História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem algum familiar com doença atópica e dermatite atópica anterior.

ingestão de leite, ovos, nozes, peixe, marisco, trigo ou soja

Noventa por cento das reações em crianças são causadas por leite, ovos, amendoim, nozes, trigo, soja, peixe e marisco; em adultos, por amendoim, nozes, marisco, peixe e legumes e/ou hortaliças.[1][38][39]​ Todos os alimentos ingeridos antes de uma reação devem ser observados, incluindo ingredientes ocultos em temperos para saladas, sobremesas, molhos e temperos ou bebidas.

sintomas reprodutíveis

Reação a cada ingestão, embora possa haver diferenças com base na quantidade ingerida.

rubor, urticária ou angioedema cutâneo

Resultado de reações mediadas por imunoglobulina E.

espirros, rinorreia ou congestão nasal

Observados com mais frequência combinados com comprometimento de algum outro sistema de órgãos.

Raramente são os únicos sinais presentes de alergia alimentar.

dispneia, taquipneia, sibilância, tosse ou cianose

Resultado de reações mediadas por imunoglobulina E.

rouquidão, estridor ou sensação de sufocamento

Os mediadores celulares liberados durante as reações alérgicas desencadeiam resposta inflamatória.

náuseas e vômitos

Entre alguns minutos e 2 horas após a ingestão.

Característicos da anafilaxia gastrointestinal. Geralmente acompanhada de manifestações alérgicas em outros órgãos-alvo.

cólica ou distensão abdominal

Característicos da anafilaxia gastrointestinal. Geralmente acompanhada de manifestações alérgicas em outros órgãos-alvo.

diarreia

Entre alguns minutos e 2 horas após a ingestão.

Característicos da anafilaxia gastrointestinal.

hiperemia conjuntival ou lacrimejamento

Resultado de reações mediadas por imunoglobulina E.

edema periorbital

Resultado de reações mediadas por imunoglobulina E.

início abrupto dos sintomas

As reações ocorrem entre alguns segundos e alguns minutos após a ingestão, raramente ultrapassando 2 horas. Os sintomas geralmente desaparecem de forma espontânea dentro de 4 a 12 horas ou podem responder a adrenalina, anti-histamínicos.

reação causada por uma pequena quantidade de alimento

Reação causada por quantidades bem pequenas de proteína alimentar.

presença de outras doenças alérgicas

Pacientes com dermatite atópica, asma e rinite alérgica são mais suscetíveis à alergia alimentar.

Incomuns

edema laríngeo

Resultado de reações mediadas por imunoglobulina E.

Outros fatores diagnósticos

comuns

taquicardia ou bradicardia

Pode estar presente em casos graves.

Incomuns

reação exacerbada por exercícios ou esforço físico

Em alguns pacientes, as reações alérgicas alimentares só podem ocorrer após atividade ou podem piorar com o esforço físico.

ingestão de medicamentos ou de bebidas alcoólicas antes da reação

Acredita-se que a ingestão de medicamentos ou de bebidas alcoólicas aumente a taxa de absorção do alérgeno.

arritmia cardíaca

Pode estar presente em casos graves.

hipotensão

Pode estar presente em casos graves.

Fatores de risco

Fortes

história familiar de alergia alimentar

Estudos no Reino Unido demonstraram que a alergia ao amendoim é 7 vezes mais provável em crianças com algum irmão alérgico a amendoim que na população geral.[15] Foi relatado que gêmeos monozigóticos têm uma taxa de concordância de 64% para alergia alimentar, em comparação com 6.8% entre gêmeos dizigóticos.[20]

dermatite atópica

Um terço das crianças com dermatite atópica refratária de moderada a grave apresentam reatividade clínica mediada por imunoglobulina E (IgE) a proteínas alimentares. A prevalência de alergia alimentar nessa população é significativamente maior que na população geral.[21]​ As crianças com dermatite atópica grave e de início precoce são mais propensas a apresentarem alergia alimentar.[22]

O National Institute of Allergy and Infectious Diseases observa que os bebês com eczema grave, alergia a ovo, ou ambos, apresentam alto risco de desenvolverem alergia a amendoim.[23]

Fracos

neonatos

Neonatos, sobretudo aqueles geneticamente predispostos à doença atópica, são considerados com risco maior devido ao fato de que o sistema imunológico está enviesado a uma resposta alérgica ou a uma resposta do Th2, ao aumento da permeabilidade intestinal e a outros aspectos da imaturidade digestiva capazes de desencadear a sensibilização.[24] O Th2 se refere a um fenótipo alérgico e às citocinas liberadas, incluindo a interleucinas IL-4, IL-5 e IL-13, todas desencadeadoras de doenças alérgicas.

exposição perinatal a óleo de amendoim

Um estudo demonstrou que crianças topicamente expostas a óleo à base de amendoim no período perinatal apresentaram aumento do risco de alergia ao amendoim.[25]

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