Abordagem

Os pacientes com características clínicas gastrointestinais, dermatológicas e/ou neurológicas da pelagra, bem como aqueles com deficiência marginal, devem ser tratados com niacina em combinação com riboflavina e piridoxina.

A deficiência marginal é sugerida por uma história alimentar que indica que as fontes de alimento ricas em niacina (vitamina B3), riboflavina (vitamina B2) e piridoxina (vitamina B6) não são ingeridas com muita frequência. A deficiência alimentar pode resultar do consumo de uma dieta à base de milho com baixo teor proteico, ou de uma dieta vegana (sem produtos de origem animal) com poucas fontes de niacina e/ou triptofano; ou pode ocorrer em pessoas muito pobres, moradores de rua ou desabrigados; em pessoas com transtornos alimentares (por exemplo, anorexia nervosa, bulimia nervosa); e naqueles com transtornos decorrentes do uso crônico de bebidas alcoólicas. Deve-se aconselhar de modo geral todos os pacientes sobre práticas alimentares completas e boas fontes de niacina e outras vitaminas.

Tratamento da pelagra

O diagnóstico de deficiência de vitamina B3 em pacientes sintomáticos pode ser confirmado por uma tentativa terapêutica de niacina, na forma de nicotinamida (niacinamida). Na presença de deficiência de vitamina B3, a melhora nos sintomas cutâneos e de muitos sintomas neurológicos geralmente ocorre dentro de 48 horas de tratamento.[8] Se houver melhora clínica, a continuação do tratamento com niacina deve ser mantida por 3 ou 4 semanas em uma dose apropriada de acordo com a gravidade das características clínicas manifestadas.[2][9][19][43][50][65][90][91][92]

A terapia de reposição com ácido nicotínico (niacina) deve ser administrada em uma preparação de suplemento polivitamínico para garantir que outras vitaminas relacionadas, como a riboflavina (vitamina B2) e a piridoxina (vitamina B6), também sejam fornecidas.[43][82]

A nicotinamida (niacinamida) é preferida, já que grandes doses de niacina causam náuseas e vômitos, e rubor da pele, bem como torpor e formigamento da língua e do maxilar inferior.[9][46]​ Apesar de uma preparação de liberação prolongada de niacina estar disponível, ela não é o tratamento recomendado devido aos riscos mais altos associados de efeitos colaterais. Geralmente, as incidências de efeitos colaterais gastrointestinais e hepáticos foram significativamente maiores com o uso de niacina de liberação prolongada quando comparado com a forma de liberação imediata.

Efeitos adversos foram relatados em pacientes que tomam grandes doses farmacológicas de ácido nicotínico (niacina), embora preparações com 100 mg geralmente sejam consideradas seguras.[43] Doses acima de 350 mg/dia podem causar náuseas, rubor e diarreia. Icterícia foi relatada em doses tão baixas quanto 750 mg/dia. Doses acima de 2500 mg/dia foram associadas à intolerância à glicose e hiperglicemia, à pirose, ao aumento de ácido úrico, ao rubor, à hepatotoxicidade, à faringite, à fadiga, ao prurido e à incapacidade de focalizar o olhar. Os pacientes com sensibilidade documentada ao ácido nicotínico (niacina) devem ser tratados com formulações de liberação prolongada, embora a redução na frequência e na intensidade dos efeitos adversos com essas preparações não tenha sido bem documentada.

Tratamento da deficiência marginal

O desenvolvimento de pelagra em pacientes em risco e assintomáticos de todas as idades pode ser prevenido com a terapia de reposição de ácido nicotínico (niacina) em baixas doses na forma de nicotinamida (niacinamida).[9] A nicotinamida (niacinamida) é preferida, pois grandes doses de ácido nicotínico (niacina) causam náuseas e vômitos, e rubor da pele, bem como torpor e formigamento da língua e do maxilar inferior.[9][46]

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