Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
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A incidência de instabilidade recorrente em pessoas com menos de 25 anos de idade, que tiveram tratamento não cirúrgico com ou sem tipoia de imobilização, varia de 50% a 95%.[46][91][92]

A analgesia insatisfatória é um motivo frequente para falhas na tentativa de reduzir o ombro.

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Esta é uma fratura de compressão no canto posterolateral da cabeça do úmero, que é causada quando a cabeça do úmero colide contra a glenoide (escápula) da articulação do ombro.[102]

As lesões de Hill-Sachs ocorrem em 47% a 65% das luxações de ombro primárias.[102]

As lesões de Hill-Sachs maiores estão associadas com instabilidade recorrente da articulação.[93]

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Estas são avulsões do labrum glenoidal e de sua fixação ao ligamento glenoumeral inferior. Este ligamento é uma restrição primária do úmero quanto à translação anterior/inferior quando o braço está em abdução.[103]

A avulsão das restrições capsulares da cabeça do úmero contribui para a incidência de instabilidade após a luxação.

As lesões de Hill-Sachs ocorrem em até 78% das luxações de ombro primárias.[103]

As lesões de Bankart maiores estão associadas com instabilidade recorrente.[93]

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Luxação do cotovelo com fraturas associadas, sobretudo da cabeça do rádio e do coronoide, muitas vezes resulta em grande instabilidade da articulação.[100]

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Fraturas, sobretudo da cabeça do rádio e do coronoide, são encontradas em aproximadamente 20% a 50% das luxações de cotovelo.[33][100]

Luxação posterior do cotovelo associada a uma fratura do processo coronoide e fratura da cabeça do rádio é descrita como a "tríade terrível".

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Aproximadamente 35% dos pacientes tratados conservadoramente para luxação primária da patela apresentam recorrência.[108][109]

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Estas ocorrem em 11% a 28% da luxações de ombro agudas e estão associadas com pior prognóstico.[80][103]

Há maior probabilidade de pacientes mais idosos sofrerem lesões do manguito rotador, e a ressonância nuclear magnética (RNM) precoce pode ser útil para descartar a possibilidade dessa patologia associada.[41][79][80]

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A incidência de lesões no plexo braquial ou axilar associadas com a luxação aguda do ombro é de aproximadamente 4%.

No entanto, a maioria são paralisias e se resolvem dentro de 3 a 6 meses.[104]

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Lesões da artéria braquial e/ou axilar apresentam a tríade patognomônica da luxação do ombro anterior, pulso diminuído ou ausente e massa axilar expandida.

Este caso ocorre geralmente em pacientes mais idosos devido à perda de elasticidade dos vasos.

Qualquer paciente que apresente esta tríade necessita de uma consulta vascular de emergência e um angiograma.[105]

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Estas ocorrem em 7% das luxações de ombro e, se desviadas mais que 0.5 cm, precisam de reparo cirúrgico.[106]

O acompanhamento precoce é importante, porque as fraturas sem desvio podem apresentar um desvio antes da cura.

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Os nervos mediano, ulnar ou radial podem ser danificados após a luxação do cotovelo, mas a maioria dos casos constituem neuropraxias e geralmente há remissão.

No entanto, se um deficit aparecer após a redução do cotovelo, a consulta ortopédica é justificada para uma exploração emergente do nervo afetado.[15]

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Lesão da artéria braquial é uma complicação da luxação do cotovelo extremamente rara, porém devastadora.

Se um paciente apresentar pulsos assimétricos, a redução imediata deve ser realizada, com a avaliação dos pulsos após a redução e encaminhamento a um cirurgião vascular.

Se os pulsos não retornarem, o paciente precisará de intervenção cirúrgica imediata para reparar a artéria.

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Vários estudos mostraram melhores desfechos com a mobilização precoce que com imobilização em pacientes com luxações simples do cotovelo.

Deve-se colocar inicialmente nos pacientes uma tala posterior para sentirem conforto e serem instruídos a começar a mobilização quando a dor permitir. A imobilização deve durar 2 semanas no máximo.[33][85][86][87][88]

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Estas ocorrem quando a cartilagem que cobre a extremidade do osso (cartilagem articular) na articulação se rompe.

Uma série de casos constatou que 95% dos pacientes com luxação patelar lateral mostraram um certo grau de lesão da cartilagem articular; fissuras com fratura osteocondral foram observadas em 54% dos joelhos. Outros estudos descreveram índices entre 40% e 76%.[107] Danos podem ocorrer em consequência da redução, além da luxação inicial.

Lesões osteocondrais maiores precisam de reparo interno, enquanto que lesões menores podem precisar de desbridamento artroscópico.

Portanto, a consulta ortopédica é necessária, caso ocorra uma lesão osteocondral.

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Outras estruturas com ligamentos ao redor do joelho podem ser lesadas concomitantemente.

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A rigidez na luxação do dedo é mais comum do que a instabilidade e os pacientes podem sentir dor e rigidez residuais por 6 a 12 meses após a lesão.[44][55][59]

Ao tratar as luxações do dedo, deve-se achar um ponto de equilíbrio entre instituir movimento precoce e proporcionar estabilidade.

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A luxação interfalângica proximal dorsal crônica pode resultar em deformidade em pescoço do cisne.[55]

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As luxações interfalângicas proximais volares crônicas podem resultar na deformidade em botoeira.[55]

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Pode ocorrer depois de luxação do quadril e é um indicador de prognóstico desfavorável dos desfechos clínicos.

Estudos documentaram um índice de 4.8% de osteonecrose quando a redução do quadril é feita em menos de 6 horas após a lesão, enquanto que o índice de 52.9% foi documentado para a redução do quadril em mais de 6 horas depois da lesão.[101]

Quando a osteonecrose ocorre, ela geralmente aparece dentro de 2 anos após a lesão, mas já foi observada num período de 5 anos após a lesão. Portanto, deve-se fazer o acompanhamento dos pacientes com exames de imagens para monitorar os sinais de osteonecrose.

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