Complicações
Definida como aumento no escore internacional de sintomas prostáticos (International Prostate Symptom Score, IPSS) em 4 ou mais pontos.
Aproximadamente 20% dos pacientes terão sintomas progressivos relacionados com a hipertrofia prostática benigna ao longo de um período de 5 anos. Esses pacientes geralmente têm volume prostático basal maior que 40 g e níveis de antígeno prostático específico (PSA) maiores que 1.4 micrograma/L (>1.4 nanograma/mL) na linha basal, o que os coloca em risco de progressão.[51]
O ensaio de Terapia Médica dos Sintomas Prostáticos indicou que aproximadamente 20% dos homens cujas características de linha basal demonstraram PSA maior que 1.4 micrograma/L (>1.4 nanograma/mL) e/ou volume prostático maior que 40 g estiveram sujeitos a progressão da HPB conforme definida pelo aumento do IPSS em 4 ou mais pontos.[51] Um estudo semelhante foi publicado recentemente sobre os benefícios da combinação de dutasterida e tansulosina em homens com HPB moderada a grave.[116]
O risco de progressão é moderado em curto prazo.
Os alfabloqueadores possuem as maiores eficácias em volumes de próstata e níveis de PSA menores. A terapia combinada de inibidores da 5-alfa reductase e alfabloqueadores deve ser considerada nos pacientes que progridem em monoterapia ou que tenham volume prostático de linha basal ou níveis de PSA maiores.
A redução na progressão clínica geral de HPB é de 66% com a terapia combinada e aproximadamente 35% com doxazosina ou finasterida isoladas.[51]
As ITUs recorrentes em consequência da progressão da HPB foram tão baixas no estudo MTOP (Medical Therapy of Prostate Symptoms) que não foi possível realizar uma análise estatística.[51]
Os pacientes que desenvolveram ITU no contexto de HPB podem ser tratados com os antibióticos preconizados.
Historicamente, tem-se considerado que a HPB isoladamente pode causar insuficiência renal em uma pequena porcentagem dos pacientes. Entretanto, o estudo Medical Therapy of Prostate Symptoms não demonstrou nenhum evento de insuficiência renal em nenhum dos grupos de tratamento em um período de 5 anos.[51]
Outra etiologia para a insuficiência renal deve ser suspeita nos pacientes que a desenvolverem no contexto de HPB.
As litíases vesicais podem ser secundárias à estase urinária.
Uma urinálise e um estudo por imagem (ultrassonografia ou tomografia computadorizada) são necessários para o diagnóstico. Como as litíases vesicais geralmente são causadas pela incapacidade de esvaziar a bexiga completamente, a passagem espontânea dos cálculos é improvável e a maioria dos casos exige a remoção dos cálculos.
A hematúria pode ser secundária a qualquer patologia urinária e/ou distúrbios hematológicos.
O diagnóstico é feito com urinálise e pode exigir citologia da urina e cistoscopia.
Uma pequena porcentagem de pacientes em terapia medicamentosa com alfabloqueadores ou inibidores da 5-alfa reductase podem apresentar disfunção sexual com o uso terapêutico. A incidência varia de 5% a 8% com o bloqueio alfa e 10% a 15% com o inibidor da 5-alfa reductase ou manejo cirúrgico.
Agentes seletivos prostáticos, como tansulosina, foram associados com disfunção ejaculatória. Os inibidores da 5-alfa reductase foram associados com a diminuição da libido ejacular e disfunção erétil em uma pequena porcentagem de pacientes.
A maioria dos pacientes continua a terapia apesar de haver algum componente de disfunção sexual.[7]
Aproximadamente 2.5% dos pacientes com hiperplasia prostática benigna (HPB) progressiva desenvolve retenção urinária em um período de 5 anos.[51]
A redução significativa no diâmetro do lúmen uretral e o aumento do tônus simpático contribuem para a retenção aguda.[51]
Os pacientes com retenção urinária (diagnosticada via ultrassonografia da bexiga) relacionada com a HPB que não tenham sido previamente tratados precisam de colocação de cateter de Foley e um teste com alfabloqueadores geralmente durante 10 a 14 dias. Depois disso, pode-se considerar um teste sem o cateter.
Aproximadamente dois terços dos pacientes precisarão de recolocação do cateter após essa tentativa, e muito provavelmente precisarão de terapia invasiva.
Como inserir um cateter uretral em um paciente do sexo masculino usando técnica estéril.
Pode estar associada a HPB. O tratamento com alfabloqueadores e agentes antimuscarínicos pode diminuir os sintomas incômodos.[117] Em decorrência da natureza complicada da doença, pacientes com bexiga hiperativa devem ser encaminhados a um urologista.
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