A prevalência global total da deficiência de vitamina B3 não é conhecida. A pelagra é predominantemente uma doença de adultos, afetando com maior frequência aqueles entre 20 e 50 anos de idade. Ela também pode afetar crianças e adolescentes em idade escolar, mas raramente afeta bebês e crianças mais jovens.[9]World Health Organization. The management of nutrition in major emergencies. 2000. [internet publication].
http://www.who.int/nutrition/publications/emergencies/9241545208/en
[10]Chawla J, Kvarnberg D. Hydrosoluble vitamins. Handb Clin Neurol. 2014;120:891-914.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24365359?tool=bestpractice.com
A pelagra está associada à pobreza e à desnutrição, e ainda é endêmica em áreas com poucos recursos da China, Índia e África.[3]WHO/FAO. Vitamin and mineral requirements in human nutrition. Report of a joint FAO/WHO expert consultation. Bangkok, Thailand. Rome. 2004. Nos EUA, a pelagra foi comum no início de 1900 no estados do sul, onde o milho era o principal alimento básico, atingindo a intensidade máxima em 1928 e em 1929.[11]Park YK, Sempos CT, Barton CN, et al. Effectiveness of food fortification in the United States: the case of pellagra. Am J Public Health. 2000 May;90(5):727-38.
http://ajph.aphapublications.org/doi/pdf/10.2105/AJPH.90.5.727
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10800421?tool=bestpractice.com
Entretanto, em 1955, principalmente devido à fortificação em alimentos com niacina, os óbitos decorrentes de pelagra foram eliminados. Em escala global, desde a década de 1980, a pelagra tem sido relatada principalmente em pessoas refugiadas e deslocadas devido ao fornecimento inadequado de alimentos.[12]Mason JB. Lessons on nutrition of displaced people. J Nutr. 2002 Jul;132(7):2096S-2103S.
http://jn.nutrition.org/content/132/7/2096S.full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12097702?tool=bestpractice.com
Ela também reemergiu no leste e sul da África, bem como em outras áreas de guerra e conflitos.[13]Seal AJ, Creeke PI, Dibari F, et al. Low and deficient niacin status and pellagra are endemic in postwar Angola. Am J Clin Nutr. 2007 Jan;85(1):218-24.
http://www.ajcn.org/content/85/1/218.full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17209199?tool=bestpractice.com
[14]Lee BY, Thurmon TF. Nutritional disorders among workers in North China during national turmoil. Ann Nutr Metab. 2001;45(4):175-80.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11464001?tool=bestpractice.com
[15]Malfait P, Moren A, Dillon JC, et al. An outbreak of pellagra related to changes in dietary niacin among Mozambican refugees in Malawi. Int J Epidemiol. 1993;22:504-511.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8359968?tool=bestpractice.com
Apenas casos isolados de pelagra foram relatados na África do Sul desde 2000.[16]Viljoen M, Bipath P, Tosh C. Pellagra in South Africa from 1897 to 2019: a scoping review. Public Health Nutr. 2021 Jun;24(8):2062-76.
https://www.cambridge.org/core/journals/public-health-nutrition/article/pellagra-in-south-africa-from-1897-to-2019-a-scoping-review/5D2EC1BADFCB0360609534C552D232AF
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33769244?tool=bestpractice.com
No mundo desenvolvido, os transtornos decorrentes do uso crônico de bebidas alcoólicas são a causa mais comum de pelagra.[17]MacDonald A, Forsyth A. Nutritional deficiencies and the skin. Clin Exp Dermatol. 2005 Jul;30(4):388-90.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15953078?tool=bestpractice.com
Além disso, há relatos de casos de pelagra, decorrentes de má absorção gastrointestinal e medicamentos tais como isoniazida e antidepressivos, na Europa Ocidental, EUA, Austrália e Japão.[18]Pipili C, Cholongitas E, Ioannidou D. The diagnostic importance of photosensitivity dermatoses in chronic alcoholism: report of two cases. Dermatol Online J. 2008 Nov 15;14(11):15.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19094853?tool=bestpractice.com
[19]Kertesz SG. Pellagra in 2 homeless men. Mayo Clin Proc. 2001 Mar;76(3):315-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11243279?tool=bestpractice.com
[20]Viljoen M, Swanepoel A, Bipath P. Antidepressants may lead to a decrease in niacin and NAD in patients with poor dietary intake. Med Hypotheses. 2015 Mar;84(3):178-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25596911?tool=bestpractice.com