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Acute KeelpijnPublicada por: Werkgroep Ontwikkeling Richtlijnen Eerste Lijn (Worel)Última publicação: 2017Mal de gorge aiguPublicada por: Groupe de Travail Développement de recommmandations de première ligneÚltima publicação: 2017Embora a maioria das pessoas com amigdalite aguda não procure ajuda médica, essa afecção é um dos motivos mais comuns para se procurar cuidados médicos.
É geralmente observada em pessoas entre 5 e 15 anos de idade e ocorre mais no inverno e no começo da primavera em climas temperados.[1][4][5]
Os pacientes podem ter história de contato com pessoas infectadas, principalmente em instituições ou ambientes fechados (por exemplo, creche, escola, prisão).
Diagnóstico clínico
Na vasta maioria dos pacientes, a amigdalite é uma afecção benigna autolimitada que não requer investigações, apenas o tratamento dos sintomas. Nesses pacientes, o diagnóstico é clínico. No entanto, é importante que se defina se o paciente tem amigdalite e não outra afecção potencialmente perigosa que causa faringite (como abscesso retrofaríngeo, epiglotite aguda, infecção por vírus da imunodeficiência humana [HIV] ou mononucleose infecciosa); essas afecções devem ser descartadas com base na anamnese e no exame físico.
Como parte do diagnóstico clínico, decida se o quadro clínico geral do paciente ou qualquer comorbidade justifica a realização de novos exames para as causas de faringite.
Os pacientes com amigdalite estreptocócica aguda geralmente relatam início súbito da faringite e dor ao deglutir. A faringite é geralmente acompanhada de febre (>38 °C [>100.5 °F]), e os pacientes podem apresentar cefaleia, dor abdominal, náuseas e vômitos. A ausência de tosse e coriza é mais característica de infecção bacteriana que de infecção viral.
O exame físico da garganta pode mostrar exsudato tonsilar e aumento e eritema das amígdalas. Pode haver linfadenopatia cervical anterior.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Amigdalite causada por estreptococos beta-hemolíticos do grupo ADo acervo do Dr Eleftherios Margaritis [Citation ends].
Diferenciação clínica entre etiologia estreptocócica e outras etiologias.
A maioria dos pacientes com amigdalite aguda tem infecção viral; no entanto, a infecção por estreptococos beta-hemolítico do grupo A representa de 5% a 15% de todos os casos de faringite em adultos e 15% a 30% dos casos em crianças.[1][2]
Sinais e sintomas individuais não podem ser usados para se diferenciar amigdalite por estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (GABHS) de outros tipos de faringite. Não há uma regra de predição clínica capaz de diagnosticar ou descartar definitivamente a faringite estreptocócica nas crianças. Porém, um índice Centor ≥3 é uma regra de predição clínica bem calibrada para sugerir que há uma alta probabilidade de um paciente >14 anos com amigdalite aguda apresentar infecção por GABHS.[11][12]
Os critérios Centor que atribuem escore +1 são:[12]
História de febre acima de 38 °C (100.5 °F)
Exsudato tonsilar
Ausência de tosse
Linfadenopatia cervical anterior sensível à palpação.
Se 3 ou 4 dos critérios Centor forem atendidos, o valor preditivo positivo é de aproximadamente 40% a 60%. A ausência de 3 ou 4 critérios Centor tem um valor preditivo negativo razoavelmente alto, acima de 80%, e é altamente improvável que um paciente com menos de 2 critérios apresente amigdalite por GABHS.[13]
Pelo fato de não ser praticável testar todos os pacientes com faringite, faz sentido restringir o uso de exames microbiológicos para GABHS aos pacientes com alta probabilidade de GABHS, ou seja, aqueles que atenderem a 3 ou 4 critérios Centor.
O sistema de pontuação de McIsaac é um escore para faringite que também incorpora a idade e a estação e pode ser usado em qualquer pessoa a partir de 3 anos de idade.[14] [ Critérios de Avaliação e Tratamento da Faringite (McIsaac) Opens in new window ]
O índice estreptocócico fornece uma indicação da probabilidade de uma faringite ser causada por infecção por GABHS nas crianças.[5] Os critérios são:[5]
Idade entre 5 e 15 anos
Estação do ano (final do outono, inverno, início da primavera)
Febre (≥38.3 °C [≥101 °F])
Linfadenopatia cervical
Exsudato, edema ou eritema faríngeo
Ausência de sintomas de uma infecção viral do trato respiratório superior (conjuntivite, rinorreia ou tosse).
Se 5 critérios forem atendidos, é predito que 59% das crianças tenham uma cultura positiva para GABHS; se 6 critérios forem atendidos, espera-se que 75% das crianças tenham cultura positiva.[5]
Testes diagnósticos
Nas raras ocasiões em que o diagnóstico de infecção por GABHS precisar ser feito com precisão (ou seja, pacientes ou populações vulneráveis, tais como os que tiverem alto risco de febre reumática [por exemplo, de comunidades indígenas, países em desenvolvimento]), a infecção por GABHS pode ser diagnosticada pelo teste rápido de detecção do antígeno estreptocócico nos adultos e, nas crianças, esse teste deve ser associado a culturas faríngeas.[2][15] O teste sorológico para detecção de estreptococos pode ser útil quando há suspeita de febre reumática.
Um hemograma completo pode ser útil nos pacientes com suspeita de mononucleose infecciosa, imunocomprometidos ou com sinais ou sintomas de infecção grave ou sepse. Um aumento na contagem leucocitária com neutrofilia sugere infecção bacteriana, enquanto um aumento na contagem leucocitária com linfocitose e linfócitos atípicos sugere mononucleose infecciosa.[16][17]
O teste de anticorpos heterófilos reativos também é útil para se descartar mononucleose infecciosa e é indicado para pacientes com sintomas persistentes, bem como para pacientes com linfadenopatia cervical posterior ou anterior.
Devem ser colhidas culturas vaginais e cervicais (ou penianas) e retais se houver motivo para suspeita de infecção faríngea gonocócica, principalmente em adolescentes sexualmente ativos, em particular os praticantes de sexo oral.
É indicado um teste da carga viral do HIV para os pacientes com risco de infecção por HIV que apresentem amigdalite persistente acompanhada de sintomas constitucionais intensos (por exemplo, mal-estar, cansaço, perda de peso, linfadenopatia generalizada).
Deve-se realizar uma radiografia cervical de vista lateral, com exposição para tecidos moles, nos pacientes que não responderem ao tratamento, nos que apresentarem sintomas graves e/ou trismo (mandíbula travada) significativo e nos pacientes com edema do pescoço.
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