Diagnósticos diferenciais
Traqueíte bacteriana
SINAIS / SINTOMAS
Pode ou não ter sintomas antecedentes consistentes com crupe; deterioração súbita depois de 2 a 7 dias de crupe leve a moderado ou outra doença viral leve;[14] febre, aparência toxêmica (a criança parece estar indisposta e não interage normalmente com o ambiente ao seu redor) pode estar presente; tosse dolorosa; resposta inadequada ao tratamento com adrenalina em nebulização.[21][22][23][24]
Investigações
Estudos radiológicos serão contraindicados se houver suspeita clínica de traqueíte bacteriana, pois manipulação da região do pescoço e agitação podem precipitar uma nova obstrução das vias aéreas.
A broncoscopia, realizada no momento da intubação, mostra mucosa traqueal eritematosa, com secreções traqueais espessas e purulentas.[25]
Os patógenos isolados com mais frequência nas secreções traqueais incluem Staphylococcus aureus, estreptococo do grupo A, Moraxella catarrhalis, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e microrganismos anaeróbios.[14][22][23][26][27][28]
Epiglotite
SINAIS / SINTOMAS
Raramente observada desde a imunização disseminada contra Haemophilus influenzae B;[29][30][31] início súbito de febre alta, disfagia, sialorreia e ansiedade; postura preferida: sentada na vertical com a cabeça estendida; tosse não ladrante.[14]
Investigações
Estudos radiológicos serão contraindicados se houver suspeita clínica de epiglotite, pois manipulação da região do pescoço e agitação podem precipitar uma nova obstrução das vias aéreas.
A visualização das vias aéreas (antes da intubação endotraqueal controlada) confirma o diagnóstico mostrando uma epiglote edematosa e eritematosa, muitas vezes obstruindo a visualização das pregas vocais.
Corpo estranho nas vias aéreas superiores
SINAIS / SINTOMAS
Início súbito de dispneia e estridor; geralmente, história clara de inalação ou ingestão de corpo estranho;[14] sem pródromo ou sintomas de doença viral; ausência de febre (a não ser em infecção secundária).[32]
Investigações
Muitos corpos estranhos não são radiopacos e, assim, as radiografias podem não confirmar o diagnóstico.
Visualização direta e remoção do corpo estranho no centro cirúrgico confirma o diagnóstico.
Abscesso retrofaríngeo
SINAIS / SINTOMAS
Disfagia, sialorreia, ocasionalmente estridor, dispneia, taquipneia, rigidez de nuca, adenopatia cervical unilateral; o início costuma ser mais gradual, muitas vezes acompanhado por febre.[32]
Investigações
A radiografia lateral do pescoço pode demonstrar retroflexão das vértebras cervicais e edema faríngeo posterior.[33]
Abscesso peritonsilar
SINAIS / SINTOMAS
Disfagia, sialorreia, ocasionalmente estridor, dispneia, taquipneia, rigidez de nuca, adenopatia cervical unilateral; o início costuma ser mais gradual, muitas vezes acompanhado por febre.[32]
Investigações
Não há exames de diferenciação.
Edema angioneurótico
SINAIS / SINTOMAS
Pode se manifestar em qualquer idade; edema agudo das vias aéreas superiores pode causar dispneia e estridor; febre incomum. Inchaço da face, língua ou faringe pode estar presente.
Investigações
Não há exames de diferenciação.
Reação alérgica
SINAIS / SINTOMAS
Pode se manifestar em qualquer idade; início rápido de disfagia, estridor e possíveis manifestações cutâneas (erupção cutânea urticariforme); costuma haver história pessoal ou familiar de episódios prévios ou alergia prévia.
Investigações
Testes alérgicos (puntura ou exame radioalergoadsorvente [RAST]) podem determinar o alérgeno subjacente
Difteria laríngea
SINAIS / SINTOMAS
Emergência clínica extremamente rara. Pode se manifestar em qualquer idade; história de imunização inadequada; pródromo com sintomas de faringite por 2 a 3 dias; febre baixa, rouquidão, possível tosse ladrante; disfagia, estridor inspiratório; faringite membranosa característica no exame físico.[32]
Investigações
Não há exames de diferenciação.
Anormalidades traqueais ou laríngeas congênitas ou adquiridas
SINAIS / SINTOMAS
Extremamente rara. Geralmente se manifestam com menos de 3 meses de idade.
Estridor anormalmente prolongado ou recorrente. Resposta inadequada ao tratamento de crupe.
Investigações
A endoscopia ou broncoscopia das vias aéreas superiores permitirá a visualização direta da anormalidade subjacente. No entanto, esses exames devem ser protelados até depois da doença aguda.
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