Epidemiologia

Existem achados inconsistentes com relação à prevalência da demência com corpos de Lewy (DCL). Muitos dependem dos métodos de avaliação dos casos, que mudaram com o tempo, e da orientação e conscientização dos médicos que definem o diagnóstico com relação à DCL.

Estima-se que, em 2019, 57.4 milhões de pessoas viviam com demência no mundo todo.[5] A prevalência da DCL é provavelmente de cerca de 10% a 25% de todos os casos de demência, e é a segunda doença neurodegenerativa primária mais comum nos idosos, depois da doença de Alzheimer (DA).[6]​ É mais provável que a DCL se apresente como uma forma não amnésica de comprometimento cognitivo leve (CCL), enquanto a ocorrência de um CCL amnésico é mais provável na DA.[2][7]​​ A DCL provavelmente é representada em um número muito mais elevado nas clínicas com interesse específico em distúrbios neuropsiquiátricos (porque a psicose é uma indicação para o encaminhamento). A patologia de demência mista é comum; até 50% dos pacientes com DA apresentam patologia relacionada aos corpos de Lewy não suspeitada à autópsia.[1] O consenso mais recente é o de que a regra de 1 ano em termos de sintomas cognitivos que precedem a disfunção motora é útil na distinção entre DCL e transtorno neurocognitivo relacionado à doença de Parkinson.[1]

A incidência da DCL é de aproximadamente 0.1% ao ano para a população geral. Existem algumas evidências de que a prevalência esteja positivamente correlacionada ao aumento da idade.[8] A literatura sobre outros fatores de risco específicos é limitada. Não há consenso se há diferenças entre os sexos na prevalência; estudos relataram preponderâncias tanto entre homens quanto entre mulheres.[9][10] Acredita-se que não há diferenças étnicas ou geográficas significativas na prevalência.[8]

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