Complicações
Betabloqueadores podem causar broncoespasmo. Eles devem ser evitados nos pacientes com asma conhecida ou história de doença pulmonar com história proeminente de sibilância.
A isquemia de consumo pode resultar do pobre controle da frequência cardíaca.
Os pacientes geralmente têm flutter atrial paroxístico a persistente com fatores de risco para eventos tromboembólicos, como dilatação atrial esquerda, insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, diabetes, hiperlipidemia e idade avançada.
Existe controvérsia sobre o tratamento de acidente vascular cerebral (AVC) agudo embólico estabelecido na presença de flutter atrial agudo. A anticoagulação neste contexto pode causar AVC hemorrágico. A consulta com especialista (neurologista) é altamente recomendada. Novas abordagens estão sendo estudadas para interromper a propagação de trombos por meio de dispositivos intravasculares.
Secundária aos efeitos de bloqueio atrioventricular (AV) nodal dos betabloqueadores e dos bloqueadores de canal de cálcio.
Pode ocorrer devido a efeitos profundos sobre o nó AV durante o flutter atrial ou aos efeitos sobre o nó sinusal quando em ritmo sinusal, especialmente nos pacientes com disfunção subjacente do nó sinusal.
Também pode ocorrer com medicamentos antiarrítmicos (por exemplo, flecainida ou amiodarona).
Pode requerer a troca do medicamento ou colocação de marcapasso definitivo.
Secundária aos efeitos vasodilatadores dos betabloqueadores e bloqueadores de canais de cálcio, bem como aos efeitos atrioventriculares (AV) nodais que reduzem a frequência cardíaca.
Se ocorrer, pode ser resolvido com redução da posologia.
Outras causas de hipotensão devem ser consideradas.
Se a estratégia for somente de controle da frequência cardíaca, considere controlá-la por meio de ablação AV nodal; também pode ser reconsiderado o controle do ritmo em alguns pacientes.
Devido aos efeitos inotrópicos negativos dos betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio, bem como aos efeitos de alguns antiarrítmicos.
Esses medicamentos devem ser usados com cautela em pacientes com função ventricular esquerda diminuída e não devem ser usados de forma alguma em pacientes com insuficiência cardíaca clínica evidente até que esta seja tratada e compensada.
Se o controle da frequência ou ritmo cardíaco for o objetivo, a amiodarona poderá ser usada para consegui-lo com pouca depressão da contratilidade.
A otimização do esquema da insuficiência cardíaca também é útil.
Pode assumir várias formas, dependendo do tipo e do medicamento usado. As mais perigosas são as arritmias ventriculares, como a taquicardia ventricular ou torsades de pointes. Ocorre com antiarrítmicos que prolongam o QT ou com os medicamentos que prolongam a condução nos pacientes que têm doença coronariana subjacente.
A amiodarona contém iodo.
Hormônio estimulante da tireoide elevado e hipotireoidismo são mais comuns que hipertireoidismo, a menos que o paciente tenha uma predisposição ao hipertireoidismo ou tenha bócio prévio.
Pode substituir o hormônio tireoidiano de forma oral para o hipotireoidismo, mas, em geral, é necessário descontinuar o medicamento se ocorrer hipertireoidismo e tratar os sintomas dessa condição.
As complicações variam com a técnica e a experiência; algumas foram reduzidas com a modificação das estratégias de ablação. Contudo, a ablação do flutter atrial costuma ser segura.[39][40]
Podem incluir pneumotórax (0.2%), fístula atrioventricular (AV), hematomas (<0.3%), exacerbação da insuficiência cardíaca congestiva (<0.1%), eventos cerebrovasculares (0% a 4%), derrame pericárdico geralmente sem complicações (25%), tamponamento pericárdico (1%), taquiarritmias atriais organizadas (13%), bloqueio AV (<1%), necessidade de marca-passo (<0.2%) e embolia pulmonar (<1%). Óbito relacionado ao procedimento é extremamente raro (estimado em 0.03%).[39]
A maioria das complicações é resolvida na fase aguda.
Uma cardiomiopatia pode resultar do fraco controle da frequência cardíaca e da perda da contração atrial ativa e justificar a necessidade de conversão da frequência.
A toxicidade aguda aparece na forma de síndrome do desconforto respiratório agudo em algumas horas após a administração de amiodarona.
A toxicidade em longo prazo provoca inflamação e/ou fibrose.
Os sintomas de uma tosse ou dispneia inexplicada devem iniciar uma investigação com uma radiografia torácica e testes de função pulmonar (TFP) com uma medição da capacidade de difusão.
Os TFPs devem ser considerados como acompanhamento de rotina a cada 6 a 12 meses durante o uso do medicamento.
Na maioria dos casos exigirá a descontinuação do medicamento.
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