Monitoramento

Os pacientes que apresentam flutter atrial agudo e que têm flutter atrial paroxístico, persistente ou permanente precisam de acompanhamento de longo prazo.

  • Dependendo da natureza da causa subjacente (ou seja, doença arterial coronariana, valvopatia cardíaca ou insuficiência cardíaca), os pacientes precisam fazer acompanhamento regular (no mínimo a cada 3 a 6 meses).

  • Os pacientes que tomam agentes antiarrítmicos precisam de acompanhamento para monitoramento por eletrocardiograma (ECG). O teste ergométrico é recomendado para avaliar a taquicardia ventricular relacionada a medicamentos, devido aos efeitos pró-arrítmicos da flecainida e da propafenona.

  • O acompanhamento regular para verificar e monitorar a razão normalizada internacional é obrigatório nos pacientes que tomam varfarina para anticoagulação.

Para pacientes com flutter atrial persistente considerado secundário a uma causa reversível, o acompanhamento em longo prazo pode não ser necessário depois do tratamento e avaliação inicial do flutter atrial, se a causa tiver sido removida. Para pacientes que necessitam de tratamento continuado em razão do risco elevado de recorrência, o acompanhamento deve incluir as seguintes categorias gerais:

  • Tratamento adequado do diagnóstico clínico/cardíaco associado

  • Avaliação periódica da eficácia do tratamento

  • Avaliação periódica dos efeitos adversos ou das complicações do tratamento

  • Manutenção e monitoramento da anticoagulação adequada

  • Reavaliação do tratamento em curso se o problema cardiovascular subjacente se alterar ou evoluir ou se o flutter atrial se tornar permanente.

Nos poucos pacientes com flutter atrial que têm recorrências assintomáticas independentemente do tratamento (medicação antiarrítmica ou ablação), a anticoagulação crônica deve ser considerada em longo prazo. Se o paciente for sintomático, uma avaliação com monitor Holter, monitor de eventos ou interrogações de marca-passo/cardioversor-desfibrilador implantável podem ser considerados, principalmente para garantir que as frequências ventriculares sejam controladas e para medir o número e a duração dos episódios de flutter atrial. Obviamente, qualquer alteração no estado clínico de um paciente com história de flutter atrial deve motivar o médico a investigar uma recorrência como a causa da alteração clínica.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal