Prognóstico

A evolução natural dos pacientes com distúrbios associados a síndromes da hipoventilação varia dependendo da causa subjacente.

Dados observacionais sugerem uma associação entre os distúrbios respiratórios do sono, especialmente a apneia obstrutiva do sono (AOS), e maiores riscos de AVC, doença de Alzheimer, demências relacionadas à doença de Alzheimer, demência da doença de Parkinson e demência por todas as causas.[120][121][122][123][124][125]​​​​

Síndrome da hipoventilação na obesidade (SHO)

Se não forem tratados, os pacientes com SHO leve apresentam menor qualidade de vida, maior sonolência e hipertensão pulmonar mais grave em comparação com pacientes com AOS. Os pacientes com SHO apresentam maiores taxas de internação em unidades de terapia intensiva e de necessidade de ventilação mecânica que pacientes com graus semelhantes de obesidade, mas sem SHO.[126] Um estudo demonstrou maior risco de insuficiência respiratória pós-operatória e insuficiência cardíaca após uma cirurgia eletiva não cardíaca em pacientes com SHO e AOS em comparação com pacientes com AOS isoladamente.[127]

O tratamento adequado precoce da SHO está associado a uma redução da morbidade e da mortalidade.[40][70]​​​​​​[128]​​

Distúrbios torácicos restritivos

Em muitos pacientes com síndrome de hipoventilação decorrente de doença neuromuscular, a evolução da doença afetará o desfecho final. No entanto, intervenções terapêuticas, como a ventilação não invasiva noturna, podem ter um efeito significativo sobre a sobrevida e a qualidade de vida.[49][78][79][80][83]

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

Embora a gravidade da doença defina, em última análise, o desfecho nos pacientes com DPOC, demonstrou-se que a ventilação não invasiva noturna melhora a troca gasosa, a qualidade do sono e a qualidade de vida nesses pacientes.[109][110][112] Além disso, em estudos foi observada melhora na sobrevida dos pacientes com DPOC hipercápnica que receberam ventilação não invasiva com oxigenoterapia, em comparação com a oxigenoterapia isolada.[111][114]

Respiração de Cheyne-Stokes (RCS)

Foi demonstrado que, nos pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, a mortalidade é maior nos que têm RCS que nos que não a têm, apesar de terem graus semelhantes de insuficiência cardíaca.[129] Embora tenha sido demonstrado que a ventilação não invasiva noturna melhora a função cardíaca e reduz significativamente os distúrbios respiratórios do sono, seu efeito sobre a sobrevida livre de transplante permanece incerto.[92][93]

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