Complicações
A gravidez e o parto vaginal costumam ser bem tolerados em mulheres com cardiomiopatia hipertrófica assintomática e sem obstrução significativa da via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE).
Recomenda-se o cuidado médico materno/fetal especializado para mulheres em terapia medicamentosa, pois os medicamentos podem ter efeitos adversos sobre o feto.
Recomenda-se, ainda, o cuidado médico materno/fetal especializado para mulheres que estão sintomáticas ou que têm uma obstrução da VSVE >50 mmHg, pois os sintomas podem piorar em função de mudanças na contratilidade, frequência cardíaca e resistência vascular ou capacitância venosa. Essas mudanças ocorrem na gravidez, no trabalho de parto e/ou no parto.[109][110]
A morte súbita cardíaca (MSC) é a forma mais comum de morte em pessoas jovens com cardiomiopatia hipertrófica (CMH), ocorrendo com uma incidência de 1% ao ano.[67] O mecanismo proposto de MSC é a taquicardia ventricular secundária à isquemia.[4] A MSC ocorre tipicamente no contexto de um esforço físico extremo.
Os fatores de risco para morte súbita por CMH incluem: idade mais jovem; taquicardia ventricular não sustentada no monitoramento por Holter; resposta anormal da PA ao exercício; hipertrofia maciça (espessura da parede ventricular esquerda ≥30 mm); obstrução grave do fluxo de saída na ecocardiografia; história familiar de morte súbita; história pessoal de síncope inexplicada; parada cardíaca ou taquicardia ventricular sustentada prévia; disfunção sistólica ventricular esquerda com fração de ejeção <50%; aumento do átrio esquerdo; presença de aneurisma atípico ventricular esquerdo; realce tardio com gadolínio difuso e extensivo por RNM cardíaca.[1][2][40] Pacientes com CMH que sobreviveram a uma parada cardíaca e foram tratados com terapia medicamentosa convencional ou cirurgia demonstraram ter uma taxa de mortalidade em 7 anos de 33%.[29]
O local da vegetação é, geralmente, o folheto anterior da valva mitral.
A cardiomiopatia hipertrófica não exige mais profilaxia com antibióticos para EI, a não ser que haja história prévia de endocardite ou valva protética.
A fibrilação atrial na cardiomiopatia hipertrófica (CMH) aumenta significativamente o risco de AVC causado por êmbolos sistêmicos.[4]
A anticoagulação é recomendada para os pacientes com CMH e fibrilação atrial, com anticoagulantes orais diretos de primeira linha e antagonistas da vitamina K (por exemplo, varfarina) de segunda linha.[2]
Arritmias atriais, incluindo fibrilação atrial, são comuns, particularmente em pacientes idosos com cardiomiopatia hipertrófica (CMH). A prevalência de fibrilação atrial entre pacientes com CMH é estimada em 17% a 39%, com incidência anual de 2.8% a 4.8%.[1] É frequentemente mal tolerada em pacientes com CMH.[2]
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