • Instável: não pode levantar peso com ou sem apoio.

Essa classificação é a mais amplamente aceita.[1][5][7][8]

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