Uveíte
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
não infeccioso: apresentação inicial
corticosteroide oftálmico tópico + tratamento de qualquer doença subjacente
Todos os pacientes devem ser encaminhados precocemente a um oftalmologista para o manejo.
A corticoterapia é a primeira linha para uveíte aguda não infecciosa; formulações oftálmicas tópicas são indicadas para inflamação da câmara anterior.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com O manejo de qualquer doença subjacente deve ocorrer concomitantemente.
O uso eficaz de colírios de corticosteroides requer dosagem frequente, especialmente no início do tratamento; o motivo mais comum para falha do tratamento é a dosagem insuficiente. Os colírios de corticosteroides podem ser gotejados até a cada hora ao iniciar o tratamento da uveíte anterior aguda, com redução gradual subsequente dependendo da gravidade da apresentação inicial.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com A dose e a duração são adaptadas ao paciente.
Os efeitos adversos dos corticosteroides tópicos (incluindo elevação da pressão intraocular, catarata subcapsular posterior e hemorragia subconjuntival) limitam seu uso em longo prazo.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [60]Mercieca K, Sanghvi C, Jones NP. Spontaneous sub-conjunctival haemorrhage in patients using long-term topical corticosteroids. Eye (Lond). 2010 Dec;24(12):1770-1. https://www.nature.com/articles/eye2010118 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20930855?tool=bestpractice.com
As gestantes devem ser encaminhadas sem demora para um oftalmologista para tratamento; corticosteroides oftálmicos tópicos, como prednisolona, são geralmente considerados seguros.[90]Chiam NP, Lim LL. Uveitis and gender: the course of uveitis in pregnancy. J Ophthalmol. 2014;2014:401915. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3941965 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24683491?tool=bestpractice.com [91]Bandoli G, Palmsten K, Forbess Smith CJ, et al. A review of systemic corticosteroid use in pregnancy and the risk of select pregnancy and birth outcomes. Rheum Dis Clin North Am. 2017 Aug;43(3):489-502. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5604866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28711148?tool=bestpractice.com [92]Chambers CD, Johnson DL, Xu R, et al. Birth outcomes in women who have taken adalimumab in pregnancy: a prospective cohort study. PLoS One. 2019;14(10):e0223603. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6799916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31626646?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona (solução oftálmica): (solução a 1%) 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) duas a quatro vezes ao dia
ou
dexametasona (solução oftálmica): (0.1%) 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) quatro a seis vezes ao dia
ou
fluormetolona (solução oftálmica): (0.1%) 1-2 gotas no(s) olho(s) afetado(s) duas a quatro vezes ao dia
ou
difluprednate (solução oftálmica): (0.05%) 1 gota no(s) olho(s) afetado(s) quatro vezes ao dia
cicloplégico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Cicloplégicos tópicos (por exemplo, atropina) são usados como adjuvantes à corticoterapia para reduzir a dor e minimizar o espasmo no corpo ciliar.
Os cicloplégicos podem ser usados se a inflamação estiver causando sinéquias ou se a uveíte for fibrinosa, como pode acontecer com a uveíte relacionada ao antígeno leucocitário humano (HLA)-B27 ou várias doenças uveíticas granulomatosas.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
Opções primárias
atropina oftálmica: (1%) aplicar pomada no(s) olho(s) afetado(s) uma ou duas vezes ao dia
corticosteroide periocular ou intraocular
As causas infecciosas devem ser descartadas antes de se passar para injeções de corticosteroides perioculares e intraoculares.
Injeções de corticosteroides perioculares (regionais) podem ser preferíveis em pacientes que não estejam aderindo ou que respondam mal à terapia tópica com corticosteroides (que de outra forma seria segura e bem tolerada).[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com Em pacientes que respondem aos corticosteroides tópicos iniciais, os corticosteroides perioculares podem sustentar os efeitos anti-inflamatórios locais. A administração periocular é considerada em pacientes com uveíte intermediária ou posterior porque permite que o corticosteroide seja administrado próximo ao local da inflamação.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos das injeções de corticosteroides perioculares incluem: elevação da pressão intraocular (glaucoma; catarata subcapsular posterior); hiperglicemia em pacientes com diabetes (pode ocorrer aproximadamente 6 horas após a injeção de dexametasona); cicatrização no local da injeção (pode complicar a repetição das injeções); hemorragia subconjuntival (evite injeções nas horas cardinais [12, 3, 6, 9] para evitar trauma nas artérias ciliares anteriores); dor (as injeções de corticosteroides podem ser misturadas com um anestésico local, como lidocaína); trauma ocular penetrante inadvertido.[61]Sen HN, Vitale S, Gangaputra SS, et al. Periocular corticosteroid injections in uveitis: effects and complications. Ophthalmology. 2014 Nov;121(11):2275-86. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC4254355 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25017415?tool=bestpractice.com [62]Feldman-Billard S, Du Pasquier-Fediaevsky L, Héron E. Hyperglycemia after repeated periocular dexamethasone injections in patients with diabetes. Ophthalmology. 2006 Oct;113(10):1720-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17011953?tool=bestpractice.com [63]Polski A, Liu KC, Gupta D, et al. Incident glaucoma and ocular hypertension after periocular and intravitreal steroid injections: a claims-based analysis. BMJ Open Ophthalmol. 2023 Dec 22;8(1):e001508. https://bmjophth.bmj.com/content/8/1/e001508 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38135349?tool=bestpractice.com
Injeções intraoculares de corticosteroides são usadas para uveíte posterior grave e inflamação aguda sem resposta clínica às injeções perioculares de corticosteroides; a discussão dos riscos deve ser documentada nos prontuários médicos.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com Os corticosteroides intraoculares também podem servir como uma ponte para terapias poupadoras de corticosteroides.
Os efeitos adversos da injeção intraocular de corticosteroide incluem aqueles documentados para injeção periocular de corticosteroide. A endoftalmite, uma forma de panuveíte infecciosa, e a pseudoendoftalmite também foram relatadas.[64]José-Vieira R, Ferreira A, Menéres P, et al. Efficacy and safety of intravitreal and periocular injection of corticosteroids in noninfectious uveitis: a systematic review. Surv Ophthalmol. 2022 Jul-Aug;67(4):991-1013. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34896190?tool=bestpractice.com [65]Reichle ML. Complications of intravitreal steroid injections. Optometry. 2005 Aug;76(8):450-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16150412?tool=bestpractice.com [66]Jaffe GJ, Martin D, Callanan D, et al. Fluocinolone acetonide implant (Retisert) for noninfectious posterior uveitis: thirty-four-week results of a multicenter randomized clinical study. Ophthalmology. 2006 Jun;113(6):1020-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16690128?tool=bestpractice.com Esta última se apresenta como uma vitrite densa com hipópio 1-3 dias após a injeção intravítrea. A câmara anterior mostra uma reação celular densa com praticamente nenhum flare (ao contrário da reação fibrinoide característica da endoftalmite infecciosa). Ela se resolve sem tratamento em 1 a 8 semanas.
Implantes de corticosteroides de liberação sustentada (por exemplo, implante intravítreo de dexametasona ou fluocinolona) podem ser indicados em pacientes que não respondem ou são intolerantes a injeções intraoculares de corticosteroides.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com Os implantes podem ser colocados por injeção intravítrea ou por fixação cirúrgica na esclera. Os implantes de corticosteroides não são considerados opções terapêuticas de primeira linha.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
As gestantes devem ser encaminhadas sem demora a um oftalmologista para tratamento; corticosteroides intravítreos podem ser considerados por um especialista se os benefícios superarem os riscos.[90]Chiam NP, Lim LL. Uveitis and gender: the course of uveitis in pregnancy. J Ophthalmol. 2014;2014:401915. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3941965 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24683491?tool=bestpractice.com [91]Bandoli G, Palmsten K, Forbess Smith CJ, et al. A review of systemic corticosteroid use in pregnancy and the risk of select pregnancy and birth outcomes. Rheum Dis Clin North Am. 2017 Aug;43(3):489-502. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5604866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28711148?tool=bestpractice.com [92]Chambers CD, Johnson DL, Xu R, et al. Birth outcomes in women who have taken adalimumab in pregnancy: a prospective cohort study. PLoS One. 2019;14(10):e0223603. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6799916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31626646?tool=bestpractice.com
Opções primárias
triancinolona intravítrea: consulte um especialista para obter orientação quanto à dosagem periocular
ou
dexametasona intraocular: consulte um especialista para obter orientação quanto à dosagem periocular ou intraocular
Opções secundárias
implante intravítreo de dexametasona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
implante intravítreo de fluocinolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cicloplégico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Cicloplégicos tópicos (por exemplo, atropina) são usados como adjuvantes à corticoterapia para reduzir a dor e minimizar o espasmo no corpo ciliar.
Os cicloplégicos podem ser usados se a inflamação estiver causando sinéquias ou se a uveíte for fibrinosa, como pode acontecer com a uveíte relacionada ao HLA-B27 ou várias doenças uveíticas granulomatosas.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
Opções primárias
atropina oftálmica: (1%) aplicar pomada no(s) olho(s) afetado(s) uma ou duas vezes ao dia
corticosteroide oral ou intravenoso
Causas infecciosas devem ser descartadas antes de se passar para corticosteroides sistêmicos.
Podem ser usados corticosteroides orais na uveíte bilateral ou recalcitrante grave, ou se os pacientes não conseguem tolerar injeções de corticosteroides.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com Um corticosteroide oral facilita o controle imediato e pode ser seguido por injeção periocular (quando tolerado em um paciente com uveíte imunomediada confirmada) para minimizar os efeitos adversos sistêmicos. Inicialmente, é prescrita terapia com corticosteroides orais em altas doses, e a dose é reduzida gradualmente de acordo com o efeito clínico.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com [67]American Academy of Ophthalmology. EyeWiki: treatment of uveitis. Dec 2023 [internet publication]. https://eyewiki.org/Treatment_of_Uveitis
Os potenciais efeitos adversos associados ao uso prolongado de corticosteroides orais incluem hipertensão, fratura óssea, problemas metabólicos e distúrbios gastrointestinais.[68]Rice JB, White AG, Scarpati LM, et al. Long-term systemic corticosteroid exposure: a systematic literature review. Clin Ther. 2017 Nov;39(11):2216-29. https://www.clinicaltherapeutics.com/article/S0149-2918(17)30985-2/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29055500?tool=bestpractice.com Antagonistas H2 ou inibidores da bomba de prótons (IBPs) são recomendados para reduzir o risco de úlcera gástrica entre pacientes que recebem corticosteroides orais em altas doses, particularmente quando tomam um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) sistêmico concomitante.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com [67]American Academy of Ophthalmology. EyeWiki: treatment of uveitis. Dec 2023 [internet publication]. https://eyewiki.org/Treatment_of_Uveitis
Mulheres menopausadas ou idosas que recebem corticoterapia por >3 meses devem ser incentivadas a suplementar sua dieta com cálcio e vitamina D (para reduzir o risco de osteoporose) e a realizar exercícios de força regulares.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com O rastreamento de densidade mineral óssea é recomendado para pacientes que tomam corticosteroides por >3 meses ou para aqueles que tomam altas doses. A terapia de preservação óssea (por exemplo, bifosfonato) deve ser considerada.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com Observe que os bifosfonatos geralmente não são recomendados para indivíduos com <18 anos e durante a gestação; eles devem ser usados com cautela em mulheres em idade fértil.[69]Losada I, Sartori L, Di Gianantonio E, et al. Bisphosphonates in patients with autoimmune rheumatic diseases: can they be used in women of childbearing age? Autoimmun Rev. 2010 Jun;9(8):547-52. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20307690?tool=bestpractice.com
Corticosteroides intravenosos (por exemplo, metilprednisolona em altas doses) raramente são considerados, mas podem ser indicados em cenários clínicos específicos: uveíte posterior grave e não infecciosa ou panuveíte; no período intraoperatório, em pacientes com risco substancial de inflamação pós-operatória; em pacientes com risco iminente de perda da visão e/ou com dor extrema (geralmente devido à esclerite).[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com [67]American Academy of Ophthalmology. EyeWiki: treatment of uveitis. Dec 2023 [internet publication]. https://eyewiki.org/Treatment_of_Uveitis Um curto ciclo de corticosteroides intravenosos pode ser administrado nessas circunstâncias, seguido por uma redução gradual de um corticosteroide oral.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
As gestantes devem ser encaminhadas sem demora a um oftalmologista para tratamento; corticosteroides sistêmicos podem ser considerados por um especialista se os benefícios superarem os riscos.[90]Chiam NP, Lim LL. Uveitis and gender: the course of uveitis in pregnancy. J Ophthalmol. 2014;2014:401915. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3941965 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24683491?tool=bestpractice.com [91]Bandoli G, Palmsten K, Forbess Smith CJ, et al. A review of systemic corticosteroid use in pregnancy and the risk of select pregnancy and birth outcomes. Rheum Dis Clin North Am. 2017 Aug;43(3):489-502. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5604866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28711148?tool=bestpractice.com [92]Chambers CD, Johnson DL, Xu R, et al. Birth outcomes in women who have taken adalimumab in pregnancy: a prospective cohort study. PLoS One. 2019;14(10):e0223603. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6799916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31626646?tool=bestpractice.com
Opções primárias
prednisolona: 1 mg/kg/dia por via oral inicialmente, seguido por esquema de retirada gradual rápida ou lenta de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia
Opções secundárias
succinato sódico de metilprednisolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
e
prednisolona: 1 mg/kg/dia por via oral inicialmente (iniciar após o ciclo com metilprednisolona), seguido por esquema de retirada gradual rápida ou lenta de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia
cicloplégico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Cicloplégicos tópicos (por exemplo, atropina) são usados como adjuvantes à corticoterapia para reduzir a dor e minimizar o espasmo no corpo ciliar.
Os cicloplégicos podem ser usados se a inflamação estiver causando sinéquias ou se a uveíte for fibrinosa, como pode acontecer com a uveíte relacionada ao HLA-B27 ou várias doenças uveíticas granulomatosas.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
Opções primárias
atropina oftálmica: (1%) aplicar pomada no(s) olho(s) afetado(s) uma ou duas vezes ao dia
infecciosa
encaminhamento a especialista
A uveíte secundária a uma infecção costuma ser agressiva e pode levar à cegueira permanente. Procure aconselhamento de especialistas.
O tratamento da infecção pode ser regional e/ou sistêmico. O tratamento antiviral, antimicrobiano, antifúngico e antiparasitário é considerado dependendo da etiologia.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [49]Gueudry J, Muraine M. Anterior uveitis. J Fr Ophtalmol. 2018 Jan;41(1):e11-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29290458?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
Vários agentes infecciosos podem causar uveíte. Eles podem incluir: infecções oportunistas associadas ao HIV (por exemplo, citomegalovírus [CMV], Pneumocystis carinii, tuberculose [TB], toxoplasmose, cândida); infecções sexualmente transmissíveis (por exemplo, sífilis, gonorreia, vírus do herpes simples [HSV], clamídia); infecções congênitas (TORCH: Toxoplasmose, Outros agentes, Rubéola, CMV, HSV); infecções relacionadas à ocupação/lazer (por exemplo, leptospirose, brucelose, toxoplasmose, Bartonella henselae [doença por arranhadura do gato]); infecções específicas da geografia (por exemplo, histoplasmose, coccidioidomicose, Borrelia burgdorferi [doença de Lyme], TB, malária, hanseníase); exposição a infecções específicas do ambiente (por exemplo, TB).[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [49]Gueudry J, Muraine M. Anterior uveitis. J Fr Ophtalmol. 2018 Jan;41(1):e11-21. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29290458?tool=bestpractice.com [93]Ngathaweesuk Y, Hendrikse J, Groot-Mijnes JDF, et al. Causes of infectious pediatric uveitis: a review. Surv Ophthalmol. 2024 May-Jun;69(3):483-94. https://www.surveyophthalmol.com/article/S0039-6257(23)00172-8/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38182040?tool=bestpractice.com
não infeccioso: após o controle imediato da inflamação
terapia imunomoduladora + tratamento contínuo de qualquer doença subjacente
O tratamento em longo prazo visa controlar a doença ocular e sistêmica, minimizando a exposição aos corticosteroides.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
A terapia imunomoduladora sistêmica é indicada na presença de fatores oculares (por exemplo, doença que ameaça a visão, inflamação crônica grave) e/ou fatores terapêuticos (por exemplo, falha da terapia regional ou sistêmica com corticosteroides, altas doses de terapia sistêmica com corticosteroides).[67]American Academy of Ophthalmology. EyeWiki: treatment of uveitis. Dec 2023 [internet publication]. https://eyewiki.org/Treatment_of_Uveitis [70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com Se for prevista corticoterapia oral prolongada (>3 meses), deve-se considerar terapia imunomoduladora sistêmica.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com A uveíte grave que ameaça a visão requer terapia imunomoduladora de longo prazo.
O medicamento e o esquema devem ser determinados por um especialista.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com O momento e a escolha da terapia imunomoduladora sistêmica são determinados pela causa da inflamação intraocular.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com [70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com
Antimetabólitos (por exemplo, metotrexato, azatioprina, micofenolato) são comumente usados, são administrados por via oral e têm efeitos adversos controláveis.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com [70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com Metotrexato e micofenolato são antimetabólitos de primeira linha.[70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com O metotrexato pode oferecer melhor controle da inflamação e benefício poupador de corticosteroides do que o micofenolato.[75]Edwards Mayhew RG, Li T, McCann P, et al. Non-biologic, steroid-sparing therapies for non-infectious intermediate, posterior, and panuveitis in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Oct 31;10(10):CD014831. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD014831.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36315029?tool=bestpractice.com A azatioprina é menos comumente usada em alguns territórios, incluindo os EUA.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com
Os inibidores da calcineurina (por exemplo, ciclosporina, tacrolimo) são ocasionalmente adicionados ao esquema quando há controle incompleto da doença com antimetabólitos.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com A ciclosporina é amplamente utilizada; os principais riscos incluem supressão da medula óssea e toxicidade renal.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com O tacrolimo também pode ser considerado.[70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com Em um pequeno estudo aberto e randomizado, o tacrolimo pareceu ter um perfil de segurança mais favorável que a ciclosporina, com eficácia comparável.[78]Murphy CC, Greiner K, Plskova J, et al. Cyclosporine vs tacrolimus therapy for posterior and intermediate uveitis. Arch Ophthalmol. 2005 May;123(5):634-41. https://jamanetwork.com/journals/jamaophthalmology/fullarticle/417021 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15883282?tool=bestpractice.com No entanto, o estudo não teve poder suficiente.
Agentes alquilantes (por exemplo, ciclofosfamida, clorambucila) raramente são usados devido à toxicidade associada e ao uso crescente de produtos biológicos, mas são considerados para uveíte grave, persistente ou refratária.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
Os inibidores do fator de necrose tumoral (TNF)-alfa (por exemplo, adalimumabe, infliximabe) são os produtos biológicos mais comumente usados no tratamento da uveíte não infecciosa.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com [79]Jaffe GJ, Dick AD, Brézin AP, et al. Adalimumab in patients with active noninfectious uveitis. N Engl J Med. 2016 Sep 8;375(10):932-43. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1509852 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27602665?tool=bestpractice.com [80]Nguyen QD, Merrill PT, Jaffe GJ, et al. Adalimumab for prevention of uveitic flare in patients with inactive non-infectious uveitis controlled by corticosteroids (VISUAL II): a multicentre, double-masked, randomised, placebo-controlled phase 3 trial. Lancet. 2016 Sep 17;388(10050):1183-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27542302?tool=bestpractice.com [81]National Institute for Health and Care Excellence. Adalimumab and dexamethasone for treating non-infectious uveitis. Jul 2017 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/guidance/ta460 Eles são normalmente considerados em pacientes que são intolerantes ou que não respondem a imunossupressores mais tradicionais. A metanálise indica que infliximabe e adalimumabe têm eficácia terapêutica semelhante e efeito poupador de corticosteroides em pacientes com uveíte não infecciosa.[82]Liu W, Bai D, Kou L. Comparison of infliximab with adalimumab for the treatment of non-infectious uveitis: a systematic review and meta-analysis. BMC Ophthalmol. 2023 May 29;23(1):240. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC10226205 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37248486?tool=bestpractice.com Os inibidores do TNF-alfa são usados no tratamento de doenças inflamatórias autoimunes. Adalimumabe e infliximabe podem, portanto, ser de particular valor para o tratamento de uveíte associada à doença de Behçet e espondilite anquilosante positiva para antígeno leucocitário humano (HLA)-B27.[83]Renton WD, Jung J, Palestine AG. Tumor necrosis factor (TNF) inhibitors for juvenile idiopathic arthritis-associated uveitis. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Oct 14;10(10):CD013818. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013818.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36239193?tool=bestpractice.com Em pacientes com uveíte de Behçet, o adalimumabe pode ser superior ao infliximabe em relação à remissão da inflamação ocular, retenção do medicamento e incidência de reações graves à infusão ou injeção.[84]Guan X, Zhao Z, Xin M, et al. Long-term efficacy, safety, and cumulative retention rate of antitumor necrosis factor-alpha treatment for patients with Behcet's uveitis: a systematic review and meta-analysis. Int J Rheum Dis. 2024 Feb;27(2):e15096. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38402428?tool=bestpractice.com
O rituximabe, um anticorpo monoclonal anti-CD20, pode ser benéfico para pacientes com uveíte associada à artrite reumatoide, granulomatose com poliangiite (anteriormente conhecida como granulomatose de Wegener) ou vasculite associada ao lúpus eritematoso sistêmico.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com [86]Ng CC, Sy A, Cunningham ET Jr. Rituximab for non-infectious uveitis and scleritis. J Ophthalmic Inflamm Infect. 2021 Aug 16;11(1):23. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8364894 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34396463?tool=bestpractice.com [87]Miserocchi E, Modorati G, Berchicci L, et al. Long-term treatment with rituximab in severe juvenile idiopathic arthritis-associated uveitis. Br J Ophthalmol. 2016 Jun;100(6):782-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26396026?tool=bestpractice.com [88]Ahmed A, Foster CS. Cyclophosphamide or rituximab treatment of scleritis and uveitis for patients with granulomatosis with polyangiitis. Ophthalmic Res. 2019;61(1):44-50. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29635229?tool=bestpractice.com [89]You C, Ma L, Lasave AF, et al. Rituximab induction and maintenance treatment in patients with scleritis and granulomatosis with polyangiitis (Wegener's). Ocul Immunol Inflamm. 2018;26(8):1166-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28628344?tool=bestpractice.com
O ajuste da terapia imunomoduladora sistêmica pode ser clinicamente indicado em certas circunstâncias, incluindo: deterioração da função visual, células da câmara anterior ou flare, opacidade vítrea, lesões vasculares coriorretinianas ou retinianas, envolvimento macular ou do nervo óptico.[70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com Antes de alterar a terapia, descarte a não adesão ao tratamento, infecções e síndromes mascaradas como fatores em um paciente com resposta inadequada à terapia.[70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com Pode-se então considerar o aumento da dose até a dose terapêutica máxima tolerada ou a troca para medicamentos ou tratamentos imunomoduladores sistêmicos alternativos. Considere uma terapia individualizada com base na história, na causa da uveíte e na preferência do paciente.[70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com Se um paciente não estiver se beneficiando adequadamente da terapia imunomoduladora, o diagnóstico deve ser reconsiderado.
Os pacientes recebendo terapia imunomoduladora requerem monitoramento rigoroso.[70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com A avaliação da função básica dos órgãos e o rastreamento de doenças infecciosas ativas ou latentes (por exemplo, tuberculose, hepatite) por meio de anamnese, exames laboratoriais e de imagem não oculares clinicamente relevantes são recomendados antes do início da terapia.[70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com A eficácia e a toxicidade do agente imunomodulador são monitoradas em intervalos de 6 a 8 semanas por meio de exames de sangue (por exemplo, hemograma completo, testes da função renal, testes da função hepática) e testes auxiliares, conforme necessário. Pode ser necessária a contribuição de um reumatologista ou hematologista.[59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com [70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com
Gestantes devem ser encaminhadas precocemente a um oftalmologista para tratamento; a terapia imunomoduladora sistêmica geralmente é evitada durante a gravidez, embora o adalimumabe possa ser usado em casos graves, nos quais os benefícios superam os riscos.[90]Chiam NP, Lim LL. Uveitis and gender: the course of uveitis in pregnancy. J Ophthalmol. 2014;2014:401915. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC3941965 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24683491?tool=bestpractice.com [91]Bandoli G, Palmsten K, Forbess Smith CJ, et al. A review of systemic corticosteroid use in pregnancy and the risk of select pregnancy and birth outcomes. Rheum Dis Clin North Am. 2017 Aug;43(3):489-502. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5604866 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28711148?tool=bestpractice.com [92]Chambers CD, Johnson DL, Xu R, et al. Birth outcomes in women who have taken adalimumab in pregnancy: a prospective cohort study. PLoS One. 2019;14(10):e0223603. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6799916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31626646?tool=bestpractice.com
Qualquer doença subjacente relacionada também deve ser manejada de maneira adequada.
Opções primárias
metotrexato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
micofenolato de mofetila: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções secundárias
azatioprina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
metotrexato: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
micofenolato de mofetila: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
azatioprina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
--E--
ciclosporina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
tacrolimo: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
adalimumabe: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
infliximabe: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Opções terciárias
ciclofosfamida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
clorambucila: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
rituximabe: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
continuação da corticoterapia e esquema de retirada gradual
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A resposta terapêutica à terapia imunomoduladora sistêmica varia muito. Portanto, os pacientes precisam de tratamento contínuo com um corticosteroide (tópico ou sistêmico) até que a terapia imunomoduladora seja eficaz, e o corticosteroide pode então ser reduzido gradualmente de acordo com a resposta.[70]Dick AD, Rosenbaum JT, Al-Dhibi HA, et al. Guidance on noncorticosteroid systemic immunomodulatory therapy in noninfectious uveitis: Fundamentals Of Care for UveitiS (FOCUS) Initiative. Ophthalmology. 2018 May;125(5):757-73. https://www.aaojournal.org/article/S0161-6420(17)32446-6/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29310963?tool=bestpractice.com
corticoterapia local em longo prazo
Alternativas aos corticosteroides geralmente são preferenciais para controle em longo prazo. No entanto, às vezes são utilizadas injeções perioculares ou implantes oculares.
As injeções perioculares de triancinolona podem reduzir a inflamação por vários meses. Existe risco de glaucoma e/ou catarata após vários anos de terapia.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
Os implantes intravítreos de fluocinolona reduzem a gravidade e a frequência da recorrência da uveíte, minimizando o uso de tratamento adjuvante. Eles são eficazes por 2 a 3 anos. Há risco de pressão intraocular elevada e catarata; cirurgia incisional para glaucoma geralmente é necessária.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com [66]Jaffe GJ, Martin D, Callanan D, et al. Fluocinolone acetonide implant (Retisert) for noninfectious posterior uveitis: thirty-four-week results of a multicenter randomized clinical study. Ophthalmology. 2006 Jun;113(6):1020-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16690128?tool=bestpractice.com
Os implantes intravítreos de dexametasona liberam dexametasona ao longo de 4 a 6 meses.[3]Burkholder BM, Jabs DA. Uveitis for the non-ophthalmologist. BMJ. 2021 Feb 3;372:m4979. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33536186?tool=bestpractice.com [59]Foster CS, Kothari S, Anesi SD, et al. The Ocular Immunology and Uveitis Foundation preferred practice patterns of uveitis management. Surv Ophthalmol. 2016 Jan-Feb;61(1):1-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26164736?tool=bestpractice.com
Opções primárias
triancinolona intravítrea: consulte um especialista para obter orientação quanto à dosagem periocular
ou
implante intravítreo de fluocinolona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
implante intravítreo de dexametasona: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
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