Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

Inicial

todos os pacientes

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1ª linha – 

resgate da água

Reconhecer o sofrimento e pedir ajuda para garantir uma ativação rápida dos serviços profissionais de resgate e emergência médica.

Oferecer flutuação para interromper o processo de afogamento. É preferível jogar um objeto flutuante ou manobrar uma embarcação até a pessoa.[41]

Pessoas leigas e socorristas sem treinamento especializado em resgate da água jamais devem entrar na água para tentar um resgate.

Se for seguro fazê-lo, retire o paciente da água o quanto antes possível. Uma vez em terra, coloque o paciente na posição horizontal para otimizar o fluxo sanguíneo para o cérebro sem aumentar o risco de aspiração, e mantenha as vias aéreas abertas.[48]

Em terra, a pessoa deve ser colocada na posição supina, com o tronco e a cabeça ao mesmo nível.

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Considerar – 

ressuscitação na água

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Dados retrospectivos sugerem que, para um paciente inconsciente, a ventilação na água por indivíduos treinados pode aumentar a probabilidade de alta neurologicamente intacta do hospital.​[37][48][49]

No caso de ausência de resposta à ventilação dentro da água (até 5 ventilações boca-a-boca apenas), deve-se pressupor que a pessoa está em parada cardíaca. Não se deve tentar fazer compressões torácicas enquanto se estiver na água.[41]​ Todos os pacientes que estiverem se afogando e não tiverem pulso devem ser retirados da água o mais rapidamente possível para que a ventilação e as compressões torácicas efetivas possam ser iniciadas.[41]

Siga os protocolos locais atuais para o manejo de paradas cardíacas, incluindo a seleção dos medicamentos e doses adequados. Consulte Parada cardíaca para obter informações mais detalhadas sobre o tratamento de adultos.

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Considerar – 

considerações da coluna cervical

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A restrição rotineira da movimentação da coluna não é indicada para a maioria das pessoas que se afogam porque a incidência de lesões na coluna cervical é extremamente baixa.[37][43][44]​​​ Deficit neurológico focal, estado mental alterado ou história de atividade de alto risco sugerem maior risco de lesão vertebral.[41]

Se houver suspeita de lesão na coluna cervical, esta deverá ser mantida na linha média, mas a tentativa de restringir o movimento com colares cervicais ou pranchas para a coluna nunca deve impedir os esforços de ressuscitação.

Os indivíduos com lesão na coluna cervical confirmada geralmente apresentam história óbvia ou sinais de trauma significativo; o exame de imagem da coluna cervical não é recomendado para pacientes em que não foi testemunhado trauma anterior ao afogamento.

AGUDA

grau 1 (tosse com ausculta pulmonar normal)

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1ª linha – 

observação

Suporte respiratório e oxigênio não devem ser necessários.[46] Em geral, os pacientes podem ser liberados da cena sem orientação.

Pacientes de grau 1 (conscientes e alertas; tosse com ausculta pulmonar normal) que chegam ao pronto-socorro poderão ser observados sem oxigênio por algumas horas e liberados se os sinais vitais, os sintomas, o exame pulmonar e a atividade mental permanecerem normais.[17][63][64]

Embora complicações pulmonares tardias sejam raras, as pessoas que tiverem estado submersas ou imersas em água devem ser orientadas a procurar atendimento médico imediatamente se desenvolverem tosse, dispneia, febre ou qualquer outro sintoma preocupante no período de 8 horas subsequente.[51]

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

Um reaquecimento externo ativo é indicado para a hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, um sistema de manejo convectivo da temperatura pode ser usado para forçar o ar quente diretamente sobre o corpo do paciente para manter a temperatura corporal central.

Consulte Hipotermia acidental.

grau 2 (estertores em alguns campos pulmonares)

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1ª linha – 

suporte respiratório e oxigênio

Estabelecer uma via aérea e fornecer oxigênio são prioridades na ressuscitação inicial.[41]

Oferecer a maior concentração de oxigênio disponível com base no estado do paciente, com um objetivo de SpO₂ entre 92% e 96%.[46][52] Em geral, esse objetivo pode ser alcançado com cânula nasal ou máscara facial.

Considere um período de observação de 6 horas no pronto-socorro. Se o paciente não precisar de oxigênio suplementar por esse período, com sinais vitais e atividade mental normalizados, e não houver outras condições clínicas/traumáticas que requeiram tratamento, considere a alta com acompanhamento estrito.[63][64]

Se precisar de oxigênio suplementar, os sinais vitais ou a atividade mental não estiverem normalizados, o acompanhamento for precário ou se o paciente/família não estiver confortável para retornar para casa, interne o paciente em uma unidade não intensiva.

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

Um reaquecimento externo ativo é indicado para a hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, um sistema de manejo convectivo da temperatura pode ser usado para forçar o ar quente diretamente sobre o corpo do paciente para manter a temperatura corporal central.

Consulte Hipotermia acidental.

grau 3 (edema pulmonar agudo sem hipotensão nem choque)

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1ª linha – 

suporte respiratório e oxigênio

Estabelecer uma via aérea e fornecer oxigênio são prioridades na ressuscitação inicial.[41]

Com base na condição do paciente, administrar a maior concentração de oxigênio disponível por meio de ventilação invasiva ou não invasiva, mas a pressão positiva é preferível à ventilação passiva.[41]

Os pacientes que estiverem protegendo as vias aéreas com aumento do esforço respiratório e precisarem de suporte, e com consciência suficiente para seguir ordens, podem receber uma tentativa de ventilação não invasiva com pressão positiva. A ventilação não invasiva com pressão positiva deve ser usada somente nos pacientes com sintomas respiratórios leves a moderados e que estiverem alertas; os pacientes com estado mental alterado e/ou vômitos ativos correm risco de aspiração.[40]​ Se o paciente não melhorar ou houver deterioração clínica, proceda à intubação endotraqueal (IET).[53][54]

​​Se for necessária uma via aérea avançada, somente socorristas proficientes em intubar a traqueia devem usar a intubação traqueal, especialmente nos pacientes pediátricos.[36][48]​​ O consenso entre especialistas é o de que uma taxa alta de sucesso significa mais de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

A IET é ideal, mas pode ser desafiador implementá-la em razão da abundância de fluidos nas vias aéreas. Os esforços para limpar as vias aéreas devem ser limitados, pois geralmente serão fúteis.

Em virtude da evolução clínica semelhante, recomenda-se seguir estratégias de ventilação focadas na síndrome do desconforto respiratório agudo.[46]​ Nos adultos, isso inclui ventilação mecânica com volumes correntes de 6-8 mL/kg-¹, com modificação apropriada para se manter uma pressão de platô <30 mmHg e atingir uma PaO₂ de 55-80 mm Hg (SpO₂ de 89% a 95%) por meio do ajuste da pressão expiratória final positiva (PEEP; começando em 5 cm H₂O e ajustada em incrementos de 2-3 cm H₂O) e da FiO₂.[41][46][55]​​ Nos pacientes pediátricos, sugere-se uma pressão inspiratória platô ≤28 cm H₂O. Para a síndrome do desconforto respiratório agudo pediátrica (SDRAP) leve/moderada, a SpO₂ deve ser mantida entre 92% e 97%. Para a SDRAP grave, após se otimizar a PEEP, uma SpO₂ menor que 92% é aceitável para se reduzir a exposição excessiva à FiO₂.[41][46]​​[56]​​ Uma vez estabelecida, a PEEP deve ser mantida inalterada por 24 horas para se permitir um a regeneração adequada do surfactante e o consequente recrutamento alveolar antes da tentativa de desmame. Um desmame precoce da ventilação mecânica pode causar o retorno do edema pulmonar com necessidade de reintubação, prolongamento da internação hospitalar e morbidade adicional.[46]​ Consulte Síndrome do desconforto respiratório agudo.

Internação em unidade de terapia intensiva pediátrica ou adulta.

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser indicada nos casos de hipóxia refratária a medidas iniciais de tratamento. Se os recursos e protocolos locais permitirem, as vítimas de afogamento que apresentam hipóxia devem ser encaminhadas a um centro equipado para ECMO após a ressuscitação inicial.[38]

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

Um reaquecimento externo ativo é indicado para a hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, um sistema de manejo convectivo da temperatura pode ser usado para forçar o ar quente diretamente sobre o corpo do paciente para manter a temperatura corporal central.

Consulte Hipotermia acidental.

grau 4 (edema pulmonar agudo com hipotensão ou choque)

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1ª linha – 

suporte respiratório e oxigênio

Estabelecer uma via aérea e fornecer oxigênio são prioridades na ressuscitação inicial.[41]

Com base na condição do paciente, oferece a maior concentração de oxigênio disponível por meio de ventilação não invasiva ou invasiva.

A ventilação não invasiva com pressão positiva deve ser usada somente em pacientes com sintomas respiratórios leves a moderados e que estejam alertas; pacientes com estado mental alterado e/ou vômitos ativos correm risco de aspiração.[41]​ Se o paciente não melhorar após um ciclo curto de VNIPP, converta rapidamente em intubação endotraqueal (IET).[53][54]

Se for necessária uma via aérea avançada, somente socorristas proficientes em intubar a traqueia devem usar a intubação traqueal, especialmente nos pacientes pediátricos.[36][48]​ O consenso entre os especialistas determina que uma taxa alta de sucesso significa acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

A IET é ideal, mas pode ser desafiador implementá-la em razão da abundância de fluidos nas vias aéreas. Os esforços para limpar as vias aéreas devem ser limitados, pois geralmente serão fúteis.

Em virtude da evolução clínica semelhante, recomenda-se seguir estratégias de ventilação focadas na síndrome do desconforto respiratório agudo.[46]​ Nos adultos, elas incluem ventilação mecânica com volumes correntes de 6-8 mL/kg-¹, com modificação apropriada para manter uma pressão de platô <30 mmHg e atingir uma PaO₂ de 55 mmHg (SpO₂ de 89% a 95%) por meio do ajuste da pressão expiratória final positiva (PEEP; começando em 5 cm H₂O e ajustada em incrementos de 2-3 cm H₂O) e da FiO₂.[41][46][55]​ Para a síndrome do desconforto respiratório agudo pediátrico (SDRAP) leve/moderada, a SpO₂ deve ser mantida entre 92% e 97%. Para a SDRAP grave, após se otimizar a PEEP, uma SpO₂ menor que 92% é aceitável para se reduzir a exposição excessiva à FiO₂.[41][46]​​[56]​ Uma vez estabelecida, a PEEP deve ser mantida inalterada por 24 horas para permitir a regeneração adequada do surfactante e o consequente recrutamento alveolar antes da tentativa de desmame. Um desmame precoce da ventilação mecânica pode causar o retorno do edema pulmonar com necessidade de reintubação, prolongamento da internação hospitalar e morbidade adicional.[46]​ Consulte Síndrome do desconforto respiratório agudo.

Internação em unidade de terapia intensiva pediátrica ou adulta.

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser indicada nos casos de hipóxia refratária a medidas iniciais de tratamento. Se os recursos e protocolos locais permitirem, as vítimas de afogamento que apresentam hipóxia devem ser encaminhadas a um centro equipado para ECMO após a ressuscitação inicial.[38]

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Considerar – 

fluidoterapia intravenosa ± vasopressor

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Reversão da hipóxia e/ou hipotermia pode resolver a hipotensão. Pode ser necessária uma infusão intravenosa com cristaloides.

A respiração deve ser monitorada, uma vez que uma parada respiratória ainda pode ocorrer.[46]

A hipotensão refratária pode requerer vasopressores. Se o paciente estiver gravemente hipotérmico, os medicamentos cardioativos podem atingir níveis tóxicos, se ministrados repetidamente. Por esses motivos, os medicamentos intravenosos muitas vezes são suspensos quando a temperatura corporal central do paciente é <30 °C (<86 °F).[38] Se a temperatura corporal central estiver >30 °C (>86 °F), os medicamentos intravenosos poderão ser administrados, mas com intervalos maiores entre as doses.[37] Aumente os intervalos de administração da adrenalina se a temperatura central for de 30 °C a 34 °C.[38]

Opções primárias

adrenalina: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

Um reaquecimento externo ativo é indicado para a hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, um sistema de manejo convectivo da temperatura pode ser usado para forçar o ar quente diretamente sobre o corpo do paciente para manter a temperatura corporal central.

Consulte Hipotermia acidental.

grau 5 (sem ventilação espontânea, pulso carotídeo presente)

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1ª linha – 

suporte respiratório e oxigênio

Estabelecer uma via aérea e fornecer oxigênio são prioridades na ressuscitação inicial.[41]

O tratamento inicial de pacientes apneicos com pulso palpável é realizado por meio de respiração boca-a-boca (viável) ou boca-a-boca com uso de máscara (máscara de bolso, geralmente não viável), ou reanimador manual autoinflável.

Em geral, a parada respiratória é revertida após algumas (menos de 10) respirações impostas.[46]

Se for necessária uma via aérea avançada, somente socorristas proficientes em intubar a traqueia devem usar a intubação traqueal, especialmente nos pacientes pediátricos.[36][48]

O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

A intubação endotraqueal é ideal, mas pode ser desafiador implementá-la em razão da abundância de fluidos nas vias aéreas. Os esforços para limpar as vias aéreas devem ser limitados, pois geralmente serão fúteis.

Em virtude da evolução clínica semelhante, recomenda-se seguir estratégias de ventilação focadas na síndrome do desconforto respiratório agudo.[46]​​​​

Nos adultos, isso inclui ventilação mecânica com volumes correntes de 6 a 8 mL/kg-1, com modificação apropriada para se manter uma pressão de platô <30 mm Hg e atingir uma PaO₂ de 55 a 80 mmHg (SpO₂ de 89% a 95%) por meio do ajuste da pressão expiratória final positiva (PEEP; começando em 5 cm H₂O e ajustada em incrementos de 2 a 3 cm H₂O) e da FiO₂.[41][46][55] Nos pacientes pediátricos, sugere-se uma pressão de platô inspiratório ≤28 cm H₂O. Para a síndrome do desconforto respiratório agudo pediátrica (SDRAP) leve/moderada, a SpO₂ deve ser mantida entre 92% e 97%. Para a SDRAP grave, após otimizar-se a PEEP, uma SpO₂ menor que 92% é aceitável para reduzir a exposição excessiva à FiO₂​.[41][46]​​[56]​​ Uma vez estabelecida, a PEEP deve ser mantida inalterada por 24 horas para se permitir um a regeneração adequada do surfactante e o consequente recrutamento alveolar antes da tentativa de desmame. Um desmame precoce da ventilação mecânica pode causar o retorno do edema pulmonar com necessidade de reintubação, prolongamento da internação hospitalar e morbidade adicional.[46] Consulte Síndrome do desconforto respiratório agudo.

Internação em unidade de terapia intensiva pediátrica ou adulta.

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser indicada nos casos de hipóxia refratária a medidas iniciais de tratamento. Se os recursos e protocolos locais permitirem, as vítimas de afogamento que apresentam hipóxia devem ser encaminhadas a um centro equipado para ECMO após a ressuscitação inicial.[38]

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Considerar – 

fluidoterapia intravenosa ± vasopressor

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Reversão da hipóxia e/ou hipotermia pode resolver a hipotensão. Pode ser necessária uma infusão intravenosa com cristaloides.

A respiração deve ser monitorada, uma vez que uma parada respiratória ainda pode ocorrer.[46]

A hipotensão refratária pode requerer vasopressores. Se o paciente estiver gravemente hipotérmico, os medicamentos cardioativos podem atingir níveis tóxicos, se ministrados repetidamente. Por esses motivos, os medicamentos intravenosos muitas vezes são suspensos quando a temperatura corporal central do paciente é <30 °C (<86 °F).[38] Se a temperatura corporal central estiver >30 °C (>86 °F), os medicamentos intravenosos poderão ser administrados, mas com intervalos maiores entre as doses.[37] Aumente os intervalos de administração da adrenalina se a temperatura central for de 30 °C a 34 °C.[38]

Opções primárias

adrenalina: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Hipotermia grave (temperatura corporal <30 ºC) pode ser associada à depressão acentuada de funções corporais importantes, de modo que o paciente pode parecer morto durante a avaliação inicial.[36][37][38]

O reaquecimento passivo (incluindo a remoção de roupas molhadas, além de secar e cobrir o paciente) é a opção de tratamento de escolha para casos leves.

Um reaquecimento externo ativo é indicado para a hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, um sistema de manejo convectivo da temperatura pode ser usado para forçar o ar quente diretamente sobre o corpo do paciente para manter a temperatura corporal central.

As técnicas de reaquecimento interno incluem reaquecimento das vias aéreas com oxigênio umidificado a 40 °C (104 °F), fluidoterapia intravenosa aquecida e lavagem peritoneal. O aquecimento sanguíneo extracorpóreo é o método mais eficaz e aumenta a temperatura central em 1°C a 2°C (1.8 °F a 3.6 °F) a cada 3 a 5 minutos.[58]

Consulte Hipotermia acidental.

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associado a – 

ressuscitação cardiopulmonar (RCP)

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Estabelecer uma via aérea e fornecer oxigênio são prioridades na ressuscitação inicial.[41]

Administre 5 ventilações iniciais seguidas por 30 compressões torácicas em um paciente de afogamento que não apresentar evidências físicas de morte (por exemplo, rigor mortis, decomposição, hemisseção, decapitação).

A RCP deve ser iniciada com uma respiração às taxas de compressão de 30:2 para adultos e 15:2 para crianças.[36]

Se houver um desfibrilador automatizado ou manual disponível, ele poderá ser aplicado com segurança, desde que não impeça uma RCP de alta qualidade. A RCP não deve ser adiada para a desfibrilação após uma parada cardíaca relacionada a afogamento.[48]​ As compressões abdominais não são recomendadas.[41]

Se for necessária uma via aérea avançada, somente socorristas proficientes em intubar a traqueia devem usar a intubação traqueal, especialmente nos pacientes pediátricos.[36][48]

O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

Para os adultos, se for realizada uma intubação endotraqueal, utilize compressões contínuas com uma respiração a cada 6 segundos.[36]

Se a intubação endotraqueal for realizada em um paciente pediátrico, use\ compressões contínuas com ventilações de acordo com as seguintes taxas: bebês - 25 respirações por minuto; crianças de 1 a 8 anos - 20 respirações por minuto; crianças de 8 a 12 anos - 15 respirações por minuto; crianças >12 anos - 10 a 12 respirações por minuto.[61]

O estômago deve ser descomprimido usando um tubo gástrico após concluir a ressuscitação inicial.[36]

grau 6 (parada cardiopulmonar)

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1ª linha – 

ressuscitação cardiopulmonar (RCP) ± medicamentos de suporte avançado à vida

A maioria dos pacientes com parada cardíaca por afogamento terá atividade elétrica sem pulso ou assistolia.[62]

Administre 5 ventilações iniciais seguidas por 30 compressões torácicas em um paciente de afogamento que não apresentar evidências físicas de morte (por exemplo, rigor mortis, decomposição, hemisseção, decapitação).

A RCP deve ser iniciada com uma respiração às taxas de compressão de 30:2 para adultos e 15:2 para crianças.[36]

Se houver um desfibrilador automatizado ou manual disponível, ele poderá ser aplicado com segurança, desde que não impeça uma RCP de alta qualidade.​​[41][48][62] A RCP não deve ser adiada para desfibrilação após parada cardíaca relacionada a afogamento.[48]

Não são recomendadas compressões abdominais.[41]

Se for necessária uma via aérea avançada, somente socorristas proficientes em intubar a traqueia devem usar a intubação traqueal, particularmente nos pacientes pediátricos.[36][48]​ O consenso entre os especialistas determina que uma taxa alta de sucesso significa acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

Para os adultos, se for realizada uma intubação endotraqueal, utilize compressões contínuas com uma respiração a cada 6 segundos.[36]

Se a intubação endotraqueal for realizada em um paciente pediátrico, use\ compressões contínuas com ventilações de acordo com as seguintes taxas: bebês - 25 respirações por minuto; crianças de 1 a 8 anos - 20 respirações por minuto; crianças de 8 a 12 anos - 15 respirações por minuto; crianças >12 anos - 10 a 12 respirações por minuto.[61]

Considerar medicamentos de suporte avançado à vida em cardiologia conforme indicados, especialmente a adrenalina. Se o paciente estiver gravemente hipotérmico, os medicamentos cardioativos podem atingir níveis tóxicos, se ministrados repetidamente. Por esses motivos, os medicamentos intravenosos muitas vezes são suspensos quando a temperatura corporal central do paciente é <30 °C (<86 °F).[38] Se a temperatura corporal central estiver >30 °C (>86 °F), os medicamentos intravenosos poderão ser administrados, mas com intervalos maiores entre as doses.[37] Aumente os intervalos de administração da adrenalina se a temperatura central for de 30 °C a 34 °C.[38]

A amiodarona ou a lidocaína podem ser usadas para a taquicardia ventricular/fibrilação ventricular refratária.

Siga os protocolos locais atuais para o manejo de paradas cardíacas, incluindo a seleção dos medicamentos e doses adequados. Consulte Parada cardíaca para obter informações mais detalhadas sobre o tratamento de adultos.

O estômago deve ser descomprimido usando um tubo gástrico após concluir a ressuscitação inicial.[36]

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Considerar – 

fluidoterapia intravenosa ± vasopressor

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Reversão da hipóxia e/ou hipotermia pode resolver a hipotensão. Pode ser necessária uma infusão intravenosa com cristaloides.

A respiração deve ser monitorada, uma vez que uma parada respiratória ainda pode ocorrer.[46]

A hipotensão refratária pode requerer vasopressores. Se o paciente estiver gravemente hipotérmico, os medicamentos cardioativos podem atingir níveis tóxicos, se ministrados repetidamente. Por esses motivos, os medicamentos intravenosos muitas vezes são suspensos quando a temperatura corporal central do paciente é <30 °C (<86 °F).[38] Se a temperatura corporal central estiver >30 °C (>86 °F), os medicamentos intravenosos poderão ser administrados, mas com intervalos maiores entre as doses.[37] Aumente os intervalos de administração da adrenalina se a temperatura central for de 30 °C a 34 °C.[38]

Opções primárias

adrenalina: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

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associado a – 

reaquecimento

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Hipotermia grave (temperatura corporal <30 ºC) pode ser associada à depressão acentuada de funções corporais importantes, de modo que o paciente pode parecer morto durante a avaliação inicial. As diretrizes de ressuscitação recomendam que a RCP deve ser continuada a menos que o paciente esteja inquestionavelmente morto. Os pacientes não devem ser considerados mortos até que se consiga fornecer aquecimento.[36][37][38]

Para submersão prolongada, submersão em água fria ou se o paciente for considerado hipotérmico, medidas de reaquecimento passivo e ativo devem ser administradas.[36] Na parada cardíaca hipotérmica, os pacientes devem ser encaminhados a um centro capaz de fornecer suporte extracorpóreo (ECLS) após a reanimação inicial, se os recursos locais e os protocolos permitirem.[38]

Um reaquecimento externo ativo é indicado para a hipotermia moderada a grave. Além de cobrir o paciente com cobertores quentes, um sistema de manejo convectivo da temperatura pode ser usado para forçar o ar quente diretamente sobre o corpo do paciente para manter a temperatura corporal central.

As técnicas de reaquecimento interno incluem reaquecimento das vias aéreas com oxigênio umidificado a 40 °C (104 °F), fluidoterapia intravenosa aquecida e lavagem peritoneal. O aquecimento sanguíneo extracorpóreo é o método mais eficaz e aumenta a temperatura central em 1 °C a 2 °C (1.8 °F a 3.6 °F) a cada 3 a 5 minutos.[58]

O controle direcionado da temperatura (TTM) é recomendado para os pacientes adultos e pediátricos após uma parada cardíaca fora do hospital ou intra-hospitalar (PCFH ou PCIH) com qualquer ritmo inicial que permaneça sem resposta clínica após o RCE. Nos adultos, uma meta de temperatura em um valor constante entre 32 °C e 36 °C deve ser mantida por pelo menos 24 horas. A febre (>37.7 °C) deve ser evitada por pelo menos 72 horas após o retorno da circulação espontânea nos adultos que permanecerem em coma. Princípios semelhantes se aplicam ao tratamento dos pacientes pediátricos, embora existam evidências para uma temperatura alvo entre 32 °C e 37.5 °C (89.6 °F e 99.5 °F) por 5 dias.[60]​ Uma febre de ≥38 °C em uma criança deve ser agressivamente reduzida.[60]

Consulte Hipotermia acidental.

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associado a – 

suporte respiratório e oxigênio

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

É provável que a ventilação exija suporte contínuo após o RCE, seja por respiração boca a boca, boca a boca com máscara (máscara de bolso), reanimador manual autoinflável (RMA) ou avanço das vias aéreas inserido durante ressuscitação cardiopulmonar. Alguns pacientes podem permanecer dependentes da respiração de resgate até que a ventilação espontânea se torne mais eficiente.

Se for necessária uma via aérea avançada, somente socorristas proficientes em intubar a traqueia devem usar a intubação traqueal, especialmente nos pacientes pediátricos.[36][48] O consenso entre os especialistas determina uma taxa alta de sucesso acima de 95% em duas tentativas na intubação.[38]

A intubação endotraqueal (IET) é ideal, mas pode ser desafiador implementá-la em razão da abundância de fluidos nas vias aéreas. Os esforços para limpar as vias aéreas de vômitos, água ou fluido pulmonar expelido devem ser limitados, pois geralmente são fúteis e protelam intervenções necessárias.

Se não houver equipamento de IET disponível, ou a avaliação das vias aéreas sugerir que a IET pode ser difícil, um dispositivo supraglótico pode ser usado em adultos e crianças. Se o dispositivo supraglótico não resultar em ventilação suficiente (por exemplo, devido a uma redução da complacência pulmonar que exija altas pressões de insuflação), remova-o e continue as ventilações com RMA ou proceda à IET, caso esta se torne disponível.[36][46]

Se não for possível fornecer ventilações em decorrência da obstrução das vias aéreas (incomum), pode ser realizada uma tentativa de rolar o paciente rapidamente e aplicar sucção, com o objetivo de retomar as ventilações rapidamente.

Embora não haja evidências suficientes para apoiar uma PaCO₂ ou uma saturação de oxigênio desejadas específicas durante e após a ressuscitação, a hipoxemia e a hipercapnia devem ser evitadas.

Em virtude da evolução clínica semelhante, recomenda-se seguir estratégias de ventilação focadas na síndrome do desconforto respiratório agudo.[46]​ Nos adultos, isso inclui ventilação mecânica com volumes correntes de 6-8 mL/kg-¹, com modificação apropriada para se manter uma pressão de platô <30 mmHg e atingir uma PaO₂ de 55-80 mm Hg (SpO₂ de 89% a 95%) por meio do ajuste da pressão expiratória final positiva (PEEP; começando em 5 cm H₂O e ajustada em incrementos de 2-3 cm H₂O) e da FiO₂.[41][46][55]​​​​ Nos pacientes pediátricos, sugere-se uma pressão de platô inspiratório ≤28 cm H₂O. Para a síndrome do desconforto respiratório agudo pediátrica (SDRAP) leve/moderada, a SpO₂ deve ser mantida entre 92% e 97%. Para a SDRAP grave, após se otimizar a PEEP, uma SpO₂ menor que 92% é aceitável para se reduzir a exposição excessiva à FiO₂.[41][46]​​[56]​​ Uma vez estabelecida, a PEEP deve ser mantida inalterada por 24 horas para se permitir um a regeneração adequada do surfactante e o consequente recrutamento alveolar antes da tentativa de desmame. Um desmame precoce da ventilação mecânica pode causar o retorno do edema pulmonar com necessidade de reintubação, prolongamento da internação hospitalar e morbidade adicional.[46]Consulte Síndrome do desconforto respiratório agudo.

Internação em unidade de terapia intensiva pediátrica ou adulta.

A oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) pode ser indicada nos casos de hipóxia refratária a medidas iniciais de tratamento. Se os recursos e protocolos locais permitirem, as vítimas de afogamento que apresentam hipóxia devem ser encaminhadas a um centro equipado para ECMO após a ressuscitação inicial.[38]

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