Rastreamento

O transtorno depressivo persistente é um transtorno de humor muitas vezes subdiagnosticado. O rastreamento de depressão nas populações clínicas tem mais sucesso com o uso de escalas de depressão de autoavaliação, como o Questionário sobre a saúde do(a) paciente (Patient Health Questionnaire; PHQ9), o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e o Quick Inventory of Depressive Symptoms (QIDS).[33][34][35]

Opcionalmente, é possível fazer perguntas sobre o humor do paciente, como "Você tem ficado deprimido?". Quando a depressão está presente, a duração deve ser definida, principalmente se for superior a 2 anos.

Ao mesmo tempo, em ambientes clínicos, é importante fazer o rastreamento de outros transtornos psiquiátricos, como transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de ansiedade e transtornos relacionados ao uso de substâncias.

Recomendações para rastreamento do Reino Unido

O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) sugere o rastreamento da depressão em pessoas com sinais e sintomas sugestivos, particularmente pessoas com história pregressa de depressão ou algum problema crônico de saúde física com comprometimento funcional associado.[36] O NICE recomenda fazer as duas perguntas iniciais a seguir como base para a necessidade de uma avaliação de saúde mental mais abrangente, possivelmente em conjunto com uma ferramenta de rastreamento validada:[36]

  • Durante o último mês, você se sentiu desanimado, deprimido ou sem esperança com frequência?

  • Durante o último mês, você frequentemente sentiu pouco interesse ou prazer em fazer as coisas?

Recomendações para rastreamento dos EUA

A US Preventive Services Task Force (USPSTF) recomenda o rastreamento da depressão na população adulta, inclusive gestantes e mulheres pós-parto, bem como em idosos.[37]

Nas crianças recomenda-se o rastreamento universal da depressão no cenário da atenção primária para aquelas com 12 anos de idade ou mais, mesmo na ausência de fatores de risco específicos, de acordo com a USPSTF.[38][39] No momento, a USPSTF não recomenda o rastreamento para depressão em crianças de 11 anos ou menos, com base em evidências insuficientes do benefício líquido. No entanto, observe que, em crianças dessa faixa etária a identificação precoce pode facilitar a intervenção precoce.[40]

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