Monitoramento

Após a conclusão da terapia de primeira linha, e quando nenhuma evidência de doença persistir, seja clinicamente (tomografia computadorizada [TC] ou exame físico) ou bioquimicamente (CA-125), as pacientes são geralmente acompanhadas com história, exame físico (incluindo exame pélvico) e nível de CA-125 opcional a cada 2-4 meses durante 2 anos, depois 3-6 meses durante 3 anos e, por fim, anualmente após 5 anos.​[19][90]​​​​

Pacientes com uma mutação de BRCA podem se beneficiar do acompanhamento em longo prazo.[90]​ A TC ou outras modalidades de imagem (por exemplo, tomografia por emissão de pósitrons [PET-CT], ressonância nuclear magnética [RNM]) podem ser consideradas se forem clinicamente indicadas (por exemplo, os sintomas sugerem doença recorrente, ou o nível de CA-125 aumenta).[19][90]​​​

As diretrizes da National Comprehensive Cancer Network (NCCN) recomendam o monitoramento do CA-125 ou de outros marcadores tumorais, se inicialmente elevados, após o tratamento primário.[19] Normalmente, um aumento no nível de CA-125 ocorrerá antes que uma lesão visível seja observada na imagem. Portanto, os níveis de CA-125, a história e o exame físico parecem ser as ferramentas mais adequadas para monitorar a maioria das pacientes. Este é o padrão de prática atual nos EUA.

Há evidências limitadas para sugerir que a vigilância de rotina com CA-125 em pacientes assintomáticos e o tratamento na recidiva do CA-125 não parece conferir uma vantagem de sobrevida quando comparada ao tratamento na recidiva sintomática.[261] Outras revisões concluíram que, atualmente, não há evidências convincentes de um efeito positivo na sobrevida em mulheres acompanhadas após o tratamento primário do câncer de ovário.[262][263]

A Society of Gynecologic Oncologists aconselha pacientes e médicos "a discutirem ativamente as vantagens e desvantagens do monitoramento do CA-125 e as implicações para o tratamento subsequente e a qualidade de vida".[264]

Não há consenso claro sobre o uso de estudos de imagem, pois a detecção de recorrência assintomática não necessariamente confere vantagem quanto à sobrevida. Alguns defendem os exames de imagem se sintomas suspeitos aparecerem, ao passo que outros obtêm TCs a intervalos predeterminados. Pacientes que foram submetidas a cirurgia preservadora de fertilidade devem ser monitoradas por ultrassonografia do abdome e da pelve, se indicado.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal