História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco incluem: hiper-reatividade das vias aéreas, disfunção ciliar, sensibilidade à aspirina, desvios de septo graves, deformidade da concha bolhosa, cornetos médios curvados paradoxalmente, cirurgia prévia dos seios da face, corpos estranhos, anormalidades craniofaciais, rinite alérgica, imunodeficiência, tabagismo, cirurgia dos seios nasais, asma.

pressão/dor facial

Os pacientes se queixam de pressão ou dor facial, frequentemente com indicação de zonas sobrepostas aos seios nasais envolvidos (por exemplo, a testa para a sinusite frontal).

obstrução nasal

Frequentemente os pacientes não conseguem respirar pelo nariz.

secreção nasal/gotejamento pós-nasal

Pode haver a presença de rinorreia descolorida ou drenagem pós-nasal espessa na faringe posterior.

purulência

É possível observar uma purulência escorrendo para fora da abertura do seio nasal no exame endoscópico.

cefaleia

Pode ser difícil distingui-la de outras origens de dor facial. Dor ou cefaleia no vértice é característica de sinusite esfenoide.

Outros fatores diagnósticos

comuns

fadiga

Um sintoma comum.

tosse

Este sintoma pode ser secundário ao gotejamento pós-nasal.

Incomuns

hiposmia/anosmia

É possível que haja uma sensação olfatória diminuída ou ausente. Trata-se de um sintoma secundário ao fluxo aéreo diminuído até as fibras olfativas da cavidade nasal superior.

febre

Mais comum na rinossinusite aguda, mas pode ser intermitente ou estar ausente na rinossinusite crônica.

halitose

A drenagem do seio nasal pode causar halitose.

dor de dente

Menos comum na rinossinusite crônica. Mais comum na rinossinusite aguda (por exemplo, sinusite maxilar aguda).

dor de ouvido/pressão

Um edema generalizado da mucosa causa bloqueio da tuba auditiva.

Fatores de risco

Fortes

disfunção ciliar

Cada um dos seios paranasais tem um óstio, uma abertura óssea através da qual as secreções são drenadas. O batimento ciliar direciona as secreções para o óstio natural. Esse padrão do transporte mucociliar é essencial para a boa saúde e um funcionamento correto dos seios paranasais.[9] Os pacientes com fibrose cística e discinesia ciliar primária apresentam função ciliar anormal e taxas muito mais altas de rinossinusite crônica.

sensibilidade à aspirina

Os pacientes com a tríade de Samter (polipose nasal, sensibilidade à aspirina e asma) sofrem de rinossinusite crônica refratária. O mecanismo consiste na maior reatividade das vias aéreas e na obstrução em decorrência de pólipos nasais.

rinite alérgica

A alergia está associada a rinossinusite crônica, mas uma relação causal definitiva não foi estabelecida.[10][11]​​[12]​​​​ A rinite alérgica é considerada um fator predisponente significativo.

hiper-reatividade das vias aéreas/asma

Foi demonstrada uma forte correlação com a asma.[11]​ A coexistência de asma foi relatada em 36% dos pacientes com rinossinusite crônica sem pólipos nasais.[10]​ O mecanismo parece derivar da sensibilidade das vias aéreas nos pulmões e nas vias aéreas superiores/seios paranasais.

cirurgia prévia dos seios paranasais

Cirurgias prévias dos seios paranasais podem resultar na formação de aderências ou lateralização do corneto médio que, com o passar do tempo, podem obstruir as vias de saída dos seios e interferir no transporte mucociliar. A lateralização do corneto médio continua sendo uma das principais causas de desfechos desfavoráveis após a cirurgia dos seios paranasais, e também pode predispor a doença e a obstrução iatrogênica do seio frontal. Por isso, uma técnica cirúrgica meticulosa que poupe a mucosa e minimize o trauma ao corneto médio é um fator crítico para assegurar um desfecho positivo após a cirurgia dos seios paranasais.

imunodeficiência

Tanto a imunodeficiência primária quanto as adquiridas aumentam o risco para rinossinusite. A rinossinusite crônica é comum e muitas vezes de difícil tratamento nos pacientes com HIV. Estudos sugerem que deficiências imunológicas podem estar presentes em metade das pessoas com rinossinusite crônica refratária ao tratamento clínico.[13][14]​​

desvios graves do septo

Anormalidades que bloqueiam as vias de saída (sobretudo o complexo ostiomeatal) impedem a passagem das secreções, as quais ficam estagnadas e suscetíveis a superinfecção.

deformidade da concha bolhosa

Podem contribuir para a obstrução da via de saída em alguns pacientes.

cornetos médios curvados paradoxalmente

Podem contribuir para a obstrução da via de saída em alguns pacientes.

corpos estranhos

Causam a obstrução da via de saída.

anormalidades craniofaciais

Causam a obstrução da via de saída.

tabagismo

O tabagismo prejudica o transporte mucociliar normal e apresenta uma associação significativa com desfechos sintomáticos desfavoráveis após uma cirurgia endoscópica dos seios paranasais.[15]

poluição ambiental

Os materiais particulados, como MP10 e MP2.5, podem perturbar a função da barreira epitelial, aumentar as alterações inflamatórias e causar remodelação tecidual.[16][17][18]​​​

história de asma

Um novo conceito na rinossinusite crônica é a "hipótese da via aérea unificada", que destaca as semelhanças entre os distúrbios que afetam as vias aéreas superiores e inferiores. Uma doença de vias aéreas (asma) mal controlada pode influenciar negativamente no controle da rinossinusite crônica e vice-versa.[19]​ Os pacientes com doença respiratória exacerbada pela aspirina (também conhecida como asma em tríade ou tríade de Samter) são caracterizados por asma, polipose nasal e sensibilidade à aspirina. Esse subgrupo de pacientes com rinossinusite crônica tende a apresentar desfechos mais desfavoráveis e quadros clínicos com pólipos mais agressivos em comparação com aqueles sem a tríade.

Fracos

sarcoidose

Ela pode afetar o trato sinonasal, causando rinossinusite crônica.

granulomatose com poliangiite

Ela pode afetar o trato sinonasal, causando rinossinusite crônica.

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