Prognóstico

Os pacientes que recebem a terapia na primeira semana da doença geralmente mostram sinais de melhora, incluindo defervescência, nas 72 horas após o início da terapia com doxiciclina; a ausência de melhora sugere a necessidade de buscar um diagnóstico alternativo.[1][14]

Mortalidade

A maioria dos pacientes se recupera completamente, especialmente se a antibioticoterapia adequada for iniciada nos primeiros 5 dias da doença. Na era pré-antibiótica, cerca de 30% dos pacientes com febre maculosa das Montanhas Rochosas (FMMR) morriam. Com as melhoras nos cuidados de suporte e o desenvolvimento de antibióticos eficazes, a taxa de letalidade diminuiu de forma constante. Desde 2001, <1% dos casos de FMMR relatados nos EUA apresentaram desfechos fatais.[2][3]​​ No entanto, esse declínio pode ser parcialmente devido a mudanças nas práticas de diagnóstico e relato; revisões clínicas sugerem que 5% a 10% dos casos de FMMR são fatais.[3]​​[5]​ Uma cepa mais virulenta de FMMR foi relatada no México, com uma taxa de letalidade de 40%, incluindo em casos tratados adequadamente.[20]

O fator de risco mais significante para morte por FMMR é a demora para iniciar a terapêutica antimicrobiana adequada.

Uma análise dos casos relatados de FMMR de 1999 a 2007 mostrou que a mortalidade foi elevada entre crianças de 5 a 9 anos, adultos com 70 anos ou mais, indígenas americanos, pessoas imunossuprimidas e pessoas que apresentaram a doença durante o período de 1° de março até 31 de maio.[27]​ Estudos mais antigos também associaram a mortalidade a fatores que causam atrasos na (ou omissão de) terapia, como a falta de história conhecida de picada de carrapatos; apresentação sem cefaleia; apresentação tardia da erupção, ou atraso no seu reconhecimento; e apresentação com um primeiro sintoma diferente de febre, erupção cutânea ou cefaleia.[15]​​[28]​​[29]

Morbidade

Cerca de 10% a 15% dos pacientes sobreviventes recebem alta do hospital com deficits neurológicos residuais e, em alguns casos, permanentes.[1] As complicações neurológicas incluem comprometimento cognitivo, paresia, perda auditiva, cegueira, neuropatia e disfunção cortical. Sequelas não neurológicas são menos comuns e estão relacionadas principalmente à necrose cutânea, que pode exigir enxerto de pele ou amputação de dedos ou membros.[1][14][30]​​ Em crianças, fatores de risco independentes para desfechos neurológicos adversos incluem coma e necessidade de fluidos em bolus e/ou suporte inotrópico.[14]

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