Rastreamento

Geralmente, os pacientes com doença neuromuscular desenvolvem distúrbios respiratórios do sono, inclusive hipoventilação alveolar, antes de desenvolverem hipercapnia diurna, e os distúrbios respiratórios do sono são associados à progressão da doença.[42] Portanto, sugere-se que esses pacientes sejam investigados quanto à presença de distúrbios respiratórios do sono a intervalos de 6 meses, para identificar aqueles que podem se beneficiar de uma intervenção terapêutica.[44][45]

Ao avaliar pessoas com suspeita de apneia obstrutiva do sono (AOS), os questionários de rastreamento comumente usados incluem o STOP-BANG (ronco, cansaço, apneia observada, pressão arterial, índice de massa corporal, idade, circunferência do pescoço e sexo) e o STOP (ronco, sonolência e outras características associadas ao aumento do risco de AOS, como obesidade, aumento da circunferência do pescoço e hipertensão). A Escala de Sonolência de Epworth é um questionário autoaplicável na avaliação preliminar da sonolência. Epworth Sleepiness Scale Opens in new window Quanto maior o escore, maior é a propensão ao sono na vida diária.[46][47]

Os exames incluem testes da função pulmonar, medição da força dos músculos respiratórios e avaliação do estímulo respiratório central, que já demonstraram predizer a presença de distúrbios respiratórios do sono nos pacientes com miopatias primárias.[16][45][48]​​​​ Os outros rastreamentos podem incluir medições do bicarbonato sérico, do hematócrito e da gasometria arterial. Recomenda-se fazer a polissonografia precocemente nos pacientes com miopatias e outros distúrbios restritivos, como esclerose lateral amiotrófica, devido ao impacto da terapia sobre a qualidade de vida e a sobrevida global, o qual poderá ser observado mesmo antes do desenvolvimento da hipercapnia diurna.[36][44][49][50]

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