Etiologia
Causada por mutações no gene da fibrilina-1 em 99% dos pacientes com síndrome de Marfan clássica.[11] Em 75% dos pacientes, o gene é transmitido por um dos pais em um padrão autossômico dominante, embora a aparência dos membros da família e o grau de características patológicas possam variar. Em 25% dos pacientes, a mutação ocorre de forma espontânea e pode estar associada à idade paterna avançada.[4]
A primeira mutação do gene da fibrilina-1 foi identificada em 1990.[12] No entanto, posteriormente, mais de 3000 mutações diferentes já foram identificadas.[13]
Fisiopatologia
As mutações no gene de fibrilina-1 resultam na produção de uma proteína de fibrilina anormal, causando anormalidades na estabilidade mecânica e nas propriedades elásticas do tecido conjuntivo.[14] Foi encontrada up-regulation do fragmento C-terminal da filamina-A na camada média da aorta dilatada na síndrome de Marfan.[15] Isso ocorre devido à clivagem pela protease calpaína. Desse modo, o aumento da atividade de calpaína pode ajudar a explicar as alterações histológicas na aorta dilatada.
As pesquisas sugerem que o fator de transformação de crescimento beta está envolvido na falha da formação de tecido elástico normal.[16][17]
As primeiras experiências com tratamento cirúrgico e estudos histológicos mostram que os pacientes sofrem uma perda de tecido elástico na parede da aorta (degeneração medial). Com frequência, principalmente em associação com dissecção da aorta, também se observa uma perda de células musculares lisas (necrose medial). Além disso, o diagnóstico de necrose medial cística pode ser feito, e os chamados cistos são coleções de fluido de mucina e substância fundamental amorfa. Essas anormalidades causam um enfraquecimento na parede da aorta com subsequente dilatação aórtica e a possibilidade de dissecção da aorta, aneurismas e ruptura. Elas também causam a redução da integridade estrutural da pele, dos ligamentos, das zônulas do cristalino do olho, das vias aéreas pulmonares e da dura-máter vertebral.[16]
Classificação
Tipo de acordo com a história familiar
Familiar: 75% dos casos; hereditário com caráter autossômico dominante.
Esporádico: 25% dos casos; a mutação ocorre de forma espontânea e pode estar associada a idade paterna avançada.[4]
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