Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher de 31 anos de idade (gesta 1, para 0) se apresenta a seu obstetra, em Londres, com 12 semanas de gestação. Seu marido havia retornado há cerca de 1 mês de uma viagem de negócios no Brasil. Embora ele não se recorde de nenhum sintoma específico ao longo do mês anterior, ele foi picado por mosquitos durante a viagem. Após o retorno dele, o casal manteve relações sexuais vaginais sem proteção.
Caso clínico #2
Uma mulher de 22 anos de idade (gesta 3, para 2) se apresenta com 24 semanas de gestação (gemelar) para uma consulta pré-natal de rotina em Recife, no Brasil. A mulher apresenta história de erupção cutânea com 12 semanas de gestação, mas não buscou atendimento médico para isso. Uma ultrassonografia pré-natal mostra microcalcificações periventriculares e ventriculomegalia em um dos gêmeos, enquanto o outro aparenta ser normal.
Outras apresentações
Aproximadamente 80% das pessoas infectadas pelo vírus da Zika são assintomáticas.[14] Pacientes sintomáticos, em geral, apresentam doença leve e autolimitada, que inclui febre, exantema maculopapular (em alguns casos morbiliforme), artralgia/mialgia e conjuntivite. Sintomas menos comuns incluem vômitos/diarreia, dor abdominal, anorexia, edema nos membros inferiores e dor retro-orbital.[14] Há relatos de casos de sepse e progressão rápida da doença em pacientes com comorbidades.[15] Foram relatadas apresentações atípicas (por exemplo, pacientes que apresentam somente erupção cutânea generalizada ou febre).[16] Foi relatada microcefalia relacionada ao Zika em ambos os fetos de uma gestação gemelar monocoriônica e diamniótica.[17]
As pessoas podem perguntar se devem dar seguimento às viagens planejadas para áreas endêmicas e/ou quais são as medidas preventivas para evitar picadas de mosquitos. Gestantes que tenham possivelmente sido expostas ao vírus da Zika em uma viagem ou por meio de contato sexual podem perguntar sobre testes do vírus da Zika e monitorização fetal.
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