Rastreamento

População em geral

Não há evidências para o rastreamento na população em geral; no entanto, é obrigatório o rastreamento por meio de ultrassonografia renal de pacientes com hipertensão secundária, especialmente aqueles com idade entre 20 a 34 anos.[62]

Membros assintomáticos com história familiar positiva de doença renal policística autossômica dominante (DRPAD)

O rastreamento deve ser considerado em pacientes adultos assintomáticos que têm história familiar de DRPAD. O direito do paciente de tomar conhecimento ou não da doença deve ser levado em consideração. Alguns pacientes podem não querer saber se têm a doença devido à falta de agentes modificadores da doença para indivíduos assintomáticos. Em vez disso, caso não desejem saber, pode ser realizado o rastreamento geral de saúde e podem ser tomadas medidas de manutenção.

Indivíduos em risco com <18 anos de idade geralmente não são examinados, mas decidem se e quando farão o teste na idade adulta.[1] Estudos farmacológicos de agentes terapêuticos para retardar a progressão da doença em pacientes pediátricos estão em andamento e os efeitos adversos do diagnóstico pré-sintomático em crianças (escolha de saber ou não saber; implicações psicológicas, educacionais e de carreira; e questões de segurabilidade) precisam ser considerado.[1][7] Existem certas situações em que pode ser benéfica a intervenção no caso de a criança estar em risco (por exemplo, o exame físico revela que os rins estão notadamente aumentados), de modo que precauções possam ser tomadas durante a participação em esportes, onde o trauma abdominal pode ocorrer (por exemplo, rugby).[36] Crianças com história familiar positiva e estado de doença confirmado ou desconhecido devem ser monitoradas em relação a hipertensão e albuminúria.[7]

Rastreamento de aneurismas intracranianos em pacientes com DRPAD

Não há justificativa para realização de amplo rastreamento para aneurismas intracranianos antes do surgimento de sintomas.[31] Há indicação de rastreamento se houver uma história de aneurisma ou de hemorragia subaracnoide, se tiver ocorrido ruptura prévia de aneurisma, se o paciente estiver em preparação para cirurgia eletiva (por exemplo, transplante de rim), em profissões de alto risco (por exemplo, pilotos, operadores de guindastes) e em pacientes extremamente ansiosos apesar de disporem de informações adequadas.[31] A maior parte dos aneurismas intracranianos não rotos detectados por rastreamento pré-sintomático em pacientes com DRPAD são pequenos (diâmetro mediano <4 mm) e estão na circulação anterior.[63] O crescimento e os riscos de ruptura não são considerados superiores aos observados em aneurismas intracranianos não rotos na população em geral.[64] No entanto, alguns estudos mostram um aumento de cerca de 5 vezes na taxa de ruptura.[63][65]

O risco de aumento de um aneurisma existente em pacientes com DRPAD é muito baixo se o aneurisma tiver <7 mm e for detectado por rastreamento pré-sintomático, mas recomenda-se a vigilância com a realização de exames anuais.[66][67] Devido ao risco de desenvolvimento de um novo aneurisma nos 10 anos que seguem a um estudo inicial com resultado negativo em aproximadamente 3% dos pacientes com história familiar de aneurisma intracraniano, sugere-se a realização de novos exames para rastreamento após 5 a 10 anos.[68]

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