Abordagem

Embora a causa do afogamento muitas vezes esteja relacionada à capacidade de nadar e às condições ambientais prevalecentes, outras causas (por exemplo, evento cardíaco, convulsão, hipoglicemia, trauma, overdose/intoxicação, suicídio/homicídio) devem ser descartadas com base na história do paciente e nas informações da cena.

Informações da cena, história do paciente e exame físico podem ser úteis para determinar a gravidade da lesão, o plano de tratamento e o prognóstico.

[Figure caption and citation for the preceding image starts]: História de episódio de afogamento e informações de exame físicoCriado pelo BMJ Knowledge Centre [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@6a8352b5

Exame primário

A hipoxemia é a causa primária de morbidade e mortalidade. Apneia ou comprometimento da oxigenação causarão desfechos desfavoráveis. Pacientes sem pulso quando retirados da água terão desfecho desfavorável se o retorno da circulação espontânea não for obtido rapidamente com ventilações iniciais.

A avaliação de um paciente sem resposta clínica retirado da água deve seguir a sequência de ressuscitação padrão.[36]

Hipotermia

Hipotermia grave (temperatura corporal <30 ºC) pode ser associada a depressão acentuada de funções corporais importantes, de modo que o paciente pode parecer morto durante a avaliação inicial. Diretrizes de ressuscitação recomendam que a RCP deve ser continuada, a menos que a vítima esteja inquestionavelmente morta. Os pacientes não devem ser considerados mortos até que se consiga fornecer-lhes aquecimento.[36][37][38]

Apesar disso, a hipotermia é um sinal de exposição prolongada e está associada a um prognóstico desfavorável. Em casos raros, a hipotermia pode conferir neuroproteção às pessoas que caem em águas geladas.[12]

Investigações

Informações pivotais são obtidas da cena e do exame físico do paciente. Outro exame é inespecífico e auxilia principalmente a determinar a gravidade do afogamento e a resposta ao tratamento. Exames laboratoriais em pacientes em estado crítico servem para elucidar eventos desencadeantes e monitorar hipoxemia sistêmica.

Se não for possível descartar prontamente uma lesão na coluna cervical, pode-se utilizar uma ferramenta clínica validada, como os Critérios NEXUS para coluna cervical ou a Canadian C-Spine Rule (Regra Canadense de Coluna Cervical), para determinar se há necessidade de exames de imagem.

Aqueles com suspeita de lesão na coluna cervical geralmente apresentam sinais evidentes de trauma ou sofreram um evento testemunhado consistente com um mecanismo de alto risco. Os pacientes com afogamento testemunhado sem mecanismo traumático não devem ser submetidos à restrição do movimento vertebral.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal