Câncer de ovário
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
candidato à cirurgia, doença confirmada por histologia intraoperatória
estadiamento cirúrgico ± cirurgia citorredutora
A cirurgia é necessária para o diagnóstico histológico, estadiamento e citorredução do tumor e é o tratamento primário em pacientes elegíveis.
Constatou-se que a cirurgia realizada por um oncologista ginecológico experiente está associada a melhores desfechos de sobrevida.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [118]Bristow RE, Tomacruz RS, Armstrong DK, et al. Survival effect of maximal cytoreductive surgery for advanced ovarian carcinoma during the platinum era: a meta-analysis. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1248-59. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870167?tool=bestpractice.com [119]Kehoe S, Powell J, Wilson S, et al. The influence of the operating surgeon's specialisation on patient survival in ovarian carcinoma. Br J Cancer. 1994 Nov;70(5):1014-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7947077?tool=bestpractice.com [120]Earle CC, Schrag D, Neville BA, et al. Effect of surgeon specialty on processes of care and outcomes for ovarian cancer patients. J Natl Cancer Inst. 2006 Feb 1;98(3):172-80. https://academic.oup.com/jnci/article/98/3/172/2521951 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16449677?tool=bestpractice.com [121]Engelen MJ, Kos HE, Willemse PH, et al. Surgery by consultant gynecologic oncologists improves survival in patients with ovarian carcinoma. Cancer. 2006 Feb 1;106(3):589-98. https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.21616 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16369985?tool=bestpractice.com
A avaliação do risco genético e os testes genéticos (por exemplo, para mutações BRCA1 e BRCA2 e outros genes de suscetibilidade a câncer de ovário) devem ser realizados se não tiverem sido feitos anteriormente.[79]Konstantinopoulos PA, Norquist B, Lacchetti C, et al. Germline and somatic tumor testing in epithelial ovarian cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Apr 10;38(11):1222-45. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.02960 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31986064?tool=bestpractice.com [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com Na ausência de uma mutação de linha germinativa em BRCA, recomenda-se o teste somático tumoral para o status de mutações em BRCA e deficiência de recombinação homóloga (HRD).[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [79]Konstantinopoulos PA, Norquist B, Lacchetti C, et al. Germline and somatic tumor testing in epithelial ovarian cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Apr 10;38(11):1222-45. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.02960 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31986064?tool=bestpractice.com [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
Um estadiamento cirúrgico abrangente e biópsias de estadiamento são indicados se a histologia intraoperatória confirmar a presença de um carcinoma ovariano.
O estadiamento cirúrgico é necessário para avaliar a extensão da doença; até 30% das pacientes com câncer de ovário aparente em estádio inicial podem passar para um estádio mais avançado mediante um estadiamento abrangente.[91]Garcia-Soto AE, Boren T, Wingo SN, et al. Is comprehensive surgical staging needed for thorough evaluation of early-stage ovarian carcinoma? Am J Obstet Gynecol. 2012 Mar;206(3):242.e1-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055337?tool=bestpractice.com [122]Young RC, Decker DG, Wharton JT, et al. Staging laparotomy in early ovarian cancer. JAMA. 1983 Dec 9;250(22):3072-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6358558?tool=bestpractice.com
Geralmente, o estadiamento cirúrgico inclui histerectomia abdominal total, salpingo-ooforectomia bilateral, apendicectomia (se o apêndice parecer anormal em pacientes com suspeita ou confirmação de tumores de ovário mucinosos), omentectomia, dissecção de linfonodos pélvicos e para-aórticos, lavagens pélvicas e biópsias peritoneais.[123]Querleu D, Planchamp F, Chiva L, et al. European Society of Gynaecological Oncology (ESGO) guidelines for ovarian cancer surgery. Int J Gynecol Cancer. 2017 Sep;27(7):1534-42. https://ijgc.bmj.com/content/ijgc/27/7/1534.full.pdf http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30814245?tool=bestpractice.com [124]Rosendahl M, Haueberg Oester LA, Høgdall CK. The importance of appendectomy in surgery for mucinous adenocarcinoma of the ovary. Int J Gynecol Cancer. 2017 Mar;27(3):430-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28060142?tool=bestpractice.com
Há controvérsia quanto aos benefícios da dissecção sistemática dos linfonodos pélvicos e para-aórticos durante a cirurgia.[125]Harter P, Sehouli J, Lorusso D, et al. A randomized trial of lymphadenectomy in patients with advanced ovarian neoplasms. N Engl J Med. 2019 Feb 28;380(9):822-32. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1808424 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30811909?tool=bestpractice.com [126]Chiyoda T, Sakurai M, Satoh T, et al. Lymphadenectomy for primary ovarian cancer: a systematic review and meta-analysis. J Gynecol Oncol. 2020 Sep;31(5):e67. https://ejgo.org/DOIx.php?id=10.3802/jgo.2020.31.e67 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32808497?tool=bestpractice.com As diretrizes da National Comprehensive Cancer Network (NCCN) recomendam a dissecção dos linfonodos pélvicos e para-aórticos apenas para as pacientes com doença confinada aos ovários afetados ou à pelve, e para aquelas com doença mais extensa com nódulos tumorais ≤2 cm fora da pelve. Para aquelas com doença mais extensa fora da pelve (nódulos >2 cm), os linfonodos suspeitos ou aumentados devem ser removidos, se possível.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Geralmente, a histerectomia e a salpingo-ooforectomia bilateral são realizadas durante o estadiamento cirúrgico abrangente. No entanto, determinadas pacientes com doença de baixo risco em estágio inicial (ou seja, estádio 1A ou IB, grau 1 ou 2) que desejam preservar a fertilidade podem ser consideradas para a cirurgia de estadiamento poupadora de fertilidade, que envolve a preservação do útero e do ovário contralateral e da tuba uterina. A avaliação pré-operatória por um endocrinologista reprodutivo é recomendada para mulheres que desejam preservar a fertilidade. A cirurgia de conclusão deve ser considerada após o término da gravidez para mulheres que passam por um procedimento que preserva a fertilidade.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV no estadiamento cirúrgico necessitam de esforço cirúrgico máximo para fazer a citorredução de todos os depósitos tumorais (isto é, citorredução completa [R0]), inclusive remoção de toda a doença residual macroscópica do abdome, pelve e retroperitônio. A citorredução completa é o padrão atual de tratamento, embora a maioria das evidências que respaldam essa abordagem provenha de estudos retrospectivos.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com [118]Bristow RE, Tomacruz RS, Armstrong DK, et al. Survival effect of maximal cytoreductive surgery for advanced ovarian carcinoma during the platinum era: a meta-analysis. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1248-59. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870167?tool=bestpractice.com
Se a citorredução completa não for possível, a citorredução ideal deve ser o objetivo cirúrgico (ou seja, doença residual <1 cm). As pacientes que conseguirem obter a citorredução ideal têm uma melhor sobrevida em comparação com aquelas com doença residual extensa após a cirurgia de citorredução primária.[118]Bristow RE, Tomacruz RS, Armstrong DK, et al. Survival effect of maximal cytoreductive surgery for advanced ovarian carcinoma during the platinum era: a meta-analysis. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1248-59. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870167?tool=bestpractice.com
Outros procedimentos cirúrgicos podem ser realizados durante a cirurgia de citorredução para obter uma citorredução completa ou ideal, entre eles a ressecção intestinal, a ressecção do diafragma e a esplenectomia. Embora isso esteja associado a aumento do risco cirúrgico e morbidade, geralmente, é contrabalançado por uma melhora significativa na sobrevida.[118]Bristow RE, Tomacruz RS, Armstrong DK, et al. Survival effect of maximal cytoreductive surgery for advanced ovarian carcinoma during the platinum era: a meta-analysis. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1248-59. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870167?tool=bestpractice.com [127]Gerestein CG, Damhuis RA, Burger CW, et al. Postoperative mortality after primary cytoreductive surgery for advanced stage epithelial ovarian cancer: a systematic review. Gynecol Oncol. 2009 Sep;114(3):523-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19344936?tool=bestpractice.com [128]du Bois A, Reuss A, Pujade-Lauraine E, et al. Role of surgical outcome as prognostic factor in advanced epithelial ovarian cancer: a combined exploratory analysis of 3 prospectively randomized phase 3 multicenter trials: by the Arbeitsgemeinschaft Gynaekologische Onkologie Studiengruppe Ovarialkarzinom (AGO-OVAR) and the Groupe d'Investigateurs Nationaux Pour les Etudes des Cancers de l'Ovaire (GINECO). Cancer. 2009 Mar 15;115(6):1234-44. https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.24149 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19189349?tool=bestpractice.com
A laparoscopia pode ser usada em pacientes com doença avançada para avaliar se a citorredução completa ou ideal pode ser obtida com a cirurgia de citorredução.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [129]van de Vrie R, Rutten MJ, Asseler JD, et al. Laparoscopy for diagnosing resectability of disease in women with advanced ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Mar 23;(3):CD009786. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009786.pub3/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30907434?tool=bestpractice.com
A maioria das pacientes requer quimioterapia adjuvante após o estadiamento cirúrgico e a cirurgia citorredutora. A quimioterapia adjuvante é empregada para erradicar quaisquer tumores residuais microscópicos ou milimétricos após a citorredução completa ou ideal.
observação
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença de baixo risco em estágio inicial (estádio IA ou IB) e características tumorais favoráveis (doença de grau 1 ou 2) não necessitam de quimioterapia adjuvante após estadiamento cirúrgico abrangente, uma vez que não se constatou nenhuma melhora na sobrevida desses pacientes.[131]Young RC, Walton LA, Ellenberg SS, et al. Adjuvant therapy in stage I and stage II epithelial ovarian cancer - results of two prospective randomized trials. N Engl J Med. 1990 Apr 12;322(15):1021-7. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199004123221501 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2181310?tool=bestpractice.com [132]Lawrie TA, Winter-Roach BA, Heus P, et al. Adjuvant (post-surgery) chemotherapy for early stage epithelial ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Dec 17;(12):CD004706. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004706.pub5/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26676202?tool=bestpractice.com
Recomenda-se a observação após o estadiamento cirúrgico, desde que um estadiamento cirúrgico abrangente tenha sido realizado.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [91]Garcia-Soto AE, Boren T, Wingo SN, et al. Is comprehensive surgical staging needed for thorough evaluation of early-stage ovarian carcinoma? Am J Obstet Gynecol. 2012 Mar;206(3):242.e1-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055337?tool=bestpractice.com [133]Timmers PJ, Zwinderman AH, Coens C, et al. Understanding the problem of inadequately staging early ovarian cancer. Eur J Cancer. 2010 Mar;46(5):880-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20074933?tool=bestpractice.com Até 30% das pacientes com câncer de ovário aparente em estádio inicial podem passar para um estádio mais avançado mediante um estadiamento abrangente.[91]Garcia-Soto AE, Boren T, Wingo SN, et al. Is comprehensive surgical staging needed for thorough evaluation of early-stage ovarian carcinoma? Am J Obstet Gynecol. 2012 Mar;206(3):242.e1-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055337?tool=bestpractice.com [122]Young RC, Decker DG, Wharton JT, et al. Staging laparotomy in early ovarian cancer. JAMA. 1983 Dec 9;250(22):3072-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6358558?tool=bestpractice.com
quimioterapia adjuvante à base de platina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença em estágio inicial que apresentam características tumorais desfavoráveis (doença em estádio IA ou IB e grau 3) ou alto risco de recorrência (doença em estádio IC) requerem quimioterapia adjuvante à base de platina após o estadiamento cirúrgico abrangente.
O paclitaxel associado à carboplatina é o esquema de escolha para a quimioterapia adjuvante.[134]Bell J, Brady MF, Young RC, et al; Gynecologic Oncology Group. Randomized phase III trial of three versus six cycles of adjuvant carboplatin and paclitaxel in early stage epithelial ovarian carcinoma: a Gynecologic Oncology Group study. Gynecol Oncol. 2006 Sep;102(3):432-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16860852?tool=bestpractice.com
O docetaxel associado à carboplatina é uma opção alternativa para pacientes alérgicos ou intolerantes ao paclitaxel.[135]Vasey PA, Atkinson R, Osborne R, et al. SCOTROC 2A: carboplatin followed by docetaxel or docetaxel-gemcitabine as first-line chemotherapy for ovarian cancer. Br J Cancer. 2006 Jan 16;94(1):62-8. https://www.nature.com/articles/6602909 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16404361?tool=bestpractice.com [136]Vasey PA, Jayson GC, Gordon A, et al. Phase III randomized trial of docetaxel-carboplatin versus paclitaxel-carboplatin as first-line chemotherapy for ovarian carcinoma. J Natl Cancer Inst. 2004 Nov 17;96(22):1682-91. https://www.doi.org/10.1093/jnci/djh323 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15547181?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada a doxorrubicina lipossomal também pode ser considerada.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [137]Pignata S, Scambia G, Ferrandina G, et al. Carboplatin plus paclitaxel versus carboplatin plus pegylated liposomal doxorubicin as first-line treatment for patients with ovarian cancer: the MITO-2 randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2011 Sep 20;29(27):3628-35. https://www.doi.org/10.1200/JCO.2010.33.8566 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21844495?tool=bestpractice.com
A eficácia parece ser semelhante para os esquemas de tratamento recomendados, mas devem ser levados em conta diferentes perfis de toxicidade.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Normalmente, a quimioterapia adjuvante é administrada por via intravenosa por 3 a 6 ciclos.
No estudo Gynecologic Oncology Group (GOG) 157, a taxa de recorrência com 6 ciclos de paclitaxel associado à carboplatina foi 24% menor que com 3 ciclos em pacientes com doença de alto risco em estágio inicial, mas esse achado não foi estatisticamente significativo.[134]Bell J, Brady MF, Young RC, et al; Gynecologic Oncology Group. Randomized phase III trial of three versus six cycles of adjuvant carboplatin and paclitaxel in early stage epithelial ovarian carcinoma: a Gynecologic Oncology Group study. Gynecol Oncol. 2006 Sep;102(3):432-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16860852?tool=bestpractice.com O uso de 6 ciclos foi associado a mais toxicidade (por exemplo, neurotoxicidade, anemia e granulocitopenia).[134]Bell J, Brady MF, Young RC, et al; Gynecologic Oncology Group. Randomized phase III trial of three versus six cycles of adjuvant carboplatin and paclitaxel in early stage epithelial ovarian carcinoma: a Gynecologic Oncology Group study. Gynecol Oncol. 2006 Sep;102(3):432-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16860852?tool=bestpractice.com
A decisão de tratar com 3 ou mais ciclos de quimioterapia é tomada pelo médico e pela paciente, reconhecendo as limitações do estudo do GOG.
Uma estratégia de tratamento razoável é planejar 3 ciclos de quimioterapia e avaliar os efeitos adversos e a toxicidade. Se 3 ciclos de quimioterapia forem bem tolerados, poderão ser considerados até mais 3 ciclos de tratamento.
Opções primárias
paclitaxel
e
carboplatina
Opções secundárias
doxorrubicina lipossomal
e
carboplatina
ou
docetaxel
e
carboplatina
quimioterapia adjuvante à base de platina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV necessitam de quimioterapia adjuvante à base de platina (por exemplo, paclitaxel associado a carboplatina) após estadiamento cirúrgico e cirurgia de citorredução.[138]Ozols RF, Bundy BM, Greer BE, et al; Gynecologic Oncology Group. Phase III trial of carboplatin and paclitaxel compared with cisplatin and paclitaxel in patients with optimally resected stage III ovarian cancer: a Gynecologic Oncology Group study. J Clin Oncol. 2003 Sep 1;21(17):3194-200. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12860964?tool=bestpractice.com Normalmente, a quimioterapia adjuvante é administrada por 6 ciclos.
O docetaxel associado à carboplatina é uma alternativa para pacientes alérgicos ou intolerantes ao paclitaxel.[135]Vasey PA, Atkinson R, Osborne R, et al. SCOTROC 2A: carboplatin followed by docetaxel or docetaxel-gemcitabine as first-line chemotherapy for ovarian cancer. Br J Cancer. 2006 Jan 16;94(1):62-8. https://www.nature.com/articles/6602909 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16404361?tool=bestpractice.com [136]Vasey PA, Jayson GC, Gordon A, et al. Phase III randomized trial of docetaxel-carboplatin versus paclitaxel-carboplatin as first-line chemotherapy for ovarian carcinoma. J Natl Cancer Inst. 2004 Nov 17;96(22):1682-91. https://www.doi.org/10.1093/jnci/djh323 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15547181?tool=bestpractice.com
Carboplatina associada a doxorrubicina lipossomal também pode ser considerada como uma opção alternativa.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [137]Pignata S, Scambia G, Ferrandina G, et al. Carboplatin plus paclitaxel versus carboplatin plus pegylated liposomal doxorubicin as first-line treatment for patients with ovarian cancer: the MITO-2 randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2011 Sep 20;29(27):3628-35. https://www.doi.org/10.1200/JCO.2010.33.8566 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21844495?tool=bestpractice.com
A eficácia parece ser semelhante para os esquemas de tratamento recomendados, mas devem ser levados em conta diferentes perfis de toxicidade.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Esquemas de dosagem semanal ou de alta densidade de dose para paclitaxel associado à carboplatina podem ser considerados em vez da dosagem convencional de 3 vezes por semana para certas pacientes com doença em estádio II, III ou IV (por exemplo, paclitaxel semanal associado a carboplatina semanal para pacientes idosas ou frágeis), embora as evidências sejam ambíguas.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com [140]Gourley C, Bookman MA. Evolving concepts in the management of newly diagnosed epithelial ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 20;37(27):2386-97. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31403859?tool=bestpractice.com [141]Clamp AR, James EC, McNeish IA, et al. Weekly dose-dense chemotherapy in first-line epithelial ovarian, fallopian tube, or primary peritoneal cancer treatment (ICON8): overall survival results from an open-label, randomised, controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2022 Jul;23(7):919-30. https://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(22)00283-2/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35690073?tool=bestpractice.com [142]Pergialiotis V, Liatsou E, Thomakos N, et al. Survival outcomes of epithelial ovarian cancer patients following dose-dense versus 3-weekly platinum-paclitaxel chemotherapy: a meta-analysis. Clin Oncol (R Coll Radiol). 2023 Feb;35(2):e189-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36357255?tool=bestpractice.com [143]Gong W, Yu R, Cao C, et al. Dose-dense regimen versus conventional three-weekly paclitaxel combination with carboplatin chemotherapy in first-line ovarian cancer treatment: a systematic review and meta-analysis. J Ovarian Res. 2023 Jul 10;16(1):136. https://ovarianresearch.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13048-023-01216-z http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37430376?tool=bestpractice.com [144]Safra T, Waissengrin B, Levy T, et al. Weekly carboplatin and paclitaxel: a retrospective comparison with the three-weekly schedule in first-line treatment of ovarian cancer. Oncologist. 2021 Jan;26(1):30-9. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7794189 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32657524?tool=bestpractice.com
As pacientes com doença em estádio II ou III submetidas a uma cirurgia de citorredução completa ou ideal (isto é, doença residual <1 cm) podem ser consideradas para quimioterapia intraperitoneal adjuvante em vez da quimioterapia intravenosa convencional.
A quimioterapia intraperitoneal é administrada diretamente na cavidade peritoneal por meio de uma via de acesso subcutânea colocada no abdome durante a cirurgia. A superfície peritoneal é o principal sítio de recorrência em pacientes com câncer de ovário.[150]Amate P, Huchon C, Dessapt AL, et al. Ovarian cancer: sites of recurrence. Int J Gynecol Cancer. 2013 Nov;23(9):1590-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24172095?tool=bestpractice.com
Pacientes com boa capacidade funcional devem ser cuidadosamente selecionadas para a quimioterapia intraperitoneal.[151]Fung-Kee-Fung M, Provencher D, Rosen B, et al; IP Chemotherapy Working Group/Society of Gynecologic Oncologists of Canada. Intraperitoneal chemotherapy for patients with advanced ovarian cancer: a review of the evidence and standards for the delivery of care. Gynecol Oncol. 2007 Jun;105(3):747-56.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17368522?tool=bestpractice.com
[ ]
In the initial management of primary epithelial ovarian cancer, how does adding an intraperitoneal component to intravenous chemotherapy affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1262/fullMostre-me a resposta A quimioterapia intravenosa deve ser usada se a quimioterapia intraperitoneal não for adequada.
Ensaios clínicos randomizados constaram um benefício de sobrevida com a quimioterapia intraperitoneal em comparação com a quimioterapia intravenosa em pacientes com doença em estádio III submetidos à citorredução ideal.[152]Armstrong DK, Bundy B, Wenzel L, et al; Gynecologic Oncology Group. Intraperitoneal cisplatin and paclitaxel in ovarian cancer. N Engl J Med. 2006 Jan 5;354(1):34-43. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa052985 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16394300?tool=bestpractice.com [153]Markman M, Bundy BM, Alberts DS, et al. Phase III trial of standard dose intravenous carboplatin plus paclitaxel versus moderately high dose carboplatin followed by intravenous paclitaxel and intraperitoneal cisplatin in small volume stage III ovarian carcinoma: an intergroup study of the Gynecologic Oncology Group, Southwestern Oncology Group, and Eastern Cooperative Oncology Group. J Clin Oncol. 2001 Feb 15;19(4):1001-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11181662?tool=bestpractice.com [154]Alberts DS, Liu PY, Hannigan EV, et al. Intraperitoneal cisplatin plus intravenous cyclophosphamide versus intravenous cisplatin plus intravenous cyclophosphamide for stage III ovarian cancer. N Engl J Med. 1996 Dec 26;335(26):1950-5. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199612263352603 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8960474?tool=bestpractice.com [155]Wenzel LB, Huang HQ, Armstrong DK, et al; Gynecologic Oncology Group. Health-related quality of life during and after intraperitoneal versus intravenous chemotherapy for optimally debulked ovarian cancer: a Gynecologic Oncology Group study. J Clin Oncol. 2007 Feb 1;25(4):437-43. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2006.07.3494 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17264340?tool=bestpractice.com Embora não tenha sido demonstrado nenhum benefício de sobrevida em pacientes com doença em estádio II após uma citorredução ideal, as diretrizes recomendam que essas pacientes sejam consideradas para quimioterapia intraperitoneal.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [156]Gadducci A, Carnino F, Chiara S, et al. Intraperitoneal versus intravenous cisplatin in combination with intravenous cyclophosphamide and epidoxorubicin in optimally cytoreduced advanced epithelial ovarian cancer: a randomized trial of the Gruppo Oncologico Nord-Ovest. Gynecol Oncol. 2000 Feb;76(2):157-62. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10637064?tool=bestpractice.com [157]Walker JL, Brady MF, Wenzel L, et al. Randomized trial of intravenous versus intraperitoneal chemotherapy plus bevacizumab in advanced ovarian carcinoma: an NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study. J Clin Oncol. 2019 Jun 1;37(16):1380-90. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.18.01568 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31002578?tool=bestpractice.com A quimioterapia intraperitoneal não é recomendada para a doença em estádios I ou IV.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Em comparação com a terapia intravenosa isolada (paclitaxel associado a cisplatina), o paclitaxel intravenoso associado a cisplatina intraperitoneal e paclitaxel intraperitoneal, administrados por 6 ciclos, melhora a sobrevida em pacientes com câncer de ovário em estádio III com citorredução ideal.[152]Armstrong DK, Bundy B, Wenzel L, et al; Gynecologic Oncology Group. Intraperitoneal cisplatin and paclitaxel in ovarian cancer. N Engl J Med. 2006 Jan 5;354(1):34-43.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa052985
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16394300?tool=bestpractice.com
[ ]
In the initial management of primary epithelial ovarian cancer, how does adding an intraperitoneal component to intravenous chemotherapy affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1262/fullMostre-me a resposta
Opções primárias
paclitaxel
e
carboplatina
Opções secundárias
docetaxel
e
carboplatina
ou
doxorrubicina lipossomal
e
carboplatina
ou
paclitaxel
e
cisplatina
bevacizumabe
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A combinação de bevacizumabe (um anticorpo monoclonal humanizado que tem como alvo o fator de crescimento endotelial vascular) com paclitaxel adjuvante associado a carboplatina ou docetaxel associado a carboplatina pode também ser considerada em pacientes com doença em estádio III ou IV.
No estudo GOG 218 e no estudo ICON7, a adição de bevacizumabe ao paclitaxel adjuvante associado à carboplatina em pacientes com doença avançada melhorou a sobrevida livre de progressão (mas não a sobrevida global) em comparação com o paclitaxel associado à carboplatina isolada.[145]Burger RA, Brady MF, Bookman MA, et al; Gynecologic Oncology Group. Incorporation of bevacizumab in the primary treatment of ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2473-83. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1104390 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204724?tool=bestpractice.com [146]Perren TJ, Swart AM, Pfisterer J, et al; ICON7 Investigators. A phase 3 trial of bevacizumab in ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2484-96. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1103799 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204725?tool=bestpractice.com [147]Burger RA, Brady MF, Rhee J, et al. Independent radiologic review of the Gynecologic Oncology Group Study 0218, a phase III trial of bevacizumab in the primary treatment of advanced epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. Gynecol Oncol. 2013 Oct;131(1):21-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23906656?tool=bestpractice.com [148]Tewari KS, Burger RA, Enserro D, et al. Final overall survival of a randomized trial of bevacizumab for primary treatment of ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 10;37(26):2317-28. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01009 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31216226?tool=bestpractice.com
Uma análise de subgrupos do estudo ICON7 relatou melhora da sobrevida global em certos pacientes de alto risco que receberam bevacizumabe, inclusive aqueles com doença em estádio III após citorredução abaixo do ideal, doença em estádio IV ou doença inoperável.[149]González Martín A, Oza AM, Embleton AC, et al; ICON7 Investigators. Exploratory outcome analyses according to stage and/or residual disease in the ICON7 trial of carboplatin and paclitaxel with or without bevacizumab for newly diagnosed ovarian cancer. Gynecol Oncol. 2019 Jan;152(1):53-60. https://www.gynecologiconcology-online.net/article/S0090-8258(18)31166-1/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30449719?tool=bestpractice.com
A combinação de bevacizumabe com quimioterapia intraperitoneal não é recomendada, pois não demonstrou melhorar a sobrevida livre de progressão em comparação com o bevacizumabe associado à quimioterapia intravenosa.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [157]Walker JL, Brady MF, Wenzel L, et al. Randomized trial of intravenous versus intraperitoneal chemotherapy plus bevacizumab in advanced ovarian carcinoma: an NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study. J Clin Oncol. 2019 Jun 1;37(16):1380-90. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.18.01568 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31002578?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bevacizumabe
terapia de manutenção
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV que atingem uma resposta completa ou parcial após o tratamento inicial podem ser considerados para terapia de manutenção com bevacizumabe e/ou um inibidor da poli (adenosina difosfato-ribose) polimerase (PARP).
O bevacizumabe é recomendado como uma opção para terapia de manutenção em pacientes sem mutação BRCA1 ou BRCA2, ou com situação de mutação desconhecido, que apresentam resposta completa ou parcial após quimioterapia de primeira linha que incluiu bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O bevacizumabe de manutenção demonstrou uma melhor sobrevida livre de progressão, mas não para a sobrevida global.[145]Burger RA, Brady MF, Bookman MA, et al; Gynecologic Oncology Group. Incorporation of bevacizumab in the primary treatment of ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2473-83. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1104390 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204724?tool=bestpractice.com [146]Perren TJ, Swart AM, Pfisterer J, et al; ICON7 Investigators. A phase 3 trial of bevacizumab in ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2484-96. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1103799 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204725?tool=bestpractice.com [147]Burger RA, Brady MF, Rhee J, et al. Independent radiologic review of the Gynecologic Oncology Group Study 0218, a phase III trial of bevacizumab in the primary treatment of advanced epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. Gynecol Oncol. 2013 Oct;131(1):21-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23906656?tool=bestpractice.com [148]Tewari KS, Burger RA, Enserro D, et al. Final overall survival of a randomized trial of bevacizumab for primary treatment of ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 10;37(26):2317-28. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01009 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31216226?tool=bestpractice.com
Os inibidores de PARP (por exemplo, olaparibe, niraparibe, rucaparibe) visam as células cancerosas com deficiência de reparo do DNA por recombinação homóloga causada por mutações genéticas (por exemplo, BRCA) ou instabilidade genética.[176]Underhill C, Toulmonde M, Bonnefoi H. A review of PARP inhibitors: from bench to bedside. Ann Oncol. 2011 Feb;22(2):268-79. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20643861?tool=bestpractice.com Os inibidores de PARP mostraram desfechos melhores em pacientes com mutação BRCA1 ou BRCA2 em comparação com bevacizumabe.
O olaparibe, o niraparibe ou o rucaparibe são recomendados para a terapia de manutenção nas pacientes com doença em estádio II, III ou IV com mutação em BRCA1 ou BRCA2 que estiverem em resposta completa ou parcial após a quimioterapia de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com O olaparibe pode ser usado em combinação com o bevacizumabe nas pacientes com mutação em BRCA1 ou BRCA2, ou que apresentarem deficiência de recombinação homóloga (HRD), se a quimioterapia de primeira linha tiver incluído bevacizumabe; o niraparibe pode ser usado em combinação com o bevacizumabe se a paciente não tolerar o olaparibe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para as pacientes sem mutação BRCA1 ou BRCA2, ou com status mutacional desconhecido, que estiverem em resposta completa ou parcial após uma quimioterapia de primeira linha que não tiver incluído bevacizumabe, as opções incluem observação (se a resposta tiver sido completa) ou manutenção com niraparibe ou rucaparibe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A terapia de manutenção com inibidores de PARP pode ser mantida até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável por até: 2 anos para o olaparibe; 3 anos para o niraparibe; 2 anos para o rucaparibe; 15 meses para o bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A manutenção com bevacizumabe em combinação com um inibidor de PARP é considerada apenas para as pacientes que tiverem recebido bevacizumabe durante a quimioterapia de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com [173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
Houve relatos de hipertensão grave e síndrome de encefalopatia posterior reversível (SEPR) associada com niraparibe, e alguns casos ocorreram no primeiro mês de tratamento.[177]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency (UK). Drug safety update. Niraparib (Zejula): reports of severe hypertension and posterior reversible encephalopathy syndrome (PRES), particularly in early treatment. Oct 2020 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/niraparib-zejula-reports-of-severe-hypertension-and-posterior-reversible-encephalopathy-syndrome-pres-particularly-in-early-treatment O niraparibe deve ser descontinuado se ocorrer uma crise hipertensiva ou se uma hipertensão clinicamente significativa não for adequadamente controlada com a terapia anti-hipertensiva, e se houver suspeita ou confirmação de SEPR.
Embora os dados sejam limitados para a doença em estádio II, as diretrizes da NCCN recomendam considerar o tratamento de manutenção com inibidor de PARP para pacientes com doença em estádio II com resposta completa ou parcial ao tratamento de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Essas opções de terapia de manutenção não são recomendadas para doença em estádio I.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A observação pode ser considerada para pacientes selecionadas com doença em estádio II com resposta completa após uma quimioterapia de primeira linha que não tiver incluído bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Confirme o status de BRCA e HRD antes de iniciar a terapia de manutenção com PARP após o tratamento de primeira linha.[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
O uso de quimioterapia como terapia de manutenção não é recomendado por causa da toxicidade e da falta de benefícios em termos de sobrevida.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [174]Markman M, Liu PY, Wilczynski S, et al. Phase III randomized trial of 12 versus 3 months of maintenance paclitaxel in patients with advanced ovarian cancer after complete response to platinum and paclitaxel-based chemotherapy: a Southwest Oncology Group and Gynecologic Oncology Group trial. J Clin Oncol. 2003 Jul 1;21(13):2460-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12829663?tool=bestpractice.com [175]Copeland LJ, Brady MF, Burger RA et al. Phase III trial of maintenance therapy in women with advanced ovary/tubal/peritoneal cancer after a complete response to first-line therapy: an NRG oncology (GOG Legacy) study. Abstract LBA1. Paper presented at: 48th Annual Meeting of the Society of Gynecologic Oncology. 12-15 Mar 2017. National Harbor, MD.
Opções primárias
bevacizumabe
ou
olaparibe
ou
niraparibe
ou
rucaparibe
ou
bevacizumabe
e
olaparibe
Opções secundárias
bevacizumabe
e
niraparibe
quimioterapia adjuvante à base de platina
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV após citorredução abaixo do ideal (ou seja, doença residual >1 cm após cirurgia primária de citorredução) requerem quimioterapia adjuvante à base de platina.
O padrão atual de tratamento é o paclitaxel associado a carboplatina administrado por via intravenosa. Normalmente, a quimioterapia adjuvante é administrada por 6 ciclos.
O docetaxel associado à carboplatina é uma alternativa para pacientes alérgicos ou intolerantes ao paclitaxel.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [135]Vasey PA, Atkinson R, Osborne R, et al. SCOTROC 2A: carboplatin followed by docetaxel or docetaxel-gemcitabine as first-line chemotherapy for ovarian cancer. Br J Cancer. 2006 Jan 16;94(1):62-8. https://www.nature.com/articles/6602909 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16404361?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada à doxorrubicina lipossomal também pode ser considerada nessas pacientes.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [137]Pignata S, Scambia G, Ferrandina G, et al. Carboplatin plus paclitaxel versus carboplatin plus pegylated liposomal doxorubicin as first-line treatment for patients with ovarian cancer: the MITO-2 randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2011 Sep 20;29(27):3628-35. https://www.doi.org/10.1200/JCO.2010.33.8566 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21844495?tool=bestpractice.com
A eficácia parece ser semelhante para os esquemas de tratamento recomendados, mas devem ser levados em conta diferentes perfis de toxicidade.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Esquemas semanais ou de alta densidade de dose para paclitaxel associado à carboplatina podem ser considerados em vez da dosagem convencional de 3 vezes por semana para certas pacientes com doença em estádio II, III ou IV (por exemplo, paclitaxel semanal associado a carboplatina semanal para pacientes idosas ou frágeis), embora as evidências sejam ambíguas.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com [140]Gourley C, Bookman MA. Evolving concepts in the management of newly diagnosed epithelial ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 20;37(27):2386-97. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31403859?tool=bestpractice.com [141]Clamp AR, James EC, McNeish IA, et al. Weekly dose-dense chemotherapy in first-line epithelial ovarian, fallopian tube, or primary peritoneal cancer treatment (ICON8): overall survival results from an open-label, randomised, controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2022 Jul;23(7):919-30. https://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(22)00283-2/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35690073?tool=bestpractice.com [142]Pergialiotis V, Liatsou E, Thomakos N, et al. Survival outcomes of epithelial ovarian cancer patients following dose-dense versus 3-weekly platinum-paclitaxel chemotherapy: a meta-analysis. Clin Oncol (R Coll Radiol). 2023 Feb;35(2):e189-98. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36357255?tool=bestpractice.com [143]Gong W, Yu R, Cao C, et al. Dose-dense regimen versus conventional three-weekly paclitaxel combination with carboplatin chemotherapy in first-line ovarian cancer treatment: a systematic review and meta-analysis. J Ovarian Res. 2023 Jul 10;16(1):136. https://ovarianresearch.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13048-023-01216-z http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37430376?tool=bestpractice.com [144]Safra T, Waissengrin B, Levy T, et al. Weekly carboplatin and paclitaxel: a retrospective comparison with the three-weekly schedule in first-line treatment of ovarian cancer. Oncologist. 2021 Jan;26(1):30-9. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7794189 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32657524?tool=bestpractice.com
Opções primárias
paclitaxel
e
carboplatina
Opções secundárias
docetaxel
e
carboplatina
ou
doxorrubicina lipossomal
e
carboplatina
bevacizumabe
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A combinação de bevacizumabe com paclitaxel associado à carboplatina pode ser considerada em pacientes com doença em estádio III ou IV.[145]Burger RA, Brady MF, Bookman MA, et al; Gynecologic Oncology Group. Incorporation of bevacizumab in the primary treatment of ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2473-83. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1104390 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204724?tool=bestpractice.com [146]Perren TJ, Swart AM, Pfisterer J, et al; ICON7 Investigators. A phase 3 trial of bevacizumab in ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2484-96. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1103799 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204725?tool=bestpractice.com [147]Burger RA, Brady MF, Rhee J, et al. Independent radiologic review of the Gynecologic Oncology Group Study 0218, a phase III trial of bevacizumab in the primary treatment of advanced epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. Gynecol Oncol. 2013 Oct;131(1):21-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23906656?tool=bestpractice.com [148]Tewari KS, Burger RA, Enserro D, et al. Final overall survival of a randomized trial of bevacizumab for primary treatment of ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 10;37(26):2317-28. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01009 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31216226?tool=bestpractice.com [149]González Martín A, Oza AM, Embleton AC, et al; ICON7 Investigators. Exploratory outcome analyses according to stage and/or residual disease in the ICON7 trial of carboplatin and paclitaxel with or without bevacizumab for newly diagnosed ovarian cancer. Gynecol Oncol. 2019 Jan;152(1):53-60. https://www.gynecologiconcology-online.net/article/S0090-8258(18)31166-1/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30449719?tool=bestpractice.com
O docetaxel associado à carboplatina é uma alternativa para as pacientes alérgicas ou intolerantes ao paclitaxel; e a adição do bevacizumabe pode ser útil em determinadas circunstâncias.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [135]Vasey PA, Atkinson R, Osborne R, et al. SCOTROC 2A: carboplatin followed by docetaxel or docetaxel-gemcitabine as first-line chemotherapy for ovarian cancer. Br J Cancer. 2006 Jan 16;94(1):62-8. https://www.nature.com/articles/6602909 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16404361?tool=bestpractice.com [136]Vasey PA, Jayson GC, Gordon A, et al. Phase III randomized trial of docetaxel-carboplatin versus paclitaxel-carboplatin as first-line chemotherapy for ovarian carcinoma. J Natl Cancer Inst. 2004 Nov 17;96(22):1682-91. https://www.doi.org/10.1093/jnci/djh323 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15547181?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bevacizumabe
terapia de manutenção
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV que atingem uma resposta completa ou parcial após o tratamento inicial podem ser considerados para terapia de manutenção com bevacizumabe e/ou um inibidor da poli (adenosina difosfato-ribose) polimerase (PARP).
O bevacizumabe é recomendado como uma opção para terapia de manutenção em pacientes sem mutação BRCA1 ou BRCA2, ou com situação de mutação desconhecido, que apresentam resposta completa ou parcial após quimioterapia de primeira linha que incluiu bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O bevacizumabe de manutenção demonstrou uma melhor sobrevida livre de progressão, mas não para a sobrevida global.[145]Burger RA, Brady MF, Bookman MA, et al; Gynecologic Oncology Group. Incorporation of bevacizumab in the primary treatment of ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2473-83. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1104390 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204724?tool=bestpractice.com [146]Perren TJ, Swart AM, Pfisterer J, et al; ICON7 Investigators. A phase 3 trial of bevacizumab in ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2484-96. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1103799 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204725?tool=bestpractice.com [147]Burger RA, Brady MF, Rhee J, et al. Independent radiologic review of the Gynecologic Oncology Group Study 0218, a phase III trial of bevacizumab in the primary treatment of advanced epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. Gynecol Oncol. 2013 Oct;131(1):21-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23906656?tool=bestpractice.com [148]Tewari KS, Burger RA, Enserro D, et al. Final overall survival of a randomized trial of bevacizumab for primary treatment of ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 10;37(26):2317-28. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01009 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31216226?tool=bestpractice.com
Os inibidores de PARP (por exemplo, olaparibe, niraparibe, rucaparibe) visam as células cancerosas com deficiência de reparo do DNA por recombinação homóloga causada por mutações genéticas (por exemplo, BRCA) ou instabilidade genética.[176]Underhill C, Toulmonde M, Bonnefoi H. A review of PARP inhibitors: from bench to bedside. Ann Oncol. 2011 Feb;22(2):268-79. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20643861?tool=bestpractice.com Os inibidores de PARP mostraram desfechos melhores em pacientes com mutação BRCA1 ou BRCA2 em comparação com bevacizumabe.
O olaparibe, o niraparibe ou o rucaparibe são recomendados para a terapia de manutenção nas pacientes com doença em estádio II, III ou IV com mutação em BRCA1 ou BRCA2 que estiverem em resposta completa ou parcial após a quimioterapia de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com O olaparibe pode ser usado em combinação com o bevacizumabe nas pacientes com mutação em BRCA1 ou BRCA2, ou que apresentarem deficiência de recombinação homóloga (HRD), se a quimioterapia de primeira linha tiver incluído bevacizumabe; o niraparibe pode ser usado em combinação com o bevacizumabe se a paciente não tolerar o olaparibe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para as pacientes sem mutação BRCA1 ou BRCA2, ou com status mutacional desconhecido, que estiverem em resposta completa ou parcial após uma quimioterapia de primeira linha que não tiver incluído bevacizumabe, as opções incluem observação (se a resposta tiver sido completa) ou manutenção com niraparibe ou rucaparibe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A terapia de manutenção com inibidores de PARP pode ser mantida até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável, ou até: 2 anos para o olaparibe; 3 anos para o niraparibe; 2 anos para o rucaparibe; 15 meses para o bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A manutenção com bevacizumabe em combinação com um inibidor de PARP é considerada apenas para as pacientes que tiverem recebido bevacizumabe durante a quimioterapia de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com [173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
Houve relatos de hipertensão grave e síndrome de encefalopatia posterior reversível (SEPR) associada com niraparibe, e alguns casos ocorreram no primeiro mês de tratamento.[177]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency (UK). Drug safety update. Niraparib (Zejula): reports of severe hypertension and posterior reversible encephalopathy syndrome (PRES), particularly in early treatment. Oct 2020 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/niraparib-zejula-reports-of-severe-hypertension-and-posterior-reversible-encephalopathy-syndrome-pres-particularly-in-early-treatment Niraparibe deve ser descontinuado se ocorrer crise hipertensiva ou se a hipertensão clinicamente significativa não for adequadamente controlada com a terapia anti-hipertensiva, e se houver suspeita ou confirmação de SEPR.
Embora os dados sejam limitados para a doença em estádio II, as diretrizes da NCCN recomendam considerar o tratamento de manutenção com inibidor de PARP para pacientes com doença em estádio II com resposta completa ou parcial ao tratamento de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Essas opções de terapia de manutenção não são recomendadas para doença em estádio I.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A observação pode ser considerada para pacientes selecionadas com doença em estádio II com resposta completa após uma quimioterapia de primeira linha que não tiver incluído bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Confirme o status de BRCA e HRD antes de iniciar a terapia de manutenção com PARP após o tratamento de primeira linha.[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
O uso de quimioterapia como terapia de manutenção não é recomendado por causa da toxicidade e da falta de benefícios em termos de sobrevida.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [174]Markman M, Liu PY, Wilczynski S, et al. Phase III randomized trial of 12 versus 3 months of maintenance paclitaxel in patients with advanced ovarian cancer after complete response to platinum and paclitaxel-based chemotherapy: a Southwest Oncology Group and Gynecologic Oncology Group trial. J Clin Oncol. 2003 Jul 1;21(13):2460-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12829663?tool=bestpractice.com [175]Copeland LJ, Brady MF, Burger RA et al. Phase III trial of maintenance therapy in women with advanced ovary/tubal/peritoneal cancer after a complete response to first-line therapy: an NRG oncology (GOG Legacy) study. Abstract LBA1. Paper presented at: 48th Annual Meeting of the Society of Gynecologic Oncology. 12-15 Mar 2017. National Harbor, MD.
Opções primárias
bevacizumabe
ou
olaparibe
ou
niraparibe
ou
rucaparibe
ou
bevacizumabe
e
olaparibe
Opções secundárias
bevacizumabe
e
niraparibe
não candidato à cirurgia, doença confirmada por biópsia
quimioterapia neoadjuvante à base de platina ± estadiamento cirúrgico e cirurgia citorredutora de intervalo
As pacientes que não são adequados para cirurgia primária (por exemplo, por comorbidades), ou aquelas com doença volumosa em estádio III a IV que com pouca probabilidade de obterem uma citorredução completa ou ideal (isto é, doença residual <1 cm) com a cirurgia primária, podem ser consideradas para quimioterapia neoadjuvante à base de platina e, depois, reavaliadas para estadiamento cirúrgico e cirurgia de citorredução após um intervalo.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
Os objetivos da quimioterapia neoadjuvante são diminuir o volume da doença (carga tumoral) e proporcionar tempo para que as comorbidades clínicas subjacentes melhorem para que o estadiamento cirúrgico abrangente e a citorredução ideal possam ser alcançados.[158]Bristow RE, Eisenhauer EL, Santillan A, et al. Delaying the primary surgical effort for advanced ovarian cancer: a systematic review of neoadjuvant chemotherapy and interval cytoreduction. Gynecol Oncol. 2007 Feb;104(2):480-90. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17166564?tool=bestpractice.com [159]Tangjitgamol S, Manusirivithaya S, Laopaiboon M, et al. Interval debulking surgery for advanced epithelial ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 9;(1):CD006014. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006014.pub7/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26747297?tool=bestpractice.com
Estudos relatam desfechos de sobrevida semelhantes em pacientes com doença avançada que receberam quimioterapia neoadjuvante e citorredução de intervalo e aqueles que foram submetidos à cirurgia primária seguida por quimioterapia adjuvante. A mortalidade pós-operatória e os eventos adversos graves podem ser reduzidos em pacientes que recebem quimioterapia neoadjuvante.[92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com [160]Shawky M, Choudhary C, Coleridge SL, et al. Neoadjuvant chemotherapy before surgery versus surgery followed by chemotherapy for initial treatment in advanced epithelial ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2025 Feb 10;2(2):CD005343. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005343.pub7/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39927569?tool=bestpractice.com
As pacientes devem ser avaliadas por um oncologista ginecológico e ter um diagnóstico histológico confirmado (por exemplo, obtido por punção por agulha grossa (core biopsy) ou AAF se a biópsia não for possível) antes do início da quimioterapia neoadjuvante. A laparoscopia pode ser considerada para determinar a viabilidade da citorredução ideal.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
Esquemas intravenosos usados para quimioterapia adjuvante (por exemplo, paclitaxel associado a carboplatina) podem ser usados para quimioterapia neoadjuvante; são recomendados 3-4 ciclos antes do intervalo da cirurgia para pacientes que apresentam resposta à quimioterapia ou com doença estável (embora 4-6 possam ser considerados).[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
Opções primárias
paclitaxel
e
carboplatina
quimioterapia adjuvante à base de platina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A quimioterapia adjuvante à base de platina (por exemplo, paclitaxel associado a carboplatina) pode ser considerada após a quimioterapia neoadjuvante e a cirurgia de citorredução de intervalo, dependendo do estádio da doença.[163]Vergote I, Trope CG, Amant F, et al; European Organization for Research and Treatment of Cancer-Gynaecological Cancer Group; NCIC Clinical Trials Group. Neoadjuvant chemotherapy or primary surgery in stage IIIC or IV ovarian cancer. N Engl J Med. 2010 Sep 2;363(10):943-53. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0908806 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20818904?tool=bestpractice.com [164]Kehoe S, Hook J, Nankivell M, et al. Primary chemotherapy versus primary surgery for newly diagnosed advanced ovarian cancer (CHORUS): an open-label, randomised, controlled, non-inferiority trial. Lancet. 2015 Jul 18;386(9990):249-57. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26002111?tool=bestpractice.com
Qualquer uma das opções de quimioterapia adjuvante em estádio II, III ou IV pode ser usada. Normalmente, são usados esquemas intravenosos administrados por 3 ciclos.[163]Vergote I, Trope CG, Amant F, et al; European Organization for Research and Treatment of Cancer-Gynaecological Cancer Group; NCIC Clinical Trials Group. Neoadjuvant chemotherapy or primary surgery in stage IIIC or IV ovarian cancer. N Engl J Med. 2010 Sep 2;363(10):943-53. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0908806 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20818904?tool=bestpractice.com [164]Kehoe S, Hook J, Nankivell M, et al. Primary chemotherapy versus primary surgery for newly diagnosed advanced ovarian cancer (CHORUS): an open-label, randomised, controlled, non-inferiority trial. Lancet. 2015 Jul 18;386(9990):249-57. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26002111?tool=bestpractice.com
Esquemas intraperitoneais (por exemplo, paclitaxel associado a cisplatina) podem ser considerados em certas pacientes, mas as evidências são ambíguas.[165]Tiersten AD, Liu PY, Smith HO, et al. Phase II evaluation of neoadjuvant chemotherapy and debulking followed by intraperitoneal chemotherapy in women with stage III and IV epithelial ovarian, fallopian tube or primary peritoneal cancer: Southwest Oncology Group Study S0009. Gynecol Oncol. 2009 Mar;112(3):444-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19138791?tool=bestpractice.com [166]Provencher DM, Gallagher CJ, Parulekar WR, et al. OV21/PETROC: a randomized Gynecologic Cancer Intergroup phase II study of intraperitoneal versus intravenous chemotherapy following neoadjuvant chemotherapy and optimal debulking surgery in epithelial ovarian cancer. Ann Oncol. 2018 Feb 1;29(2):431-8. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)35064-1/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29186319?tool=bestpractice.com
Opções primárias
paclitaxel
e
carboplatina
Opções secundárias
docetaxel
e
carboplatina
ou
doxorrubicina lipossomal
e
carboplatina
ou
paclitaxel
e
cisplatina
bevacizumabe
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A combinação de bevacizumabe com quimioterapia neoadjuvante à base de platina pode ser considerada, mas deve ser evitada no ciclo anterior à cirurgia, pois o bevacizumabe pode interferir na cicatrização da ferida após a cirurgia.[161]Zhang H, Huang Z, Zou X, et al. Bevacizumab and wound-healing complications: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Oncotarget. 2016 Dec 13;7(50):82473-81. https://www.oncotarget.com/article/12666/text http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27756883?tool=bestpractice.com [162]Turco LC, Ferrandina G, Vargiu V, et al. Extreme complications related to bevacizumab use in the treatment of ovarian cancer: a case series from a III level referral centre and review of the literature. Ann Transl Med. 2020 Dec;8(24):1687. https://atm.amegroups.com/article/view/57315/html http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33490199?tool=bestpractice.com
Bevacizumabe também pode ser considerado em associação com a quimioterapia adjuvante baseada em platina para pacientes de alto risco (estádio IV, citorredução abaixo do ideal), mas apenas após a cicatrização adequada da cirurgia.[92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
Opções primárias
bevacizumabe
quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) (durante cirurgia de citorredução de intervalo)
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença em estádio III submetidos à cirurgia de citorredução de intervalo podem ser considerados para a HIPEC (usando cisplatina) durante a cirurgia.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com [167]Auer RC, Sivajohanathan D, Biagi J, et al. Indications for hyperthermic intraperitoneal chemotherapy with cytoreductive surgery: a clinical practice guideline. Curr Oncol. 2020 Jun;27(3):146-54. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7339855 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32669924?tool=bestpractice.com [168]Kireeva GS, Gafton GI, Guseynov KD, et al. HIPEC in patients with primary advanced ovarian cancer: is there a role? A systematic review of short- and long-term outcomes. Surg Oncol. 2018 Jun;27(2):251-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29937179?tool=bestpractice.com [169]van Driel WJ, Koole SN, Sikorska K, et al. Hyperthermic intraperitoneal chemotherapy in ovarian cancer. N Engl J Med. 2018 Jan 18;378(3):230-40. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1708618 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29342393?tool=bestpractice.com
A HIPEC é semelhante à quimioterapia intraperitoneal pelo fato de a quimioterapia ser administrada diretamente na cavidade peritoneal. No entanto, a HIPEC é administrada em condições hipertérmicas para aumentar a absorção da quimioterapia na superfície peritoneal e aumentar a sensibilidade do câncer à quimioterapia.[170]Panteix G, Beaujard A, Garbit F, et al. Population pharmacokinetics of cisplatin in patients with advanced ovarian cancer during intraperitoneal hyperthermia chemotherapy. Anticancer Res. 2002 Mar-Apr;22(2b):1329-36. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12168946?tool=bestpractice.com [171]van de Vaart PJ, van der Vange N, Zoetmulder FA, et al. Intraperitoneal cisplatin with regional hyperthermia in advanced ovarian cancer: pharmacokinetics and cisplatin-DNA adduct formation in patients and ovarian cancer cell lines. Eur J Cancer. 1998 Jan;34(1):148-54. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9624250?tool=bestpractice.com
terapia de manutenção
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV que atingem uma resposta completa ou parcial após o tratamento inicial podem ser considerados para terapia de manutenção com bevacizumabe e/ou um inibidor da poli (adenosina difosfato-ribose) polimerase (PARP).
O bevacizumabe é recomendado como uma opção para terapia de manutenção em pacientes sem mutação BRCA1 ou BRCA2, ou com situação de mutação desconhecido, que apresentam resposta completa ou parcial após quimioterapia de primeira linha que incluiu bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O bevacizumabe de manutenção demonstrou uma melhor sobrevida livre de progressão, mas não para a sobrevida global.[145]Burger RA, Brady MF, Bookman MA, et al; Gynecologic Oncology Group. Incorporation of bevacizumab in the primary treatment of ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2473-83. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1104390 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204724?tool=bestpractice.com [146]Perren TJ, Swart AM, Pfisterer J, et al; ICON7 Investigators. A phase 3 trial of bevacizumab in ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2484-96. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1103799 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204725?tool=bestpractice.com [147]Burger RA, Brady MF, Rhee J, et al. Independent radiologic review of the Gynecologic Oncology Group Study 0218, a phase III trial of bevacizumab in the primary treatment of advanced epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. Gynecol Oncol. 2013 Oct;131(1):21-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23906656?tool=bestpractice.com [148]Tewari KS, Burger RA, Enserro D, et al. Final overall survival of a randomized trial of bevacizumab for primary treatment of ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 10;37(26):2317-28. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01009 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31216226?tool=bestpractice.com
Os inibidores de PARP (por exemplo, olaparibe, niraparibe, rucaparibe) visam as células cancerosas com deficiência de reparo do DNA por recombinação homóloga causada por mutações genéticas (por exemplo, BRCA) ou instabilidade genética.[176]Underhill C, Toulmonde M, Bonnefoi H. A review of PARP inhibitors: from bench to bedside. Ann Oncol. 2011 Feb;22(2):268-79. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20643861?tool=bestpractice.com Os inibidores de PARP mostraram desfechos melhores em pacientes com mutação BRCA1 ou BRCA2 em comparação com bevacizumabe.
O olaparibe, o niraparibe ou o rucaparibe são recomendados para a terapia de manutenção nas pacientes com doença em estádio II, III ou IV com mutação em BRCA1 ou BRCA2 que estiverem em resposta completa ou parcial após a quimioterapia de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com O olaparibe pode ser usado em combinação com o bevacizumabe nas pacientes com mutação em BRCA1 ou BRCA2, ou que apresentarem deficiência de recombinação homóloga (HRD), se a quimioterapia de primeira linha tiver incluído bevacizumabe; o niraparibe pode ser usado em combinação com o bevacizumabe se a paciente não tolerar o olaparibe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para as pacientes sem mutação BRCA1 ou BRCA2, ou com status mutacional desconhecido, que estiverem em resposta completa ou parcial após uma quimioterapia de primeira linha que não tiver incluído bevacizumabe, as opções incluem observação (se a resposta tiver sido completa) ou manutenção com niraparibe ou rucaparibe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A terapia de manutenção com inibidores de PARP pode ser mantida até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável, ou até: 2 anos para o olaparibe; 3 anos para o niraparibe; 2 anos para o rucaparibe; 15 meses para o bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A manutenção com bevacizumabe em combinação com um inibidor de PARP é considerada apenas para as pacientes que tiverem recebido bevacizumabe durante a quimioterapia de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com [173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
Houve relatos de hipertensão grave e síndrome de encefalopatia posterior reversível (SEPR) associada com niraparibe, e alguns casos ocorreram no primeiro mês de tratamento.[177]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency (UK). Drug safety update. Niraparib (Zejula): reports of severe hypertension and posterior reversible encephalopathy syndrome (PRES), particularly in early treatment. Oct 2020 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/niraparib-zejula-reports-of-severe-hypertension-and-posterior-reversible-encephalopathy-syndrome-pres-particularly-in-early-treatment Niraparibe deve ser descontinuado se ocorrer crise hipertensiva ou se a hipertensão clinicamente significativa não for adequadamente controlada com a terapia anti-hipertensiva, e se houver suspeita ou confirmação de SEPR.
Embora os dados sejam limitados para a doença em estádio II, as diretrizes da NCCN recomendam considerar o tratamento de manutenção com inibidor de PARP para pacientes com doença em estádio II com resposta completa ou parcial ao tratamento de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Essas opções de terapia de manutenção não são recomendadas para doença em estádio I.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A observação pode ser considerada para pacientes selecionadas com doença em estádio II com resposta completa após uma quimioterapia de primeira linha que não tiver incluído bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Confirme o status de BRCA ou HRD antes de iniciar a terapia de manutenção com PARP após o tratamento de primeira linha.[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
O uso de quimioterapia como terapia de manutenção não é recomendado por causa da toxicidade e da falta de benefícios em termos de sobrevida.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [174]Markman M, Liu PY, Wilczynski S, et al. Phase III randomized trial of 12 versus 3 months of maintenance paclitaxel in patients with advanced ovarian cancer after complete response to platinum and paclitaxel-based chemotherapy: a Southwest Oncology Group and Gynecologic Oncology Group trial. J Clin Oncol. 2003 Jul 1;21(13):2460-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12829663?tool=bestpractice.com [175]Copeland LJ, Brady MF, Burger RA et al. Phase III trial of maintenance therapy in women with advanced ovary/tubal/peritoneal cancer after a complete response to first-line therapy: an NRG oncology (GOG Legacy) study. Abstract LBA1. Paper presented at: 48th Annual Meeting of the Society of Gynecologic Oncology. 12-15 Mar 2017. National Harbor, MD.
Opções primárias
bevacizumabe
ou
olaparibe
ou
niraparibe
ou
rucaparibe
ou
bevacizumabe
e
olaparibe
Opções secundárias
bevacizumabe
e
niraparibe
doença recorrente sensível à platina
observação
Pacientes com doença sensível à platina recorrente são definidos como aqueles que apresentam recidiva ≥6 meses após a conclusão da quimioterapia à base de platina de primeira linha.
O tratamento para esses pacientes é orientado por:
sintomas (por exemplo, queixas gastrointestinais, como dor, náuseas, êmese ou obstrução intestinal [nos casos graves])
exame físico
resultados laboratoriais (por exemplo, análise molecular para confirmar o status de deficiência de reparo do DNA por recombinação homóloga e de BRCA, e para identificar outros marcadores que possam influenciar o tratamento)
resultados de exames de imagem
capacidade funcional.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O objetivo do tratamento é paliar e, possivelmente, prolongar a sobrevida. A cura no longo prazo não é um objetivo realista da terapia nesses pacientes; portanto, os benefícios do tratamento devem ser ponderados com base nos efeitos adversos.
Em muitas pacientes, os níveis de CA-125 aumentarão antes que os sintomas se desenvolvam, ou antes que haja evidências de progressão da doença em exames de imagem (ou seja, recidiva bioquímica, mas sem recidiva clínica ou radiológica). O tratamento imediato apenas para recidiva bioquímica (aumento da concentração de CA-125) não demonstrou melhorar a sobrevida.[97]Rustin GJ, van der Burg ME, Griffin CL, et al; MRC OV05; EORTC 55955 investigators. Early versus delayed treatment of relapsed ovarian cancer (MRC OV05/EORTC 55955): a randomised trial. Lancet. 2010 Oct 2;376(9747):1155-63. https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(10)61268-8/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20888993?tool=bestpractice.com Nesse caso, a observação é uma estratégia aceitável.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
repetir cirurgia de citorredução (secundária) e/ou repetir quimioterapia à base de platina
Pacientes com doença sensível à platina recorrente são definidos como aqueles que apresentam recidiva ≥6 meses após a conclusão da quimioterapia à base de platina de primeira linha.
O tratamento para esses pacientes é orientado por:
sintomas (por exemplo, queixas gastrointestinais, como dor, náuseas, êmese ou obstrução intestinal [nos casos graves])
exame físico
resultados laboratoriais (por exemplo, análise molecular para confirmar o status de deficiência de reparo do DNA por recombinação homóloga ou de BRCA)
resultados de exames de imagem
capacidade funcional.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O objetivo do tratamento é paliar e, possivelmente, prolongar a sobrevida. A cura no longo prazo não é um objetivo realista da terapia nesses pacientes; portanto, os benefícios do tratamento devem ser ponderados com base nos efeitos adversos.
Pacientes com recidiva clínica e/ou radiológica podem ser considerados para cirurgia citorredutora de repetição (secundária) seguida de novo tratamento com um esquema quimioterápico à base de platina.[178]Chi DS, McCaughty K, Diaz JP, et al. Guidelines and selection criteria for secondary cytoreductive surgery in patients with recurrent, platinum-sensitive epithelial ovarian carcinoma. Cancer. 2006 May 1;106(9):1933-9. https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.21845 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16572412?tool=bestpractice.com [179]Schorge JO, Wingo SN, Bhore R, et al. Secondary cytoreductive surgery for recurrent platinum-sensitive ovarian cancer. Int J Gynaecol Obstet. 2010 Feb;108(2):123-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19892337?tool=bestpractice.com [180]Du Bois A, Sehouli J, Vergote I, et al. Randomized phase III study to evaluate the impact of secondary cytoreductive surgery in recurrent ovarian cancer: final analysis of AGO DESKTOP III/ENGOT-ov20. Paper presented at: 2020 American Society of Clinical Oncology Annual Meeting. 29-31 May 2020. Abstract 6000. J Clin Oncol. 2020;38(15 suppl):6000. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.6000 [181]Shi T, Zhu J, Feng Y, et al. Secondary cytoreduction followed by chemotherapy versus chemotherapy alone in platinum-sensitive relapsed ovarian cancer (SOC-1): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2021 Apr;22(4):439-49. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33705695?tool=bestpractice.com [182]Coleman RL, Spirtos NM, Enserro D, et al. Secondary surgical cytoreduction for recurrent ovarian cancer. N Engl J Med. 2019 Nov 14;381(20):1929-39. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1902626 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31722153?tool=bestpractice.com [183]Harter P, Sehouli J, Vergote I, et al; DESKTOP III Investigators. Randomized trial of cytoreductive surgery for relapsed ovarian cancer. N Engl J Med. 2021 Dec 2;385(23):2123-31. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2103294 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34874631?tool=bestpractice.com Essa abordagem é geralmente considerada apenas para pacientes com boa capacidade funcional, sem ascite e doença limitada à cavidade pélvica abdominal. Um escore validado (por exemplo, escore AGO-OVAR) pode ser usado para avaliar a adequação do paciente para cirurgia de citorredução secundária.[184]Harter P, Sehouli J, Reuss A, et al. Prospective validation study of a predictive score for operability of recurrent ovarian cancer: the Multicenter Intergroup Study DESKTOP II. A project of the AGO Kommission OVAR, AGO Study Group, NOGGO, AGO-Austria, and MITO. Int J Gynecol Cancer. 2011 Feb;21(2):289-95. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21270612?tool=bestpractice.com Pacientes considerados inadequados para a cirurgia de citorredução secundária podem ser tratados novamente com quimioterapia baseada em platina.
Os esquemas de quimioterapia à base de platina que podem ser considerados em pacientes com doença recorrente sensível à platina incluem: carboplatina associada à doxorrubicina lipossomal; carboplatina associada ao paclitaxel; ou carboplatina associada à gencitabina.[187]Pujade-Lauraine E, Wagner U, Avall-Lundqvist E, et al. Pegylated liposomal doxorubicin and carboplatin compared with paclitaxel and carboplatin for patients with platinum-sensitive ovarian cancer in late relapse. J Clin Oncol. 2010 Jul 10;28(20):3323-9. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2009.25.7519 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20498395?tool=bestpractice.com [188]Wagner U, Marth C, Largillier R, et al. Final overall survival results of phase III GCIG CALYPSO trial of pegylated liposomal doxorubicin and carboplatin vs paclitaxel and carboplatin in platinum-sensitive ovarian cancer patients. Br J Cancer. 2012 Aug 7;107(4):588-91. https://www.nature.com/articles/bjc2012307 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22836511?tool=bestpractice.com [189]Pfisterer J, Plante M, Vergote I, et al; AGO-OVAR; NCIC CTG; EORTC GCG. Gemcitabine plus carboplatin compared with carboplatin in patients with platinum-sensitive recurrent ovarian cancer: an intergroup trial of the AGO-OVAR, the NCIC CTG, and the EORTC GCG. J Clin Oncol. 2006 Oct 10;24(29):4699-707. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2006.06.0913 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16966687?tool=bestpractice.com [190]Parmar MK, Ledermann JA, Colombo N, et al. Paclitaxel plus platinum-based chemotherapy versus conventional platinum-based chemotherapy in women with relapsed ovarian cancer: the ICON4/AGO-OVAR-2.2 trial. Lancet. 2003 Jun 21;361(9375):2099-106. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12826431?tool=bestpractice.com Se não tiver sido utilizado anteriormente, o bevacizumabe pode ser combinado com esses esquemas e, em seguida, usado como um agente único para terapia de manutenção.[191]Aghajanian C, Blank SV, Goff BA, et al. OCEANS: a randomized, double-blind, placebo-controlled phase III trial of chemotherapy with or without bevacizumab in patients with platinum-sensitive recurrent epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. J Clin Oncol. 2012 Jun 10;30(17):2039-45. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2012.42.0505 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22529265?tool=bestpractice.com [192]Coleman RL, Brady MF, Herzog TJ, et al. Bevacizumab and paclitaxel-carboplatin chemotherapy and secondary cytoreduction in recurrent, platinum-sensitive ovarian cancer (NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study GOG-0213): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017 Jun;18(6):779-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28438473?tool=bestpractice.com [193]Pfisterer J, Shannon CM, Baumann K, et al. Bevacizumab and platinum-based combinations for recurrent ovarian cancer: a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2020 May;21(5):699-709. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32305099?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada à doxorrubicina lipossomal demonstrou uma sobrevida livre de progressão superior em comparação com a carboplatina associada ao paclitaxel em pacientes com doença recorrente sensível à platina (11.3 versus 9.4 meses).[187]Pujade-Lauraine E, Wagner U, Avall-Lundqvist E, et al. Pegylated liposomal doxorubicin and carboplatin compared with paclitaxel and carboplatin for patients with platinum-sensitive ovarian cancer in late relapse. J Clin Oncol. 2010 Jul 10;28(20):3323-9. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2009.25.7519 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20498395?tool=bestpractice.com No entanto, não se demonstrou nenhuma diferença significativa na sobrevida global.[188]Wagner U, Marth C, Largillier R, et al. Final overall survival results of phase III GCIG CALYPSO trial of pegylated liposomal doxorubicin and carboplatin vs paclitaxel and carboplatin in platinum-sensitive ovarian cancer patients. Br J Cancer. 2012 Aug 7;107(4):588-91. https://www.nature.com/articles/bjc2012307 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22836511?tool=bestpractice.com A carboplatina associada à doxorrubicina lipossomal associada ao bevacizumabe demonstrou uma melhor sobrevida livre de progressão em comparação com a carboplatina associada à gencitabina associada ao bevacizumabe (13.3 versus 11.6 meses).[193]Pfisterer J, Shannon CM, Baumann K, et al. Bevacizumab and platinum-based combinations for recurrent ovarian cancer: a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2020 May;21(5):699-709. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32305099?tool=bestpractice.com A adição de bevacizumabe à carboplatina associada a paclitaxel mostrou melhora na sobrevida global (42.2 vs. 37.3 meses).[192]Coleman RL, Brady MF, Herzog TJ, et al. Bevacizumab and paclitaxel-carboplatin chemotherapy and secondary cytoreduction in recurrent, platinum-sensitive ovarian cancer (NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study GOG-0213): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017 Jun;18(6):779-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28438473?tool=bestpractice.com A carboplatina associada à gencitabina demonstrou uma melhor sobrevida livre de progressão em comparação com a carboplatina isolada (8.6 versus 5.8 meses), sem reduzir a qualidade de vida.[189]Pfisterer J, Plante M, Vergote I, et al; AGO-OVAR; NCIC CTG; EORTC GCG. Gemcitabine plus carboplatin compared with carboplatin in patients with platinum-sensitive recurrent ovarian cancer: an intergroup trial of the AGO-OVAR, the NCIC CTG, and the EORTC GCG. J Clin Oncol. 2006 Oct 10;24(29):4699-707. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2006.06.0913 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16966687?tool=bestpractice.com
Para as pacientes com doença recorrente sensível à platina que não tolerarem a terapia combinada, a carboplatina ou a cisplatina são preferenciais para o tratamento com agente único.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
No caso de doença recorrente, o tratamento é continuado até que haja uma resposta completa, progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
Pacientes com doença recorrente sensível à platina podem repetir a quimioterapia à base de platina várias vezes se houver várias recorrências e se tolerada. O julgamento clínico deve ser usado para dosagem para evitar toxicidade excessiva. No entanto, a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global diminuirão progressivamente a cada linha de terapia.[194]Hanker LC, Loibl S, Burchardi N, et al; AGO and GINECO Study Group. The impact of second to sixth line therapy on survival of relapsed ovarian cancer after primary taxane/platinum-based therapy. Ann Oncol. 2012 Oct;23(10):2605-12. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)37977-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22910840?tool=bestpractice.com
Opções primárias
carboplatina
--E--
doxorrubicina lipossomal
ou
paclitaxel
ou
gencitabina
ou
carboplatina
--E--
doxorrubicina lipossomal
ou
paclitaxel
ou
gencitabina
--E--
bevacizumabe
Opções secundárias
carboplatina
ou
cisplatina
terapia de manutenção
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes com doença sensível à platina recorrente que receberam bevacizumabe como parte do retratamento com quimioterapia à base de platina podem receber bevacizumabe como agente único para terapia de manutenção.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [191]Aghajanian C, Blank SV, Goff BA, et al. OCEANS: a randomized, double-blind, placebo-controlled phase III trial of chemotherapy with or without bevacizumab in patients with platinum-sensitive recurrent epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. J Clin Oncol. 2012 Jun 10;30(17):2039-45. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2012.42.0505 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22529265?tool=bestpractice.com [192]Coleman RL, Brady MF, Herzog TJ, et al. Bevacizumab and paclitaxel-carboplatin chemotherapy and secondary cytoreduction in recurrent, platinum-sensitive ovarian cancer (NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study GOG-0213): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017 Jun;18(6):779-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28438473?tool=bestpractice.com [193]Pfisterer J, Shannon CM, Baumann K, et al. Bevacizumab and platinum-based combinations for recurrent ovarian cancer: a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2020 May;21(5):699-709. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32305099?tool=bestpractice.com
Os inibidores da poli(adenosina difosfato-ribose) polimerase (PARP) (por exemplo, olaparibe, rucaparibe ou niraparibe) também podem ser considerados para terapia de manutenção nas pacientes com doença recorrente sensível à platina, se não tiverem sido usados anteriormente ou se a doença não tiver progredido após tratamento anterior com um inibidor de PARP.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
Olaparibe, niraparibe e rucaparibe estão aprovados para terapia de manutenção em pacientes com doença recorrente que apresentem resposta completa ou parcial à quimioterapia à base de platina.[195]González-Martín A, Pothuri B, Vergote I, et al; PRIMA/ENGOT-OV26/GOG-3012 Investigators. Niraparib in patients with newly diagnosed advanced ovarian cancer. N Engl J Med. 2019 Dec 19;381(25):2391-402. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1910962 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31562799?tool=bestpractice.com [196]Ledermann J, Harter P, Gourley C, et al. Olaparib maintenance therapy in platinum-sensitive relapsed ovarian cancer. N Engl J Med. 2012 Apr 12;366(15):1382-92. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1105535 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22452356?tool=bestpractice.com [197]Pujade-Lauraine E, Ledermann JA, Selle F, et al. Olaparib tablets as maintenance therapy in patients with platinum-sensitive, relapsed ovarian cancer and a BRCA1/2 mutation (SOLO2/ENGOT-Ov21): a double-blind, randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017 Sep;18(9):1274-84. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28754483?tool=bestpractice.com [198]Friedlander M, Gebski V, Gibbs E, et al. Health-related quality of life and patient-centred outcomes with olaparib maintenance after chemotherapy in patients with platinum-sensitive, relapsed ovarian cancer and a BRCA1/2 mutation (SOLO2/ENGOT Ov-21): a placebo-controlled, phase 3 randomised trial. Lancet Oncol. 2018 Aug;19(8):1126-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30026002?tool=bestpractice.com [199]Poveda A, Floquet A, Ledermann JA, et al; SOLO2/ENGOT-Ov21 Investigators. Olaparib tablets as maintenance therapy in patients with platinum-sensitive relapsed ovarian cancer and a BRCA1/2 mutation (SOLO2/ENGOT-Ov21): a final analysis of a double-blind, randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2021 May;22(5):620-31. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33743851?tool=bestpractice.com [200]Mirza MR, Monk BJ, Herrstedt J, et al; ENGOT-OV16/NOVA Investigators. Niraparib maintenance therapy in platinum-sensitive, recurrent ovarian cancer. N Engl J Med. 2016 Dec 1;375(22):2154-64. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1611310 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27717299?tool=bestpractice.com [201]Oza AM, Matulonis UA, Malander S, et al. Quality of life in patients with recurrent ovarian cancer treated with niraparib versus placebo (ENGOT-OV16/NOVA): results from a double-blind, phase 3, randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2018 Aug;19(8):1117-25. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30026000?tool=bestpractice.com [202]Matulonis UA, Walder L, Nøttrup TJ, et al. Niraparib maintenance treatment improves time without symptoms or toxicity (TWiST) versus routine surveillance in recurrent ovarian cancer: a TWiST analysis of the ENGOT-OV16/NOVA trial. J Clin Oncol. 2019 Dec 1;37(34):3183-91. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.00917 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31518175?tool=bestpractice.com [203]Coleman RL, Oza AM, Lorusso D, et al; ARIEL3 Investigators. Rucaparib maintenance treatment for recurrent ovarian carcinoma after response to platinum therapy (ARIEL3): a randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2017 Oct 28;390(10106):1949-61. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28916367?tool=bestpractice.com
A National Comprehensive Cancer Network (NCCN) recomenda a terapia de manutenção com um inibidor de PARP para as pacientes com mutação em BRCA1 ou BRCA2 no cenário da terapia de manutenção para as pacientes re-tratadas com doença recorrente sensível à platina.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O uso dos inibidores de PARP para terapia de manutenção nas pacientes com recorrência que não apresentam mutação em BRCA1 ou BRCA2 é controverso.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com [173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com Um estudo de fase 3 relatou uma piora na sobrevida global com niraparibe de manutenção em comparação com placebo em pacientes com doença recorrente que não apresentavam uma mutação de linha germinativa em BRCA.[173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com [204]GSK. GSK provides an update on Zejula (niraparib) US prescribing information. Nov 2022 [internet publication]. https://www.gsk.com/en-gb/media/press-releases/gsk-provides-an-update-on-zejula-niraparib-us-prescribing-information
Dados dos desfechos em longo prazo de ensaios clínicos e estudos de farmacovigilância indicam que o risco de desenvolvimento de síndrome mielodisplásica e leucemia mieloide aguda aumenta nas pacientes que tomam inibidores de PARP, particularmente aquelas com mutação em BRCA com doença recorrente.[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com [205]Tuninetti V, Marín-Jiménez JA, Valabrega G, et al. Long-term outcomes of PARP inhibitors in ovarian cancer: survival, adverse events, and post-progression insights. ESMO Open. 2024 Nov;9(11):103984. https://www.esmoopen.com/article/S2059-7029(24)01754-X/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39541620?tool=bestpractice.com [206]Morice PM, Leary A, Dolladille C, et al. Myelodysplastic syndrome and acute myeloid leukaemia in patients treated with PARP inhibitors: a safety meta-analysis of randomised controlled trials and a retrospective study of the WHO pharmacovigilance database. Lancet Haematol. 2021 Feb;8(2):e122-34. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33347814?tool=bestpractice.com [207]Zhao Q, Ma P, Fu P, et al. Myelodysplastic syndrome/acute myeloid leukemia following the use of poly-ADP ribose polymerase (PARP) inhibitors: a real-world analysis of postmarketing surveillance data. Front Pharmacol. 2022;13:912256. https://www.frontiersin.org/journals/pharmacology/articles/10.3389/fphar.2022.912256/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35784751?tool=bestpractice.com
Confirme o status de BRCA e discuta os riscos e benefícios dos inibidores de PARP antes de iniciar a terapia de manutenção com um inibidor de PARP nas pacientes com doença recorrente.[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
É necessário cuidado ao se considerar a terapia de manutenção com um inibidor de PARP por mais de 2 anos.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Opções primárias
bevacizumabe
ou
olaparibe
ou
rucaparibe
ou
niraparibe
doença resistente à platina recorrente ou refratária
esquema de quimioterapia não baseado em platina ou bevacizumabe ou tamoxifeno
Pacientes com doença resistente à platina recorrente são definidos como aqueles que apresentam recidiva <6 meses após a conclusão da quimioterapia de primeira linha à base de platina.
Os pacientes com doença refratária à platina são aqueles que evoluem durante a quimioterapia de primeira linha à base de platina.
Pacientes com doença recorrente resistente à platina ou refratária à platina têm opções de tratamento limitadas. Elas podem incluir os melhores cuidados de suporte, inclusão em um ensaio clínico ou terapia de recorrência. O tratamento é considerado paliativo; portanto, a facilidade de administração do medicamento, o esquema de dosagem, os efeitos adversos previstos e a capacidade funcional devem ser considerados. Além disso, o momento para iniciar o tratamento é variável e depende dos sintomas do paciente e dos achados no exame físico, exames laboratoriais (por exemplo, análise molecular para confirmar o estado do BRCA e de deficiência de reparo de DNA por recombinação homóloga e para identificar outros marcadores que podem influenciar o tratamento) e exames de imagem.
Não existe uma abordagem padrão universal para o tratamento das pacientes com doença resistente à platina ou refratária à platina recorrente. No entanto, a depender de fatores da paciente (por exemplo, capacidade funcional, reserva de medula óssea, qualidade de vida), qualquer um dos seguintes agentes não à base de platina pode ser considerado: doxorrubicina lipossomal, topotecana, gencitabina, paclitaxel, bevacizumabe e etoposídeo.
O tamoxifeno e outros antiestrogênios também podem ser considerados, mas faltam estudos clínicos que avaliem sua eficácia.[208]Williams C, Simera I, Bryant A. Tamoxifen for relapse of ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Mar 17;(3):CD001034. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001034.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20238312?tool=bestpractice.com
A combinação de bevacizumabe com agentes quimioterápicos que não sejam à base de platina pode ser considerada em pacientes com doença recorrente resistente à platina. Em um estudo de fase 3, a sobrevida livre de progressão melhorou (6.7 meses x 3.4 meses) com o bevacizumabe combinado com quimioterapia não à base de platina (por exemplo, paclitaxel, topotecana ou doxorrubicina lipossomal [decidido pelo investigador]) em comparação com a quimioterapia isolada.[209]Pujade-Lauraine E, Hilpert F, Weber B, et al. Bevacizumab combined with chemotherapy for platinum-resistant recurrent ovarian cancer: the AURELIA open-label randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2014 May 1;32(13):1302-8. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2013.51.4489 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24637997?tool=bestpractice.com
No caso de doença recorrente ou refratária, o tratamento é continuado até que haja uma resposta completa, progressão da doença ou toxicidade inaceitável. Geralmente, a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global diminuem progressivamente a cada linha de terapia.[194]Hanker LC, Loibl S, Burchardi N, et al; AGO and GINECO Study Group. The impact of second to sixth line therapy on survival of relapsed ovarian cancer after primary taxane/platinum-based therapy. Ann Oncol. 2012 Oct;23(10):2605-12. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)37977-3/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22910840?tool=bestpractice.com
Opções primárias
doxorrubicina lipossomal
ou
topotecana
ou
paclitaxel
ou
gencitabina
ou
etoposídeo
--E--
bevacizumabe
ou
doxorrubicina lipossomal
ou
topotecana
ou
gencitabina
ou
paclitaxel
ou
etoposídeo
ou
bevacizumabe
ou
tamoxifeno
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal