Prognóstico

Em uma revisão retrospectiva de pacientes que se afogaram ou quase se afogaram no Brasil em 1997, relatou-se que aqueles classificados como de grau 2 tiveram uma taxa de mortalidade de 0.6%.[17] Os pacientes com afogamento de gravidade grau 5 tiveram uma taxa de mortalidade de 44%, enquanto a mortalidade entre os casos de grau 6 (parada cardiorrespiratória) foi relatada em 93%.[17] Desde então, pequenos estudos de centros únicos relataram taxas de mortalidade semelhantes.

Dos casos de afogamento do grau 6 totalmente ressuscitados, somente 7% a 11% recuperam total ou parcialmente (escala Cerebral Performance Categories – Categorias de Desempenho Cerebral CPC 1 e CPC 2).[17][46][49] Estudos estabeleceram que o desfecho é quase totalmente determinado pela duração da submersão.[65] Além disso, baixa pontuação na escala de coma de Glasgow, falta de resposta das pupilas, acidose e hipotensão estão associadas a aumento da morbidade e da mortalidade.[66][67] Até ao momento, a maioria dos estudos sobre o assunto fundamentam-se em evidências fracas, e falta validação das ferramentas prognósticas.[66]

Os pontos a seguir são consistentes na maioria dos estudos:

  • O tempo de submersão é o fator prognóstico mais importante. Um tempo de submersão conhecido <10 minutos é um fator prognóstico favorável e >25 minutos é um fator prognóstico desfavorável.[66]

  • Ressuscitação sem sequelas é rara, mas possível, após submersão prolongada em água fria ou gelada (empiricamente, algumas pessoas podem sobreviver à submersão prolongada em água aquecida sem sequelas).[12][17][68]

  • A maioria dos pacientes que está acordada e alerta na chegada ao pronto-socorro, ou cuja atividade mental melhora para perto do normal no início do tratamento, tem desfechos neurológicos favoráveis.[63][64]

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