Novos tratamentos

Alfainterferona

Usada na síndrome hipereosinofílica idiopática, atua nas células T para influenciar a produção de citocinas. Há possíveis efeitos diretos nos eosinófilos. Com a descontinuação do agente, a recidiva pode ser uma das limitações. Na crioglobulinemia relacionada ao vírus da hepatite C, a vasculite pode piorar, podendo ocorrer toxicidade cardíaca. Os resultados de dois estudos observacionais retrospectivos e um ensaio aberto de fase 2 sugerem que a alfainterferona pode ser eficaz para a indução e a manutenção da remissão em pacientes com GEPA refratária.[58][59][60]

Outros antagonistas da interleucina (IL)-5

A interleucina (IL)-5 é importante para a maturação eosinofílica, quimiotaxia e aderência ao endotélio vascular. Estudos pilotos abertos têm demonstrado que o benralizumabe e o reslizumabe reduzem o uso diário de corticosteroides orais em pacientes com GEPA.[61][62] São necessários ensaios controlados de maior porte. 

Omalizumabe

Anticorpo murino monoclonal humanizado anti-imunoglobulina (Ig) E. Inibe a ligação da IgE aos receptores da IgE e faz a ligação da IgE livre no soro. Reduz a resposta de fase precoce e tardia a alérgenos, com efeitos variáveis na infiltração eosinofílica. As limitações incluem contraindicação em infecções helmínticas, e não deve ser usado se esse for um forte diagnóstico diferencial. Uma revisão sistemática relatou que o omalizumabe pode ser eficaz em determinados pacientes com GEPA, mas é necessária cautela ao reduzir gradualmente os corticosteroides por causa de um possível risco de pacientes com asma desenvolverem GEPA, embora a qualidade das evidências incluídas tenha sido limitada.[63]

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