O tratamento do câncer de ovário é baseado no estádio do tumor (I a IV) e/ou grau (1 a 3). A abordagem inicial padrão para a maioria dos pacientes é o estadiamento cirúrgico abrangente e a citorredução cirúrgica máxima, seguidos de quimioterapia adjuvante à base de platina (dependendo do estádio e grau do tumor).[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[
]
What are the effects of interval debulking surgery in women with advanced epithelial ovarian cancer?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1227/fullMostre-me a resposta
Pode-se considerar a quimioterapia neoadjuvante à base de platina com citorredução cirúrgica de intervalo em pacientes sem indicação para cirurgia primária.
Manejo cirúrgico do câncer de ovário
A cirurgia é necessária para o diagnóstico histológico, estadiamento e citorredução do tumor, e é o tratamento primário nas pacientes elegíveis. Constatou-se que a cirurgia realizada por um oncologista ginecológico experiente está associada a melhores desfechos de sobrevida.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[118]Bristow RE, Tomacruz RS, Armstrong DK, et al. Survival effect of maximal cytoreductive surgery for advanced ovarian carcinoma during the platinum era: a meta-analysis. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1248-59.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870167?tool=bestpractice.com
[119]Kehoe S, Powell J, Wilson S, et al. The influence of the operating surgeon's specialisation on patient survival in ovarian carcinoma. Br J Cancer. 1994 Nov;70(5):1014-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7947077?tool=bestpractice.com
[120]Earle CC, Schrag D, Neville BA, et al. Effect of surgeon specialty on processes of care and outcomes for ovarian cancer patients. J Natl Cancer Inst. 2006 Feb 1;98(3):172-80.
https://academic.oup.com/jnci/article/98/3/172/2521951
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16449677?tool=bestpractice.com
[121]Engelen MJ, Kos HE, Willemse PH, et al. Surgery by consultant gynecologic oncologists improves survival in patients with ovarian carcinoma. Cancer. 2006 Feb 1;106(3):589-98.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.21616
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16369985?tool=bestpractice.com
A avaliação do risco genético e os testes genéticos (por exemplo, para mutações BRCA1 e BRCA2 e outros genes de suscetibilidade a câncer de ovário) devem ser realizados se não tiverem sido feitos anteriormente.[79]Konstantinopoulos PA, Norquist B, Lacchetti C, et al. Germline and somatic tumor testing in epithelial ovarian cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Apr 10;38(11):1222-45.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.02960
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31986064?tool=bestpractice.com
[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
Na ausência de uma mutação de linha germinativa BRCA, recomenda-se o teste tumoral somático para mutações BRCA e status para deficiência de recombinação homóloga (HRD).[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[79]Konstantinopoulos PA, Norquist B, Lacchetti C, et al. Germline and somatic tumor testing in epithelial ovarian cancer: ASCO guideline. J Clin Oncol. 2020 Apr 10;38(11):1222-45.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.02960
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31986064?tool=bestpractice.com
[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
Estadiamento cirúrgico abrangente
Estadiamento cirúrgico abrangente e biópsias de estadiamento são indicados se a histologia intraoperatória confirmar a presença de um carcinoma de ovário.
O estadiamento cirúrgico é necessário para avaliar a extensão da doença; até 30% das pacientes com câncer de ovário aparente em estádio inicial podem passar para um estádio mais avançado mediante um estadiamento abrangente.[91]Garcia-Soto AE, Boren T, Wingo SN, et al. Is comprehensive surgical staging needed for thorough evaluation of early-stage ovarian carcinoma? Am J Obstet Gynecol. 2012 Mar;206(3):242.e1-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055337?tool=bestpractice.com
[122]Young RC, Decker DG, Wharton JT, et al. Staging laparotomy in early ovarian cancer. JAMA. 1983 Dec 9;250(22):3072-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6358558?tool=bestpractice.com
Geralmente, o estadiamento cirúrgico inclui histerectomia abdominal total, salpingo-ooforectomia bilateral, apendicectomia (se o apêndice parecer anormal em pacientes com suspeita ou confirmação de tumores de ovário mucinosos), omentectomia, dissecção de linfonodos pélvicos e para-aórticos, lavagens pélvicas e biópsias peritoneais.[123]Querleu D, Planchamp F, Chiva L, et al. European Society of Gynaecological Oncology (ESGO) guidelines for ovarian cancer surgery. Int J Gynecol Cancer. 2017 Sep;27(7):1534-42.
https://ijgc.bmj.com/content/ijgc/27/7/1534.full.pdf
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30814245?tool=bestpractice.com
[124]Rosendahl M, Haueberg Oester LA, Høgdall CK. The importance of appendectomy in surgery for mucinous adenocarcinoma of the ovary. Int J Gynecol Cancer. 2017 Mar;27(3):430-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28060142?tool=bestpractice.com
Há controvérsia quanto aos benefícios da dissecção sistemática dos linfonodos pélvicos e para-aórticos durante a cirurgia.[125]Harter P, Sehouli J, Lorusso D, et al. A randomized trial of lymphadenectomy in patients with advanced ovarian neoplasms. N Engl J Med. 2019 Feb 28;380(9):822-32.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1808424
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30811909?tool=bestpractice.com
[126]Chiyoda T, Sakurai M, Satoh T, et al. Lymphadenectomy for primary ovarian cancer: a systematic review and meta-analysis. J Gynecol Oncol. 2020 Sep;31(5):e67.
https://ejgo.org/DOIx.php?id=10.3802/jgo.2020.31.e67
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32808497?tool=bestpractice.com
As diretrizes da National Comprehensive Cancer Network (NCCN) recomendam a dissecção dos linfonodos pélvicos e para-aórticos apenas para as pacientes com doença confinada aos ovários afetados ou à pelve, e para aquelas com doença mais extensa com nódulos tumorais ≤2 cm fora da pelve. Para aquelas com doença mais extensa fora da pelve (nódulos >2 cm), os linfonodos suspeitos ou aumentados devem ser removidos, se possível.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Cirurgia de estadiamento poupadora de fertilidade
Geralmente, a histerectomia e a salpingo-ooforectomia bilateral são realizadas durante o estadiamento cirúrgico abrangente. No entanto, determinados pacientes com doença de baixo risco em estágio inicial (ou seja, estádio 1A ou IB, grau 1 ou 2) que desejam preservar a fertilidade podem ser considerados para a cirurgia de estadiamento poupadora de fertilidade, que envolve a preservação do útero e do ovário contralateral e da tuba uterina.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A avaliação pré-operatória por um endocrinologista reprodutivo é recomendada para mulheres que desejam preservar a fertilidade. A cirurgia de conclusão deve ser considerada após o término da gravidez para mulheres que passam por um procedimento que preserva a fertilidade.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Cirurgia de citorredução
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV no estadiamento cirúrgico necessitam de esforço cirúrgico máximo para fazer a citorredução de todos os depósitos tumorais (isto é, citorredução completa [R0]), inclusive remoção de toda a doença residual macroscópica do abdome, pelve e retroperitônio. A citorredução completa é o padrão atual de tratamento, embora a maioria das evidências que respaldam essa abordagem provenha de estudos retrospectivos.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
[118]Bristow RE, Tomacruz RS, Armstrong DK, et al. Survival effect of maximal cytoreductive surgery for advanced ovarian carcinoma during the platinum era: a meta-analysis. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1248-59.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870167?tool=bestpractice.com
Se a citorredução completa não for possível, a citorredução ideal deve ser o objetivo cirúrgico (ou seja, doença residual <1 cm). As pacientes que conseguirem obter a citorredução ideal têm uma melhor sobrevida em comparação com aquelas com doença residual extensa após a cirurgia de citorredução primária.[118]Bristow RE, Tomacruz RS, Armstrong DK, et al. Survival effect of maximal cytoreductive surgery for advanced ovarian carcinoma during the platinum era: a meta-analysis. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1248-59.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870167?tool=bestpractice.com
Outros procedimentos cirúrgicos podem ser realizados durante a cirurgia de citorredução para obter uma citorredução completa ou ideal, entre eles a ressecção intestinal, a ressecção do diafragma e a esplenectomia. Embora isso esteja associado a aumento do risco cirúrgico e morbidade, geralmente, é contrabalançado por uma melhora significativa na sobrevida.[118]Bristow RE, Tomacruz RS, Armstrong DK, et al. Survival effect of maximal cytoreductive surgery for advanced ovarian carcinoma during the platinum era: a meta-analysis. J Clin Oncol. 2002 Mar 1;20(5):1248-59.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11870167?tool=bestpractice.com
[127]Gerestein CG, Damhuis RA, Burger CW, et al. Postoperative mortality after primary cytoreductive surgery for advanced stage epithelial ovarian cancer: a systematic review. Gynecol Oncol. 2009 Sep;114(3):523-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19344936?tool=bestpractice.com
[128]du Bois A, Reuss A, Pujade-Lauraine E, et al. Role of surgical outcome as prognostic factor in advanced epithelial ovarian cancer: a combined exploratory analysis of 3 prospectively randomized phase 3 multicenter trials: by the Arbeitsgemeinschaft Gynaekologische Onkologie Studiengruppe Ovarialkarzinom (AGO-OVAR) and the Groupe d'Investigateurs Nationaux Pour les Etudes des Cancers de l'Ovaire (GINECO). Cancer. 2009 Mar 15;115(6):1234-44.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.24149
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19189349?tool=bestpractice.com
A laparoscopia pode ser usada nas pacientes com doença avançada para avaliar se a citorredução ideal pode ser obtida com a cirurgia de citorredução.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[129]van de Vrie R, Rutten MJ, Asseler JD, et al. Laparoscopy for diagnosing resectability of disease in women with advanced ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Mar 23;(3):CD009786.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD009786.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30907434?tool=bestpractice.com
Quimioterapia adjuvante após estadiamento cirúrgico e redução do volume
A quimioterapia adjuvante é empregada para erradicar quaisquer tumores residuais microscópicos ou milimétricos após a citorredução completa ou ideal.
A cirurgia de citorredução pode melhorar a eficácia da quimioterapia adjuvante por:[130]Schorge JO, McCann C, Del Carmen MG. Surgical debulking of ovarian cancer: what difference does it make? Rev Obstet Gynecol. 2010 Summer;3(3):111-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21364862?tool=bestpractice.com
Diminuir o número de células cancerosas na fase de repouso (que são menos sensíveis à quimioterapia)
Reduzir as células resistentes à quimioterapia, pois, de acordo com a hipótese de Goldie-Coldman, a resistência é diretamente proporcional à taxa de crescimento e ao número de células tumorais
Melhorar a penetração da quimioterapia em decorrência do aumento do suprimento de sangue em massas tumorais menores versus massas maiores com menor suprimento de sangue. O aumento no suprimento de sangue em massas tumorais menores é uma possível explicação para o aumento na atividade da quimioterapia intraperitoneal em comparação com a quimioterapia intravenosa tradicional.
[
]
In the initial management of primary epithelial ovarian cancer, how does adding an intraperitoneal component to intravenous chemotherapy affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1262/fullMostre-me a resposta
Doença em estádio IA ou IB (grau 1 ou 2)
Pacientes com doença de baixo risco em estágio inicial (estádio IA ou IB) e características tumorais favoráveis (doença de grau 1 ou 2) não necessitam de quimioterapia adjuvante após estadiamento cirúrgico abrangente, uma vez que não se constatou nenhuma melhora na sobrevida desses pacientes.[131]Young RC, Walton LA, Ellenberg SS, et al. Adjuvant therapy in stage I and stage II epithelial ovarian cancer - results of two prospective randomized trials. N Engl J Med. 1990 Apr 12;322(15):1021-7.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199004123221501
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2181310?tool=bestpractice.com
[132]Lawrie TA, Winter-Roach BA, Heus P, et al. Adjuvant (post-surgery) chemotherapy for early stage epithelial ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Dec 17;(12):CD004706.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD004706.pub5/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26676202?tool=bestpractice.com
Recomenda-se a observação após o estadiamento cirúrgico, desde que um estadiamento cirúrgico abrangente tenha sido realizado.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[91]Garcia-Soto AE, Boren T, Wingo SN, et al. Is comprehensive surgical staging needed for thorough evaluation of early-stage ovarian carcinoma? Am J Obstet Gynecol. 2012 Mar;206(3):242.e1-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055337?tool=bestpractice.com
[133]Timmers PJ, Zwinderman AH, Coens C, et al. Understanding the problem of inadequately staging early ovarian cancer. Eur J Cancer. 2010 Mar;46(5):880-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20074933?tool=bestpractice.com
Até 30% das pacientes com câncer de ovário aparente em estádio inicial podem passar para um estádio mais avançado mediante um estadiamento abrangente.[91]Garcia-Soto AE, Boren T, Wingo SN, et al. Is comprehensive surgical staging needed for thorough evaluation of early-stage ovarian carcinoma? Am J Obstet Gynecol. 2012 Mar;206(3):242.e1-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22055337?tool=bestpractice.com
[122]Young RC, Decker DG, Wharton JT, et al. Staging laparotomy in early ovarian cancer. JAMA. 1983 Dec 9;250(22):3072-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/6358558?tool=bestpractice.com
Doença em estádio IA ou IB (grau 3) ou estádio IC
Pacientes com doença em estágio inicial que apresentam características tumorais desfavoráveis (doença em estádio IA ou IB e grau 3) ou alto risco de recorrência (doença em estádio IC) requerem quimioterapia adjuvante à base de platina após o estadiamento cirúrgico abrangente.
O paclitaxel associado à carboplatina é o esquema de escolha para a quimioterapia adjuvante.[134]Bell J, Brady MF, Young RC, et al; Gynecologic Oncology Group. Randomized phase III trial of three versus six cycles of adjuvant carboplatin and paclitaxel in early stage epithelial ovarian carcinoma: a Gynecologic Oncology Group study. Gynecol Oncol. 2006 Sep;102(3):432-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16860852?tool=bestpractice.com
O docetaxel associado à carboplatina é uma opção alternativa para pacientes alérgicos ou intolerantes ao paclitaxel.[135]Vasey PA, Atkinson R, Osborne R, et al. SCOTROC 2A: carboplatin followed by docetaxel or docetaxel-gemcitabine as first-line chemotherapy for ovarian cancer. Br J Cancer. 2006 Jan 16;94(1):62-8.
https://www.nature.com/articles/6602909
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16404361?tool=bestpractice.com
[136]Vasey PA, Jayson GC, Gordon A, et al. Phase III randomized trial of docetaxel-carboplatin versus paclitaxel-carboplatin as first-line chemotherapy for ovarian carcinoma. J Natl Cancer Inst. 2004 Nov 17;96(22):1682-91.
https://www.doi.org/10.1093/jnci/djh323
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15547181?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada a doxorrubicina lipossomal também pode ser considerada.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[137]Pignata S, Scambia G, Ferrandina G, et al. Carboplatin plus paclitaxel versus carboplatin plus pegylated liposomal doxorubicin as first-line treatment for patients with ovarian cancer: the MITO-2 randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2011 Sep 20;29(27):3628-35.
https://www.doi.org/10.1200/JCO.2010.33.8566
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21844495?tool=bestpractice.com
A eficácia parece ser semelhante para os esquemas de tratamento recomendados, mas devem ser levados em conta diferentes perfis de toxicidade.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Normalmente, a quimioterapia adjuvante é administrada por via intravenosa por 3 a 6 ciclos. No estudo Gynecologic Oncology Group (GOG) 157, a taxa de recorrência com 6 ciclos de paclitaxel associado à carboplatina foi 24% menor que com 3 ciclos em pacientes com doença de alto risco em estágio inicial, mas esse achado não foi estatisticamente significativo.[134]Bell J, Brady MF, Young RC, et al; Gynecologic Oncology Group. Randomized phase III trial of three versus six cycles of adjuvant carboplatin and paclitaxel in early stage epithelial ovarian carcinoma: a Gynecologic Oncology Group study. Gynecol Oncol. 2006 Sep;102(3):432-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16860852?tool=bestpractice.com
O uso de 6 ciclos foi associado a mais toxicidade (por exemplo, neurotoxicidade, anemia e granulocitopenia).[134]Bell J, Brady MF, Young RC, et al; Gynecologic Oncology Group. Randomized phase III trial of three versus six cycles of adjuvant carboplatin and paclitaxel in early stage epithelial ovarian carcinoma: a Gynecologic Oncology Group study. Gynecol Oncol. 2006 Sep;102(3):432-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16860852?tool=bestpractice.com
A decisão de tratar com 3 ou mais ciclos de quimioterapia é tomada pelo médico e pela paciente, reconhecendo as limitações do estudo do GOG. Uma estratégia de tratamento razoável é planejar 3 ciclos de quimioterapia e avaliar os efeitos adversos e a toxicidade. Se 3 ciclos de quimioterapia forem bem tolerados, poderão ser considerados até mais 3 ciclos de tratamento.
Doença em estádio II, III ou IV: citorredução total ou ideal
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV necessitam de quimioterapia adjuvante à base de platina (por exemplo, paclitaxel associado a carboplatina) após o estadiamento cirúrgico e cirurgia de citorredução com citorredução completa ou ideal.[138]Ozols RF, Bundy BM, Greer BE, et al; Gynecologic Oncology Group. Phase III trial of carboplatin and paclitaxel compared with cisplatin and paclitaxel in patients with optimally resected stage III ovarian cancer: a Gynecologic Oncology Group study. J Clin Oncol. 2003 Sep 1;21(17):3194-200.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12860964?tool=bestpractice.com
Normalmente, a quimioterapia adjuvante é administrada por 6 ciclos. A dosagem semanal e os esquemas de dose densa para lo paclitaxel associado a carboplatina podem ser considerados como opções alternativas à dosagem a cada 3 semanas para algumas pacientes (por exemplo, paclitaxel semanal associado a carboplatina semanal para pacientes idosas ou frágeis), mas as evidências são duvidosas.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
[139]Pignata S, Scambia G, Katsaros D, et al. Carboplatin plus paclitaxel once a week versus every 3 weeks in patients with advanced ovarian cancer (MITO-7): a randomised, multicentre, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2014 Apr;15(4):396-405.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24582486?tool=bestpractice.com
[140]Gourley C, Bookman MA. Evolving concepts in the management of newly diagnosed epithelial ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 20;37(27):2386-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31403859?tool=bestpractice.com
[141]Clamp AR, James EC, McNeish IA, et al. Weekly dose-dense chemotherapy in first-line epithelial ovarian, fallopian tube, or primary peritoneal cancer treatment (ICON8): overall survival results from an open-label, randomised, controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2022 Jul;23(7):919-30.
https://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(22)00283-2/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35690073?tool=bestpractice.com
[142]Pergialiotis V, Liatsou E, Thomakos N, et al. Survival outcomes of epithelial ovarian cancer patients following dose-dense versus 3-weekly platinum-paclitaxel chemotherapy: a meta-analysis. Clin Oncol (R Coll Radiol). 2023 Feb;35(2):e189-98.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36357255?tool=bestpractice.com
[143]Gong W, Yu R, Cao C, et al. Dose-dense regimen versus conventional three-weekly paclitaxel combination with carboplatin chemotherapy in first-line ovarian cancer treatment: a systematic review and meta-analysis. J Ovarian Res. 2023 Jul 10;16(1):136.
https://ovarianresearch.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13048-023-01216-z
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37430376?tool=bestpractice.com
[144]Safra T, Waissengrin B, Levy T, et al. Weekly carboplatin and paclitaxel: a retrospective comparison with the three-weekly schedule in first-line treatment of ovarian cancer. Oncologist. 2021 Jan;26(1):30-9.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7794189
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32657524?tool=bestpractice.com
A combinação de bevacizumabe (um anticorpo monoclonal humanizado que tem como alvo o fator de crescimento endotelial vascular) com paclitaxel adjuvante associado à carboplatina pode também ser considerada em pacientes com doença em estádio III ou IV. No estudo GOG 218 e no estudo ICON7, a adição de bevacizumabe ao paclitaxel adjuvante associado à carboplatina em pacientes com doença avançada melhorou a sobrevida livre de progressão (mas não a sobrevida global) em comparação com o paclitaxel associado à carboplatina isolada.[145]Burger RA, Brady MF, Bookman MA, et al; Gynecologic Oncology Group. Incorporation of bevacizumab in the primary treatment of ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2473-83.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1104390
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204724?tool=bestpractice.com
[146]Perren TJ, Swart AM, Pfisterer J, et al; ICON7 Investigators. A phase 3 trial of bevacizumab in ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2484-96.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1103799
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204725?tool=bestpractice.com
[147]Burger RA, Brady MF, Rhee J, et al. Independent radiologic review of the Gynecologic Oncology Group Study 0218, a phase III trial of bevacizumab in the primary treatment of advanced epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. Gynecol Oncol. 2013 Oct;131(1):21-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23906656?tool=bestpractice.com
[148]Tewari KS, Burger RA, Enserro D, et al. Final overall survival of a randomized trial of bevacizumab for primary treatment of ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 10;37(26):2317-28.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01009
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31216226?tool=bestpractice.com
Uma análise de subgrupos do estudo ICON7 relatou melhora da sobrevida global em certas pacientes de alto risco que receberam bevacizumabe, inclusive aquelas com doença em estádio III após citorredução abaixo da ideal, doença em estádio IV ou doença inoperável.[149]González Martín A, Oza AM, Embleton AC, et al; ICON7 Investigators. Exploratory outcome analyses according to stage and/or residual disease in the ICON7 trial of carboplatin and paclitaxel with or without bevacizumab for newly diagnosed ovarian cancer. Gynecol Oncol. 2019 Jan;152(1):53-60.
https://www.gynecologiconcology-online.net/article/S0090-8258(18)31166-1/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30449719?tool=bestpractice.com
O docetaxel associado a carboplatina é uma alternativa para pacientes alérgicas ou intolerantes ao paclitaxel, e a adição de bevacizumabe pode ser útil em determinadas circunstâncias.[135]Vasey PA, Atkinson R, Osborne R, et al. SCOTROC 2A: carboplatin followed by docetaxel or docetaxel-gemcitabine as first-line chemotherapy for ovarian cancer. Br J Cancer. 2006 Jan 16;94(1):62-8.
https://www.nature.com/articles/6602909
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16404361?tool=bestpractice.com
[136]Vasey PA, Jayson GC, Gordon A, et al. Phase III randomized trial of docetaxel-carboplatin versus paclitaxel-carboplatin as first-line chemotherapy for ovarian carcinoma. J Natl Cancer Inst. 2004 Nov 17;96(22):1682-91.
https://www.doi.org/10.1093/jnci/djh323
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15547181?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada a doxorrubicina lipossomal também pode ser considerada como uma opção alternativa.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[137]Pignata S, Scambia G, Ferrandina G, et al. Carboplatin plus paclitaxel versus carboplatin plus pegylated liposomal doxorubicin as first-line treatment for patients with ovarian cancer: the MITO-2 randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2011 Sep 20;29(27):3628-35.
https://www.doi.org/10.1200/JCO.2010.33.8566
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21844495?tool=bestpractice.com
A eficácia parece ser semelhante para os esquemas de tratamento recomendados, mas devem ser levados em conta diferentes perfis de toxicidade.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Quimioterapia intraperitoneal para doença em estádio II ou III completa ou otimizada
As pacientes com doença em estádio II ou III submetidas a uma cirurgia de citorredução completa ou ideal (isto é, doença residual <1 cm) podem ser consideradas para quimioterapia intraperitoneal adjuvante em vez da quimioterapia intravenosa convencional.
A quimioterapia intraperitoneal é administrada diretamente na cavidade peritoneal por meio de uma via de acesso subcutânea colocada no abdome durante a cirurgia. A superfície peritoneal é o principal sítio de recorrência em pacientes com câncer de ovário.[150]Amate P, Huchon C, Dessapt AL, et al. Ovarian cancer: sites of recurrence. Int J Gynecol Cancer. 2013 Nov;23(9):1590-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24172095?tool=bestpractice.com
Pacientes com boa capacidade funcional devem ser cuidadosamente selecionadas para a quimioterapia intraperitoneal.[151]Fung-Kee-Fung M, Provencher D, Rosen B, et al; IP Chemotherapy Working Group/Society of Gynecologic Oncologists of Canada. Intraperitoneal chemotherapy for patients with advanced ovarian cancer: a review of the evidence and standards for the delivery of care. Gynecol Oncol. 2007 Jun;105(3):747-56.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17368522?tool=bestpractice.com
[
]
In the initial management of primary epithelial ovarian cancer, how does adding an intraperitoneal component to intravenous chemotherapy affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1262/fullMostre-me a resposta A quimioterapia intravenosa deve ser usada se a quimioterapia intraperitoneal não for adequada.
Ensaios clínicos randomizados constaram um benefício de sobrevida com a quimioterapia intraperitoneal em comparação com a quimioterapia intravenosa em pacientes com doença em estádio III submetidos à citorredução ideal.[152]Armstrong DK, Bundy B, Wenzel L, et al; Gynecologic Oncology Group. Intraperitoneal cisplatin and paclitaxel in ovarian cancer. N Engl J Med. 2006 Jan 5;354(1):34-43.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa052985
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16394300?tool=bestpractice.com
[153]Markman M, Bundy BM, Alberts DS, et al. Phase III trial of standard dose intravenous carboplatin plus paclitaxel versus moderately high dose carboplatin followed by intravenous paclitaxel and intraperitoneal cisplatin in small volume stage III ovarian carcinoma: an intergroup study of the Gynecologic Oncology Group, Southwestern Oncology Group, and Eastern Cooperative Oncology Group. J Clin Oncol. 2001 Feb 15;19(4):1001-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11181662?tool=bestpractice.com
[154]Alberts DS, Liu PY, Hannigan EV, et al. Intraperitoneal cisplatin plus intravenous cyclophosphamide versus intravenous cisplatin plus intravenous cyclophosphamide for stage III ovarian cancer. N Engl J Med. 1996 Dec 26;335(26):1950-5.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199612263352603
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8960474?tool=bestpractice.com
[155]Wenzel LB, Huang HQ, Armstrong DK, et al; Gynecologic Oncology Group. Health-related quality of life during and after intraperitoneal versus intravenous chemotherapy for optimally debulked ovarian cancer: a Gynecologic Oncology Group study. J Clin Oncol. 2007 Feb 1;25(4):437-43.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2006.07.3494
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17264340?tool=bestpractice.com
Embora não tenha sido demonstrado nenhum benefício de sobrevida em pacientes com doença em estádio II após uma citorredução ideal, as diretrizes recomendam que essas pacientes sejam consideradas para quimioterapia intraperitoneal.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[156]Gadducci A, Carnino F, Chiara S, et al. Intraperitoneal versus intravenous cisplatin in combination with intravenous cyclophosphamide and epidoxorubicin in optimally cytoreduced advanced epithelial ovarian cancer: a randomized trial of the Gruppo Oncologico Nord-Ovest. Gynecol Oncol. 2000 Feb;76(2):157-62.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10637064?tool=bestpractice.com
[157]Walker JL, Brady MF, Wenzel L, et al. Randomized trial of intravenous versus intraperitoneal chemotherapy plus bevacizumab in advanced ovarian carcinoma: an NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study. J Clin Oncol. 2019 Jun 1;37(16):1380-90.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.18.01568
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31002578?tool=bestpractice.com
A quimioterapia intraperitoneal não é recomendada para a doença em estádios I ou IV.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Em comparação com a terapia intravenosa isolada (paclitaxel associado a cisplatina), o paclitaxel intravenoso associado a cisplatina intraperitoneal e paclitaxel intraperitoneal, administrados por 6 ciclos, melhora a sobrevida em pacientes com câncer de ovário em estádio III com citorredução ideal.[152]Armstrong DK, Bundy B, Wenzel L, et al; Gynecologic Oncology Group. Intraperitoneal cisplatin and paclitaxel in ovarian cancer. N Engl J Med. 2006 Jan 5;354(1):34-43.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa052985
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16394300?tool=bestpractice.com
[
]
In the initial management of primary epithelial ovarian cancer, how does adding an intraperitoneal component to intravenous chemotherapy affect outcomes?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1262/fullMostre-me a resposta
A combinação de bevacizumabe com quimioterapia intraperitoneal não é recomendada, pois não demonstrou melhorar a sobrevida livre de progressão em comparação com o bevacizumabe associado à quimioterapia intravenosa.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[157]Walker JL, Brady MF, Wenzel L, et al. Randomized trial of intravenous versus intraperitoneal chemotherapy plus bevacizumab in advanced ovarian carcinoma: an NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study. J Clin Oncol. 2019 Jun 1;37(16):1380-90.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.18.01568
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31002578?tool=bestpractice.com
Doença em estádio II, III ou IV: citorredução abaixo do ideal
As pacientes com doença em estádio II, III ou IV após uma citorredução abaixo da ideal (ou seja, doença residual >1 cm após cirurgia primária de citorredução) requerem quimioterapia adjuvante à base de platina. O padrão atual de tratamento é o paclitaxel associado a carboplatina administrados por via intravenosa. A dosagem semanal e os esquemas de dose densa para lo paclitaxel associado a carboplatina podem ser considerados como opções alternativas à dosagem a cada 3 semanas para algumas pacientes (por exemplo, paclitaxel semanal associado a carboplatina semanal para pacientes idosas ou frágeis), embora as evidências sejam duvidosas.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
[139]Pignata S, Scambia G, Katsaros D, et al. Carboplatin plus paclitaxel once a week versus every 3 weeks in patients with advanced ovarian cancer (MITO-7): a randomised, multicentre, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2014 Apr;15(4):396-405.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24582486?tool=bestpractice.com
[140]Gourley C, Bookman MA. Evolving concepts in the management of newly diagnosed epithelial ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 20;37(27):2386-97.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31403859?tool=bestpractice.com
[141]Clamp AR, James EC, McNeish IA, et al. Weekly dose-dense chemotherapy in first-line epithelial ovarian, fallopian tube, or primary peritoneal cancer treatment (ICON8): overall survival results from an open-label, randomised, controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2022 Jul;23(7):919-30.
https://www.thelancet.com/journals/lanonc/article/PIIS1470-2045(22)00283-2/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35690073?tool=bestpractice.com
[142]Pergialiotis V, Liatsou E, Thomakos N, et al. Survival outcomes of epithelial ovarian cancer patients following dose-dense versus 3-weekly platinum-paclitaxel chemotherapy: a meta-analysis. Clin Oncol (R Coll Radiol). 2023 Feb;35(2):e189-98.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36357255?tool=bestpractice.com
[143]Gong W, Yu R, Cao C, et al. Dose-dense regimen versus conventional three-weekly paclitaxel combination with carboplatin chemotherapy in first-line ovarian cancer treatment: a systematic review and meta-analysis. J Ovarian Res. 2023 Jul 10;16(1):136.
https://ovarianresearch.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13048-023-01216-z
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37430376?tool=bestpractice.com
[144]Safra T, Waissengrin B, Levy T, et al. Weekly carboplatin and paclitaxel: a retrospective comparison with the three-weekly schedule in first-line treatment of ovarian cancer. Oncologist. 2021 Jan;26(1):30-9.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7794189
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32657524?tool=bestpractice.com
A combinação de bevacizumabe com paclitaxel associado à carboplatina pode ser considerada em pacientes com doença em estádio III ou IV.[145]Burger RA, Brady MF, Bookman MA, et al; Gynecologic Oncology Group. Incorporation of bevacizumab in the primary treatment of ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2473-83.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1104390
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204724?tool=bestpractice.com
[146]Perren TJ, Swart AM, Pfisterer J, et al; ICON7 Investigators. A phase 3 trial of bevacizumab in ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2484-96.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1103799
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204725?tool=bestpractice.com
[147]Burger RA, Brady MF, Rhee J, et al. Independent radiologic review of the Gynecologic Oncology Group Study 0218, a phase III trial of bevacizumab in the primary treatment of advanced epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. Gynecol Oncol. 2013 Oct;131(1):21-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23906656?tool=bestpractice.com
[148]Tewari KS, Burger RA, Enserro D, et al. Final overall survival of a randomized trial of bevacizumab for primary treatment of ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 10;37(26):2317-28.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01009
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31216226?tool=bestpractice.com
[149]González Martín A, Oza AM, Embleton AC, et al; ICON7 Investigators. Exploratory outcome analyses according to stage and/or residual disease in the ICON7 trial of carboplatin and paclitaxel with or without bevacizumab for newly diagnosed ovarian cancer. Gynecol Oncol. 2019 Jan;152(1):53-60.
https://www.gynecologiconcology-online.net/article/S0090-8258(18)31166-1/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30449719?tool=bestpractice.com
O docetaxel associado à carboplatina é uma alternativa para as pacientes alérgicas ou intolerantes ao paclitaxel; e a adição do bevacizumabe pode ser útil em determinadas circunstâncias.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[135]Vasey PA, Atkinson R, Osborne R, et al. SCOTROC 2A: carboplatin followed by docetaxel or docetaxel-gemcitabine as first-line chemotherapy for ovarian cancer. Br J Cancer. 2006 Jan 16;94(1):62-8.
https://www.nature.com/articles/6602909
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16404361?tool=bestpractice.com
[136]Vasey PA, Jayson GC, Gordon A, et al. Phase III randomized trial of docetaxel-carboplatin versus paclitaxel-carboplatin as first-line chemotherapy for ovarian carcinoma. J Natl Cancer Inst. 2004 Nov 17;96(22):1682-91.
https://www.doi.org/10.1093/jnci/djh323
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15547181?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada à doxorrubicina lipossomal também pode ser considerada nessas pacientes.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[137]Pignata S, Scambia G, Ferrandina G, et al. Carboplatin plus paclitaxel versus carboplatin plus pegylated liposomal doxorubicin as first-line treatment for patients with ovarian cancer: the MITO-2 randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2011 Sep 20;29(27):3628-35.
https://www.doi.org/10.1200/JCO.2010.33.8566
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21844495?tool=bestpractice.com
A eficácia parece ser semelhante para os esquemas de tratamento recomendados, mas devem ser levados em conta diferentes perfis de toxicidade.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Pacientes não adequados para cirurgia primária
As pacientes que não são adequadas para uma cirurgia primária (por exemplo por comorbidades), ou aquelas com doença volumosa em estádio III a IV que são improváveis de obter uma citorredução completa ou ideal (isto é, doença residual <1 cm) com a cirurgia primária, podem ser consideradas para quimioterapia neoadjuvante e, depois, reavaliadas para estadiamento cirúrgico e cirurgia de citorredução após um intervalo.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
Os objetivos da quimioterapia neoadjuvante são diminuir o volume da doença (carga tumoral) e proporcionar tempo para que as comorbidades clínicas subjacentes melhorem para que o estadiamento cirúrgico abrangente e a citorredução ideal possam ser alcançados.[158]Bristow RE, Eisenhauer EL, Santillan A, et al. Delaying the primary surgical effort for advanced ovarian cancer: a systematic review of neoadjuvant chemotherapy and interval cytoreduction. Gynecol Oncol. 2007 Feb;104(2):480-90.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17166564?tool=bestpractice.com
[159]Tangjitgamol S, Manusirivithaya S, Laopaiboon M, et al. Interval debulking surgery for advanced epithelial ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2016 Jan 9;(1):CD006014.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD006014.pub7/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26747297?tool=bestpractice.com
Estudos relatam desfechos de sobrevida semelhantes em pacientes com doença avançada que receberam quimioterapia neoadjuvante e citorredução de intervalo e aqueles que foram submetidos à cirurgia primária seguida por quimioterapia adjuvante. A mortalidade pós-operatória e os eventos adversos graves podem ser reduzidos em pacientes que recebem quimioterapia neoadjuvante.[92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
[160]Shawky M, Choudhary C, Coleridge SL, et al. Neoadjuvant chemotherapy before surgery versus surgery followed by chemotherapy for initial treatment in advanced epithelial ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2025 Feb 10;2(2):CD005343.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD005343.pub7/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39927569?tool=bestpractice.com
As pacientes devem ser avaliadas por um oncologista ginecológico e ter um diagnóstico histológico confirmado (por exemplo, obtido por punção por agulha grossa (core biopsy) ou AAF se a biópsia não for possível) antes do início da quimioterapia neoadjuvante. A laparoscopia pode ser considerada para determinar a viabilidade da citorredução ideal.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
Esquemas intravenosos usados para quimioterapia adjuvante (por exemplo, paclitaxel associado a carboplatina) podem ser usados para quimioterapia neoadjuvante; são recomendados 3-4 ciclos antes do intervalo da cirurgia para pacientes que apresentam resposta à quimioterapia ou com doença estável (embora 4-6 possam ser considerados).[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
A combinação de bevacizumabe com quimioterapia neoadjuvante à base de platina pode ser considerada, mas deve ser evitada no ciclo anterior à cirurgia, pois o bevacizumabe pode interferir na cicatrização da ferida após a cirurgia.[161]Zhang H, Huang Z, Zou X, et al. Bevacizumab and wound-healing complications: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. Oncotarget. 2016 Dec 13;7(50):82473-81.
https://www.oncotarget.com/article/12666/text
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27756883?tool=bestpractice.com
[162]Turco LC, Ferrandina G, Vargiu V, et al. Extreme complications related to bevacizumab use in the treatment of ovarian cancer: a case series from a III level referral centre and review of the literature. Ann Transl Med. 2020 Dec;8(24):1687.
https://atm.amegroups.com/article/view/57315/html
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33490199?tool=bestpractice.com
A quimioterapia adjuvante à base de platina (por exemplo, paclitaxel associado a carboplatina) pode ser considerada após a quimioterapia neoadjuvante e a cirurgia de citorredução de intervalo, dependendo do estádio da doença.[163]Vergote I, Trope CG, Amant F, et al; European Organization for Research and Treatment of Cancer-Gynaecological Cancer Group; NCIC Clinical Trials Group. Neoadjuvant chemotherapy or primary surgery in stage IIIC or IV ovarian cancer. N Engl J Med. 2010 Sep 2;363(10):943-53.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0908806
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20818904?tool=bestpractice.com
[164]Kehoe S, Hook J, Nankivell M, et al. Primary chemotherapy versus primary surgery for newly diagnosed advanced ovarian cancer (CHORUS): an open-label, randomised, controlled, non-inferiority trial. Lancet. 2015 Jul 18;386(9990):249-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26002111?tool=bestpractice.com
Normalmente são usados esquemas intravenosos administrados por 3 ciclos.[163]Vergote I, Trope CG, Amant F, et al; European Organization for Research and Treatment of Cancer-Gynaecological Cancer Group; NCIC Clinical Trials Group. Neoadjuvant chemotherapy or primary surgery in stage IIIC or IV ovarian cancer. N Engl J Med. 2010 Sep 2;363(10):943-53.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0908806
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20818904?tool=bestpractice.com
[164]Kehoe S, Hook J, Nankivell M, et al. Primary chemotherapy versus primary surgery for newly diagnosed advanced ovarian cancer (CHORUS): an open-label, randomised, controlled, non-inferiority trial. Lancet. 2015 Jul 18;386(9990):249-57.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26002111?tool=bestpractice.com
Bevacizumabe adjuvante pode ser considerado em associação com a quimioterapia adjuvante para pacientes de alto risco (estádio IV, citorredução abaixo do ideal), mas apenas após a cicatrização adequada da cirurgia.[92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
Esquemas intraperitoneais podem ser considerados em certas pacientes, mas as evidências são ambíguas.[165]Tiersten AD, Liu PY, Smith HO, et al. Phase II evaluation of neoadjuvant chemotherapy and debulking followed by intraperitoneal chemotherapy in women with stage III and IV epithelial ovarian, fallopian tube or primary peritoneal cancer: Southwest Oncology Group Study S0009. Gynecol Oncol. 2009 Mar;112(3):444-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19138791?tool=bestpractice.com
[166]Provencher DM, Gallagher CJ, Parulekar WR, et al. OV21/PETROC: a randomized Gynecologic Cancer Intergroup phase II study of intraperitoneal versus intravenous chemotherapy following neoadjuvant chemotherapy and optimal debulking surgery in epithelial ovarian cancer. Ann Oncol. 2018 Feb 1;29(2):431-8.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)35064-1/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29186319?tool=bestpractice.com
Quimioterapia intraperitoneal hipertérmica (HIPEC) durante cirurgia de citorredução de intervalo
Pacientes com doença em estádio III submetidos à cirurgia de citorredução de intervalo podem ser considerados para a HIPEC (usando cisplatina) durante a cirurgia.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[92]Gaillard S, Lacchetti C, Armstrong DK, et al. Neoadjuvant chemotherapy for newly diagnosed, advanced ovarian cancer: ASCO guideline update. J Clin Oncol. 2025 Mar;43(7):868-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO-24-02589
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39841949?tool=bestpractice.com
[167]Auer RC, Sivajohanathan D, Biagi J, et al. Indications for hyperthermic intraperitoneal chemotherapy with cytoreductive surgery: a clinical practice guideline. Curr Oncol. 2020 Jun;27(3):146-54.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7339855
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32669924?tool=bestpractice.com
[168]Kireeva GS, Gafton GI, Guseynov KD, et al. HIPEC in patients with primary advanced ovarian cancer: is there a role? A systematic review of short- and long-term outcomes. Surg Oncol. 2018 Jun;27(2):251-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29937179?tool=bestpractice.com
[169]van Driel WJ, Koole SN, Sikorska K, et al. Hyperthermic intraperitoneal chemotherapy in ovarian cancer. N Engl J Med. 2018 Jan 18;378(3):230-40.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1708618
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29342393?tool=bestpractice.com
A HIPEC é semelhante à quimioterapia intraperitoneal pelo fato de a quimioterapia ser administrada diretamente na cavidade peritoneal. No entanto, a HIPEC é administrada em condições hipertérmicas para aumentar a absorção da quimioterapia na superfície peritoneal e aumentar a sensibilidade do câncer à quimioterapia.[170]Panteix G, Beaujard A, Garbit F, et al. Population pharmacokinetics of cisplatin in patients with advanced ovarian cancer during intraperitoneal hyperthermia chemotherapy. Anticancer Res. 2002 Mar-Apr;22(2b):1329-36.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12168946?tool=bestpractice.com
[171]van de Vaart PJ, van der Vange N, Zoetmulder FA, et al. Intraperitoneal cisplatin with regional hyperthermia in advanced ovarian cancer: pharmacokinetics and cisplatin-DNA adduct formation in patients and ovarian cancer cell lines. Eur J Cancer. 1998 Jan;34(1):148-54.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9624250?tool=bestpractice.com
A HIPEC demonstrou ser eficaz quando administrada durante a cirurgia de citorredução de intervalo.[168]Kireeva GS, Gafton GI, Guseynov KD, et al. HIPEC in patients with primary advanced ovarian cancer: is there a role? A systematic review of short- and long-term outcomes. Surg Oncol. 2018 Jun;27(2):251-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29937179?tool=bestpractice.com
[169]van Driel WJ, Koole SN, Sikorska K, et al. Hyperthermic intraperitoneal chemotherapy in ovarian cancer. N Engl J Med. 2018 Jan 18;378(3):230-40.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1708618
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29342393?tool=bestpractice.com
Em um ensaio clínico aberto randomizado, realizado com pacientes com doença em estádio III que receberam 3 ciclos de quimioterapia neoadjuvante, a adição da HIPEC (com cisplatina) à cirurgia de citorredução de intervalo melhorou a sobrevida livre de recorrência e a sobrevida global em comparação com a cirurgia de citorredução de intervalo sem HIPEC.[169]van Driel WJ, Koole SN, Sikorska K, et al. Hyperthermic intraperitoneal chemotherapy in ovarian cancer. N Engl J Med. 2018 Jan 18;378(3):230-40.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1708618
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29342393?tool=bestpractice.com
Os efeitos adversos e os desfechos relatados pelo paciente foram semelhantes entre os grupos de estudo. Está em andamento um estudo que avaliou o uso da HIPEC durante a cirurgia primária em pacientes com doença em estádio III.[172]Koole S, van Stein R, Sikorska K, et al; OVHIPEC-2 Steering Committee and the Dutch OVHIPEC group. Primary cytoreductive surgery with or without hyperthermic intraperitoneal chemotherapy (HIPEC) for FIGO stage III epithelial ovarian cancer: OVHIPEC-2, a phase III randomized clinical trial. Int J Gynecol Cancer. 2020 Jun;30(6):888-92.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8202725
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32205449?tool=bestpractice.com
Terapia de manutenção após tratamento inicial
Pacientes com doença em estádio II, III ou IV que atingem uma resposta completa ou parcial após o tratamento inicial podem ser considerados para terapia de manutenção com bevacizumabe e/ou um inibidor da poli (adenosina difosfato-ribose) polimerase (PARP).[173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
Pacientes com doença em estádio I não necessitam de terapia de manutenção.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O uso de quimioterapia como terapia de manutenção não é recomendado por causa da toxicidade e da falta de benefícios em termos de sobrevida.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[174]Markman M, Liu PY, Wilczynski S, et al. Phase III randomized trial of 12 versus 3 months of maintenance paclitaxel in patients with advanced ovarian cancer after complete response to platinum and paclitaxel-based chemotherapy: a Southwest Oncology Group and Gynecologic Oncology Group trial. J Clin Oncol. 2003 Jul 1;21(13):2460-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12829663?tool=bestpractice.com
[175]Copeland LJ, Brady MF, Burger RA et al. Phase III trial of maintenance therapy in women with advanced ovary/tubal/peritoneal cancer after a complete response to first-line therapy: an NRG oncology (GOG Legacy) study. Abstract LBA1. Paper presented at: 48th Annual Meeting of the Society of Gynecologic Oncology. 12-15 Mar 2017. National Harbor, MD.
Bevacizumabe de manutenção após tratamento de primeira linha
O bevacizumabe é recomendado como uma opção para terapia de manutenção em pacientes sem mutação BRCA1 ou BRCA2, ou com situação de mutação desconhecido, que apresentam resposta completa ou parcial após quimioterapia de primeira linha que incluiu bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O bevacizumabe de manutenção demonstrou uma melhor sobrevida livre de progressão, mas não para a sobrevida global.[145]Burger RA, Brady MF, Bookman MA, et al; Gynecologic Oncology Group. Incorporation of bevacizumab in the primary treatment of ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2473-83.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1104390
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204724?tool=bestpractice.com
[146]Perren TJ, Swart AM, Pfisterer J, et al; ICON7 Investigators. A phase 3 trial of bevacizumab in ovarian cancer. N Engl J Med. 2011 Dec 29;365(26):2484-96.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1103799
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22204725?tool=bestpractice.com
[147]Burger RA, Brady MF, Rhee J, et al. Independent radiologic review of the Gynecologic Oncology Group Study 0218, a phase III trial of bevacizumab in the primary treatment of advanced epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. Gynecol Oncol. 2013 Oct;131(1):21-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23906656?tool=bestpractice.com
[148]Tewari KS, Burger RA, Enserro D, et al. Final overall survival of a randomized trial of bevacizumab for primary treatment of ovarian cancer. J Clin Oncol. 2019 Sep 10;37(26):2317-28.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.01009
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31216226?tool=bestpractice.com
O bevacizumabe em combinação com um inibidor de PARP pode ser uma opção para certas pacientes que estiverem em resposta completa ou parcial após uma quimioterapia de primeira linha que incluir bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Inibidores da PARP de manutenção após tratamento de primeira linha
Os inibidores de PARP (por exemplo, olaparibe, niraparibe, rucaparibe) visam as células cancerosas com deficiência de reparo do DNA por recombinação homóloga causada por mutações genéticas (por exemplo, BRCA) ou instabilidade genética.[176]Underhill C, Toulmonde M, Bonnefoi H. A review of PARP inhibitors: from bench to bedside. Ann Oncol. 2011 Feb;22(2):268-79.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20643861?tool=bestpractice.com
Os inibidores de PARP mostraram desfechos melhores em pacientes com mutação BRCA1 ou BRCA2 em comparação com bevacizumabe.
O olaparibe, o niraparibe ou o rucaparibe são recomendados para a terapia de manutenção nas pacientes com doença em estádio II, III ou IV com mutação em BRCA1 ou BRCA2 que estiverem em resposta completa ou parcial após a quimioterapia de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
O olaparibe pode ser usado em combinação com o bevacizumabe nas pacientes com mutação em BRCA1 ou BRCA2, ou que apresentarem deficiência de recombinação homóloga (HRD), se a quimioterapia de primeira linha tiver incluido o bevacizumabe; o niraparibe pode ser usado em combinação com o bevacizumabe se a paciente não tolerar o olaparibe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Para as pacientes sem mutação BRCA1 ou BRCA2, ou com status mutacional desconhecido, que estiverem em resposta completa ou parcial após uma quimioterapia de primeira linha que não tiver incluído bevacizumabe, as opções incluem observação (se a resposta tiver sido completa) ou manutenção com niraparibe ou rucaparibe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A terapia de manutenção com inibidores de PARP pode ser mantida até a progressão da doença ou toxicidade inaceitável, ou até:[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A manutenção com bevacizumabe em combinação com um inibidor de PARP é considerada apenas para as pacientes que tiverem recebido bevacizumabe durante a quimioterapia de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
[173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
Houve relatos de hipertensão grave e síndrome de encefalopatia posterior reversível (SEPR) associada com niraparibe, e alguns casos ocorreram no primeiro mês de tratamento.[177]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency (UK). Drug safety update. Niraparib (Zejula): reports of severe hypertension and posterior reversible encephalopathy syndrome (PRES), particularly in early treatment. Oct 2020 [internet publication].
https://www.gov.uk/drug-safety-update/niraparib-zejula-reports-of-severe-hypertension-and-posterior-reversible-encephalopathy-syndrome-pres-particularly-in-early-treatment
Niraparibe deve ser descontinuado se ocorrer crise hipertensiva ou se a hipertensão clinicamente significativa não for adequadamente controlada com a terapia anti-hipertensiva, e se houver suspeita ou confirmação de SEPR.
Embora os dados sejam limitados para a doença em estádio II, as diretrizes da NCCN recomendam considerar o tratamento de manutenção com inibidor de PARP para pacientes com doença em estádio II com resposta completa ou parcial ao tratamento de primeira linha.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Essas opções de terapia de manutenção não são recomendadas para doença em estádio I.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A observação pode ser considerada para pacientes selecionadas com doença em estádio II com resposta completa após uma quimioterapia de primeira linha que não tiver incluído bevacizumabe.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Confirme o status de BRCA e HRD antes de iniciar a terapia de manutenção com PARP após o tratamento de primeira linha.[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
Doença recorrente sensível à platina
Pacientes com doença sensível à platina recorrente são definidos como aqueles que apresentam recidiva ≥6 meses após a conclusão da quimioterapia à base de platina de primeira linha.
O tratamento para esses pacientes é orientado por:[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Sintomas (por exemplo, queixas gastrointestinais, como dor, náuseas, êmese ou obstrução intestinal [nos casos graves])
Exame físico
Resultados laboratoriais (por exemplo, análise molecular para confirmar o status de BRCA e HRD, e para identificar outros marcadores que possam influenciar o tratamento)
Resultados de exame de imagem
Capacidade funcional
O objetivo do tratamento é paliar e, possivelmente, prolongar a sobrevida. A cura no longo prazo não é um objetivo realista da terapia nesses pacientes; portanto, os benefícios do tratamento devem ser ponderados com base nos efeitos adversos.
Em muitas pacientes, os níveis de CA-125 aumentarão antes que os sintomas se desenvolvam, ou antes que haja evidências de progressão da doença em exames de imagem (ou seja, recidiva bioquímica, mas sem recidiva clínica ou radiológica). O tratamento imediato apenas para recidiva bioquímica (aumento da concentração de CA-125) não demonstrou melhorar a sobrevida.[97]Rustin GJ, van der Burg ME, Griffin CL, et al; MRC OV05; EORTC 55955 investigators. Early versus delayed treatment of relapsed ovarian cancer (MRC OV05/EORTC 55955): a randomised trial. Lancet. 2010 Oct 2;376(9747):1155-63.
https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(10)61268-8/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20888993?tool=bestpractice.com
Nesse caso, a observação é uma estratégia aceitável.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Cirurgia citorredutora secundária
Pacientes com recidiva clínica e/ou radiológica podem ser considerados para cirurgia citorredutora de repetição (secundária) seguida de novo tratamento com um esquema quimioterápico à base de platina.[178]Chi DS, McCaughty K, Diaz JP, et al. Guidelines and selection criteria for secondary cytoreductive surgery in patients with recurrent, platinum-sensitive epithelial ovarian carcinoma. Cancer. 2006 May 1;106(9):1933-9.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cncr.21845
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16572412?tool=bestpractice.com
[179]Schorge JO, Wingo SN, Bhore R, et al. Secondary cytoreductive surgery for recurrent platinum-sensitive ovarian cancer. Int J Gynaecol Obstet. 2010 Feb;108(2):123-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19892337?tool=bestpractice.com
[180]Du Bois A, Sehouli J, Vergote I, et al. Randomized phase III study to evaluate the impact of secondary cytoreductive surgery in recurrent ovarian cancer: final analysis of AGO DESKTOP III/ENGOT-ov20. Paper presented at: 2020 American Society of Clinical Oncology Annual Meeting. 29-31 May 2020. Abstract 6000. J Clin Oncol. 2020;38(15 suppl):6000.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.6000
[181]Shi T, Zhu J, Feng Y, et al. Secondary cytoreduction followed by chemotherapy versus chemotherapy alone in platinum-sensitive relapsed ovarian cancer (SOC-1): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2021 Apr;22(4):439-49.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33705695?tool=bestpractice.com
[182]Coleman RL, Spirtos NM, Enserro D, et al. Secondary surgical cytoreduction for recurrent ovarian cancer. N Engl J Med. 2019 Nov 14;381(20):1929-39.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1902626
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31722153?tool=bestpractice.com
[183]Harter P, Sehouli J, Vergote I, et al; DESKTOP III Investigators. Randomized trial of cytoreductive surgery for relapsed ovarian cancer. N Engl J Med. 2021 Dec 2;385(23):2123-31.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2103294
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34874631?tool=bestpractice.com
Essa abordagem é geralmente considerada apenas para as pacientes com boa capacidade funcional, sem ascite e com doença limitada à cavidade pélvica abdominal. Um escore validado (por exemplo, escore AGO-OVAR) pode ser usado para avaliar a adequação do paciente para a cirurgia de citorredução secundária.[184]Harter P, Sehouli J, Reuss A, et al. Prospective validation study of a predictive score for operability of recurrent ovarian cancer: the Multicenter Intergroup Study DESKTOP II. A project of the AGO Kommission OVAR, AGO Study Group, NOGGO, AGO-Austria, and MITO. Int J Gynecol Cancer. 2011 Feb;21(2):289-95.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21270612?tool=bestpractice.com
Pacientes considerados inadequados para a cirurgia de citorredução secundária podem ser tratados novamente com quimioterapia baseada em platina.
Vários ensaios clínicos randomizados têm investigado a cirurgia citorredutora secundária em doenças recorrentes sensíveis à platina.[180]Du Bois A, Sehouli J, Vergote I, et al. Randomized phase III study to evaluate the impact of secondary cytoreductive surgery in recurrent ovarian cancer: final analysis of AGO DESKTOP III/ENGOT-ov20. Paper presented at: 2020 American Society of Clinical Oncology Annual Meeting. 29-31 May 2020. Abstract 6000. J Clin Oncol. 2020;38(15 suppl):6000.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.6000
[181]Shi T, Zhu J, Feng Y, et al. Secondary cytoreduction followed by chemotherapy versus chemotherapy alone in platinum-sensitive relapsed ovarian cancer (SOC-1): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2021 Apr;22(4):439-49.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33705695?tool=bestpractice.com
[182]Coleman RL, Spirtos NM, Enserro D, et al. Secondary surgical cytoreduction for recurrent ovarian cancer. N Engl J Med. 2019 Nov 14;381(20):1929-39.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1902626
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31722153?tool=bestpractice.com
[183]Harter P, Sehouli J, Vergote I, et al; DESKTOP III Investigators. Randomized trial of cytoreductive surgery for relapsed ovarian cancer. N Engl J Med. 2021 Dec 2;385(23):2123-31.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa2103294
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34874631?tool=bestpractice.com
Os estudos relatam melhora na sobrevida livre de progressão, mas os resultados para a sobrevida global variam. Duas metanálises, as quais incluíram esses estudos, descobriram que a cirurgia de citorredução secundária seguida por quimioterapia pode estar associada a melhora da sobrevida global em comparação à quimioterapia isoladamente, se a ressecção completa for alcançada. Ambas as metanálises destacaram a importância da seleção da paciente na otimização da ressecção.[185]Ding T, Tang D, Xi M. The survival outcome and complication of secondary cytoreductive surgery plus chemotherapy in recurrent ovarian cancer: a systematic review and meta-analysis. J Ovarian Res. 2021 Jul 13;14(1):93.
https://ovarianresearch.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13048-021-00842-9
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34256813?tool=bestpractice.com
[186]Climent MT, Serra A, Llueca M, et al. Surgery in recurrent ovarian cancer: a meta-analysis. Cancers (Basel). 2023 Jul 2;15(13):3470.
https://www.mdpi.com/2072-6694/15/13/3470
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37444580?tool=bestpractice.com
Repetição do tratamento com quimioterapia à base de platina
Os esquemas de quimioterapia à base de platina que podem ser considerados em pacientes com doença recorrente sensível à platina incluem: carboplatina associada à doxorrubicina lipossomal; carboplatina associada ao paclitaxel; ou carboplatina associada à gencitabina.[187]Pujade-Lauraine E, Wagner U, Avall-Lundqvist E, et al. Pegylated liposomal doxorubicin and carboplatin compared with paclitaxel and carboplatin for patients with platinum-sensitive ovarian cancer in late relapse. J Clin Oncol. 2010 Jul 10;28(20):3323-9.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2009.25.7519
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20498395?tool=bestpractice.com
[188]Wagner U, Marth C, Largillier R, et al. Final overall survival results of phase III GCIG CALYPSO trial of pegylated liposomal doxorubicin and carboplatin vs paclitaxel and carboplatin in platinum-sensitive ovarian cancer patients. Br J Cancer. 2012 Aug 7;107(4):588-91.
https://www.nature.com/articles/bjc2012307
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22836511?tool=bestpractice.com
[189]Pfisterer J, Plante M, Vergote I, et al; AGO-OVAR; NCIC CTG; EORTC GCG. Gemcitabine plus carboplatin compared with carboplatin in patients with platinum-sensitive recurrent ovarian cancer: an intergroup trial of the AGO-OVAR, the NCIC CTG, and the EORTC GCG. J Clin Oncol. 2006 Oct 10;24(29):4699-707.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2006.06.0913
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16966687?tool=bestpractice.com
[190]Parmar MK, Ledermann JA, Colombo N, et al. Paclitaxel plus platinum-based chemotherapy versus conventional platinum-based chemotherapy in women with relapsed ovarian cancer: the ICON4/AGO-OVAR-2.2 trial. Lancet. 2003 Jun 21;361(9375):2099-106.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12826431?tool=bestpractice.com
Se não utilizado anteriormente, o bevacizumabe pode ser combinado com esses esquemas e, em seguida, usado como agente único para a terapia de manutenção até a progressão da doença ou uma toxicidade inaceitável.[191]Aghajanian C, Blank SV, Goff BA, et al. OCEANS: a randomized, double-blind, placebo-controlled phase III trial of chemotherapy with or without bevacizumab in patients with platinum-sensitive recurrent epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. J Clin Oncol. 2012 Jun 10;30(17):2039-45.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2012.42.0505
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22529265?tool=bestpractice.com
[192]Coleman RL, Brady MF, Herzog TJ, et al. Bevacizumab and paclitaxel-carboplatin chemotherapy and secondary cytoreduction in recurrent, platinum-sensitive ovarian cancer (NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study GOG-0213): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017 Jun;18(6):779-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28438473?tool=bestpractice.com
[193]Pfisterer J, Shannon CM, Baumann K, et al. Bevacizumab and platinum-based combinations for recurrent ovarian cancer: a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2020 May;21(5):699-709.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32305099?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada à doxorrubicina lipossomal demonstrou uma sobrevida livre de progressão superior em comparação com a carboplatina associada ao paclitaxel em pacientes com doença recorrente sensível à platina (11.3 versus 9.4 meses).[187]Pujade-Lauraine E, Wagner U, Avall-Lundqvist E, et al. Pegylated liposomal doxorubicin and carboplatin compared with paclitaxel and carboplatin for patients with platinum-sensitive ovarian cancer in late relapse. J Clin Oncol. 2010 Jul 10;28(20):3323-9.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2009.25.7519
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20498395?tool=bestpractice.com
No entanto, não se demonstrou nenhuma diferença significativa na sobrevida global.[188]Wagner U, Marth C, Largillier R, et al. Final overall survival results of phase III GCIG CALYPSO trial of pegylated liposomal doxorubicin and carboplatin vs paclitaxel and carboplatin in platinum-sensitive ovarian cancer patients. Br J Cancer. 2012 Aug 7;107(4):588-91.
https://www.nature.com/articles/bjc2012307
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22836511?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada à doxorrubicina lipossomal associada ao bevacizumabe demonstrou uma melhor sobrevida livre de progressão em comparação com a carboplatina associada à gencitabina associada ao bevacizumabe (13.3 versus 11.6 meses).[193]Pfisterer J, Shannon CM, Baumann K, et al. Bevacizumab and platinum-based combinations for recurrent ovarian cancer: a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2020 May;21(5):699-709.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32305099?tool=bestpractice.com
A adição de bevacizumabe à carboplatina associada a paclitaxel mostrou melhora na sobrevida global (42.2 vs. 37.3 meses).[192]Coleman RL, Brady MF, Herzog TJ, et al. Bevacizumab and paclitaxel-carboplatin chemotherapy and secondary cytoreduction in recurrent, platinum-sensitive ovarian cancer (NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study GOG-0213): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017 Jun;18(6):779-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28438473?tool=bestpractice.com
A carboplatina associada à gencitabina demonstrou uma melhor sobrevida livre de progressão em comparação com a carboplatina isolada (8.6 versus 5.8 meses), sem reduzir a qualidade de vida.[189]Pfisterer J, Plante M, Vergote I, et al; AGO-OVAR; NCIC CTG; EORTC GCG. Gemcitabine plus carboplatin compared with carboplatin in patients with platinum-sensitive recurrent ovarian cancer: an intergroup trial of the AGO-OVAR, the NCIC CTG, and the EORTC GCG. J Clin Oncol. 2006 Oct 10;24(29):4699-707.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2006.06.0913
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16966687?tool=bestpractice.com
Para as pacientes com doença recorrente sensível à platina que não tolerarem a terapia combinada, a carboplatina ou a cisplatina são preferenciais para o tratamento com agente único.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
No caso de doença recorrente, o tratamento é continuado até que haja uma resposta completa, progressão da doença ou toxicidade inaceitável.
Pacientes com doença recorrente sensível à platina podem repetir a quimioterapia à base de platina várias vezes se houver várias recorrências e se tolerada. O julgamento clínico deve ser usado para dosagem para evitar toxicidade excessiva. No entanto, a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global diminuirão progressivamente a cada linha de terapia.[194]Hanker LC, Loibl S, Burchardi N, et al; AGO and GINECO Study Group. The impact of second to sixth line therapy on survival of relapsed ovarian cancer after primary taxane/platinum-based therapy. Ann Oncol. 2012 Oct;23(10):2605-12.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)37977-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22910840?tool=bestpractice.com
Terapia de manutenção para pacientes tratadas novamente com doença recorrente sensível à platina
Pacientes com doença sensível à platina recorrente que receberam bevacizumabe como parte do retratamento com quimioterapia à base de platina podem receber bevacizumabe como agente único para terapia de manutenção.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[191]Aghajanian C, Blank SV, Goff BA, et al. OCEANS: a randomized, double-blind, placebo-controlled phase III trial of chemotherapy with or without bevacizumab in patients with platinum-sensitive recurrent epithelial ovarian, primary peritoneal, or fallopian tube cancer. J Clin Oncol. 2012 Jun 10;30(17):2039-45.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2012.42.0505
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22529265?tool=bestpractice.com
[192]Coleman RL, Brady MF, Herzog TJ, et al. Bevacizumab and paclitaxel-carboplatin chemotherapy and secondary cytoreduction in recurrent, platinum-sensitive ovarian cancer (NRG Oncology/Gynecologic Oncology Group study GOG-0213): a multicentre, open-label, randomised, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017 Jun;18(6):779-91.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28438473?tool=bestpractice.com
[193]Pfisterer J, Shannon CM, Baumann K, et al. Bevacizumab and platinum-based combinations for recurrent ovarian cancer: a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2020 May;21(5):699-709.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32305099?tool=bestpractice.com
Os inibidores de PARP (por exemplo, olaparibe, niraparibe, rucaparibe) também podem ser considerados para a terapia de manutenção nas pacientes com doença recorrente sensível à platina, se não tiverem sido usados anteriormente ou se a doença não tiver progredido após um tratamento anterior com inibidores de PARP.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
O olaparibe, o niraparibe e o rucaparibe estão aprovados para terapia de manutenção nas pacientes com doença recorrente que apresentarem resposta completa ou parcial à quimioterapia à base de platina.[195]González-Martín A, Pothuri B, Vergote I, et al; PRIMA/ENGOT-OV26/GOG-3012 Investigators. Niraparib in patients with newly diagnosed advanced ovarian cancer. N Engl J Med. 2019 Dec 19;381(25):2391-402.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1910962
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31562799?tool=bestpractice.com
[196]Ledermann J, Harter P, Gourley C, et al. Olaparib maintenance therapy in platinum-sensitive relapsed ovarian cancer. N Engl J Med. 2012 Apr 12;366(15):1382-92.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa1105535
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22452356?tool=bestpractice.com
[197]Pujade-Lauraine E, Ledermann JA, Selle F, et al. Olaparib tablets as maintenance therapy in patients with platinum-sensitive, relapsed ovarian cancer and a BRCA1/2 mutation (SOLO2/ENGOT-Ov21): a double-blind, randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2017 Sep;18(9):1274-84.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28754483?tool=bestpractice.com
[198]Friedlander M, Gebski V, Gibbs E, et al. Health-related quality of life and patient-centred outcomes with olaparib maintenance after chemotherapy in patients with platinum-sensitive, relapsed ovarian cancer and a BRCA1/2 mutation (SOLO2/ENGOT Ov-21): a placebo-controlled, phase 3 randomised trial. Lancet Oncol. 2018 Aug;19(8):1126-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30026002?tool=bestpractice.com
[199]Poveda A, Floquet A, Ledermann JA, et al; SOLO2/ENGOT-Ov21 Investigators. Olaparib tablets as maintenance therapy in patients with platinum-sensitive relapsed ovarian cancer and a BRCA1/2 mutation (SOLO2/ENGOT-Ov21): a final analysis of a double-blind, randomised, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet Oncol. 2021 May;22(5):620-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33743851?tool=bestpractice.com
[200]Mirza MR, Monk BJ, Herrstedt J, et al; ENGOT-OV16/NOVA Investigators. Niraparib maintenance therapy in platinum-sensitive, recurrent ovarian cancer. N Engl J Med. 2016 Dec 1;375(22):2154-64.
https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1611310
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27717299?tool=bestpractice.com
[201]Oza AM, Matulonis UA, Malander S, et al. Quality of life in patients with recurrent ovarian cancer treated with niraparib versus placebo (ENGOT-OV16/NOVA): results from a double-blind, phase 3, randomised controlled trial. Lancet Oncol. 2018 Aug;19(8):1117-25.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30026000?tool=bestpractice.com
[202]Matulonis UA, Walder L, Nøttrup TJ, et al. Niraparib maintenance treatment improves time without symptoms or toxicity (TWiST) versus routine surveillance in recurrent ovarian cancer: a TWiST analysis of the ENGOT-OV16/NOVA trial. J Clin Oncol. 2019 Dec 1;37(34):3183-91.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.19.00917
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31518175?tool=bestpractice.com
[203]Coleman RL, Oza AM, Lorusso D, et al; ARIEL3 Investigators. Rucaparib maintenance treatment for recurrent ovarian carcinoma after response to platinum therapy (ARIEL3): a randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet. 2017 Oct 28;390(10106):1949-61.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28916367?tool=bestpractice.com
A National Comprehensive Cancer Network (NCCN) recomenda a terapia de manutenção com inibidor de PARP para as pacientes com mutação em BRCA1 ou BRCA2 no cenário da terapia de manutenção para as pacientes re-tratadas com doença recorrente sensível à platina.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O uso dos inibidores de PARP para terapia de manutenção nas pacientes com recorrência que não apresentam mutação em BRCA1 ou BRCA2 é controverso.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
[173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
Um estudo de fase 3 relatou uma sobrevida global prejudicada com a manutenção com niraparibe em comparação com placebo em pacientes com doença recorrente que não apresentavam uma mutação de linha germinativa em BRCA.[173]Tew WP, Lacchetti C, Kohn EC, et al. Poly(ADP-Ribose) polymerase inhibitors in the management of ovarian cancer: ASCO guideline rapid recommendation update. J Clin Oncol. 2022 Nov 20;40(33):3878-81.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.22.01934
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36150092?tool=bestpractice.com
[204]GSK. GSK provides an update on Zejula (niraparib) US prescribing information. Nov 2022 [internet publication].
https://www.gsk.com/en-gb/media/press-releases/gsk-provides-an-update-on-zejula-niraparib-us-prescribing-information
Dados dos desfechos em longo prazo de ensaios clínicos e estudos de farmacovigilância indicam que o risco de desenvolvimento de síndrome mielodisplásica e leucemia mieloide aguda aumenta nas pacientes que tomam inibidores de PARP, particularmente aquelas com mutação em BRCA com doença recorrente.[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
[205]Tuninetti V, Marín-Jiménez JA, Valabrega G, et al. Long-term outcomes of PARP inhibitors in ovarian cancer: survival, adverse events, and post-progression insights. ESMO Open. 2024 Nov;9(11):103984.
https://www.esmoopen.com/article/S2059-7029(24)01754-X/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39541620?tool=bestpractice.com
[206]Morice PM, Leary A, Dolladille C, et al. Myelodysplastic syndrome and acute myeloid leukaemia in patients treated with PARP inhibitors: a safety meta-analysis of randomised controlled trials and a retrospective study of the WHO pharmacovigilance database. Lancet Haematol. 2021 Feb;8(2):e122-34.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33347814?tool=bestpractice.com
[207]Zhao Q, Ma P, Fu P, et al. Myelodysplastic syndrome/acute myeloid leukemia following the use of poly-ADP ribose polymerase (PARP) inhibitors: a real-world analysis of postmarketing surveillance data. Front Pharmacol. 2022;13:912256.
https://www.frontiersin.org/journals/pharmacology/articles/10.3389/fphar.2022.912256/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35784751?tool=bestpractice.com
Confirme o status de BRCA e discuta os riscos e benefícios dos inibidores de PARP antes de iniciar a terapia de manutenção com um inibidor de PARP nas pacientes com doença recorrente.[90]González-Martín A, Harter P, Leary A, et al. Newly diagnosed and relapsed epithelial ovarian cancer: ESMO clinical practice guideline for diagnosis, treatment and follow-up. Ann Oncol. 2023 Oct;34(10):833-48.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(23)00797-4/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37597580?tool=bestpractice.com
É necessário cuidado ao considerar a terapia de manutenção com inibidor de PARP por mais de 2 anos.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Doença recorrente resistente à platina ou refratária à platina
Pacientes com doença recorrente resistente à platina são definidos como aqueles que apresentam recidiva <6 meses após a conclusão da quimioterapia de primeira linha à base de platina. Os pacientes com doença refratária à platina são aqueles que evoluem durante a quimioterapia de primeira linha à base de platina.
As pacientes com doença recorrente resistente à platina ou refratária à platina têm opções limitadas de tratamento. Elas podem incluir os melhores cuidados de suporte, inclusão em um ensaio clínico, ou terapia de recorrência. O tratamento é considerado paliativo; portanto, a facilidade de administração do medicamento, o esquema de dosagem, os efeitos adversos previstos e a capacidade funcional devem ser considerados. Além disso, o momento para iniciar o tratamento é variável e depende dos sintomas da paciente e dos achados de exame físico, exames laboratoriais (por exemplo, análise molecular para confirmar o status de BRCA e HRD, e para identificar outros marcadores que possam influenciar o tratamento), e exames de imagem.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Não existe uma abordagem padrão universal para o tratamento das pacientes com doença resistente à platina ou refratária à platina recorrente. No entanto, a depender de fatores da paciente (por exemplo, capacidade funcional, reserva de medula óssea, qualidade de vida), qualquer um dos seguintes agentes não à base de platina pode ser considerado: doxorrubicina lipossomal, topotecana, gencitabina, paclitaxel, bevacizumabe e etoposídeo.[19]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: ovarian cancer including fallopian tube cancer and primary peritoneal cancer [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
O tamoxifeno e outros antiestrogênios também podem ser considerados, mas faltam estudos clínicos que avaliem sua eficácia.[208]Williams C, Simera I, Bryant A. Tamoxifen for relapse of ovarian cancer. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Mar 17;(3):CD001034.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001034.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20238312?tool=bestpractice.com
A combinação de bevacizumabe com agentes quimioterápicos que não sejam à base de platina pode ser considerada em pacientes com doença recorrente resistente à platina. Em um estudo de fase 3, a sobrevida livre de progressão melhorou (6.7 meses x 3.4 meses) com o bevacizumabe combinado com quimioterapia não à base de platina (por exemplo, paclitaxel, topotecana ou doxorrubicina lipossomal [decidido pelo investigador]) em comparação com a quimioterapia isolada.[209]Pujade-Lauraine E, Hilpert F, Weber B, et al. Bevacizumab combined with chemotherapy for platinum-resistant recurrent ovarian cancer: the AURELIA open-label randomized phase III trial. J Clin Oncol. 2014 May 1;32(13):1302-8.
https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2013.51.4489
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24637997?tool=bestpractice.com
No caso de doença recorrente ou refratária, o tratamento é continuado até que haja uma resposta completa, progressão da doença ou toxicidade inaceitável. Geralmente, a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global diminuem progressivamente a cada linha de terapia.[194]Hanker LC, Loibl S, Burchardi N, et al; AGO and GINECO Study Group. The impact of second to sixth line therapy on survival of relapsed ovarian cancer after primary taxane/platinum-based therapy. Ann Oncol. 2012 Oct;23(10):2605-12.
https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)37977-3/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22910840?tool=bestpractice.com