Prognóstico

Em função do amplo espectro da doença clínica, o prognóstico e a evolução natural da lesão por inalação são altamente variáveis. Estima-se que a mortalidade decorrente da causa mais comum de lesão por inalação, a inalação de fumaça, esteja entre 5% e 8%.[47] Entre os sobreviventes, as sequelas da doença dependem do tipo de lesão sofrida.

Doença das vias aéreas superiores

A resolução dos sintomas das vias aéreas superiores depende da gravidade da lesão, bem como das comorbidades clínicas, que podem causar edema e impedir a recuperação. Pacientes com doença significativa das vias aéreas superiores podem desenvolver rinite, sinusite, faringite, laringite e disfunção das pregas vocais crônicas, e podem demonstrar sensibilidade aumentada a futuras exposições ambientais.[1] Como com qualquer doença, pacientes que exigem intubação prolongada correm risco de estenose traqueal, bem como de traqueomalácia.

Intoxicação por monóxido de carbono

O prognóstico da intoxicação por monóxido de carbono é altamente variável. Com frequência, os sobreviventes apresentam sintomas neurocognitivos, que podem persistir após um início agudo ou se desenvolver após demora na redução da carboxi-hemoglobina (CO-Hb).[28] Sintomas que duram mais de 1 mês ocorrem em até 50% dos pacientes com exposição significativa (perda de consciência, CO-Hb >25%).[28]

Doença das vias aéreas inferiores

A resolução da obstrução do fluxo aéreo depende da gravidade da lesão, embora alguns pacientes tenham sintomas persistentes (traqueíte e bronquite) para além da doença aguda.[1] A síndrome de disfunção reativa das vias aéreas é uma sequela conhecida da lesão por inalação.[48]

Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA)

Pacientes que sofrem de SDRA têm alta mortalidade, e a maioria não recupera a função pulmonar normal mesmo após 1 ano.[49]

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