Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

em risco de se prejudicar a si mesmo ou aos outros, ou incapaz de atender às suas próprias necessidades básicas

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hospitalização parcial ou encaminhamento do paciente hospitalizado

Os pacientes que necessitam desse tratamento estruturado e de alto nível podem apresentar: perturbações graves de pensamento, humor e/ou controle de impulsos; agressividade; desesperança; julgamento extremamente prejudicado.

A hospitalização involuntária do paciente pode ser necessária.

É imperativo que uma comunicação estreita seja estabelecida entre os provedores de serviços psiquiátricos agudos e o médico de atenção primária. Consulte Mitigação do risco de suicídio.

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encaminhamento para avaliação

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Os pacientes com intoxicação aguda de álcool ou de outra substância e/ou padrão de uso extremamente problemático de substâncias podem requerer tratamento hospitalar para desintoxicação e monitoração subsequente. Isso pode ser particularmente necessário para pacientes com história de comportamento autolesivo ou perturbação do controle dos impulsos. Aqueles com histórias de abstinência de substâncias complicada ou de comorbidades clínicas graves também devem ser considerados para o tratamento em regime de internação.

Esse tratamento pode ocorrer concomitantemente com a estabilização psiquiátrica.

Após o período de internação para tratamento, o encaminhamento para um programa ambulatorial intensivo ou residencial de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias, incluindo um programa de 12 passos, como o Alcoólicos Anônimos ou o Narcóticos Anônimos, proverá a continuidade dos cuidados.

CONTÍNUA

grupo A (estranho/excêntrico): sem risco de vida

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estratégias de manejo do relacionamento e da comunicação com o paciente

O estabelecimento de um relacionamento de suporte estável entre o médico e o paciente é o ponto central da abordagem para manejar os pacientes com transtornos de personalidade.

Uma comunicação objetiva com estilo não invasivo é recomendada nesse grupo. O médico deve demonstrar interesse nas preocupações que o paciente está disposto a compartilhar.

A escassez de pesquisas impossibilita conclusões sobre a eficácia da psicoterapia; portanto, um relacionamento de confiança com o médico de atenção primária pode ser particularmente importante.

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antipsicóticos em baixa dose

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Há uma escassez notável de estudos farmacoterápicos para os transtornos de personalidade esquizoide e paranoide. Muitos pacientes com transtornos de personalidade apresentam problemas relacionados à autolesão e à probabilidade de suicídio, o que torna a prescrição problemática, e os efeitos colaterais podem ser substanciais. Esses são fatores importantes quando a farmacoterapia está sendo considerada.

Os antipsicóticos são de alguma forma úteis na redução dos sintomas tipo psicótico no tratamento do transtorno de personalidade esquizotípica.[90][91]

Os agentes antipsicóticos de primeira geração (por exemplo, haloperidol, perfenazina) estão associados à hiperprolactinemia e a anormalidades do movimento precoces (acatisia e parkinsonismo) e tardias (discinesia tardia), além da síndrome neuroléptica maligna. Os riscos versus os benefícios devem ser cuidadosamente considerados para pacientes individuais.

Os antipsicóticos de segunda geração (por exemplo, aripiprazol) estão associados à síndrome metabólica e não estão livres dos mesmos riscos apresentados pelos antipsicóticos de primeira geração: distúrbios do movimento agudos e tardios e síndrome neuroléptica maligna.

Opções primárias

aripiprazol: 2.5 a 5 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 5-10 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 30 mg/dia

ou

haloperidol: 1-2 mg por via oral a cada 6-8 horas

ou

perfenazina: 2-4 mg por via oral a cada 6-8 horas

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antidepressivos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Há uma escassez notável de estudos farmacoterápicos para os transtornos de personalidade esquizoide e paranoide. Muitos pacientes com transtornos de personalidade apresentam problemas relacionados à autolesão e à probabilidade de suicídio, o que torna a prescrição problemática, e os efeitos colaterais podem ser substanciais. Esses são fatores importantes quando a farmacoterapia está sendo considerada.

Os antidepressivos podem ajudar a minimizar comportamentos de autolesão e sintomas depressivos e tipo psicóticos, como sugerido por alguns estudos abertos.[94][95]

Opções primárias

fluoxetina: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 10 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia

ou

sertralina: 25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 25 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia

ou

venlafaxina: 37.5 a 75 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 75 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 225 mg/dia

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

grupo B (dramático): sem risco de vida

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estratégias de manejo do relacionamento e da comunicação com o paciente

O estabelecimento de um relacionamento de suporte estável entre o médico e o paciente é o ponto central da abordagem para manejar os pacientes com transtornos de personalidade.

A comunicação simples com limites claros e consistentes é recomendada. Os médicos devem ter um comportamento calmo em resposta a crises inevitáveis e preparar o paciente para quaisquer mudanças práticas do tratamento (como cobertura durante as férias). O acordo com o paciente sobre o manejo das crises (compromisso com o tratamento) é importante.[116]

Deve haver a coordenação do cuidado com outros provedores de tratamento a fim de evitar o uso de cisão (um mecanismo de defesa em que o paciente enxerga outras pessoas como completamente boas ou ruins; isso pode levar a desentendimentos entre os responsáveis pelo tratamento do paciente).

Um protocolo prático com relação à cobertura em horários incomuns e o uso de comunicação por via de e-mail deve ser considerado.

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psicoterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

O transtorno de personalidade limítrofe é o único transtorno para o qual existe uma revisão Cochrane concluindo que, apesar de limitações, a psicoterapia é considerada um tratamento efetivo para essa condição.[77]

As diretrizes baseadas em evidências para o transtorno de personalidade limítrofe são: terapia baseada na mentalização; terapia focada na transferência; terapia comportamental dialética e manejo psiquiátrico geral.[80]

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estabilizadores do humor ou anticonvulsivantes

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Há uma escassez de evidências sobre a farmacoterapia para os transtornos de personalidade. Muitos pacientes com transtornos de personalidade apresentam problemas relacionados à autolesão e à probabilidade de suicídio, o que torna a prescrição problemática, e os efeitos colaterais podem ser substanciais. Esses são fatores importantes quando a farmacoterapia está sendo considerada. Pacientes com transtorno de personalidade limítrofe também podem se envolver em atividade sexual arriscada e engravidar. Portanto, a possibilidade de teratogenicidade deve ser considerada para qualquer medicamento usado.

As diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) sobre o transtorno de personalidade limítrofe indicam que o tratamento medicamentoso não deve ser usado especificamente para o transtorno de personalidade limítrofe ou para os sintomas individuais ou para comportamentos associados ao transtorno (por exemplo, autolesão repetida, instabilidade emocional acentuada, comportamentos de risco e sintomas psicóticos transitórios).[97] Entretanto, as diretrizes NICE também sugerem que o tratamento medicamentoso deve ser considerado no tratamento geral de comorbidades clínicas em pacientes com transtornos de personalidade.[97]

Estabilizadores do humor, como o lítio, e anticonvulsivantes (por exemplo, topiramato, divalproato de sódio, lamotrigina) podem apresentar alguma efetividade no tratamento da impulsividade e da agressividade no transtorno de personalidade limítrofe. Estabilizadores do humor e anticonvulsivantes demonstraram um efeito moderado no tratamento da depressão no transtorno de personalidade limítrofe.[98][99]​ No entanto, um ensaio randomizado controlado individualmente por placebo, duplo cego, de dois braços, realizado em 2018 com lamotrigina versus placebo mostrou que a adição de lamotrigina ao atendimento usual das pessoas com transtorno de personalidade limítrofe não foi clinicamente eficaz e não proporcionou um uso custo-efetivo dos recursos.[100]

Os pacientes devem ser monitorados rigorosamente já que muitos deles toleram mal esses medicamentos, o que também limita a titulação dos mesmos. Apesar da impulsividade e da agressividade serem responsivas a esses tratamentos, há uma escassez de evidências sobre a melhora das perturbações interpessoais e de identidade.

A possibilidade de teratogenicidade deve ser considerada para qualquer medicamento usado. É importante observar que o ácido valproico e seus derivados podem causar malformações congênitas graves, incluindo transtornos do neurodesenvolvimento e defeitos do tubo neural, após uma exposição intra-útero. Esses agentes não devem ser usados em pacientes do sexo feminino em idade fértil, a menos que outras opções não sejam adequadas, exista um programa de prevenção da gravidez e certas condições sejam atendidas. Medidas de precaução também podem ser necessárias em pacientes do sexo masculino devido ao risco potencial de que o uso nos 3 meses anteriores à concepção possa aumentar a probabilidade de transtornos do neurodesenvolvimento em seus filhos. Os regulamentos e medidas de precaução para pacientes do sexo feminino e masculino podem variar entre os países, com alguns países adotando uma postura de precaução mais rigorosa, e você deve consultar as orientações locais para obter mais informações. Em alguns países, também é recomendado que topiramato só seja usado em mulheres em idade fértil se houver um programa de prevenção da gravidez estabelecido.

Opções primárias

topiramato: 25 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 25-50 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 400 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas

ou

divalproato de sódio: 250-500 mg/dia por via oral (liberação imediata) administrados em 2-3 doses fracionadas inicialmente, aumentar em incrementos de 250-500 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 2500 mg/dia

ou

lítio: 150 mg por via oral (liberação imediata) duas vezes ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 150-300 mg/dia a cada 3-5 dias de acordo com a resposta, máximo de 1500 mg/dia

Opções secundárias

lamotrigina: 25 mg por via oral uma vez ao dia durante a 1ª e 2ª semanas, seguidos por 50 mg uma vez ao dia durante a 3ª e 4ª semanas, seguidos por 100 mg uma vez ao dia durante a 5ª semana, pode aumentar até um máximo de 200 mg/dia administrados em 2 doses fracionadas a partir da 6ª semana

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

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estratégias de manejo do relacionamento e da comunicação com o paciente

O estabelecimento de um relacionamento de suporte estável entre o médico e o paciente é o ponto central da abordagem para manejar os pacientes com transtornos de personalidade.

A comunicação recomendada entre o médico e o paciente inclui o reconhecimento do paciente como especial, passando autoconfiança nas interações e evitando disputas pelo poder.

A maioria dos estudos de psicoterapia foca apenas no transtorno de personalidade limítrofe, e esta é uma fraqueza reconhecida na literatura.

Não há evidências para dar suporte a quaisquer recomendações farmacoterápicas no transtorno de personalidade narcisista.

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

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1ª linha – 

estratégias de manejo do relacionamento e da comunicação com o paciente

O estabelecimento de um relacionamento de suporte estável entre o médico e o paciente é o ponto central da abordagem para manejar os pacientes com transtornos de personalidade.

A comunicação recomendada entre o médico e o paciente inclui manter distância profissional, fornecer tranquilização, abordar comportamentos sedutores de maneira objetiva e manter um limite profissional.

A maioria dos estudos de psicoterapia foca apenas no transtorno de personalidade limítrofe, e esta é uma fraqueza reconhecida na literatura.

Não há evidências para dar suporte a quaisquer recomendações farmacoterápicas no transtorno de personalidade histriônico.

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

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1ª linha – 

estratégias de manejo do relacionamento e da comunicação com o paciente

O estabelecimento de um relacionamento de suporte estável entre o médico e o paciente é o ponto central da abordagem para manejar os pacientes com transtornos de personalidade.

A comunicação simples e objetiva entre o médico e o paciente é recomendada, com limites claros e consistentes. Exercite precaução ao prescrever substâncias controladas devido ao potencial para o uso ilegal. Além disso, o médico deve estar ciente que muitos desses pacientes não são confiáveis e têm tendência a desrespeitar regras.

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psicoterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O tratamento por manejo de contingência (uma terapia comportamental na qual comportamentos adaptativos são recompensados) pode ser usado. Pesquisas que foquem nos sintomas principais são necessárias.[117]

Uma revisão concluiu que a terapia cognitivo-comportamental (TCC) implementada em um ambiente residencial foi mais efetiva na redução de comportamentos criminais que o tratamento padrão, mas não foi mais efetiva que outras modalidades de tratamento.[83]

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

grupo C (ansioso): sem risco de vida

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1ª linha – 

estratégias de manejo do relacionamento e da comunicação com o paciente

O estabelecimento de um relacionamento de suporte estável entre o médico e o paciente é o ponto central da abordagem para manejar os pacientes com transtornos de personalidade.

Os médicos devem evitar comentários críticos e reforçar comportamentos em que o paciente procura ajuda de maneira apropriada.

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associado a – 

psicoterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Nota-se o progresso do treinamento de habilidades sociais no acompanhamento.[84]

Há resultados conflitantes sobre a eficácia relativa de outros tratamentos. Entretanto, as abordagens psicodinâmica e a TCC também se mostraram eficazes.[84]

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farmacoterapia

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Há uma escassez de evidências sobre a farmacoterapia para os transtornos de personalidade. Muitos pacientes com transtornos de personalidade apresentam problemas relacionados à autolesão e à probabilidade de suicídio, o que torna a prescrição problemática, e os efeitos colaterais podem ser substanciais. Esses são fatores importantes quando a farmacoterapia está sendo considerada.

Os pacientes com transtorno de personalidade esquiva mostraram uma resposta favorável à venlafaxina e aos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs). Entretanto, a sertralina pode ser menos efetiva se os sintomas começaram na infância.[108]

Os medicamentos listados acima devem ser as opções de primeira linha devido ao perfil de efeitos colaterais favorável. A gabapentina e a pregabalina demonstraram alguma eficácia na fobia social e podem beneficiar pacientes com transtorno de personalidade esquiva.[109][110]

Os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) reversíveis, como a moclobemida, possuem suporte para o seu uso.

A fenelzina, se usada, requer grande cautela em relação a riscos graves e a efeitos colaterais.

O uso de qualquer combinação desses medicamentos não é recomendada devido a potenciais interações medicamentosas perigosas, como a síndrome serotoninérgica, e também devido à falta de dados sobre sua eficácia.

Opções primárias

fluoxetina: 10 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 10 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 80 mg/dia

ou

sertralina: 25 mg por via oral uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 25 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 200 mg/dia

ou

venlafaxina: 37.5 a 75 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia inicialmente, aumentar em incrementos de 75 mg/dia em intervalos semanais de acordo com a resposta, máximo de 225 mg/dia

Opções secundárias

gabapentina: 300 mg por via oral três vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 1800 mg/dia

ou

pregabalina: 75 mg por via oral duas vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 600 mg/dia

Opções terciárias

fenelzina: 15 mg por via oral três vezes ao dia inicialmente, aumentar de acordo com a resposta, máximo de 90 mg/dia

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

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1ª linha – 

estratégias de manejo do relacionamento e da comunicação com o paciente

O estabelecimento de um relacionamento de suporte estável entre o médico e o paciente é o ponto central da abordagem para manejar os pacientes com transtornos de personalidade.

Os médicos devem tolerar pedidos repetidos de tranquilização; oferecer fontes úteis e suportar a autoeficácia do paciente; e planejar visitas de atenção primária em horários regulares e pré-estabelecidos (como mensais), em vez de visitas não programadas induzidas pela emergência de novas queixas de sintomas.

Há evidências insuficientes para recomendar qualquer farmacoterapia para o transtorno de personalidade dependente.

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associado a – 

psicoterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Nota-se o progresso do treinamento de habilidades sociais no acompanhamento.[84]

Há resultados conflitantes sobre a eficácia relativa de outros tratamentos. Entretanto, as abordagens psicodinâmica e a TCC também se mostraram eficazes.[84]

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

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1ª linha – 

estratégias de manejo do relacionamento e da comunicação com o paciente

O estabelecimento de um relacionamento de suporte estável entre o médico e o paciente é o ponto central da abordagem para manejar os pacientes com transtornos de personalidade.

Os médicos devem oferecer informação sobre condições/tratamentos sem discussões extensas; disputas pelo poder devem ser evitadas.

Em vez de encorajar a procura de informações na internet e em outras fontes, deve-se reforçar outros interesses (aqueles que auxiliam nos comportamentos funcionais, não relacionados à doença).

Há evidências insuficientes para recomendar qualquer farmacoterapia para o transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva.

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associado a – 

psicoterapia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Nota-se o progresso do treinamento de habilidades sociais no acompanhamento.[84]

Há resultados conflitantes sobre a eficácia relativa de outros tratamentos. Entretanto, as abordagens psicodinâmica e a TCC também se mostraram eficazes.[84]

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

características múltiplas dos diferentes transtornos de personalidade: sem risco de vida

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farmacoterapia complexa + encaminhamento psiquiátrico

Os pacientes com misturas de sintomas significativos (cognitivo-perceptivo, desregulação afetiva, descontrole da impulsividade e abuso de substâncias) são comumente encontrados.

Intervenções farmacológicas complexas podem ser necessárias para abordar esses sintomas. Muitos pacientes com transtornos de personalidade apresentam problemas relacionados à autolesão e à probabilidade de suicídio, o que torna a prescrição problemática, e os efeitos colaterais podem ser substanciais. Esses são fatores importantes quando a farmacoterapia está sendo considerada.

Recomenda-se consultar um psiquiatra se benzodiazepínicos, estimulantes, opioides ou medicamentos psicotrópicos com potencial de superdosagem letal (antidepressivos tricíclicos e inibidor da monoaminoxidase [IMAO], lítio) forem prescritos ou considerados para uso.

A consulta psiquiátrica pode também ser prudente para pacientes com resposta sintomática inadequada às intervenções medicamentosas iniciais, aos com sintomas psiquiátricos que estejam escalando em gravidade, e aos que se encontram em um regime complicado com a incorporação de agentes psicotrópicos múltiplos.

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encaminhamento a programas de tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Idealmente, o encaminhamento pode ser feito a um programa de tratamento de natureza multimodal com componentes clínicos, psiquiátricos, psicológicos, de aconselhamento e de treinamento de habilidades, como indicado. Além disso, deve-se encorajar a participação em reuniões de programas de 12 passos (por exemplo, AA ou NA).

A farmacoterapia pode ser empregada para a promoção da abstinência de substâncias.

Nos casos em que o acesso ao tratamento do transtorno relacionado ao uso de substâncias é limitado, os médicos de atenção primária podem utilizar intervenções de aconselhamento comportamental e farmacoterapias indicadas.[68][115]

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