O transtorno depressivo persistente, em suas várias formas, é comum entre as populações clínicas e da comunidade. Os pacientes com formas crônicas de depressão podem responder à psicoterapia, farmacoterapia ou uma combinação de ambas. No entanto, os pacientes com formas crônicas de depressão precisam de um período de tratamento mais longo, mais sessões de psicoterapia e/ou doses mais altas de medicamentos antidepressivos que os pacientes com formas agudas de depressão.[41]Keller MB, McCullough JP, Klein DN, et al. A comparison of nefazodone, the cognitive behavioral-analysis system of psychotherapy, and their combination for the treatment of chronic depression. N Engl J Med. 2000;342:1462-70 [Erratum in: N Engl J Med. 2001;345:232].
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005183422001#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10816183?tool=bestpractice.com
A metanálise constatou que a farmacoterapia antidepressiva pode ser mais eficaz que a psicoterapia para o tratamento de transtorno distímico.[42]Cuijpers P, Sijbrandij M, Koole SL, et al. The efficacy of psychotherapy and pharmacotherapy in treating depressive and anxiety disorders: a meta-analysis of direct comparisons. World Psychiatry. 2013 Jun;12(2):137-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3683266
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23737423?tool=bestpractice.com
A educação sobre o transtorno e o tratamento é importante para obter adesão terapêutica e atingir desfechos melhores.
Somente algumas psicoterapias têm sido estudadas para o tratamento de pacientes com distimia e depressão maior crônica.
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In people with depression, how do specific behavioral therapies compare with other psychological therapies?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.561/fullMostre-me a resposta
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In people with depression, how do behavioral therapies compare with other psychological therapies?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.581/fullMostre-me a resposta Elas incluem a terapia cognitivo-comportamental (TCC), a terapia interpessoal (PTI) e o sistema de psicoterapia de análise cognitivo-comportamental (SPACC). Em geral, as psicoterapias com suporte empírico têm sido comparáveis a medicamentos antidepressivos nos casos de depressão, embora raramente tenham sido estudadas especialmente em transtorno depressivo persistente.[43]Hollon SD, Ponniah K. A review of empirically supported psychological therapies for mood disorders in adults. Depress Anxiety. 2010 Oct;27(10):891-932.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2948609/?tool=pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20830696?tool=bestpractice.com
É provável que qualquer medicamento antidepressivo seja eficaz para o tratamento do transtorno depressivo persistente, e as classes estudadas incluem antidepressivos tricíclicos (ADTs), inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina (IRSNs) e agentes atípicos como o antipsicótico ritanserina. Alguns agentes ainda não foram avaliados em estudos randomizados e controlados por placebo. A escolha do antidepressivo é a mesma para as formas mais agudas; o médico pode ser mais bem orientado pelas características do paciente, iniciando com os ISRSs, geralmente mais seguros, sempre que possível.
Um estudo demonstrou o efeito da combinação de farmacoterapia e psicoterapia. Ele foi realizado em pacientes com transtorno depressivo maior crônico. O estudo mostrou que o SPACC e o medicamento antidepressivo (nefazodona) tiveram um desfecho agudo (12 semanas) melhor que a psicoterapia ou monoterapia medicamentosa.[41]Keller MB, McCullough JP, Klein DN, et al. A comparison of nefazodone, the cognitive behavioral-analysis system of psychotherapy, and their combination for the treatment of chronic depression. N Engl J Med. 2000;342:1462-70 [Erratum in: N Engl J Med. 2001;345:232].
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005183422001#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10816183?tool=bestpractice.com
Outras considerações
Um estudo de cuidados colaborativos em idosos com depressão relatou uma taxa semelhante de resposta inicial comparando pacientes "jovens idosos" com "muito idosos", mas a resposta em longo prazo e a remissão foram desfavoráveis entre os "muito idosos".[44]Van Leeuwen WE, Unutzer J, Lee S, et al. Collaborative depression care for the old-old: findings from the IMPACT trial. Am J Geriatr Psychiatry. 2009 Dec;17(12):1040-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19934666?tool=bestpractice.com
Os pacientes com transtorno distímico não foram estudados separadamente daqueles com outras formas de depressão.[44]Van Leeuwen WE, Unutzer J, Lee S, et al. Collaborative depression care for the old-old: findings from the IMPACT trial. Am J Geriatr Psychiatry. 2009 Dec;17(12):1040-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19934666?tool=bestpractice.com
Os benefícios persistiram na consulta de acompanhamento de 24 meses e continuaram após a retirada de recursos adicionais.[45]Hunkeler EM, Katon W, Tang L, et al. Long term outcomes from the IMPACT randomised trial for depressed elderly patients in primary care. BMJ. 2006 Feb 4;332(7536):259-63.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1360390/?tool=pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16428253?tool=bestpractice.com
Uma revisão Cochrane examinando cuidados colaborativos (compartilhados) para uma série de quadros clínicos de longa duração, tanto clínicos quanto psiquiátricos, revelou que o cuidado compartilhado melhora os desfechos e índices de recuperação em pacientes com depressão de longo prazo. A revisão também constatou uma modesta melhora nos escores médios de depressão para pacientes tratados com o uso de um modelo de “cuidados escalonados” de serviços prestados (no qual os pacientes recebem os tratamentos mais eficazes mas menos intensivos em recursos primeiro, apenas “subindo de nível” para serviços mais intensivos em recursos/especializados conforme necessário). Novamente, pacientes com transtorno distímico não foram estudados separadamente daqueles com outras formas de depressão.[46]Smith SM, Cousins G, Clyne B, et al. Shared care across the interface between primary and specialty care in management of long term conditions. Cochrane Database Syst Rev. 2017 Feb 23;2:CD004910.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD004910.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28230899?tool=bestpractice.com
Entrevistas motivacionais e abordagens de tratamento que levam em consideração aspectos culturais podem ajudar a engajar os pacientes de minorias éticas que sofrem de depressão.[47]Interian A, Lewis-Fernández R, Gara MA, et al. A randomized-controlled trial of an intervention to improve antidepressant adherence among Latinos with depression. Depress Anxiety. 2013 Jul;30(7):688-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23300127?tool=bestpractice.com
Há dados limitados sobre os efeitos da psicoterapia nos casos de transtorno depressivo persistente em crianças. No entanto, estudos em adolescentes fornecem dados sobre a efetividade dos programas de intervenção em grupo na prevenção de depressão e/ou transtorno depressivo persistente entre adolescentes de alto risco.[48]Arnarson EO, Craighead WE. Prevention of depression among Icelandic adolescents: a 12-month follow-up. Behav Res Ther. 2011 Mar;49(3):170-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21296338?tool=bestpractice.com
[49]Clarke GN, Hornbrook M, Lynch F, et al. A randomized trial of a group cognitive intervention for preventing depression in adolescent offspring of depressed parents. Arch Gen Psychiatry. 2001 Dec;58(12):1127-34.
http://archpsyc.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=481868
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11735841?tool=bestpractice.com
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia interpessoal são opções recomendadas a serem consideradas para crianças e adolescentes com transtorno depressivo persistente, de acordo com as diretrizes de prática da American Academy of Child and Adolescent Psychiatry.[40]Walter HJ, Abright AR, Bukstein OG, et al. Clinical practice guideline for the assessment and treatment of children and adolescents with major and persistent depressive disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2022 Oct 21[Epub ahead of print].
https://www.doi.org/10.1016/j.jaac.2022.10.001
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273673?tool=bestpractice.com
Entre adolescentes com transtorno depressivo maior e/ou transtorno depressivo persistente, há evidências fracas para sugerir que a TCC melhore os sintomas depressivos autorrelatados e o comprometimento funcional relatado pelo médico, de acordo com uma revisão sistemática.[50]Viswanathan M, Kennedy SM, McKeeman J, et al. Treatment of depression in children and adolescents: a systematic review. Rockville (MD): Agency for Healthcare Research and Quality; 2020.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK555853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32298061?tool=bestpractice.com
Outras metanálises relatam benefícios mistos da TCC em crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior e/ou transtorno depressivo persistente; em análises de subgrupos, melhoras estatisticamente significativas nos sintomas foram encontradas para a TCC versus lista de espera e "grupos-controle nomeados", mas não para a TCC versus "placebo psicológico" ou o tratamento usual.[40]Walter HJ, Abright AR, Bukstein OG, et al. Clinical practice guideline for the assessment and treatment of children and adolescents with major and persistent depressive disorders. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2022 Oct 21[Epub ahead of print].
https://www.doi.org/10.1016/j.jaac.2022.10.001
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36273673?tool=bestpractice.com
[51]Liang JH, Li J, Wu RK, et al. Effectiveness comparisons of various psychosocial therapies for children and adolescents with depression: a Bayesian network meta-analysis. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2021 May;30(5):685-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32076871?tool=bestpractice.com
[52]Zhou X, Teng T, Zhang Y, et al. Comparative efficacy and acceptability of antidepressants, psychotherapies, and their combination for acute treatment of children and adolescents with depressive disorder: a systematic review and network meta-analysis. Lancet Psychiatry. 2020 Jul;7(7):581-601.
https://www.doi.org/10.1016/S2215-0366(20)30137-1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32563306?tool=bestpractice.com
Também há evidências fracas a favor da terapia interpessoal entre crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior e/ou transtorno depressivo persistente.[50]Viswanathan M, Kennedy SM, McKeeman J, et al. Treatment of depression in children and adolescents: a systematic review. Rockville (MD): Agency for Healthcare Research and Quality; 2020.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK555853
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32298061?tool=bestpractice.com
[51]Liang JH, Li J, Wu RK, et al. Effectiveness comparisons of various psychosocial therapies for children and adolescents with depression: a Bayesian network meta-analysis. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2021 May;30(5):685-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32076871?tool=bestpractice.com
[52]Zhou X, Teng T, Zhang Y, et al. Comparative efficacy and acceptability of antidepressants, psychotherapies, and their combination for acute treatment of children and adolescents with depressive disorder: a systematic review and network meta-analysis. Lancet Psychiatry. 2020 Jul;7(7):581-601.
https://www.doi.org/10.1016/S2215-0366(20)30137-1
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32563306?tool=bestpractice.com
[53]Eckshtain D, Kuppens S, Ugueto A, et al. Meta-analysis: 13-year follow-up of psychotherapy effects on youth depression. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2020 Jan;59(1):45-63.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31004739?tool=bestpractice.com
A American Academy of Pediatrics emitiu diretrizes para a identificação de adolescentes com depressão na atenção primária e o encaminhamento para tratamento baseado em evidências adequado.[38]Zuckerbrot RA, Cheung A, Jensen PS, et al. Guidelines for adolescent depression in primary care (GLAD-PC): part I. Practice preparation, identification, assessment, and initial management. Pediatrics. 2018 Mar;141(3).
https://www.doi.org/10.1542/peds.2017-4081
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29483200?tool=bestpractice.com
[54]Cheung AH, Zuckerbrot RA, Jensen PS, et al. Guidelines for adolescent depression in primary care (GLAD-PC): part II. Treatment and ongoing management. Pediatrics. 2018 Mar;141(3).
https://www.doi.org/10.1542/peds.2017-4082
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29483201?tool=bestpractice.com
Muitos pacientes com transtorno depressivo persistente apresentam comorbidades clínicas, como doença cardiovascular. A mortalidade cardíaca foi estudada com resultados mistos quanto ao impacto do tratamento com antidepressivos combinado com psicoterapia em cuidado colaborativo.[55]Berkman LF, Blumenthal J, Burg M, et al. Effects of treating depression and low perceived social support on clinical events after myocardial infarction: the Enhancing Recovery in Coronary Heart Disease Patients (ENRICHD) randomized trial. JAMA. 2003 Jun 18;289(23):3106-16.
http://jama.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=196763
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12813116?tool=bestpractice.com
[56]Davidson KW, Rieckmann N, Clemow L, et al. Enhanced depression care for patients with acute coronary syndrome and persistent depressive symptoms: coronary psychosocial evaluation studies randomized controlled trial. Arch Intern Med. 2010 Apr 12;170(7):600-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2882253
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20386003?tool=bestpractice.com
[57]van Melle JP, de Jonge P, Honig A, et al. Effects of antidepressant treatment following myocardial infarction. Br J Psychiatry. 2007 Jun;190:460-6.
http://bjp.rcpsych.org/content/190/6/460.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17541103?tool=bestpractice.com
Um estudo realizado na atenção primária com pacientes depressivos de 60 anos de idade ou mais (87% dos quais sofriam de depressão crônica) sugere efeitos de proteção cardíaca antes do início clínico de doença cardiovascular, com menos eventos cardiovasculares significativos durante o acompanhamento de 8 anos.[58]Stewart JC, Perkins AJ, Callahan CM. Effect of collaborative care for depression on risk of cardiovascular events: data from the IMPACT randomized controlled trial. Psychosom Med. 2014 Jan;76(1):29-37.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24367124?tool=bestpractice.com
Psicoterapia
A TCC, a PTI e o SPACC têm sido estudados e se mostrado eficazes no tratamento de pacientes com o subtipo distímico de transtorno depressivo persistente. Outras psicoterapias podem ou não oferecer benefícios, mas não foram estudadas especificamente em pacientes com transtorno depressivo persistente.
Uma revisão de revisões sistemáticas que analisaram diversos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos para depressão maior constatou que, das opções de tratamento não farmacológico, a TCC tem a melhor força de evidência comparável a antidepressivos de segunda geração (por exemplo, inibidores seletivos de recaptação de serotonina ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina-noradrenalina).[59]Gartlehner G, Wagner G, Matyas N, et al. Pharmacological and non-pharmacological treatments for major depressive disorder: review of systematic reviews. BMJ Open. 2017 Jun 14;7(6):e014912.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28615268?tool=bestpractice.com
Embora esta revisão tenha excluído pacientes com distimia, é provável que alguns dos estudos incluídos na revisão tenham incluído pacientes com depressão dupla. Portanto, é razoável concluir que das opções não farmacológicas para o transtorno depressivo persistente, a TCC pode ser útil em pacientes com transtorno depressivo persistente como primeira opção quando os medicamentos são ineficazes ou não tolerados. O tratamento de pacientes com transtorno depressivo persistente com TCC requer mais sessões de tratamento que o tratamento de pacientes com formas agudas de depressão. A TCC foi menos eficaz que a fluoxetina em um estudo.[60]Dunner DL, Schmaling KB, Hendrickson HE, et al. Cognitive therapy versus fluoxetine in the treatment of dysthymic disorder. Depression. 1996;4(1):34-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9160652?tool=bestpractice.com
O SPACC é uma psicoterapia que foi desenvolvida para o tratamento de pacientes com formas crônicas de depressão. Ela também tem se mostrado eficaz para pacientes com transtorno depressivo persistente.[61]McCullough JP. Psychotherapy for dysthymia. A naturalistic study of ten patients. J Nerv Ment Dis. 1991 Dec;179(12):734-40.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1744631?tool=bestpractice.com
Porém, o SPACC não está amplamente disponível. O SPACC foi efetivo isoladamente e quando combinado com o antidepressivo em um estudo de pacientes com depressão maior crônica.[41]Keller MB, McCullough JP, Klein DN, et al. A comparison of nefazodone, the cognitive behavioral-analysis system of psychotherapy, and their combination for the treatment of chronic depression. N Engl J Med. 2000;342:1462-70 [Erratum in: N Engl J Med. 2001;345:232].
http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM200005183422001#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10816183?tool=bestpractice.com
Um estudo de replicação de uma metodologia semelhante, o estudo REVAMP, não encontrou benefícios adicionais para SPACC versus apenas medicamento.[62]Kocsis JH, Gelenberg AJ, Rothbaum AO, et al. Cognitive behavioral analysis system of psychotherapy and brief supportive psychotherapy for augmentation of antidepressant nonresponse in chronic depression: the REVAMP trial. Arch Gen Psych. 2009 Nov;66(11):1178-88.
http://archpsyc.ama-assn.org/cgi/content/full/66/11/1178
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19884606?tool=bestpractice.com
A PTI também se mostrou eficaz para pacientes com distimia.[43]Hollon SD, Ponniah K. A review of empirically supported psychological therapies for mood disorders in adults. Depress Anxiety. 2010 Oct;27(10):891-932.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2948609/?tool=pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20830696?tool=bestpractice.com
[63]Markowitz JC. Psychotherapy for dysthymic disorder. Psych Clin North Am. 1996 Mar;19(1):133-49.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8677216?tool=bestpractice.com
[64]Markowitz JC. Psychotherapy of dysthymia. Am J Psychiatry. 1994 Aug;151(8):1114-21.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8037243?tool=bestpractice.com
No entanto, um ensaio clínico de 94 pacientes com o subtipo de transtorno distímico "puro" de transtorno depressivo persistente (por exemplo, sem transtorno depressivo maior comórbido) que foram tratados por 16 semanas com PTI, psicoterapia de suporte rápida (PSR), sertralina ou sertralina associada à PTI encontrou taxas de resposta de 58% para apenas sertralina, 57% para sertralina associada à PTI, 35% para PTI e 31% para PSR.[65]Markowitz JC, Kocsis JH, Bleiberg KL, et al. A comparative trial of psychotherapy and pharmacotherapy for pure dysthymic patients. J Affect Disord. 2005 Dec;89(1-3):167-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16263177?tool=bestpractice.com
Dificuldades metodológicas, incluindo o tamanho pequeno das amostras, podem ter limitado os achados de desfecho diferencial, mas os autores concluíram que a farmacoterapia apenas pode oferecer benefícios mais agudos que a psicoterapia apenas. Uma metanálise em adultos idosos determinou que a terapia cognitivo-comportamental é eficaz para várias formas de depressão (depressão maior e menor e distimia), mas não foi capaz de demonstrar a superioridade com relação à farmacoterapia ou outras formas de psicoterapia.[66]Gould RL, Coulson MC, Howard RJ. Cognitive behavioral therapy for depression in older people: a meta-analysis and meta-regression of randomized controlled trials. J Am Geriatr Soc. 2012 Oct;60(10):1817-30.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23003115?tool=bestpractice.com
Uma metanálise constatou que várias formas de psicoterapia, incluindo terapia cognitivo-comportamental (TCC) presencial, terapia de solução de problemas e psicoterapia interpessoal, assim como TCC orientada por terapeuta remoto e terapia de solução de problemas foram eficazes em pacientes de unidade básica de saúde deprimidos; entretanto, com evidência de menor eficácia entre pacientes distímicos comparado àqueles com depressão maior.[67]Linde K, Sigterman K, Kriston L, et al. Effectiveness of psychological treatments for depressive disorders in primary care: systematic review and meta-analysis. Ann Fam Med. 2015 Jan-Feb;13(1):56-68.
http://www.annfammed.org/content/13/1/56.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25583894?tool=bestpractice.com
Farmacoterapia
Antidepressivos de várias classes têm se mostrado efetivos para o tratamento de pacientes com diversas formas de transtorno depressivo persistente, incluindo a distimia e a depressão maior crônica. Devido à alteração de 2013 da categorização anterior do DSM-IV para transtorno depressivo persistente, a maioria dos estudos existentes não é para essa classificação específica e incluiu pacientes com distimia ou depressão maior crônica.
A escolha do antidepressivo é a mesma para formas mais agudas de depressão. Em geral, um ISRS é iniciado e, se o primeiro medicamento não for tolerado nem eficaz, talvez seja melhor passar para um antidepressivo de outra classe: por exemplo, bupropiona (liberação sustentada ou prolongada),[68]Hellerstein DJ, Batchelder S, Kreditor D, et al. Bupropion sustained-release for the treatment of dysthymic disorder: an open-label study. J Clin Psychopharmacol. 2001 Jun;21(3):325-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11386496?tool=bestpractice.com
um IRSN ou vortioxetina (um antidepressivo oral bimodal que funciona por meio de uma combinação de inibição de recaptação de serotonina e modulação da atividade do receptor de serotonina). As opções subsequentes incluem farmacoterapia combinada.
A chave para o tratamento é dar doses relativamente altas por períodos relativamente longos (em comparação com o tratamento de formas agudas de depressão).
Os estudos têm demonstrado que uma ampla gama de medicamentos são eficazes para o subtipo distímico de transtorno depressivo persistente e para depressão maior crônica, embora ainda não exista nenhum medicamento nos EUA com uma indicação aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) para essa condição. A taxa de resposta do placebo é baixa em transtorno distímico e depressão maior crônica, e a taxa de resposta do medicamento, embora talvez seja menor que a observada em transtorno depressivo maior (TDM) agudo, é maior de forma reproduzível que a taxa de resposta do placebo.
O medicamento é significativamente mais eficaz que o placebo em praticamente todos os estudos duplo-cegos controlados de distimia.[69]Levkovitz Y, Tedeschini E, Papakostas GI. Efficacy of antidepressants for dysthymia: A meta-analysis of placebo-controlled randomized trials. J Clin Psych. 2011 Apr;72(4):509-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21527126?tool=bestpractice.com
[70]von Wolff A, Hölzel LP, Westphal A, et al. Selective serotonin reuptake inhibitors and tricyclic antidepressants in the acute treatment of chronic depression and dysthymia: a systematic review and meta-analysis. J Affect Disord. 2013 Jan 10;144(1-2):7-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963896?tool=bestpractice.com
[71]Kriston L, von Wolff A, Westphal A, et al. Efficacy and acceptability of acute treatments for persistent depressive disorder: a network meta-analysis. Depress Anxiety. 2014 Aug;31(8):621-30.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24448972?tool=bestpractice.com
Uma metanálise descobriu que a remissão foi maior com ISRSs e ADTs do que com placebo, com eficácia comparável de ISRSs e ADTs, mas com maiores taxas de efeitos adversos e descontinuação em pacientes que receberam ADTs, em oposição aos ISRSs.[70]von Wolff A, Hölzel LP, Westphal A, et al. Selective serotonin reuptake inhibitors and tricyclic antidepressants in the acute treatment of chronic depression and dysthymia: a systematic review and meta-analysis. J Affect Disord. 2013 Jan 10;144(1-2):7-15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22963896?tool=bestpractice.com
Uma metanálise em rede revelou que uma série de diferentes antidepressivos (incluindo fluoxetina, paroxetina, sertralina, moclobemida, imipramina e amissulprida) foram superiores ao placebo para o tratamento do transtorno depressivo persistente.[71]Kriston L, von Wolff A, Westphal A, et al. Efficacy and acceptability of acute treatments for persistent depressive disorder: a network meta-analysis. Depress Anxiety. 2014 Aug;31(8):621-30.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24448972?tool=bestpractice.com
As Comparações entre pares mostraram que a moclobemida e a amisulprida podem apresentar vantagens sobre a fluoxetina.[72]Cleare A, Pariante CM, Young AH, et al; Members of the Consensus Meeting. Evidence-based guidelines for treating depressive disorders with antidepressants: a revision of the 2008 British Association for Psychopharmacology guidelines. J Psychopharmacol. 2015 May;29(5):459-525.
http://jop.sagepub.com/content/29/5/459.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25969470?tool=bestpractice.com
O transtorno depressivo persistente inclui várias formas de depressão crônica, e qualquer farmacoterapia que tenha se mostrado útil para depressão provavelmente funcionará para TDP. A "depressão dupla" (distimia complicada por episódio depressivo maior) é tratada como um episódio de transtorno depressivo maior. Comparando ensaios clínicos de pacientes com distimia e pacientes com TDM, as taxas de resposta do placebo em transtorno distímico têm sido significativamente menores que as encontradas para TDM (29.9% versus 37.9%, P=0.042), e o número necessário para tratar (NNT) para transtorno distímico foi 4.4 em comparação com 6.1 para TDM, o que não foi estatisticamente significativo. Os resultados de outra análise de metarregressão dos dados sugeriram um risco relativo maior para resposta com distimia que com TDM.
Um grande ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo realizado com indivíduos com distimia sem depressão maior concomitante mostrou efeitos positivos em 12 semanas de tratamento para sertralina e imipramina em comparação com o placebo.[73]Thase ME, Fava M, Halbreich U, et al. A placebo-controlled, randomized clinical trial comparing sertraline and imipramine for the treatment of dysthymia. Arch Gen Psychiatry. 1996 Sep;53(9):777-84.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8792754?tool=bestpractice.com
Esse estudo teve uma duração maior que os estudos normais de depressão maior aguda e usou doses relativamente altas.
Um estudo de fluoxetina versus placebo em pacientes geriátricos com distimia mostrou "efeitos limitados" para fluoxetina depois de 12 semanas de tratamento.[74]Devanand DP, Nobler MS, Cheng J, et al. Randomized, double-blind, placebo-controlled trial of fluoxetine treatment for elderly patients with dysthymic disorder. Am J Geriatr Psychiatry. 2005 Jan;13(1):59-68.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15653941?tool=bestpractice.com
Por outro lado, em adultos mais jovens, a fluoxetina foi mais eficaz que o placebo.[75]Hellerstein DJ, Yanowitch P, Rosenthal J, et al. A randomized double-blind study of fluoxetine versus placebo in treatment of dysthymia. Am J Psychiatry. 1993 Aug;150(8):1169-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8328559?tool=bestpractice.com
Um estudo pequeno em pacientes idosos com distimia "pura" (sem depressão maior comórbida) constatou que a paroxetina foi mais eficaz que o placebo na melhora dos sintomas e da qualidade de vida e, geralmente, foi bem tolerada.[76]Ravindran AV, Cameron C, Bhatla R, et al. Paroxetine in the treatment of dysthymic disorder without co-morbidities: a double-blind, placebo-controlled, flexible-dose study. Asian J Psychiatr. 2013 Apr;6(2):157-61.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23466114?tool=bestpractice.com
Os outros estudos tenderam a ser estudos abertos com amostras pequenas e ensaios clínicos não comparativos. Esses estudos mostraram resultados positivos para a venlafaxina, a mirtazapina, o citalopram e a bupropiona de liberação sustentada, e resultados negativos para a fluvoxamina.[68]Hellerstein DJ, Batchelder S, Kreditor D, et al. Bupropion sustained-release for the treatment of dysthymic disorder: an open-label study. J Clin Psychopharmacol. 2001 Jun;21(3):325-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11386496?tool=bestpractice.com
[77]Dunner DL, Hendrickson HE, Bea C, et al. Venaflaxine in dysthymic disorder. J Clin Psychiatry. 1997 Dec;58(12):528-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9448655?tool=bestpractice.com
[78]Dunner DL, Hendrickson HE, Bea C, et al. Dysthymic disorder: treatment with citalopram. Depress Anxiety. 2002;15(1):18-22.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11816048?tool=bestpractice.com
[79]Dunner DL, Hendrickson HE, Bea C, et al. Dysthymic disorder: treatment with mirtazapine. Depress Anxiety. 1999;10(2):68-72.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10569129?tool=bestpractice.com
[80]Trivedi MH, Kleiber BA. Algorithm for the treatment of chronic depression. J Clin Psychiatry. 2001;62(suppl 6):22-29.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11310816?tool=bestpractice.com
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Is there randomized controlled trial evidence to support the use of citalopram in people with depression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.811/fullMostre-me a resposta
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Is there randomized controlled trial evidence to support the use of mirtazapine in people with depression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.810/fullMostre-me a resposta O medicamento antipsicótico atípico ritanserina, em doses baixas, tem sido benéfico em transtorno distímico.[81]Komossa K, Depping AM, Gaudchau A, et al. Second generation antipsychotics for major depressive disorder and dysthymia. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(12):CD008121.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD008121.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21154393?tool=bestpractice.com
Não temos conhecimento de nenhum outro estudo com agentes mais novos (como vortioxetina, vilazodona e levomilnaciprana) no TDP.
Existem dados limitados sobre o tratamento de crianças, mas as crianças e adolescentes com depressão devem ser sistematicamente rastreados, avaliados quanto ao risco de suicídio e receber encaminhamentos de tratamento apropriados com tratamento baseado em evidências, se disponível.[38]Zuckerbrot RA, Cheung A, Jensen PS, et al. Guidelines for adolescent depression in primary care (GLAD-PC): part I. Practice preparation, identification, assessment, and initial management. Pediatrics. 2018 Mar;141(3).
https://www.doi.org/10.1542/peds.2017-4081
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29483200?tool=bestpractice.com
[54]Cheung AH, Zuckerbrot RA, Jensen PS, et al. Guidelines for adolescent depression in primary care (GLAD-PC): part II. Treatment and ongoing management. Pediatrics. 2018 Mar;141(3).
https://www.doi.org/10.1542/peds.2017-4082
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29483201?tool=bestpractice.com
As advertências comuns sobre antidepressivos e o aumento do pensamento suicida em pacientes jovens devem ser acompanhados.[82]Bridge JA, Iyengar S, Salary CB, et al. Clinical response and risk for reported suicidal ideation and suicide attempts in pediatric antidepressant treatment: a meta-analysis of randomized controlled trials. JAMA. 2007 Apr 18;297(15):1683-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17440145?tool=bestpractice.com
[83]Hammad TA, Laughren T, Racoosin J. Suicidality in pediatric patients treated with antidepressant drugs. Arch Gen Psychiatry. 2006 Mar;63(3):332-9.
http://archpsyc.ama-assn.org/cgi/content/full/63/3/332
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16520440?tool=bestpractice.com
Os pacientes devem ser monitorados rigorosamente quanto a mudanças de comportamento e/ou ao surgimento do pensamento suicida. Os membros da família devem saber que tais mudanças podem ocorrer durante o tratamento, e devem entrar em contato com o médico se necessário. A fluoxetina é aprovada em alguns países para uso em crianças com depressão (para crianças com mais de 8 anos).
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What are the effects of newer generation antidepressants in children and adolescents with depressive disorders?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.448/fullMostre-me a resposta
Consulte Depressão em crianças.
A maioria dos pacientes com transtorno depressivo persistente apresentam comorbidades psiquiátricas, como transtornos de ansiedade e uso indevido de substâncias. As taxas de resposta são semelhantes entre os pacientes que fazem uso indevido de álcool e os que não fazem,[84]Iovieno N, Tedeschini E, Bentley KH, et al. Antidepressants for major depressive disorder and dysthymic disorder in patients with comorbid alcohol use disorders: a meta-analysis of placebo-controlled randomized trials. J Clin Psychiatry. 2011 Aug;72(8):1144-51.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21536001?tool=bestpractice.com
e uma resposta semelhante aos antidepressivos foi observada entre pacientes com e sem transtornos relacionados ao uso de opioides.[85]Pedrelli P, Iovieno N, Vitali M, et al. Treatment of major depressive disorder and dysthymic disorder with antidepressants in patients with comorbid opiate use disorders enrolled in methadone maintenance therapy: a meta-analysis. J Clin Psychopharmacol. 2011 Oct;31(5):582-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21869696?tool=bestpractice.com
Entre usuários de maconha com transtorno depressivo maior ou distimia, a venlafaxina foi associada ao aumento do uso de maconha e não houve melhora nos sintomas depressivos em comparação com placebo.[86]Levin FR, Mariani J, Brooks DJ, et al. A randomized double-blind, placebo-controlled trial of venlafaxine-extended release for co-occurring cannabis dependence and depressive disorders. Addiction. 2013 Jun;108(6):1084-94.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23297841?tool=bestpractice.com
Entre usuários de cocaína com depressão maior ou distimia, o tratamento com venlafaxina não melhorou os desfechos de humor ou uso de cocaína.[87]Raby WN, Rubin EA, Garawi F, et al. A randomized, double-blind, placebo-controlled trial of venlafaxine for the treatment of depressed cocaine-dependent patients. Am J Addict. 2014 Jan-Feb;23(1):68-75.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24313244?tool=bestpractice.com
Se o paciente tiver abuso de álcool significativo, antidepressivos não ISRS, como os ADTs, podem ser mais eficazes que os antidepressivos ISRS.[84]Iovieno N, Tedeschini E, Bentley KH, et al. Antidepressants for major depressive disorder and dysthymic disorder in patients with comorbid alcohol use disorders: a meta-analysis of placebo-controlled randomized trials. J Clin Psychiatry. 2011 Aug;72(8):1144-51.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21536001?tool=bestpractice.com
Se o paciente tiver insônia significativa, o uso de um antidepressivo sedativo poderá ser uma escolha melhor que um antidepressivo que causa mais insônia. Alguns pacientes com transtorno depressivo persistente têm transtorno de deficit da atenção comórbido e podem se beneficiar de um medicamento estimulante adjuvante. Entre os pacientes com fibromialgia comórbida, a pregabalina pode oferecer benefício para dor, assim como para os sintomas de humor e ansiedade.[88]Arnold LM, Sarzi-Puttini P, Arsenault P, et al. Efficacy and safety of pregabalin in patients with fibromyalgia and comorbid depression taking concurrent antidepressant medication: a randomized, placebo-controlled study. J Rheumatol. 2015 Jul;42(7):1237-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26034150?tool=bestpractice.com
As metanálises sugerem que a farmacoterapia antidepressiva pode ser mais eficaz que a psicoterapia para o tratamento de pacientes com o subtipo distímico de transtorno depressivo persistente.[69]Levkovitz Y, Tedeschini E, Papakostas GI. Efficacy of antidepressants for dysthymia: A meta-analysis of placebo-controlled randomized trials. J Clin Psych. 2011 Apr;72(4):509-14.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21527126?tool=bestpractice.com
[89]Cuijpers P, van Straten A, Schuurmans J, et al. Psychotherapy for chronic major depression and dysthymia: a meta-analysis. Clin Psychol Rev. 2010 Feb;30(1):51-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19781837?tool=bestpractice.com
[90]Cuijpers P, Dekker J, Hollon SD, et al. Adding psychotherapy to pharmacotherapy in the treatment of depressive disorders in adults: a meta-analysis. J Clin Psychiatry. 2009 Sep;70(9):1219-29.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19818243?tool=bestpractice.com
[91]Cuijpers P, van Sraten A, van Oppen P, et al. Are psychological and pharmacologic interventions equally effective in the treatment of adult depressive disorders? A meta-analysis of comparative studies. J Clin Psychiatry. 2008 Nov;69(11):1675-85
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18945396?tool=bestpractice.com
No entanto, a farmacoterapia não se mostrou mais eficaz que o placebo em indivíduos com doenças físicas que agravem o estado depressivo.[92]Rayner L, Price A, Evans A, et al. Antidepressants for depression in physically ill people. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(3):CD007503.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007503.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20238354?tool=bestpractice.com
Não houve evidências suficientes para recomendar um antidepressivo de segunda geração em vez de outro.[93]Gartlehner G, Gaynes BN, Hansen RA, et al. Comparative benefits and harms of second-generation antidepressants: background paper for the American College of Physicians. Ann Intern Med. 2008 Nov 18;149(10):734-50.
http://www.annals.org/content/149/10/734.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19017592?tool=bestpractice.com
[94]Bauer M, Severus E, Köhler S, et al; World Federation of Societies of Biological Psychiatry Task Force on Unipolar Depressive Disorders. World Federation of Societies of Biological Psychiatry (WFSBP) guidelines for biological treatment of unipolar depressive disorders, part 2: maintenance treatment of major depressive disorder - update 2015. World J Biol Psychiatry. 2015 Feb;16(2):76-95.
http://www.wfsbp.org/fileadmin/user_upload/Treatment_Guidelines/Bauer_et_al_2015.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25677972?tool=bestpractice.com
Os dados de uma revisão sistemática para determinar se características específicas do paciente poderiam predizer o desfecho do tratamento específico, do medicamento, da psicoterapia apenas ou do tratamento combinado sugerem que o medicamento provavelmente é o melhor tratamento para distimia e que tratamentos combinados são eficazes no tratamento ambulatorial de pacientes deprimidos e de idosos deprimidos, mas o número de estudos que comparam os tratamentos combinados é somente cerca de 20% do número necessário para fazer essas determinações.[95]Cuijpers P, Reynolds CF 3rd, Donker T, et al. Personalized treatment of adult depression: medication, psychotherapy, or both? A systematic review. Depress Anxiety. 2012 Oct;29(10):855-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22815247?tool=bestpractice.com
Uma análise de um ensaio clínico randomizado e controlado sugere que o trauma na primeira infância (por exemplo, abuso sexual ou a perda precoce de um dos pais) pode estar associado a melhores desfechos com psicoterapia em comparação com antidepressivos.[96]Nemeroff CB, Heim CM, Thase ME, et al. Differential responses to psychotherapy versus pharmacotherapy in patients with chronic forms of major depression and childhood trauma. Proc Natl Acad Sci USA. 2003 Nov 25;100(24):14293-6.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC283585
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14615578?tool=bestpractice.com
Em adultos, o tratamento contínuo para transtorno depressivo persistente que inclui psicoterapia, farmacoterapia ou tratamentos combinados pode ser útil, mas há evidências limitadas devido ao pequeno número de estudos de alta qualidade.[97]Machmutow K, Meister R, Jansen A, et al. Comparative effectiveness of continuation and maintenance treatments for persistent depressive disorder in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2019 May 20;5:CD012855.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD012855.pub2
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31106850?tool=bestpractice.com
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What are the effects of pharmacological and/or psychological continuation and maintenance treatments for adults with persistent depressive disorder?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2738/fullMostre-me a resposta Uma revisão sobre a continuidade do tratamento com antidepressivos em crianças e adolescentes com depressão maior ou distimia mostrou taxas mais baixas de recidiva com tratamento medicamentoso ativo em comparação ao placebo, embora o número e a qualidade dos estudos sejam limitados.[98]Cox GR, Fisher CA, De Silva S, et al. Interventions for preventing relapse and recurrence of a depressive disorder in children and adolescents. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(11):CD007504.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007504.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23152246?tool=bestpractice.com
Outros tratamentos
O exercício tem sido estudado como um tratamento para depressão, embora não especificamente para transtorno depressivo persistente, e os resultados sugerem benefícios em alguns pacientes comparáveis ao medicamento.[99]Lawlor DA, Hopker SW. The effectiveness of exercise as an intervention in the management of depression: systematic review and metaregression analysis of randomised controlled trials. BMJ. 2001 Mar 31;322(7289):763-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC30551/?tool=pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11282860?tool=bestpractice.com
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What are the effects of exercise for improving symptoms in adults with depression?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.355/fullMostre-me a resposta Em um estudo, exercícios regulares produziram remissão sustentada frequente no acompanhamento de 1 ano.[100]Hoffman BM, Babyak MA, Craighead E, et al. Exercise and pharmacotherapy in patients with major depression: one-year follow-up of the SMILE study. Psychosom Med. 2011 Feb-Mar;73(2):127-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21148807?tool=bestpractice.com
A prática de exercícios pode ter efeitos benéficos sobre fatores neurotróficos, como fator neurotrófico derivado do cérebro, nos indivíduos diagnosticados com depressão.[101]Szuhany KL, Bugatti M, Otto MW. A meta-analytic review of the effects of exercise on brain-derived neurotrophic factor. J Psychiatr Res. 2015 Jan;60:56-64.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4314337
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25455510?tool=bestpractice.com
Um estudo pequeno demonstrou que psicoterapia corporal em pacientes com depressão crônica, incluindo exercícios, estratégias de movimento e procedimentos de percepção sensorial, ocasionou melhora nos sintomas depressivos em comparação com o controle da lista de espera.[102]Röhricht F, Papadopoulos N, Priebe S. An exploratory randomized controlled trial of body psychotherapy for patients with chronic depression. J Affect Disord. 2013 Oct;151(1):85-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23769289?tool=bestpractice.com
Dados sobre alterações no estilo de vida, incluindo a adoção de uma dieta mediterrânea e aumento da atividade física, mostraram benefícios para sintomas e transtornos depressivos.[103]Köhler-Forsberg O, Cusin C, Nierenberg AA. Evolving Issues in the Treatment of Depression. JAMA. 2019 Jun 25;321(24):2401-2.
https://www.doi.org/10.1001/jama.2019.4990
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31125042?tool=bestpractice.com
Um estudo sugeriu que a ioga pode ser eficaz em alguns pacientes com depressão, embora os autores tenham declarado que novos estudos eram necessários.[104]da Silva TLR. Yoga in the treatment of mood and anxiety disorders: a review. Asian J Psychiatr. 2009;2:6-16. Evidências de baixa qualidade sugerem que a acupuntura pode reduzir a gravidade da depressão, comparada a nenhum tratamento, lista de espera, tratamento comum ou acupuntura de controle; no entanto, não há evidências claras sobre o risco de eventos adversos ou comparações com outros tratamentos, como medicamentos ou psicoterapia.[105]Smith CA, Armour M, Lee MS, et al. Acupuncture for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Mar 4;3:CD004046.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD004046.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29502347?tool=bestpractice.com
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How does acupuncture compare with no treatment or sham acupuncture for people with depression?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2179/fullMostre-me a resposta Ficou comprovado que as terapias baseadas na internet são eficazes para o tratamento da depressão, inclusive alguns estudos que incluem indivíduos com transtorno depressivo persistente.[106]Josephine K, Josefine L, Philipp D, et al. Internet- and mobile-based depression interventions for people with diagnosed depression: A systematic review and meta-analysis. J Affect Disord. 2017 Dec 1;223:28-40.
https://www.doi.org/10.1016/j.jad.2017.07.021
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28715726?tool=bestpractice.com
Comprometimento do trabalho é comum entre indivíduos com várias formas de depressão, incluindo transtorno depressivo persistente. Uma revisão Cochrane de intervenções para trabalhadores depressivos (com depressão maior ou altos níveis de sintomas depressivos) concluiu que há evidência de qualidade moderada de que a adição de uma intervenção direcionada ao trabalho junto a uma intervenção clínica reduz os dias de afastamento por doença em comparação com uma intervenção clínica isolada. Além disso, o aprimoramento do cuidado primário ou ocupacional com a terapia cognitivo-comportamental parece reduzir o afastamento por doença comparado ao cuidado normal. A ausência motivada por doença também é diminuída pelo auxílio estruturado por telefone e um programa de manejo de cuidados que inclui medicação. No entanto, pesquisas são limitadas e mais estudos são necessários para melhorar a produtividade no trabalho em pacientes com depressão.[107]Nieuwenhuijsen K, Verbeek JH, Neumeyer-Gromen A, et al. Interventions to improve return to work in depressed people. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Oct 13;10(10):CD006237.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006237.pub4/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33052607?tool=bestpractice.com
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For people with depression, can improved work conditions combined with a psychological or psychiatric intervention reduce work disability?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3396/fullMostre-me a resposta
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For people with depression, does improved care with an individualized care plan and person‐centered communication reduce work disability/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3400/fullMostre-me a resposta
Gestação
Em situações obstétricas/ginecológicas, o cuidado colaborativo pode ser útil para engajar mulheres com depressão, muitas das quais têm TDP.[108]LaRocco-Cockburn A, Reed SD, Melville J, et al. Improving depression treatment for women: integrating a collaborative care depression intervention into OB-GYN care. Contemp Clin Trials. 2013 Nov;36(2):362-70.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23939510?tool=bestpractice.com
Os médicos devem discutir cuidadosamente os riscos de continuar com o tratamento antidepressivo durante a gestação, em comparação com o risco de interromper ou evitar antidepressivos e expor o feto aos efeitos deletérios da depressão.
Consulte Depressão em adultos.