Epidemiologia

A prevalência global total da deficiência de vitamina B3 não é conhecida. A pelagra é predominantemente uma doença de adultos, afetando com maior frequência aqueles entre 20 e 50 anos de idade. Ela também pode afetar crianças e adolescentes em idade escolar, mas raramente afeta bebês e crianças mais jovens.[9][10]​​ A pelagra está associada à pobreza e à desnutrição, e ainda é endêmica em áreas com poucos recursos da China, Índia e África.[3]​​​ Nos EUA, a pelagra foi comum no início de 1900 no estados do sul, onde o milho era o principal alimento básico, atingindo a intensidade máxima em 1928 e em 1929.[11] Entretanto, em 1955, principalmente devido à fortificação em alimentos com niacina, os óbitos decorrentes de pelagra foram eliminados. Em escala global, desde a década de 1980, a pelagra tem sido relatada principalmente em pessoas refugiadas e deslocadas devido ao fornecimento inadequado de alimentos.[12] Ela também reemergiu no leste e sul da África, bem como em outras áreas de guerra e conflitos.[13][14][15]​​ Apenas casos isolados de pelagra foram relatados na África do Sul desde 2000.[16]​ No mundo desenvolvido, os transtornos decorrentes do uso crônico de bebidas alcoólicas são a causa mais comum de pelagra.[17] Além disso, há relatos de casos de pelagra, decorrentes de má absorção gastrointestinal e medicamentos tais como isoniazida e antidepressivos, na Europa Ocidental, EUA, Austrália e Japão.[18][19][20]

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