A febre familiar do Mediterrâneo (FFM) é a mais frequente das doenças inflamatórias recorrentes hereditárias. A doença afeta principalmente populações de origem mediterrânea: árabes do leste e do oeste, armênios, turcos, judeus não asquenazes e outros judeus, drusos, libaneses, italianos e gregos.[11]Ben-Chetrit E, Levy M. Familial Mediterranean fever. Lancet. 1998 Feb 28;351(9103):659-64.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9500348?tool=bestpractice.com
[12]Özen S. Update on the epidemiology and disease outcome of familial Mediterranean fever. Best Pract Res Clin Rheumatol. 2018 Apr;32(2):254-60.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30527430?tool=bestpractice.com
Também foram relatados pacientes na Europa, América do Norte e Japão.[13]Tufan A, Lachmann HJ. Familial Mediterranean fever, from pathogenesis to treatment: a contemporary review. Turk J Med Sci. 2020 Nov 3;50(si-2):1591-610.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7672358
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32806879?tool=bestpractice.com
A Turquia e a Armênia têm a maior prevalência estimada de FFM: 1:1000 e 1:500, respectivamente.[12]Özen S. Update on the epidemiology and disease outcome of familial Mediterranean fever. Best Pract Res Clin Rheumatol. 2018 Apr;32(2):254-60.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30527430?tool=bestpractice.com
A frequência relatada de portadores do gene é de 1:15 em judeus não asquenazes, 1:16 em árabes, 1:5 em turcos e 1:7 em armênios.[12]Özen S. Update on the epidemiology and disease outcome of familial Mediterranean fever. Best Pract Res Clin Rheumatol. 2018 Apr;32(2):254-60.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30527430?tool=bestpractice.com
A alta prevalência explica o modo pseudodominante de herança observado nessas populações. A prevalência é extremamente rara entre pessoas de origem não mediterrânea.[14]Tunca M, Ozdogan H. Molecular and genetic characteristics of hereditary autoinflammatory diseases. Curr Drug Targets Inflamm Allergy. 2005 Feb;4(1):77-80.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15720239?tool=bestpractice.com
[15]Tchernitchko D, Moutereau S, Legendre M, et al. MEFV analysis is of particularly weak diagnostic value for recurrent fevers in Western European Caucasian patients. Arthritis Rheum. 2005 Nov;52(11):3603-5.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/art.21408/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16255051?tool=bestpractice.com
Também há relatos de ocorrência em populações melungeons (mistura trirracial de pessoas de origem europeia, da África Subsaariana, indígena norte-americana e mediterrânea que vivem principalmente na região dos Apalaches) nos EUA.
A maioria dos pacientes (80% a 90%) tem o primeiro ataque antes dos 20 anos de idade.[13]Tufan A, Lachmann HJ. Familial Mediterranean fever, from pathogenesis to treatment: a contemporary review. Turk J Med Sci. 2020 Nov 3;50(si-2):1591-610.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7672358
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32806879?tool=bestpractice.com
Entre populações pediátricas, 20% têm o primeiro ataque antes dos 2 anos e 86% antes dos 10 anos de idade.[16]Majeed HA, Rawashdeh M, el-Shanti H, et al. Familial Mediterranean fever in children: the expanded clinical profile. QJM. 1999 Jun;92(6):309-18.
http://qjmed.oxfordjournals.org/content/92/6/309.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10616706?tool=bestpractice.com
Homens geralmente constituem 60% dos pacientes. Entre os que apresentam amiloidose, a razão de homens/mulheres é de 2:1.[17]Gershoni-Baruch R, Brik R, Lidar M, et al. Male sex coupled with articular manifestations cause a 4-fold increase in susceptibility to amyloidosis in patients with familial Mediterranean fever homozygous for the M694V-MEFV mutation. J Rheumatol. 2003 Feb;30(2):308-12.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12563686?tool=bestpractice.com