Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

leve (sem estridor em repouso)

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corticosteroide + cuidados de suporte

Uma única dose de dexametasona oral é administrada assim que o diagnóstico clínico de crupe é feito. Seu efeito na redução dos sinais clínicos de crupe é observado em 2 horas, com efeitos benéficos adicionais observados até 10 horas após a administração.[38]

Tradicionalmente, usou-se uma dose de 0.6 mg/kg/dose para o tratamento do crupe. No entanto, atualmente as evidências apoiam o uso de uma dose menor, equivalente a 0.15 mg/kg/dose.[59]

Deve-se tomar cuidado para não amedrontar a criança, pois agitação pode agravar os sintomas.[19] Especialmente em crupe leve, é importante tranquilizar os pais e informá-los sobre a natureza autolimitada da doença.

Historicamente, ar umidificado foi muito empregado, mas hoje existem evidências convincentes de que ele é ineficaz[19][85][86][87][88][89][90]​ e até mesmo prejudicial em algumas circunstâncias.

Opções primárias

dexametasona: 0.15 a 0.6 mg/kg por via oral em dose única

moderado (estridor em repouso; sem agitação ou letargia)

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1ª linha – 

corticosteroide + cuidados de suporte

Uma única dose de dexametasona oral é administrada assim que o diagnóstico clínico de crupe é feito. Seu efeito na redução dos sinais clínicos de crupe é observado em 2 horas, com efeitos benéficos adicionais observados até 10 horas após a administração.[38]

Tradicionalmente, usou-se uma dose de 0.6 mg/kg/dose para o tratamento do crupe. No entanto, atualmente as evidências apoiam o uso de uma dose menor, equivalente a 0.15 mg/kg/dose.[59]

A nebulização com budesonida é preferível em hipóxia grave, vômitos persistentes ou dificuldade respiratória, pois estas impedem a administração de uma dose oral.

Dexametasona intramuscular também é uma alternativa.

Deve-se tomar cuidado para não amedrontar a criança, pois agitação pode agravar os sintomas.[19] Historicamente, ar umidificado foi muito empregado, mas hoje existem evidências convincentes de que ele é ineficaz[19][85][86][87][88][89][90]​ e até mesmo prejudicial em algumas circunstâncias.

Opções primárias

dexametasona: 0.15 a 0.6 mg/kg por via oral em dose única

ou

budesonida por via inalatória: 2 mg em nebulização única

ou

dexametasona: 0.6 mg/kg por via intramuscular em dose única

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associado a – 

adrenalina nebulizada

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em crianças que apresentam estridor, retração esternal em repouso e agitação persistente ou crescente, adrenalina em nebulização deve ser administrada em associação com dexametasona. Ela fornece alívio temporário da obstrução das vias aéreas enquanto se aguardam os efeitos do tratamento com corticosteroides.[68] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

Os efeitos clínicos da adrenalina em nebulização duram, em média, pelo menos 1 hora, mas geralmente diminuem 2 horas após a administração.[34]

O uso de uma dose de cada vez de adrenalina em nebulização não está associado a nenhum aumento clinicamente significativo de pressão arterial (PA) ou frequência cardíaca, nem a efeitos adversos.[74][79][69][80][81][82][83] Deve-se tomar cuidado ao usar doses múltiplas de adrenalina em nebulização. Observação rigorosa é recomendada quando o tratamento com adrenalina é necessário.

Embora a adrenalina racêmica tenha sido tradicionalmente usada para tratar crianças com crupe, L-adrenalina também é eficaz em crupe moderado a grave.[74] Em alguns países, a disponibilidade de L-adrenalina pode ser limitada. A mesma dose é usada independente do peso, pois a dose eficaz de medicamento administrado nas vias aéreas é regulada pelo volume corrente individual.[75][76][77][78]

Opções primárias

adrenalina por via inalatória: (solução 1:1000 de L-adrenalina) 5 mL não diluídos em nebulização em dose única

ou

adrenalina por via inalatória: (solução racêmica a 2.25%) 0.5 mL diluído até perfazer 2-4 mL com soro fisiológico em nebulização única

grave (estridor em repouso com agitação ou letargia)

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1ª linha – 

corticosteroide + cuidados de suporte

Uma única dose de dexametasona oral é administrada assim que o diagnóstico clínico de crupe é feito. Seu efeito na redução dos sinais clínicos de crupe é observado em 2 horas, com efeitos benéficos adicionais observados até 10 horas após a administração.[38]

Tradicionalmente, usou-se uma dose de 0.6 mg/kg/dose para o tratamento do crupe. No entanto, atualmente as evidências apoiam o uso de uma dose menor, equivalente a 0.15 mg/kg/dose.[59]

A nebulização com budesonida é preferível em hipóxia grave, vômitos persistentes ou dificuldade respiratória, pois estas impedem a administração de uma dose oral.

A administração intramuscular ou intravenosa de dexametasona também é uma alternativa. No entanto, a inserção de um acesso intravenoso em uma criança com crupe grave pode aumentar significativamente a possibilidade de agitação e dificuldade respiratória.

Sempre que possível, a criança deve ser mantida em um ambiente calmo com seu cuidador. Deve-se tomar cuidado para minimizar intervenções que possam aumentar a agitação da criança. Historicamente, ar umidificado foi muito empregado, mas hoje existem evidências convincentes de que ele é ineficaz[19][85][86][87][88][89][90]​ e até mesmo prejudicial em algumas circunstâncias.

Opções primárias

dexametasona: 0.15 a 0.6 mg/kg por via oral em dose única

ou

budesonida por via inalatória: 2 mg em nebulização única

ou

dexametasona: 0.6 mg/kg por via intramuscular em dose única

Opções secundárias

dexametasona: 0.15 a 0.6 mg/kg por via intravenosa em dose única

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associado a – 

adrenalina nebulizada

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em crianças que apresentam estridor, retração esternal/intercostal em repouso e agitação persistente ou crescente, adrenalina em nebulização deve ser administrada em associação com dexametasona. Ela fornece alívio temporário da obstrução das vias aéreas enquanto se aguardam os efeitos do tratamento com corticosteroides.[68] [ Cochrane Clinical Answers logo ]

Os efeitos clínicos da adrenalina em nebulização duram, em média, pelo menos 1 hora, mas geralmente diminuem 2 horas após a administração.[34]

O uso de uma dose de cada vez de adrenalina em nebulização não está associado a nenhum aumento clinicamente significativo de pressão arterial (PA) ou frequência cardíaca, nem a efeitos adversos.[74][79][69][80][81][82][83] Deve-se tomar cuidado ao usar doses múltiplas de adrenalina em nebulização.[84] Observação rigorosa é recomendada quando o tratamento com adrenalina é necessário.

Embora a adrenalina racêmica tenha sido tradicionalmente usada para tratar crianças com crupe, L-adrenalina também é eficaz em crupe moderado a grave.[74] Em alguns países, a disponibilidade de L-adrenalina pode ser limitada. A mesma dose é usada independente do peso, pois a dose eficaz de medicamento administrado nas vias aéreas é regulada pelo volume corrente individual.[75][76][77][78]

Opções primárias

adrenalina por via inalatória: (solução 1:1000 de L-adrenalina) 5 mL não diluídos em nebulização em dose única

ou

adrenalina por via inalatória: (solução racêmica a 2.25%) 0.5 mL diluído até perfazer 2-4 mL com soro fisiológico em nebulização única

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associado a – 

oxigênio suplementar

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A administração de oxigênio umidificado é feita em crianças com sinais e sintomas significativos de dificuldade respiratória, de preferência como oxigênio suplementar por um tubo fixo a alguns centímetros do nariz e da boca da criança.

Caso a oxigenação não seja suficiente usando esse método, deve ser administrado oxigênio a 100% através de máscara com reservatório de oxigênio. No entanto, a aplicação da máscara no rosto pode aumentar a agitação e devem ser feitos preparativos (equipe experiente, equipamento de intubação, medicamentos) para proteger as vias aéreas caso o quadro clínico se agrave e evolua para insuficiência respiratória iminente.

Deve-se monitorar a saturação de oxigênio, contanto que isso não aumente o nível de agitação da criança.

Opções primárias

oxigênio: 8-10 L/min de oxigênio suplementar

Opções secundárias

oxigênio: a 100% através de máscara com reservatório de oxigênio

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Considerar – 

intubação

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Indicada para crianças que evoluem para movimento assíncrono da parede torácica e abdominal, fadiga e sinais de hipóxia (palidez ou cianose) e hipercapnia (diminuição do nível de consciência em decorrência do aumento de PaCO₂).

Cada vez menos frequente (em apenas 1% a 3% das crianças internadas com crupe) e realizada como indução em sequência rápida em um ambiente controlado por uma equipe experiente e com equipamento adequado.[48][49][50][51]

Recomenda-se ter alguns tubos endotraqueais menores à mão, pois a presença de edema subglótico pode causar dificuldades quando a intubação é feita com um tubo endotraqueal de tamanho padrão.

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